domingo, 22 de julho de 2012
Sou o que revelo na minha "alma".
A vida me satisfaz. Contemplo a natureza, principalmente a humana. Considero que a ação de Deus, está nos meios que existem e nos valores essenciais, de cada existência, para serem descobertas e utilizados pela própria pessoa. O grande “milagre” é descobrir e se beneficiar das condições que possuímos, para a superação das dificuldades e para a realização plena das nossas necessidades.
De nada adianta o conhecimento se não o aplicarmos, na construção da pessoa que podemos ser.
Disse Jung: “conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas, ao tocar a alma humana, seja sempre outra alma humana“. Este entendimento e aplicação é o fundamento para elaborarmos um estilo de vida, pessoal, no processo de vivermos melhor. Uma alma só pode sentir-se alegre colaborando com outra alma. As pessoas alegres vivem mais e melhor.
O conhecimento e a esperança são os melhores alimentos da alma. Formam uma alma jovem e diminuem a amargura que “não deveria existir” na velhice, entendendo que este é o melhor tempo para valorizarmos o que “passa de bom” na alma, não mais valorizando para o que fomos adestrados: valorizar apenas a aparência, pois, poucas são as pessoas que tem brilho próprio.
Temos na memória do coração e na expressão positiva da alma, grandes aliados: o horror do visível pela alma tem muito menos poder do que o imaginado pelas nossas crenças. As coisas são grandes ou pequenas, bonitas ou feias, conforme a interpretação da alma.
O desenho, projetado para o tipo de vida que desejamos, é a nossa obra de arte. O que vemos e podemos sentir em toda expressão artística é o que existe no sentimento do artista.
A vida me satisfaz porque eu fico bem, decidindo a cada instante o que desejo fazer. As vezes, necessito um tempo de solidão, para refletir sobre o que é fundamental para viver com prazer o tempo que me resta.
Do nascimento à morte estamos envolvidos com problemas e, na busca de soluções, errando, corrigindo e acertando, vamos aprendendo. Morrer ou transformar-se, é apenas uma questão de tempo, sem data marcada. Passei o maior tempo da minha existência distraído com as coisas materiais, foi bom entender que a vida é ilusão e que necessita de invenções adequadas, em cada fase. Agora estou mais próximo do encontro com as verdades, desconstruíndo mistérios. Nada foi e será absoluto, as convicções ideológicas são visionárias ou ficção.
Estou livre para questionar, até a fé, sem medo do castigo ou aonde colocarei a minha esperança. Gosto de ser assim, livre para escolher o que posso fazer, dentro de um limitado universo de possibilidades. Meu patrimônio é a minha história, o meu futuro eu mesmo faço.
Só as pessoas livres é que podem tornar-se responsáveis. No determinismo não há escolha, não flui a força vital; não construímos personagens, apenas os interpretamos conforme o roteiro recebido; não somos autores ou protagonistas, apenas servidores na manutenção de um sistema ou doutrina comportamental.
Meu destino estava determinado a encontrá-lo num caminho, oferecido pelas circunstâncias e por mim escolhido. Não importa qual seria, a minha determinação era apenas executar as minhas ações, influenciadas pelo amor, como produto de uma alma que se realiza com outra alma, o mais significativo dos encontros.
Sou responsável por um ser humano especial, eu mesmo. Para melhor realização deste compromisso, promovo as possibilidades de “conquistar e manter”, sempre que possível, a felicidade, como estado geral, como consequência de uma mente tranqüila, um coração alegre e uma alma generosa (comigo mesmo e com os outros).
A energia que move as minhas ações é renovável, sustentável, limpa, influente e contagiosa, chamada amor, revelada no exercício da compreensão e do respeito pelas pessoas, como eu, caminhantes que buscam o seu destino no caminho, dando um sentido especial para a sua existência.
Entendo: que mais do que um simples direito em ser feliz, é um dever, a ser conquistado, construindo os meios, com “bom senso” ao promover a liberdade e o bem estar.
Experimentar sensações é uma possibilidade do destino. O caminho eu faço. Para ter sensações novas construí um caminho novo, e me transformei numa alma nova.
Formo uma unidade, não tenho o corpo (e seus cinco sentidos) separado da alma. Corpo, mente, coração e alma são as causas eficientes e o princípio organizador da expressão do meu corpo vivente. Vivo numa dinâmica constante, onde órgãos, sentidos e sensações se influenciam, tornando impossível dissociar uma coisa da outra. Eles despertam e se despertam, eu me reconstruo.
A alma tem um olhar cujas pálpebras nunca se fecham. Pouco ou nada sabemos da alma dos outros, além das suposições; se soubéssemos, jamais destruiríamos as carícias que as alimentam.
A alma não tem segredos que o comportamento não revele, pois, os espelhos são para ver os rostos, o comportamento nos permite percebermos a alma.
“A alma é essa coisa que nos pergunta se a alma existe”... Mario Quintana.
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