domingo, 9 de dezembro de 2012

Não existe o "nervo do prazer" ele é supra orgânico. É um complexo resultado de sensações; é um produto. É sentimento, é afeto, é contemplação, é alegria, é saudade... é amor. A faculdade de sentir é algo que se refere ao JUÍZO de GOSTO, ou seja a uma dimensão estética, depende da forma como nos relacionamos. São formas superiores do sentimento, dizem respeito á um "afeto desinteressado" (livre e espontâneo). O que se conta não é, necessariamente, a existência do objeto representado ou de alguém específico... as vezes é apenas uma situação.. caso contrário não haveria o chamado amor platônico, a lua não teria nenhuma representação para os amantes, a poesia teria que ser fixada no concreto, a felicidade teria que ser medida por instrumentos lógicos. Mas. no prazer, o que conta é o que o simples objeto ou o que uma pessoa representa para cada um. Quem podemos ser nesta relação!!!! Portanto, sentir diz respeito ao sujeito (a pessoa) e não ao objeto (o valor do objeto...até a caneta Bic de quem se ama é diferente). Quando o que domina é o querer (uma pessoa ou um objeto), parece que o sentir prazer necessita da posse. Mas na contemplação, na arte, o sentir pode manifestar-se livremente, porque independe do ganho ou da perda, e sim da sensação do momento, por isso é que o prazer estético é o lugar por excelência do sentir a vida. Por não buscar entender, nem obter, o objeto ou a pessoa, o prazer se fundamenta apenas na relação livre para gerar bem estar...o sentido estético não sintetiza nada, não conclui nada, nem determina nada, ele apenas sente,,,livremente...e nós nos agradamos ou não desta sensação...que tipo de transformação causou?

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