
3) Influências das necessidades no comportamento do ser humano.
Existem duas maneiras de vivermos em sociedade: procurando entender o mecanismo de funcionamento humano (referente às suas necessidades, expectativas e possibilidades) ou ignorá-lo.
Estamos sempre influenciando pessoas, positiva ou negativamente, e, os resultados dependem do comportamento das pessoas nas relações existentes no processo da vida.
Toda pessoa tem necessidades básicas: orgânicas (fisiológicas, fome, sono, cansaço, sexo), psicológicas (emocionais, ser compreendido, segurança), sociais (ser aceito, ser valorizado), espirituais (existenciais, auto estima, realização, evolução).
Maslow estabeleceu a hierarquização das prioridades e as colocou numa pirâmide.
Para conseguirmos a auto realização, devemos ter atendidas as necessidades anteriores. As fases se sucedem, sucessivamente. As duas primeiras necessidades, são consideradas primitivas, fazendo parte de todo ser vivo. No processo de vida humana, a transformação de indivíduo em pessoa se inicia na construção das relações, a pessoa só existe quando está em relação consigo mesmo, com os outros e com o mundo. Nem todo animal é um ser social. Portanto, á partir das necessidades sociais, as necessidades registradas são dos humanos e, umas influenciam as outras. O comportamento humano depende das circunstâncias.
A recompensa é fundamental, como reconhecimento dos bons resultados, e para novos estímulos. O elogio, sincero, nutre as necessidades existenciais das pessoas; o elogio quando não justificado representa falsidade.
Temos necessidade de construirmos uma identidade, somos seres singulares, mas, os “modelos“ existentes são as nossas referências. Mais importante do que as palavras, são as nossas atitudes, formalizando exemplos (independente da nossa vontade), que ficarão para a sociedade. A maneira de existirmos é o nosso legado, a nossa marca é um modelo que será observado e poderá ser reproduzido, ele será eternizado.
A família, o grupo social, as instituições, dependem do tipo de relação entre as pessoas, em todos os níveis e todo tempo. O sucesso, como conseqüência do resultado nas relações, dependem da comunicação e do conteúdo dos objetivos que queremos conquistar. O resultado das metas, pessoais ou coletivas, tem que nos emocionar. O que permanece na nossa história, são as coisas e pessoas que nos emocionaram. A maior resistência entre as pessoas, está na dificuldade em relatar e demonstrar as próprias emoções; parece ser vergonhoso o que deveria ser natural, ter sentimentos.
As relações humanas são marcadas por sentimentos e preconceitos, envolvendo sensações e condições, como: timidez, flexibilidade, entendimento, simpatia, colaboração, vontade, capacidade pessoal, tipo relação, aprimoramento,....
Como as metas devem ser entendidas ? Devem representar expectativas ou exigências?
Temos que ser cuidadosos e flexíveis ao determinarmos metas, considerando que o resultado depende de muitos fatores, dos quais nem sempre temos controle.
Conseguimos entender os outros quando passamos a nos entender. Cobrando, nem tanto, sendo generoso quando possível, procurando compreender as circunstâncias, estas são sempre determinantes. Quem sou eu? Eu sou eu + as circunstâncias, elas determinam as nossas reações.
Quando estamos numa jornada, necessitamos de estímulos positivos, para continuarmos nesta jornada e iniciarmos outras, quando necessárias. Caso contrário, o mais fácil será desistir ou não iniciar. A realimentação confere segurança à pessoa ou ao grupo de trabalho.
Portanto, quando estamos num grupo, independente do tamanho e função, mais importante do que a avaliação do todo é a avaliação individual, pois, nem todos estão no mesmo momento e alguém pode necessitar de um contato particular.É preciso sermos sensíveis às necessidades do outro, mesmo nem sempre tendo a solução. O poder torna as pessoas insensíveis, impedindo de observamos o momento com o “olhar e sentimento“ do outro. Nosso maior desafio é nos preocuparmos com o todo, sem perdermos a noção das particularidades.
Como influenciarmos a nós mesmos? E aos outros?
É preciso desenharmos mentalmente o “como” fazer (é pessoal e circunstancial) e aplicarmos, com bom senso e flexibilidade (sempre nos colocando no lugar do outro).
Para o outro, o outro somos nós. O bom líder, o bom chefe, o bom orientador, o bom conselheiro, o bom mestre, é aquele que consegue ser líder, chefe, orientador, conselheiro, mestre...primeiro de si mesmo.
Sou Oficial (da Reserva) de Cavalaria. Estive na Academia Militar de Agulhas Negras fazendo instruções. No hall principal havia uma frase que dizia: “Ide soldado comandai e aprendei a obedecer”
Só poderá ser um bom comandante, quem soube um dia e ainda sabe obedecer, em função de um ideal, de uma causa, de um resultado... sem vaidades.
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