quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Amor de Juventude...que sempre nos acompanha

Amor de Juventude Foi num tempo, sem saber bem quando, que te vi, sorri e me apaixonei. Você me viu e também sorriu. Quis te falar e não tive coragem. Andamos juntos, de mãos dadas, nos meus sonhos e na vontade. Quantas madrugadas, sem você eu vi nascer, e agora onde andarás? Quem sabe outra vez, talvez te encontre e você se alegre e, sorria novamente. Como esquecer o teu jeito! Descobrindo o teu olhar olhando para mim. Cada vez que penso nesta possibilidade, fico encantado sentindo o coração. Faz tanto tempo, sei que nunca acontecerá a felicidade em te abraçar. O dia vai e a noite vem, trás consigo o luar, para me abrigar. O dia vem e a noite vai, para nascer o sol e me renovar. Onde estará você e seu rosto, a alegria juvenil e um tempo para me revelar? Sinto a ausência do teu amor e do teu corpo, para em prazer me realizar. Tento vencer o temor, que afasta dos meus sonhos a esperança em te encontrar. Já é tarde, muda o dia e a estação, queria que soubesse a falta que me faz. No meu leito vazio, fico a pensar, sou prisioneiro do seu afeto. Esse carinho é coisa de amor sagrado, vivendo um segredo jamais revelado. Assim, envolvendo verdades, sim e não vividas, sinto apenas uma sombra. Que me acompanha, seguindo em frente, sem saber onde te escondes. Hoje recordo esse tempo, em que te conheci e sorri apaixonado. Amor de juventude que insisto em recordar, sem lamentar. Alegria, recordação, saudade, sensação...abrigos que fiz no meu coração. O amor, vivido e imaginado, é a morada de toda infância

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Natureza...humana

“Nós precisamos entender melhor a natureza humana, porque o único perigo real é o próprio homem” (Carl Jung). “Tudo acontece conforme a natureza” (Hipócrates). A única coisa que torna diferente as pessoas é a manifestação da educação, ela responde pelo tipo de comportamento das pessoas nas nossas relações. A natureza não produz nada de inútil, superficial ou ruim nas suas formas de manifestação, tudo depende de “como” iremos descobrir o seu valor e, “como” iremos utilizá-lo. Na natureza, pessoas e coisas, reagem conforme as circunstâncias. Historicamente, não há registros confiáveis de que a natureza se revelou de uma forma e a sabedoria humana de outra. O resultado, como conseqüência, das ações injustas do homem com ralação ao meio em que vive, é alguma forma de vingança: o meio ambiente revela-se em fúria de difícil controle pelo homem, e, nas organizações e relações sociais a melhor vingança é a conquista da verdade para se fazer justiça. O caráter de uma pessoa, pode estar revelado na maneira como respeita a natureza e tudo que nela vive, inclusive a própria vida; gostar ou não de plantas ou animais, é outra coisa. Não nos faltam informações, frases, jargões, pensamentos e explicações sobre o homem e a natureza, o que nos falta é discernimento e aplicação do aprendizado. A atitude mais certa que uma pessoa poderia ter é o que sugere Aristóteles “antes de sermos uma pessoa da sociedade, deveríamos aprender que somos primeiro da natureza”.“Em todas as coisas da natureza, sempre existe algo de maravilhoso”. “Se viveres de acordo com as leis da natureza, nunca serás pobre; se viveres de acordo com as opiniões alheias, nunca serás rico” (Sêneca). “A natureza fala e o Gênero Humano não ouve” (Victor Hugo). Celebramos a arrogância e as coisas vãs. Prestigiamos até aqueles que constroem sua vida sobre os sonhos destruídos de outros seres humanos, por admirarmos o poder e bajularmos o poderoso, mesmo sabendo que é circunstancial e passageiro. Aprendemos a olhar as pessoas honestas como estranhas. Hoje em dia compartilhamos uma cidade, aonde moramos, e não uma comunidade, com quem convivemos e dependemos. Proponho uma reflexão ao considerar algumas convicções: - de que o homem se deslumbra com todas as suas maravilhosas sensações quando descobre a si mesmo, - do prazer que sentimos quando nos revelamos com as nobres qualidades que existe em toda pessoa, mesmo como simples ser vivo da natureza, - a sabia observação que não são as espécies amais fortes e nem as mais inteligentes que sobrevivem, e melhor vivem, mas aquelas mais suscetíveis de mudanças, - que nenhum ser vivo tem mais capacidade de adaptação do que o ser humano, - que as transformações caracterizam o processo da vida, - de que o homem ainda carrega uma sensação nostálgica de uma vida modesta e contemplativa, por que não desenhá-la para viver? - cada um deve deixar o sentimento de arrogância, em alguns instantes, ao pensar ser uma grande obra construída por si mesmo, e que independe do bem estar do outro, - fundamentalmente, o homem como todo animal e vegetal, demonstram sentir prazer, revelam diversas formas de sofrimento, incomodam-se com a dor e resistem a morte, - a obra mais perfeita é a fêmea, implicando mais responsabilidades, portanto exige ser mais valorizada, - que o verdadeiro culpado culpa a todos, menos a si mesmo, - que o sentido da vida está no serviço e a verdadeira alegria no compartilhamento, - que o mundo está repleto, como sempre esteve, de pessoas que tentam nos enganar, querendo que acreditemos, de alguma forma, no que interessa apenas para elas, para isso manipulam sobre fatos e mentem diante de situações desconfortáveis, - que as relações mais profundas são originadas pelo desejo, - que os encontros são diferentes na nossa caminhada como viajantes e o melhor encontro são com pessoas interessantes, pois nos possibilitam observar o mundo e, a gente mesmo, de forma diferente, nos proporcionando inquietações em busca do ideal de sabedoria (liberdade e bem estar), - o destino é o caminho, - que não devemos aceitar um trabalho sem sentido, - procurar não viver um relacionamento sem compreensão e respeito tornando a vida mais saudável, - revelar-se nos próprios talentos, valorizando dos outros, sem abandoná-los jamais, - sempre é tempo de recomeçar para viver com mais dignidade. A conquista do “prazer” gerado pela condição do “bem existir”, não é um direito, é uma obrigação que exige foco, esforço, desempenho constante sem desistir diante das dificuldades; influenciando e colaborando com os outros.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Reflexão sobre as palavras...de amor

Palavras de amor As palavras de amor contidas numa canção, num e-mail, numa carta ou simples manifestação verbal, só tem sentido para quem não tem medo de amar e nem vergonha de revelar os seus sentimentos. Fernando Pessoa disse que “todas as cartas de amor são ridículas. Não seriam cartas de amor se não fossem ridículas”. Ao ouvir uma canção romântica, o coração sente o canto como se fosse o protagonista da canção. Assim é ao assistir um filme ou ler um artigo falando de amor, o corpo se transforma e os hormônios nos conduzem, em diferentes formas de manifestação. As palavras de amor enviadas para alguém, não traduzem notícias e nem são de forma eruditas, são de conteúdo conhecidos e na maioria das vezes em forma de jargões. Quem enviou penetra no coração do outro e os dois podem viver significativas sensações (desde que correspondidos os sentimentos) a partir da realidade de estarem tocando o mesmo papel ou a mesma emoção. Há uma lógica explicita na manifestação do amor, mais do que palavras ou formação de imagens, o autor deseja o encontro, para revelar-se no abraço e consumir-se em prazer ao saber e sentir que corações diferentes pulsam no mesmo corpo. É impossível entender com a razão as manifestações de amor; como explicar com palavras as sensações? O registro de uma emoção não contém a excelência do seu real significado. A palavra é o veículo que transporta um desejo, que é aproximar quem neste momento está distante. Mesmo reducionista, as palavras carregam uma força transcendente, que vão entre as possibilidades de construção ou desconstrução, que aproxima e afastam pessoas, que exaltam ou punem condutas, que libertam ou escravizam para a conquista dos momentos de felicidade. Falam do desconforto da distância e a diminuem por alguns momentos, caracterizam a importância de encontros renovados. As palavras de amor são atemporais, convenientes ou não, conforme a vontade das pessoas envolvidas. Tem a mágica possibilidade de fazer o tempo parar, para nos sentirmos especiais e acolhidos, e o melhor dos sonhos se realizar: “sendo alguém para alguém“. Estar com alguém que temos afinidade é um dos idéias para ser colimado, o outro é permitir-se estar temporariamente só. A solidão é o melhor companheiro para ouvirmos e experimentar as transformações, físicas e mentais, que as palavras de amor nos ocasionam; é o clímax das realizações: amar e sentir-se amado. Existem alguns sonhos que jamais gostaríamos de ser acordado e situações que gostaríamos que fossem eternizadas. Simbolicamente representada pela configuração estrelar que hoje vemos no céu, que foi formada há muitos anos atrás e só agora nos beneficiamos com a sua contemplação. É complexo e difícil suportarmos as sensações produzidas pelo esquecimento ou falta de compleitude. Na maioria das vezes somos obrigados a conviver com a lembrança daquilo que já foi, com a possibilidade de reproduzirmos boas sensações com a lembrança, mas, logo somos chamados à realidade. Em cada um de nós revela-se mais presente o que não temos e nos falta, do que aquilo que efetivamente temos. Por isso buscamos sempre resgatar as imagens e sensações dos “paraísos perdidos” e projetá-los como uma necessidade de conquista, considerando esta a única forma para bem vivermos. Estranho e prejudicial é este comportamento, vivendo uma sensação nostálgica (nem sempre um bom fato, pois pode ser considerado bom porque já foi) e projetando uma história para viver que nunca mais se repetirá como imaginamos. Somos agora outras pessoas, vivendo em outras circunstâncias. A tecnologia possibilita diferentes maneiras de nos comunicarmos e, nem sempre é possível nos emocionarmos como desejamos. Mas pode ocorrer com outra intensidade e causar uma dimensão não esperada, até melhor se nos disponibilizarmos; sem faltar o estado de solidão propício e seus mistérios. Mas as relações cibernéticas podem ser fiéis? Como ser autêntica uma pessoa se falta um olhar para dentro de si? Qualquer relação pode ser autêntica e fiel. Os admiradores de “jardins” conseguem perceber muito além do “jardim”. É isto que nos falta sempre e no dia a dia, a percepção intima da nossa vontade e suas conseqüências, para nos vestirmos de coragem e corrermos riscos, até de ser feliz. E com medo de relacionamentos que nos causariam prejuízos mais do que vantagens, a solidão não é mais um companheiro ocasionalmente ideal, pois falta o motivo principal: não escrevemos e nem recebemos mais as cartas “ridículas” de amor. As palavras parecem servir para descrever as postagens nas redes sociais, daquilo que nem sempre somos, e gostaríamos que assim as pessoas construíssem uma imagem de nós, sempre positiva e invejada. A vida é feita de momentos, estes nem sempre oportunos. As vezes achamos que todos vivem bem, menos nós. O arrebatamento divino já aconteceu e fomos deixados para trás. Temos dois tipos de vida, aquela que anunciamos e aquela que conseguimos viver. Gosto das cartas de amor e das canções também. Eu as leio ou ouço quando desejo, ou tenho necessidade, sem hora marcada; diferente do telefonema que tem hora marca por um dos envolvidos, aquele que liga. As atitudes não se excluem, se complementam. O desejo do amor é a presença sensível de uma felicidade invisível. Interessante os poetas, escrevem e se revelam de uma forma que as vezes parece ser propositalmente contraditória. Alguns são intencionalmente mentirosos e brincam com as palavras, nunca com os sentimentos. Numa dualidade sobre o comportamento das pessoas, Fernando Pessoa, que no primeiro momento possibilita-nos acreditar que apenas as pessoas ridículas escrevem palavras de amor, discorda de si mesmo quando assina como autor Alvaro de Campos: “mas afinal, só as criaturas que nunca escreveram coisas de amor é que são ridículas”. Acrescentaria eu, as que nunca cantaram sobre o amor e dançaram qualquer tipo de dança, com quem amam, também são ridículas?

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Assim é a vida de quem se aventura

Vivi um tempo lembrando um sonho, daqueles que a gente sonha acordado; um tempo de dias em que se podia esperar a esperança, eram significativas, pareciam confiáveis e a vida valia ser vivida. Lembro agora deste tempo, que se foi e não mais voltou; hoje sei o que em mim ficou, eram apenas sonhos, invenções e ilusões. Tinha a sensação que o amor e a amada jamais morreriam, coisas de jovem para revelar-se destemido; para que soubesse que viver “paga” a pena, todo sonho sonhado e desejado, era realizado. Neste tempo o sonhador jamais desperdiça suas ações, o único preço para ser pago é o desejo e a celebração; a forma da manifestação pouco importa, se poesia ou canção, mas, dançando a melhor dança, consumindo-se com paixão. Os fantasmas vivem de noite, andando na minha cabeça, expressando-se em pensamentos, mas não os alimento; aonde estão de dia não sei, eu os exorcizo, não possibilito que façam morada no meu coração. Os fantasmas quando habitam o meu interior, distorcem as imagens que crio na lembrança; para melhor viver eu as recrio, sem transformar o sonhador com quem convivo. Assim eu sonho outros sonhos, agora reais e possíveis de serem conquistados; neles sempre estão você e meu beijo demorado, para me revelar numa esperança renovada e melhor me reconhecer. Esta criação do meu “eu” se revelando em “você“, independe da estação do ano ou a lua do dia; não é infinita, mas será sempre boa enquanto existir, completa em prazer, a sensação da plenitude e função do amor. Renasce o jovem daquele tempo, que nunca quis deixar de ser, sabendo que nem tudo podemos ter, sequer prever; a vida matou os meus sonhos impensados e suas conseqüências desconhecidas, possibilitou-me outras realizações, melhores das que sonhava. Assim é a vida: sonhar e correr o risco de viver os próprios sonhos; sem esquecer que podemos nos surpreender, vivendo melhor do que o esperado, de forma conseqüente e natural, acreditando nas possibilidades dos resultados da aventura e, aventurar-se.