Estabelecer metas não é suficiente para tornar a vida interessante; os objetivos necessitam ser conquistados. Para a realização das metas, exige-se responsabilidade, dedicação e muito trabalho.
Este envolvimento nos possibilita uma vida, conscientemente, ativa, transformando-nos no principal autor da própria história e colaborador na construção da história dos outros. O mais importante é que nos esforcemos para deixar de nos considerarmos “vítimas” (parece ser uma condição universal). Vítima é uma companhia inconveniente, que só se queixa, não produzindo uma forma construtiva de pensamentos e ações (não servem como modelo).
A pessoa que assume o personagem de vítima, deseja revelar que é uma pessoa “inocente”, “despreparada”, sem “malícias” para o enfrentamento das relações sociais; ela é “boazinha” os outros é que são ruins. Como não podem superar as dificuldades, causadas pelos outros, transfere a necessidade da solução para as pessoas próximas, tutores, colaboradores, líderes, instituições e o Estado, referindo que são os outros que precisam mudar. Desejam um mundo eternamente paternalista, provedor de soluções para atender as necessidades delas, mesmo as básicas. Este sentimento de “inocência” é agradável, libertador, mesmo que temporário, pois, logo em seguida vem a “revolta” contra os outros. As vítimas se sentem incompreendidas, não valorizadas e não atendidas.
A atitude de “vítima” é prejudicial. O real valor das coisas tornam-se indiferentes, persistindo unicamente a vontade da atenção para o atendimento das suas necessidades, e, de forma mágica. É ter o problema, transferir a sua preocupação para dormir sossegado e acordar com a dificuldade solucionada pelos outros.
As religiões são as grandes depositárias das esperanças, oferecem a salvação pessoal e dos problemas, por isso crescem e tornaram-se um balcão de negócios. “Vendem” o que as pessoas querem “comprar”.
A pessoa que se faz passar por vítima, é aquela que não se sente capaz de agir na busca pela superação. Acredita não ter forças e coragem para passar da situação de vítima, confortável, para a condição de empreendedor, correndo riscos. O grande pecado que cometemos contra o Criador é ignorar as nossas forças interiores, o quanto existe de divino em cada um. O maior pecador é aquele que se omite (a vítima).
O protagonista da própria vida, ao agir, corre riscos de cometer erros. Diferente da vítima, ele sai da sua zona de conforto, para transformar a sua vida e colaborar com a sociedade, superando os seus transtornos, tornando-se pessoa interessante, além de celebrar as suas realizações.
As pessoas que são autoras e não vítimas da vida, estão sempre aprendendo, com seus erros e fracassos, com as resistências naturais e as oferecidas pelos outros. Por não se esconderem e nem serem simples passageiros na vida, estão sujeitos às críticas, quase sempre daqueles que nada de bom produzem. Quem não consegue construir nada, procura destruir todos que constroem alguma coisa.
Os estudiosos do comportamento humano revelam que a sensação de prazer é produto das realizações, independente das dificuldades. Os êxitos, mesmo os considerados simples, são fontes de felicidade, que exige Ação em vez de Lamentação.
A vida não é boa e nem ruim, nem interessante ou sacrificante, depende do sentido que cada um confere a ela. Tornar a própria vida interessante, só depende da gente mesmo. Não transfiro responsabilidades e nem aceito as dos outros como minha obrigação, apenas colaboro na busca pelas soluções. Quem tem o problema, tem a melhor solução.
Texto excelente, para o momento que a fisioterapia está passando...
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