segunda-feira, 30 de julho de 2012

Chama Alegre da Vida

Proponho uma reflexão sobre os bons tempos. Como é bom recordar as situações e as pessoas que possibilitaram o nosso coração “SORRIR”. Interessante é a afinidade, mesmo distantes, nos comunicamos de forma positiva (o sentimento é a mais significativa das energias). É agradável a saudade que sentimos das pessoas que fazem parte do nosso patrimônio histórico, é bom lembrar para senti-los novamente. Lembramos com carinho as pessoas que colaboraram na realização dos nossos sonhos, mesmo, nem sempre, sendo o delas também. O que seria de nós sem as pessoas que amamos, abraçamos, beijamos, nos apaixonamos, nos consumimos em prazer... mesmo em pensamentos? Neste caminho de incertezas, pode existir uma mão para nos acompanharmos. No momento preciso irá acontecer, mesmo sem sabermos de quem será, nunca sabemos o final. No nosso livro da vida, composta por capítulos que podemos chamar de fases, as páginas são escritas para registrarmos e reconhecermos: os pequenos gestos, as diferentes alegrias, as realizações (independente do tamanho), as transformações e os incontáveis sinais de carinho, quase sempre esquecidos. Quantas “atenções e oportunidades” se escondem, ou não são percebidas, nas significativas gentilezas do dia a dia? Brilhamos...cada um... na vida de outros. Sem valorizarmos. Temos que repensar, com atenção, o já vivido. O futuro tem como referência as páginas escritas. Podemos construir um novo capítulo, com outra forma de escrever, na busca de um novo caminho, despertando os sentidos para melhor aproveitar a beleza das coisas e das pessoas e, a própria formosura, para reacender e manter a “chama alegre da vida”.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Viver bem

Conquistar o sucesso, qualidade de vida, saúde, bem estar, liberdade...depende dos meios que foram escolhidos....além da qualidade de dedicação. Tão importante como acrescentar números quânticos na vida...é viver com prazer. Somos reféns das contas para pagar, da necessidade de consumo para justificar o valor do dinheiro, consequentemente do sucesso financeiro e profissional. Herdamos um entendimento cultural, com a obrigação de “vencermos” a qualquer preço. Estamos ocupados, o maior tempo do dia, fazendo coisas impostas pela necessidade “inventada”, cujo resultado nem sempre traduz a relação esperada do “fazer” com o “prazer”. Enquanto gastamos esse tempo, estamos impedidos de fazer alguma coisa que nos trouxesse mais alegria e pudéssemos compartilhar esse sentimento com a família, os amigos, ou até para nos dispormos para não fazer nada, que também é bom. A “pressa” que temos para alcançar as horas, podia transformar-se, também, na “pressa” em vivermos bem. Não temos o luxo da eternidade. É fundamental na busca pela felicidade (conjunto geral de resultados) ter certeza de que a vida não está passando inutilmente. É preciso tempo para desenvolvermos a sabedoria, ela é um encontro com a sensibilidade, em perceber e valorizar a beleza que existe nas coisas e em algumas pessoas (para deletar as outras). O saber conseguimos na internet. Cada dia tem que revelar algum encanto, alguma descoberta. O dia bem vivido simboliza uma vida. Cada dia é uma folha em branco, onde as nossas atitudes escrevem o próprio diário. O milagre da transformação, não é apenas da água em vinho. É sentir os prazeres do corpo, mesmo caminhando para a sua extinção, clamando por mais vida. No dia a dia, mesmo vendo, não conseguimos ver tudo, nem o essencial. As luzes naturais da existência possibilitam termos uma nova visão, sentindo um mundo novo, que sempre esteve perto, transformando a nossa maneira de pensar e agir. Para alguns, a palavra crise significa perigo; para outros oportunidades. Teimosamente, despertamos quando chega a crise. Vale a pena esperar acontecer para mudarmos a forma de viver? Os humanos só conseguem atribuir o verdadeiro valor das pessoas e das coisas quando não as tem mais. Viver bem depende: - de uma dieta adequada, - do estilo de vida, - da atividade física. O que fazer, quando fazer, como fazer... depende, apenas, do interesse (habilidade ou necessidade) de cada um. A vida é um processo constante de novos nascimentos. O que não podemos é morrer sem nunca termos, efetivamente, nascido ou experimentado UMA melhor forma de vida.

domingo, 22 de julho de 2012

Sou o que revelo na minha "alma".

A vida me satisfaz. Contemplo a natureza, principalmente a humana. Considero que a ação de Deus, está nos meios que existem e nos valores essenciais, de cada existência, para serem descobertas e utilizados pela própria pessoa. O grande “milagre” é descobrir e se beneficiar das condições que possuímos, para a superação das dificuldades e para a realização plena das nossas necessidades. De nada adianta o conhecimento se não o aplicarmos, na construção da pessoa que podemos ser. Disse Jung: “conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas, ao tocar a alma humana, seja sempre outra alma humana“. Este entendimento e aplicação é o fundamento para elaborarmos um estilo de vida, pessoal, no processo de vivermos melhor. Uma alma só pode sentir-se alegre colaborando com outra alma. As pessoas alegres vivem mais e melhor. O conhecimento e a esperança são os melhores alimentos da alma. Formam uma alma jovem e diminuem a amargura que “não deveria existir” na velhice, entendendo que este é o melhor tempo para valorizarmos o que “passa de bom” na alma, não mais valorizando para o que fomos adestrados: valorizar apenas a aparência, pois, poucas são as pessoas que tem brilho próprio. Temos na memória do coração e na expressão positiva da alma, grandes aliados: o horror do visível pela alma tem muito menos poder do que o imaginado pelas nossas crenças. As coisas são grandes ou pequenas, bonitas ou feias, conforme a interpretação da alma. O desenho, projetado para o tipo de vida que desejamos, é a nossa obra de arte. O que vemos e podemos sentir em toda expressão artística é o que existe no sentimento do artista. A vida me satisfaz porque eu fico bem, decidindo a cada instante o que desejo fazer. As vezes, necessito um tempo de solidão, para refletir sobre o que é fundamental para viver com prazer o tempo que me resta. Do nascimento à morte estamos envolvidos com problemas e, na busca de soluções, errando, corrigindo e acertando, vamos aprendendo. Morrer ou transformar-se, é apenas uma questão de tempo, sem data marcada. Passei o maior tempo da minha existência distraído com as coisas materiais, foi bom entender que a vida é ilusão e que necessita de invenções adequadas, em cada fase. Agora estou mais próximo do encontro com as verdades, desconstruíndo mistérios. Nada foi e será absoluto, as convicções ideológicas são visionárias ou ficção. Estou livre para questionar, até a fé, sem medo do castigo ou aonde colocarei a minha esperança. Gosto de ser assim, livre para escolher o que posso fazer, dentro de um limitado universo de possibilidades. Meu patrimônio é a minha história, o meu futuro eu mesmo faço. Só as pessoas livres é que podem tornar-se responsáveis. No determinismo não há escolha, não flui a força vital; não construímos personagens, apenas os interpretamos conforme o roteiro recebido; não somos autores ou protagonistas, apenas servidores na manutenção de um sistema ou doutrina comportamental. Meu destino estava determinado a encontrá-lo num caminho, oferecido pelas circunstâncias e por mim escolhido. Não importa qual seria, a minha determinação era apenas executar as minhas ações, influenciadas pelo amor, como produto de uma alma que se realiza com outra alma, o mais significativo dos encontros. Sou responsável por um ser humano especial, eu mesmo. Para melhor realização deste compromisso, promovo as possibilidades de “conquistar e manter”, sempre que possível, a felicidade, como estado geral, como consequência de uma mente tranqüila, um coração alegre e uma alma generosa (comigo mesmo e com os outros). A energia que move as minhas ações é renovável, sustentável, limpa, influente e contagiosa, chamada amor, revelada no exercício da compreensão e do respeito pelas pessoas, como eu, caminhantes que buscam o seu destino no caminho, dando um sentido especial para a sua existência. Entendo: que mais do que um simples direito em ser feliz, é um dever, a ser conquistado, construindo os meios, com “bom senso” ao promover a liberdade e o bem estar. Experimentar sensações é uma possibilidade do destino. O caminho eu faço. Para ter sensações novas construí um caminho novo, e me transformei numa alma nova. Formo uma unidade, não tenho o corpo (e seus cinco sentidos) separado da alma. Corpo, mente, coração e alma são as causas eficientes e o princípio organizador da expressão do meu corpo vivente. Vivo numa dinâmica constante, onde órgãos, sentidos e sensações se influenciam, tornando impossível dissociar uma coisa da outra. Eles despertam e se despertam, eu me reconstruo. A alma tem um olhar cujas pálpebras nunca se fecham. Pouco ou nada sabemos da alma dos outros, além das suposições; se soubéssemos, jamais destruiríamos as carícias que as alimentam. A alma não tem segredos que o comportamento não revele, pois, os espelhos são para ver os rostos, o comportamento nos permite percebermos a alma. “A alma é essa coisa que nos pergunta se a alma existe”... Mario Quintana.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Somos emitentes e receptores...de energia...de condutas que influenciam pessoas e somos influenciados

Educação não transforma o mundo...educação muda as pessoas....são as pessoas que transformam o mundo (Paulo Freire). Toda mudança inicia-se com a participação de cada um... com vontade e determinação. É importante sabermos aonde estamos e aonde queremos chegar. O “COMO FAZER” é pessoal, depende do entendimento e das habilidades de se revelar no comportamento, em função das relações, que variam conforme herança genética, cultura, circunstâncias, convicções... Transformar-se tem que ser uma decisão, pela sua necessidade. Somos obrigados a nos transformar em cada fase da vida, em busca da conquista da liberdade e do bem estar, que cada ciclo pode nos oferecer. A transformação, sendo uma decisão, exige planejamento na elaboração e,organização na construção de um estilo de vida. Sofremos influências da forma de pensar e a conseqüente forma de agir, para sentir o mundo. É preciso avaliar os resultados para mudarmos o comportamento, sempre que necessário, para acertar; não podemos ter compromisso com o erro. Trabalhos confiáveis revelam que conseguimos concretizar, apenas, vinte por cento de tudo que iniciamos. Desistimos com muita facilidade, diante da mais simples dificuldade. Não gostamos de “sair” da nossa zona de conforto, mesmo para conquistar uma meta desejada. Amar é uma decisão e aprendizado. Sentir-se bem ou mal é o RESULTADO de escolhas. Alguns fazem de tudo para serem reconhecidos (se frustram com facilidade por considerarem insuficiente os aplausos), outros se preocupam em transformar-se em alguém que “vale a pena” ser conhecido, são pessoas interessantes e quem os conhece sentem-se privilegiados (estes não necessitam de aplausos constantes, se nutrem do desejo em serem colaboradores na transformação dos outros). A vida recebe de braços abertos e se revela, generosamente, para aqueles que preferem: mais servir do que ser servido, mais acolher do que ser acolhido. Para estes o elogio é um estímulo que faz aumentar a responsabilidade, e não apenas um presente para satisfazer o ego. A atitude de colocar-se no lugar do outro é a melhor maneira, para desenharmos e medirmos o nosso comportamento. Este é o meio mais tranqüilo de agirmos para mudarmos as nossas relações. Também de nos transformarmos e influenciarmos, pelo sucesso do exemplo, as pessoas do nosso grupo social, e estas, influenciarem outras pessoas. A liberdade, por excelência, é o conjunto de ações realizadas após “ouvirmos” os conselhos de um coração sensível, que sangra todos os dias; diferente daquelas pessoas que os tem de metal. “Bem Estar” é o estar em paz consigo mesmo, independente da forma como os outros nos vêem. Pessoa transformada é aquela que busca viver os seus sonhos, como realização possível do desejo, e não apenas sonham e, procuram a “qualquer custo” realizar os seus desejos, independente dos meios. O homem livre vive da sua maneira, de forma simples e singular. Ama o que é digno de ser amado; valoriza o que é lícito ser valorizado (não pelo preço e sim pela representação); inclusive respeita o que convém para si, para a sua família e para a sociedade. Mesmo sem esquecer, é fundamental perdoarmos o que é possível ser perdoado, para seguirmos em frente, disponível para novas relações, sem sermos refém de sentimentos improdutivos. Intervindo ou não no processo, as transformações acontecem, com a nossa participação ou omissão (a pior de todas as formas de participação). Na forma de existirmos, não há prêmios e nem castigos, tudo é conseqüência. Educação não transforma o mundo...transforma pessoas...estas transformam o mundo...que a gente mora...que “pegamos” emprestado dos nossos filhos...e teremos que devolver um dia...em que condições? As condições são conseqüências...dos resultados...da ação ou omissão...de cada um...e dos grupos sociais.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Sou diferente daquele que os outros vêem.

As vezes me olho no espelho da vida, me vejo de várias maneiras. Estou velho, mas, nem sempre é apenas isso que consigo ver. Quem tenho sido eu? Como os outros me vêem? Não sei como sou observado, considero que sou muito mais do que posso ser visto, devido o olhar humano ser limitado e temporal. Estou, fisicamente, marcado pelo tempo. Emocionalmente também. Meu comportamento se confunde na memória da minha existência histórica e no registro do meu coração. Sou agora, também, pela audácia de ter vivido e ter pago pedágio para as horas (a unidade de marcar a vida), um idoso, de hábitos incertos em função das “coordenações e associações” que não são mais as minhas aliadas, e, realizo tudo com o maior esforço, muito diferente da pessoa ágil que fui um dia. Vejo em mim o que ninguém vê: - uma criança alegre, brincando com seus primos, amigos de escola e da rua, vivendo numa família organizada. Brincar era o meu ideal de felicidade; - o adolescente inquieto e sonhador, que se transformava, orgânica e mentalmente. Amigo dos seus amigos, aventureiro na arte de descobrir quem gostaria de ser e, de se revelar na conquista de uma menina, amada, futura mãe de seus filhos. Procurar, encontrar, descobrir e revelar-se era o meu ideal de felicidade; - namorado, noivo, marido, amante, companheiro, conquistador, educado e educador, pai, trabalhador, terapeuta e professor, caminhante determinado, viajante sem determinismos (entendendo que o destino é o caminho), visionário, disponível para abraçar e ser abraçado (principalmente pelos seus alunos), acolhedor de necessidades e estimulador de possibilidades...testemunhando que o sentido da vida é aquele que conferimos á ela... desfazendo mistérios, adquiridos e herdados, construídos pela falta de conhecimento ou de conhecimentos equivocados. Amar e ser útil era o meu ideal de felicidade; - fui transformador e transformado no mesmo processo, por pessoas, na forma de pensar e agir, para sentir o mundo. Transformação e aprimoramento era o meu ideal de felicidade; - como outros busquei, incessantemente, a realização das necessidades e dos desejos, no encontro do prazer, e, descobri o seu significado na conquista e manutenção da liberdade e bem estar, para harmonização da saúde, orgânica, emocional, para ser referência para o seu grupo social. O esplendor da vida espiritual era o meu ideal de felicidade; - foi bom ser guia de alguns e aplaudir o sucesso de todos. Ser bom companheiro era o meu ideal de felicidade; - fui, deliberadamente, refém, da necessidade de estar envolvido no processo de “encerrar” ciclos para “construir” outras etapas. Morrer em cada fase de vida para nascer em outras, (determinadas por eventos típicos e ocasionais) e, projetar- me em outras formas de perceber o mundo e renovar-me, era o meu ideal de felicidade; - como viúvo, mesmo sentindo o gosto amargo, traduzido no sabor da cinzas da amada que morreu, renascer mais forte do que antes foi fundamental; não tenho medo da vida...que venha...encontrará um guerreiro...que não teme o combate. Ser o protagonista da minha história era, mais uma vez, o meu ideal de felicidade; - mais do que ser pai, tive o privilégio de experimentar o diferente e difícil de descrever (pelo seu fundamento) o nobre exercício do amor de mãe. Viver e promover o bem estar familiar, era o meu ideal de felicidade (família é o principal grupo social); - como velho, não temo a morte... sinto pena por deixar de viver... este é o único mistério. A vida sem mistérios é o meu ideal de sabedoria; - vejo meus alunos serem excelentes professores, contribuindo na formação de futuros profissionais, e me emociono com o legado. Sentir-me realizado com a realização dos outros é o meu ideal de sabedoria; - li , escrevi , disse , explicitei , materializei o confesso que vivi...continuo jovem na lembrança dos meus filhos, alunos e amigos. O bem coletivo é o meu ideal de sabedoria. A vida chegou um dia (há muito tempo), quando ainda não esperava e, parte dela compartilhei. Muito de mim se foi, para construir novas famílias, assim é a vida, seguindo em frente. Fico com as lembranças do que fui, não vivo no que passou, mas, o que foi ainda vive em mim. Assim me vejo, como os outros não me vêem: várias vidas, vários personagens, numa única existência, marcada por dois eventos naturais, que são o nascimento e a morte. Morro eu, jamais os personagens que fui, amante e amorável. Hoje, graças a tecnologia, visito o meu passado e algumas pessoas com quem convivi fases da vida. Não há encontro presencial, mas, emocionalmente é real. Lembrar é viver mais de uma vez. Quando deixar este mundo, e não mais existir a presença da imagem que vejo no espelho, o faço tranquilamente e acompanhado, de mãos dadas, com os personagens que fui e nunca os escandalizei: o velho, o adulto, o jovem e a criança, que ainda gosta de brincar (mudaram apenas os brinquedos). Sou muito mais do que os outros conseguem ver, com olhos limitados e pré-conceituosos. Felizes os que conseguem ver com “olhos humanos” e interpretam com a “sensibilidade da alma“. Sou mais do que um conjunto de músculos, ossos, tendões, órgãos falidos e pele enrugada... sou o resultado das experiências que vivi. Jamais conseguiria ser, a pessoa que gosto de ser, sem você. Obrigado amigo, pela sua participação na minha vida. Meu ideal de sabedoria é o reconhecimento, gratidão e manifestação. Fui e sou apenas o que consegui ser...alguém que busca. Sempre feliz, não por ter conquistado, mas, por ter lutado.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Encerrando ciclos para começar de novo

Nós só conhecemos, efetivamente, a nossa capacidade de aceitação e transformação, gerada por força interior, quando “ser forte” é a única forma de “ser” para atendermos as nossas necessidades. A vida pode nos oferece oportunidades, que podemos considerar presentes, mas para desfrutar, temos que abrir o pacote. A nossa existência é marcada por diferentes fases, também chamada de ciclos, cada uma com características peculiares, que só acontecem em determinadas fases. Em todas elas temos ganhos e perdas, temos que entender que é esta a regra do jogo, que saibamos aprender com as derrotas e também possamos descobrir os ganhos e valorizá-los, em vez de apenas nos lamentarmos. Podemos mudar o resultado de qualquer jogo, o placar não é determinado por antecipação, a não ser quando não temos vontade de transformar as nossas sensações. Permanecer numa fase é não viver as demais, renunciando todas possibilidades. No trajeto da nossa caminhada, portas se fecham e outras se abrem. A vida continua, pode mudar a forma. Ao experimentarmos uma situação de desconforto, físico e emocional, podemos até perguntar sobre o “por que“, principalmente por que “comigo“? É que para os outros, o outro somos nós. Como é impossível estarmos em vários lugares ao mesmo tempo, o passado pode viver em nós, mas, não é saudável viver no passado, nos lamentando constantemente. Vivendo com as lembranças ruins do passado, estaremos além de prejudicar as ações do momento presente, dificultando idealizar um amanhã satisfatória e de nos prepararmos adequadamente para vivermos novas e significativas emoções. A perda, de pessoas próximas e familiares, é mais difícil de elaborarmos. É difícil vivermos o luto e substituir algumas pessoas. Contudo, a maioria das coisas, como a relação com as pessoas e o trabalho, podem ser substituídas com vantagens. Precisamos encerrar, emocionalmente, os ciclos, para abrir espaço e dar oportunidade que outras emoções e forma de viver aconteçam (ficha limpa para o coração registrar em sua memória uma transformação no padrão de pensamento, elaborar outras atitudes e sentir o mundo livremente). A vida exige que estejamos disponíveis para o novo. Toda bez que precisar de uma mão amiga, pode contar sempre com duas, encontram-se no final dos próprios braços. http://youtu.be/gg8ZIonUyS0

quarta-feira, 11 de julho de 2012

BOM SENSO....

Bom senso é a principal característica das pessoas emocionalmente equilibradas As pessoas chamadas de “maduras” ou “prontas” são aquelas que aceitam como são as situações impossíveis de serem mudadas, por que esta é uma das maneiras de se viver em paz. Diferente dos imaturos, que só contemplam a beleza exterior, convertem toda expressão da natureza e benefício do natural, em beleza interior. Conseguem conquistar e manter a fé em si mesmo. São naturais e se beneficiam da alegria espontânea, convencido que a memória do seu coração registra bons momentos e é capaz de superar outras dificuldades. Reconhece que não existe força capaz de deter quem sonha (sonhos possíveis de serem realizados), quem tem coragem de começar sempre, de se dedicar para correr o risco de viver seus sonhos. Sabendo das suas limitações, utiliza-se com sabedoria de armas poderosas, como: a capacidade em transcender (colocando-se no lugar do outro) e, desenvolver a pratica natural de compreender para respeitar, respeitar para valorizar, valorizar para amar... em todo tipo de relação. Espera o melhor momento para inventar uma ilusão, esta tem mágicos poderes, é transformadora. O ideal da vida é: aventurar-se para se revelar; descobrir para conhecer; sonhar para realizar; construir para ser autor; amar para ser amado; esperar para ter pelo que viver.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Vivendo a minha espiritualidade

As palavras de Millor “o homem nasce original e morre plágio”, possibilitou-me a reflexão sobre a necessidade em capacitar-me para rever as minhas atitudes, diante dos equívocos. Considerei alguns dos meus paradigmas: - preciso ter coragem para o enfrentamento das diferentes situações; - é fundamental entender que a vida é um processo caracterizado por diferentes fases; como se sucedem, sucessivamente, perdemos a noção dos seus limites; - devo ter delicadeza com as interpretações dos fatos e as palavras usadas nos diálogos, comigo mesmo e com os outros; - mesmo perdendo a acuidade dos meus sentidos, tenho que me tornar mais sensível aos sentimentos e às minhas necessidades, relacionando a forma de viver com o desejo, vivendo bem o tempo que ainda me resta; - tenho que exercitar a possibilidade de estar atento e ser sensato nas escolhas, desenhando e praticando um equilíbrio racional no convívio com esses meus desejos; - sempre é bom estimular o uso da paciência diante das dificuldades, naturais e as oferecidas pelas pessoas; bem como a tolerância diante das diferenças e, a indiferença com aquilo e aqueles com quem não desejo mais conviver, nada acrescentam. É o caminho de volta para a originalidade? Quero romper com a condição de tornar-me, simplesmente, um plágio. Passei, como outros, grande parte da minha vida na “rua”, buscando a realização profissional e financeira, no atendimento de um chamado vocacional e a necessidade de “fazer” dinheiro para financiar a vida da família. Nem sempre nos damos conta da forma que estamos existindo, pois, a necessidade é determinante e somos reféns das contas para pagar. Fui o que preciso era ser; diante da pouca liberdade de escolha, sendo guiado pela vontade das conquistas matérias, na esperança de comprar o prazer, como oferta de mercado. Diferente do que sou agora. A vida é um processo constante de novos nascimentos, como preconizado por Eric Fromm, acrescentando que a maioria das pessoas morrem, sem, efetivamente, nunca terem nascido. A vida me disponibiliza a oportunidade de completar uma fase e iniciar outra, de forma conseqüente. Estou no caminho de uma nova jornada, de volta para o meu interior (já que não posso mais voltar ao útero materno) aonde tenho uma vida intensa, de espiritualidade, em sintonia com o meu coração, que pede ações que proporcionam a excelência na conquista do prazer. Como tudo que é vida, se transforma, se renova, com novas possibilidades. Vivo outro sentido na vida, em conexão com outras coisas e outras formas de me relacionar, comigo mesmo e com as pessoas. Nessa busca e encontros, a alegria é mais presente. O coração, como sede dos sentimentos, clama por alívio da rotina diária e a vida nas corporações. Ele quer sentir a lembrança nostálgica da paz dos primeiros tempos, o original da criança que um dia eu fui. Quero esquecer o muito que foi prometido pelo ideal de sociedade e pelas religiões, e, sempre lembrar do pouco que me proporcionou o mundo material. Caminhei distante e não encontrei um porto seguro. Eu sou o abrigo e guardião da criança, maravilhosa, que existe em mim. “Viver é rasgar-se e remendar-se”,com este aforismo de Guimarães Rosa, sigo em frente. Estou determinado a vencer. A conquista me consola mais que um ombro amigo. Quero ser o protagonista da minha história e não ser personagem, coadjuvante, nas histórias mundanas. Estou de volta para casa, redescobrindo os meus valores e estabelecendo nova interpretação para a última fase da minha vida. O idoso que tem medo de deixar a vida (podemos ter “pena”) é tão tolo quanto um jovem que tem medo de abraçá-la. A minha originalidade “cheira a guardado” mas ainda vive, de braços estendidos, esperando por mim. Se a vida é uma invenção, como disse Ferreira Goular: reinvento a minha vida. Construindo-a de forma singular e pessoal, para chamá-la de própria. O faço de forma silenciosa e consistente, reflexiva e colaboradora, questionadora e sossegada, livre e gestora do bem estar. Estou aprendendo a lidar com os meus fantasmas, herdados (pelo patrimônio genético e culturais) e adquiridos (nas relações sociais e religiosas). Freud disse que um homem livre da religião tem uma oportunidade melhor de viver uma vida mais normal e completa. As convicções sociais e religiosas não me causam mais prejuízos. Livrei-me das ideologias impostas, manipuladas e praticadas para a manutenção de sistemas, pois, impossibilitam o encontro das pessoas consigo mesmas, de forma livre e real. Tenho, por necessidade, consciência e clareza naquilo que estou buscando. Estou quieto e confiante, agradecido pelos resultados das experiências que possibilitaram aceitar e gostar da pessoa que me tornei. Compreendo e respeito a minha história. Bernard Shaw disse que a coisa mais importante da vida é o dinheiro. Segundo Rubem Braga, não pelo “apetite social”, mas que, a grande vantagem de ter dinheiro é não precisar pensar, a todo momento, no dinheiro. Faz ainda referência que os homens públicos agem sem sentimentos públicos e, a maioria dos homens ricos são “pobres diabos” pelo valor equivocado que fazem do dinheiro. Mais do que conforto, o dinheiro “compra” segurança. Penso na forma de ganhar e gastar. “Viver é a coisa mais rara do mundo, A maioria das pessoas apenas existe” Oscar Wilde. Existe “para que“? Tão bom viver o dia a dia....a vida assim...jamais cansa...viver tão só o momento, como estas nuvens nos céus....Canção do dia de sempre de Mario Quintana. Disse ainda: “A arte de viver é simplesmente, a arte de conviver...simplesmente disse eu? Mas como é difícil“. Esse é um dos desafios para viver bem. É difícil, mas a conquista é expressiva, essa vitória tem um significado positivo, para outras conquistas e sensações. “É difícil conviver com outras pessoas porque o calar é difícil” Nietzche. Se o calar as vezes necessita de isolamento, deve-se buscar o melhor. “Se é impossível viver só, mesmo que temporariamente, nasceste escravo” disse Fernando Pessoa. Volto hoje à alguns lugares da minha infância, como antigamente: feliz. Antes de mãos dadas com os meus pais, agora com a criança que existe em mim; somos parceiros que caminham encantados, pelo encanto de ser o provedor, protetor e protegido de mim mesmo. Em outros tempos, me surpreendia querendo que as pessoas existissem dentro de um padrão de comportamento que considerava normal e melhor para a sociedade. Agora, entendo o porque da pluralidade e os diferentes fatores que podem ocasionar, eu as aceito como são, me considero livre para escolher com quem quero me relacionar. Egoísmo não é a condição de escolher como viver e sim querer que os outros vivam como nos interessa. Lembrando de Renato Russo afirmo que: mesmo não sabendo para onde irei amanhã, não por estar confuso mas, para estar bem, aprendi a viver um dia de cada vez e me beneficiar dos prazeres do hoje. Disse Drumond: “clara manhã, obrigado“. O essencial é viver bem. “Apressa-te a viver bem e pensa que cada dia é, por si só, uma vida” Sêneca. Quando jovem precisava de pretextos para viver e inventar uma ilusão, hoje basta-me uma razão, como viver em liberdade e promover o meu bem estar. Clamo pela boa vida. O bom na vida é começar, rara são as pessoas que gostam de concluir o que começaram. No terceiro ato da minha vida, tudo parece um recomeço, só que agora em melhores condições. A vida exige começar sempre, a cada instante, agora tenho a vantagem que já comecei o começo, sinto-me mais confiante, para viver o que disse Goethe: “assim que você confiar em si mesmo, você saberá como viver”. Isso é a essência da liberdade. Nos primeiros atos da minha vida, realizados no teatro prolixo de toda existência, vivi amarrado às pessoas, à carreira profissional e coisas (para me sentir vivo, de que adiante o dinheiro se não for para consumir?). Explicito agora o que propôs Einstein: “se queres viver uma vida feliz, amarra-te a uma meta e não às pessoas e nem às coisas“. Minha meta é promover e desfrutar do bem estar, influenciando, positivamente, outras pessoas, desde já. “A felicidade não está em viver, mas em saber viver. Não vive mais o que mais vive, mas o que melhor vive” Gandhi. Não chorei, nem sequer lamentei, ao findar e despedir-me dos outros atos (fases da minha vida), pois, segundo Richard Bach, as fases anteriores foram constituídas de formalidades obrigatórias, do politicamente correto, para que acontecesse “desta forma” nesta fase atual (o terceiro ato). Um dos principais eventos da vida, em função de emoções e satisfações significativas, é o reencontro comigo mesmo. É o encontro com o original para excluir a possibilidade de ser apenas um plágio. Em qualquer fase e momento da vida, irei enfrentar dificuldades. Mas, o modo como encarar os problemas é que faz a diferença na forma de viver, justificando Benjamin Flankin. Assim consigo viver hoje, como gostaria de viver eternamente, se fosse preciso. “ Penso agora como Machado de Assis, que “a arte de viver consiste em tirar o maior bem do maior mal”; este é um aprendizado que pratico na minha forma de pensar e agir, para sentir melhor o mundo. Entendo hoje a ansiedade de outros tempos e dela me libertei, pensando nas palavras de Fernando Sabino, “que o diabo desta vida é que entre cem caminhos, temos que escolher apenas um, e viver com a nostalgia dos outros noventa e nove”. O homem é um ser eternamente insatisfeito. Agora eu sei, que o mais fundo da existência humana está na superfície, da lógica do conhecimento. Gosto de estar envelhecendo. Neste processo, de transformação e aprendizado, sei que envelhecer, além de poder representar liberdade e possibilidade de conquista do bem estar, é a única maneira, até agora conhecida, de vivermos mais tempo, sempre pensando em ofertar qualidade a este tempo. As vezes, o fato de saber que o único animal que tem dificuldade em viver em “rebanho” é o ser humano (como diria Millor: o macaco que não deu certo), fico inquieto, não por muito tempo, simplesmente aceito. Não tenho tempo para mais nada, ser feliz (estar bem) me consome o tempo todo (Clarice Lispector). Hoje, faço adaptação das palavras de Dostoievski “o segredo da existência não consiste em viver, mas em saber “para que” se vive”. Vivo em função de me alegrar, acolhendo e entusiasmando as pessoas com quem convivo, considerando o que aprendi com Hipócrates e Sócrates: “o caminho mais grandioso para vivermos neste mundo, é procurar ser a pessoa que fingimos ser“... bárbaro! Deixo para trás a opressão de ter uma vida produtiva, o tempo todo, sem o ócio do prazer. Quero me revelar, para ser contemplado por mim mesmo, numa forma livre de viver, realizando alguns dos meus principais desejos, de quem me confesso como eterno aprendiz. Quero terminar o meu tempo, como ser finito e circunstancial, em qualquer momento, sem medo dos mistérios que envolvem a morte, tendo apenas um sentimento: foi bom viver uma bela jornada. Na simples condição de caminhante, percorrendo o meu destino (simbolizado pelo caminho), realizando escolhas e sendo responsável por elas, encontrei diferentes pessoas, que se tornaram minhas companhias, em diferentes momentos. Reconheço a importância de cada pessoa, especialmente você. Com você aprendi e pude me transformar, na pessoa que hoje consigo ser. Nossos momentos foram de alegria, reflexão, conquistas, aventuras e descobertas (o mais significativo entre tudo que é importante). Quando duas mentes se encontram, são como agentes químicos, se houver reação, as duas se transformam, nunca mais serão as mesmas (Jung). Metade mim é descoberta a outra metade é gratidão. Eu existo em você, tanto quanto você existe em mim. Delibero-me vestir-me de prazer como um rei de púrpuras se veste,e, afirmar o que disse Pablo Neruda: “Confesso que vivi”.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Somos seres em processo constante de transformação

Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma...Lavoisier Estudos recentes, sobre a chamada “partícula de Deus”, poderão esclarecer dúvidas e mistérios sobre a existência do Universo. Partimos do zero absoluto ou do que? Teoria da Criação ou da Evolução entendem que todo tipo de vida é um processo de transformação (teve início, tem meio e como será este fim, no que nos transformamos?). Transformar é mudar de forma, transformar-se é mudar de atitudes. Não somos os mesmos o tempo todo. Estamos em constante e interminável processo de transformação, nas dimensões físicas, psicológicas, sociais e espirituais. Nossos dias se renovam conforme as circunstâncias, influenciados pelas ações do metabolismo orgânico, da interação com o ambiente e das informações. Carl Jung disse: “o encontro de duas pessoas assemelha-se ao contato de duas substâncias químicas: se alguma reação ocorre,ambos sofrem transformação”. Caso contrário, defini-se como indiferença. O encontro entre pessoas, a contemplação, a meditação, a reflexão, a oração, o conhecimento, o resultado das experiências, a cultura, as convicções religiosas, a fé, a atividade física, o estilo de vida, o alimento, o lazer, a composição familiar, os grupos sociais, a profissão e tipo de trabalho....são agentes transformadores. O resultado de quem somos depende da herança genética, das circunstâncias (possibilidades e realidade) e das nossas atitudes diante dos eventos, naturais e os provocados deliberadamente. Podemos escolher “como“, “quando“, com o “que nos transformar“ (agente transformador)? Nem sempre. Podemos escolher diante de limitadas possibilidades. Existem mecanismos na dinâmica psicossomática do pensar, agir e sentir o mundo que são herdados pelo DNA, outros são da própria espécie, além dos adquiridos, conforme estímulos determinados pelas relações no decorrer da vida. Somos uma máquina complexa de funcionamento, onde tudo nos influencia, principalmente as nossas necessidades básicas e os nossos desejos. Nos processos que caracterizam as diferentes formas de vida, as mudanças irão acontecer, independente da vontade e interferência no modo de conduzir estas transformações. Se não gostamos do que estamos vivendo, vendo e nos tornando, é possível fazermos correções e ajustes, para conduzirmos (conforme as circunstâncias) o resultado dessas transformações e influenciar outras vidas (pessoas, animais e coisas), obtendo outras respostas. O processo é dinâmico e necessita ser conduzido conforme as escolhas, realizadas para conquistarmos os nossos desejos. As vidas formam hábitos, que conduzirão a forma de existir de cada um; temos que construir e manter os bons hábitos para sermos os condutores das nossas vidas ou, simplesmente, ser conduzido pelo acaso e pela vontade dos outros. Viver com liberdade, para conquistar o bem estar, é ser protagonista da própria história. Os outros serão apenas metamorfose ambulante... como disse Raul Seixas. Entendendo que a vida das pessoas é um processo de transformação de indivíduo em pessoa, acredito que as duas principais possibilidades e facilitadoras neste processo, são: vontade e conhecimento. Na vontade, reside o desejo de atendermos as nossas necessidades humanas (a mãe de todas as realizações) e, a busca da realização do prazer, existente na prática da liberdade e na conquista do bem estar (ingredientes do ser feliz...resultado geral de um conjunto de experiências). No conhecimento reside a sabedoria para a realização das escolhas; achar que sabe é a mãe de todos os erros. A transformação em pessoa saudável (física e emocionalmente) depende da substituição de hábitos. Novos significados, de que maneira podemos e queremos existir, necessitam fluir. O prazer não pode ser estudado segundo padrões das ciências exatas, ele é circunstancial. Não há como medir a existência, quantificar e qualificar as possibilidades e o grau de felicidade. Depende da relação entre o agente transformado escolhido e cada pessoa, o mesmo agente tem diferentes ações e efeitos transformadores, até com a mesma pessoa, em diferentes momentos. Querendo ou não, tudo muda. Para aonde e como, é escolha pessoal Somos seres em metamorfose constante, conscientes ou não. Não gosta da sua forma de vida? Mude, escolhendo os seus agentes transformadores No “que” e no “como” transformar-se chamamos: A Arte em Viver

terça-feira, 3 de julho de 2012

O bom de ser... amante e amorável

Que bom seria se tivéssemos muitas vidas, umas para aprender e outras para viver em harmonia: com liberdade, sem complexos, controlando as ansiedades, sem medos e desajustamentos, livres das mágoas e dos arrependimentos e, aventurando-se na conquista do prazer. Seria excelente ter um tempo e possibilidades para sermos amantes e amoráveis, sendo irresponsavelmente comprometidos na arte de amar, consumindo-nos de alegrias, com a pessoa ou coisa amada. Não temos o luxo da eternidade; temos que fazer tudo numa única e breve vida. Como mantermos a consciência de quem somos e transportarmos para as vidas futuras todo aprendizado, se as vidas não são interligadas? Mesmo que exista outras vidas, temos que vive-las como se fosse a primeira vez, temos que aprender tudo novamente, não trazemos o resultado das experiências anteriores e nem lembranças. Queria sentir-me livre, ter superado as inquietações e transtornos naturais da existência humana, para viver um amor sem mistérios e sem necessidade de virtudes. Não quero mais ser, um simples, aprendiz do desejo. Quero estar num lugar e encontrar a forma, onde possa o meu coração humano, viver em paz, para ser feliz, bem feliz. Não sei bem o que é o amor, nem de onde vem e porque termina. Amar alguém é também desejar, sem autoridade compartilhar uma cama de prazer aonde cabe os sonhos e os corpos que não querem se separar. O amor como o ódio (cuja diferença é muito sutil), alimentam-se de coisas pequenas. A diferença é que no amor não é permitido fazer nenhum mal, no ódio nenhum bem e este, tem melhor memória. Não é fácil definirmos amor com palavras, é um sentimento “bom” sem explicações. Descobrir-se e revelar-se no amor é encontrar a plenitude, e saber o que podia estar nos fazendo falta. O amor é cativeiro que enlouquece...e desta doença não queremos mais sarar. Não podemos perder tempo em querer entender o amor e a amada; é improcedente pedirmos explicações do inexplicável. Quantificar e qualificar o amor é não estar amando. Temer a possibilidade em amar, é temer a vida. Não tem sentido querermos obter da vida o que não conseguimos por amor, é apenas um negócio de conveniência. Existe apenas uma orientação na pratica de amar: planejar e conquistar o “bem estar” de quem se ama. Amor é transformação, é superação, é o melhor combustível para estarmos nas nuvens e mantermos os pés no chão. É não precisar esperar ocasiões especiais para revelarmos quem conseguimos ser quando estamos com a pessoa ou coisa que amamos. Amar é a real poesia dos sentimentos, é estar um dentro do outro e descobrir os tesouros escondidos que existem no fundo da “alma” humana. O amor e o ódio, são as mais significativas de todas as forças. Há quem diga que o ódio tem mais força do que o amor, confesso que nunca experimentei, e deste sentimento quero estar distante. Prefiro as conquistas utilizando o poder do amor. No ato de amar nos transformamos no melhor que podemos ser. Com a obtenção do prazer aperfeiçoamos a atividade, para termos mais e melhor prazer. No amor, construímos paradigmas e vivemos paradoxos; há sempre alguma loucura no amor, como uma razão na loucura. Amar é querer morrer de amor e continuar vivendo. É destruir hábitos para criar outros, aumentando possibilidades de contentar-se no dia a dia. É o amor que nos conduz a condição de humanos, num processo único, em busca da realização e manutenção do prazer. O amor é infante: admira o que vê e deseja ter; busca a satisfação e não a perfeição; denuncia-se mais na mirada do que nas palavras. O amor é adulto: no homem ele é gerado pelo desejo, na mulher ele é quem gera o desejo; a verdade entre os adultos quase nunca é explicitada e, no adulto o amor é uma condição especial na qual nunca conseguimos ver as pessoas e coisas como realmente são. Só os sábios entregam-se às loucuras do amor e se beneficiam das suas delícias.