Atribui-se a Drumond as palavras: “ O AMOR é primo da MORTE, e da morte vencedor, por mais que o matem...e matam...a cada instante de amor”.
Oscar Wilde dizia que matamos a pessoa que mais amamos.
Estima-se que no Brasil, em torno de 3 milhões de pessoas preferem viver só. As relações familiares sofrem fortes alterações, existindo diversos tipos de configuração (envolvendo pessoas, sexo e animais). Estudos na Grã Bretanha, revelam que no Reino Unido, de cada cinco pessoas, apenas uma, vive conforme se considera uma família clássica (pai, mãe e dois filhos). As pessoas com mais de 50 anos, estão fazendo a opção de morarem sozinhas. Cada vez mais procura-se manter a própria identidade, independência e autonomia. Com a tecnologia e animais de estimação, viver só não significa, necessariamente, estar só. Setenta por cento das pessoas, quando têm tempo disponível preferem navegar na internet, revelando que o que vale, realmente, é socializar; encontrando-se, eventualmente, com amigos e familiares , e, viajando. Sabe-se que as pessoas que optaram pela solidão, morando ou não sozinhas, tem maiores possibilidades de se deprimirem ou permanecerem por mais tempo num estado de tristeza. Há necessidade, humana, de compartilharmos os nossos sonhos, desejos, queixas, opiniões, histórias de vida. As pessoas que não estão inseridas em nenhum grupo social, ou forma de participação, estão mais suscetíveis à transtornos orgânicos emocionais.
A liberdade que se busca, sugerindo responsabilidade nas escolhas, é a realização de si mesmo, despertando e nutrindo a criança que existe no interior de cada um. O ideal a ser colimado é conseguir cuidar de si mesmo.
Como tudo na vida, sempre haverá exceções, com variação de clareza e intensidade nas sensações que poderão determinar os fatos.
O ideal, é a utopia que devemos procurar viver. Determinam metas, estratégias, caminhos e materializam o foco.
Nosso diálogo, solitário, envolve várias questões, significativas ou não.
As pessoas que vivem só, podem desenvolver a capacidade de experimentar a ternura, na intimidade com o silêncio. Emocionam-se com as descobertas, de tantas belezas, que podem ser contempladas no universo. Valorizam pequenas coisas que passam desapercebidas quando temos a agenda ocupada (estabelecidas conforme interesses e desejos da família). As pessoas que optaram por estar sozinhas, desenvolvem uma capacidade, sensível, de sonhar, entendendo que o sonho é a possibilidade de se relacionar com a esperança, com o desejo provável de viver... uma história de amor.
Que pena que as relações afetivas são estabelecidas pela atração, ou por algo inexplicável à luz da razão, e, não por afinidades.
Acredito que as pessoas queiram viver uma história com relações agradáveis, promovendo e recebendo prazer. As dificuldades são: “como fazer?” ; “com quem estabelecer uma união?”. Uns querem apenas desfrutar o que o outro irá construir, transferindo seus problemas, complexos, necessidades, angústias....
Não falta gente complicada!
O medo da frustração e da desconstrução nas relações, pela falta de vontade e sinceridade do outro, nos conduz ao menor dos transtornos...aprender a viver só. Deveria existir uma espécie de “bazar”...onde os sonhos perdidos se encontrariam...e... os afins pudessem se realizar.
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