sexta-feira, 20 de abril de 2012
6) O difícil exercício de tomar decisão
A primeira decisão, consciente, que temos que tomar é relativa a resposta da pergunta sempre presente: quem eu quero ser e posso viver?
A decisão é simples e importante: 1) construir a própria história, sendo o principal “autor”, 2) ser passivamente a “vítima”na decisão dos outros.
Quando estabelecemos metas, temos que tomar decisões para a conquista dos objetivos. As atividades, naturais, do cotidiano exigem tomada de decisões, mesmo que simples. Tomar decisões implica na possibilidade de ocorrer erros, no planejamento, na organização e execução das atividades. Sempre existirá um risco, exigindo correções e nova tomada de decisões, além da “pressão” pelos resultados. Diante de várias possibilidades, que caminho escolher? Qual será a melhor decisão? Como selecionar as possibilidades?
Uma escolha, significa preterir outra(s) possibilidade(s). Abrimos uma porta e fechamos outra. Como estar seguro? Quais são as garantias? Que conseqüências poderão ocorrer?
Estes e outros motivos tornam difícil a obrigação em tomarmos decisões. Temos medo das ocorrências e das circunstâncias que irão ocorrer. Além do medo da crítica, da avaliação dos outros em atender as expectativas das pessoas envolvidas. Quem mais critica é quem não toma decisões, pois, não sabe o grau de dificuldade e os motivos que determinaram a escolha. Temos que sair da zona de conforto. Quem toma decisões está sempre refletindo, se questionando, tem dificuldade em “desligar” a mente. Os próprios pensamentos são a companhia constante.
Não existe remédio preventivo para tomarmos as decisões corretas, dependem do momento, das circunstâncias, do envolvimento e participação de outras pessoas, com outras tomadas de decisão (são decorrentes). Em qualquer tipo de relação, de nada adiante um só querer.
Existe algumas considerações em forma de sugestões: precisamos nos conciliar com as possibilidades de críticas e fracassos, e, nos reconciliarmos com a disposição de correções e novas decisões. A vida é um processo que exige novos nascimentos.
Quem toma decisões sempre estará exposto, inclusive beneficiando aqueles que irão observar e tentar fazer diferente, até melhor. É complicado termos iniciativa, as pessoas são assim.
Mas quem não toma decisões com medo de ser criticado e errar, também por não se sentir com capacidade de aprender com os erros e empreender uma nova situação, é que sempre estará errado; não sai da zona de conforto mas, não corre o risco de acertar e se realizar.
A vida é combate: biológico (o sistema de defesa combatendo os organismos invasores); psicológico (lidar com os medos e a sensação de menos valia); social (ser aceito, ser valorizado); existencial (necessidade de superação).
Necessitamos de coragem para todos os enfrentamentos, para isso contamos com elementos significativos como: inteligência, liberdade, capacidade de adaptação, ocorrência de novas oportunidades para novos nascimentos, aprendizado, conhecimento e treinamento adequados, parcerias e ajuda, esperança, confiança, fé.....dependendo da cultura, das experiências, das convicções religiosas, das crenças e tendências de cada um (aonde colocar a esperança é pessoal e mutável).
Há necessidades de tomarmos decisões de imediato (conforme o momento exige), outras com um tempo maior, possibilitando elaborarmos um melhor detalhamento das decisões. Mas, devem ser sempre objetivas e claras, para fácil entendimento.
Quando a situação permite flexibilidade na tomada de decisões, a possibilidade de acerto é maior.
Quando a decisão envolve várias pessoas e a situação não está clara, com opiniões divergentes, é melhor realizar pequenas reuniões para melhor esclarecimento na obtenção do melhor resultado. Quem lidera deve ser uma pessoa sensível para entender que as pessoas pensam, agem e sentem o mundo de forma diferente e até antagônicas.
Em toda discussão existe “perdedores” e “ganhadores” o que fazer para manter o grupo motivado e unido?
Há necessidade de conversas individuais para melhor esclarecimento e valorizar a colaboração na busca do objetivo comum, que está acima das vontades individuais. O bem deve ser comum. O grupo deve ser o beneficiário das decisões.
Há sempre perigo em adiar decisões, elas tem o tempo certo. As decisões rápidas são perigosas. Quando possível as decisões devem ser revistas. Decidir á favor de algo ou alguém é também decidir contra algo ou alguém, é impossível agradar a todos, por isso, o melhor é procurar fazer sempre o certo (para aquele momento), com isso não há necessidade de se questionar o tempo todo sobre a decisão mais adequada. No futuro, podemos “achar” que poderíamos ter tomado uma decisão diferente, mas, é bom lembrar que na época foram realizados vários desenhos antes da escolha e a melhor decisão foi tomada, conforme as circunstâncias; hoje é um outro tempo, outra realidade; não podemos comparar coisas diferentes; temos que seguir em frente.
Sempre será conveniente lembrarmos da condição humana das pessoas, com as limitações naturais, as dúvidas que fazem parte da existência, as possibilidades de erros. O pior é não fazer nada ou não ter coragem de começar tudo de novo. Há decisões que são adequadas para um determinado tempo e condições, e, necessitam ser ajustadas. Temos que estar “disponíveis” para as correções da rota e melhorar o desempenho, principalmente, para novos aprendizados; precisamos ser atuais.
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