quarta-feira, 30 de abril de 2014

AGIR faz a DIFERENÇA

Os homens são parecidos em sua origem, no início e no final da vida, o que os diferencia na jornada são as suas ações. Agir é ação suprema da inteligência. O agir deve sempre ser precedido pelo pensar, refletindo para analisar as consequências, para depois, termos como resultado das nossas ações, “o como sentir a vida” (lembrando: quem pensa mal age mal e, quem age mal, sente-se mal). Fernando Pessoa diz: “O governo do mundo começa em nós. Não são os sinceros que governam o mundo, mas também não são os insinceros. São os que fabricam em si uma sinceridade real, por meios artificiais e automáticos; essa sinceridade constitui a sua força, e é por ela que irradia para a sinceridade menos falsa dos outros. Saber iludir-se bem é a primeira qualidade do estadista. Só aos poetas e filósofos compete a visão prática do mundo, porque só a esses é dado não ter ilusões. Ver claro é não agir. A inação consola tudo. Não agir dá-nos tudo. Imaginar é tudo, desde que não tenda agir. Ninguém pode ser rei do mundo senão em sonho. E cada um de nós, se deveras se conhece, quer ser rei do mundo...”.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

O MUNDO em que vivemos pode ser um excelente local para as REALIZAÇÕES HUMANAS, desde que cada pessoa saiba dirigir a si mesmo. O universo, mesmo em constante expansão, está em equilíbrio harmônico com a natureza e mantém a vida, com MOVIMENTOS CÍCLICOS, que sempre se renovam e possibilita vivermos uma nova estação. As riquezas existentes são suficientes para atender as necessidades básicas de todas as pessoas, porém, insuficiente para atender o desejo de riqueza de cada um. O mundo é MARAVILHOSO só está mal frequentado.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

“SOCIEDADE e SENTIMENTOS”

Disse Fernando Pessoa: “A sociedade é um sistema de egoísmos maleáveis, de concorrências intermitentes. Cada homem é, ao mesmo tampo, um ente individual e um ente social. Como indivíduo distingue-se dos outros homens; e, porque se distingue, opõe-se a eles. Como sociável, parece-se com todos os outros homens; e, porque se parece, agrega-se a eles”. Muitas vezes, o isolamento é necessário - mesmo sabendo que podemos experimentar uma sensação de desolamento ou abandono - principalmente quando estamos diante do sofrimento. Nesta condição é melhor, quando possível e por um período, fechar as portas da alma, nos livrando do convívio com outras pessoas, que pode ser uma companhia opressora. Disse Voltaire: “Feliz daquele que consegue desfrutar agradavelmente da sociedade! Mais feliz é quem não faz caso dela e a evita”! O homem, quando no exercício de um ser coletivo, tem mais facilidade para se revelar corrupto (errado, viciado, depravado, devasso, pervertido, corruptor). “A história da sociedade, até os nossos dias, é a história da luta de classes” (Karl Marx). E, como ser solitário, ele consegue ser sincero e buscar para contemplar a pureza da alma – a condição para experimentar a sua existência numa outra dimensão – a plenitude da vida. “Os outros são realmente terríveis. A única sociedade possível é a de nós mesmos” (Oscar Wilde). Isolado da influência opressora, pasteurizada e pessimista do grupo social, o homem pode pensar em ideias novas (o universo sempre tem ideias novas), identificar para descobrir, sentir para compreender, distrair-se para sonhar, desejar em aventurar-se para construir um mundo renovado, simples e natural. “Antes de ser um de sociedade, fomos e somos da natureza” (Marques de Sade). O isolamento consciente e produtivo promove a liberdade, possibilitando, com a força do sentimento, abrir as portas dos departamentos que nos aprisionam, impedindo de nos conhecermos e de nos revelarmos, como podemos e conseguimos ser. “Nem sempre podemos escolher o que sentir, mas podemos escolher o que fazer com os nossos sentimentos” (Shakespeare). Não se escolhe a quem se vai amar e, quando acontece, se aceita ou não o sentimento. Temos que, periodicamente, nos libertar do inconsciente coletivo e das relações destrutivas, construídas com padrões negativos do pensamento, com condutas inconfessáveis e impublicáveis, praticadas pelos indivíduos quando interagindo na sociedade, condutas marcadas pela inveja, egoísmo, falsidade, corrupção, mentiras e manipulações. Não é o discurso que faz uma pessoa e sim as suas atitudes, e, como disse Nietzsche “não é a intensidade dos sentimentos elevados que faz os homens superiores, mas a sua duração”. Somente distante da desordem social, dissimulando organização e comportamento ético nas relações, que estamos isentos para sentir. “A justiça é a vingança do homem em sociedade, como a vingança é a justiça do homem em estado selvagem” (Epicuro). SENTIR - é mais do que compreender a si mesmo e os outros, colocando-se no lugar do outro para sentir o que está sentindo – É EXISTIR, a sós, irreparável e responsavelmente. Portanto, o sentir, é a realização completa do resultado do pensar e agir. A qualidade da vida e o essencial para “bem viver” depende dos sentimentos. “Mas onde se deve procurar a liberdade é nos sentimentos. Esses é que são a essência viva da alma” (Johann Goethe). Quando somos guiados pelo sentimento, a solução de qualquer dificuldade fica mais fácil, por maior que seja o transtorno para ser superado. “Todo o nosso conhecimento se inicia com sentimentos” (Leonardo da Vinci). Muitas são as influências negativas, demonstradas nas diferentes relações pessoais e profissionais, que se torna difícil gostarmos de nós mesmos e aceitarmos que conseguimos ser (muita gente se odeia, mesmo sem saber quem efetivamente é). “A sociedade compara uns aos outros. Ninguém é igual a ninguém. Todo ser humano é um estranho ímpar” (Carlos Drummond de Andrade). Disse Bob Marley: “Eu sou do tamanho daquilo que SINTO, que VEJO e que FAÇO, não do tamanho que os outros me enxergam”. Como abrigamos multidões, precisamos nos multiplicar por nós mesmos, para também sermos plurais, como o próprio universo. É no silêncio que elaboramos o melhor de nós mesmos. “Se você não consegue entender o meu silêncio, de nada irá adiantar as palavras, pois é no silêncio das minhas palavras que estão todos os meus maiores sentimentos” (Oscar Wilde).

“SOCIEDADE”

Disse Fernando Pessoa: “A sociedade é um sistema de egoísmos maleáveis, de concorrências intermitentes. Cada homem é, ao mesmo tampo, um ente individual e um ente social. Como indivíduo distingue-se dos outros homens; e, porque se distingue, opõe-se a eles. Como sociável, parece-se com todos os outros homens; e, porque se parece, agrega-se”.

sexta-feira, 4 de abril de 2014

“Regeneração Pessoal e Humana”

Fernando Pessoa diz em seu artigo “O conceito de nós próprios”, que cada homem, desde que sai da nebulosa da infância e da adolescência, é em grande parte um produto do seu conceito de si mesmo. Pode-se dizer que temos duas espécies de pais: os nossos pais biológicos, com significativas influências físicas e humorais e, depois, os pais sociais, representado pelo meio em que vivemos. Por isso é que costumo dizer ao responder: quem sou eu? Eu sou eu (a minha carga genética) + as circunstâncias (o meio em que vivemos e o resultado das experiências vividas). Expresso com a equação: Eu = carga genética + circunstâncias. Somos um projeto em constante reformulação, dependentes da interação do nosso temperamento com o meio, portanto, da psicologia individual e também da psicologia coletiva. Uma sociedade que pensa mal de si mesma, acabará agindo mal, para merecer o conceito de si que anteformou. Os grupos sociais se salvam ou se envenenam mentalmente. O ser humano necessita se regenerar, periodicamente, influenciando o grupo e sendo influenciado por ele. É complexo e assustador os sentimentos de dissolução e até de brutalidade - física e moral -, que se escondem nos interstícios do coração da cada pessoa. Aprimorar-se, deve ser a busca incessante de cada pessoa, superando os sentimentos negativos existentes em todos nós e, que, são estimulados quando agimos em grupo, devido a possibilidade do anonimato ou da generalização, onde se diluem as responsabilidades. O homem nasce bom e a sociedade o corrompe? Ou, nasce com sentimentos destrutivos e, é função dos pais biológicos e os pais sociais, educa-lo para a sua necessária transformação? Educação é transformação. Regenerar-se é reproduzir-se, corrigir-se, reabilitar-se. A regeneração das pessoas, consequentemente dos grupos sociais e religiosos, dependem de um clima de confiança, com pessoas de boa vontade e determinadas, entendo que a busca pela transformação é uma missão, e, cada um irá colaborar para a melhoria de todos, oferecendo sempre o que tem de melhor. Na história da humanidade existem diferentes fatos e até opostos. A utilização de algum fato, como exemplo e motivação, depende da visão e do interesse do raciocinador. No mundo sempre existiram pessoas boas e ruins, que produziram bons e maus fatos e, cada pessoa, pode escolher o que lhe convém, conforme o interesse do momento. Um fato pode ser apenas uma impressão (que varia conforme a pessoa e ocasião), por isso é importante saber diferencia-los. É fundamental saber o “que deseja” e “aonde quer chegar”, o “como” e “com quem” o tempo e as circunstâncias nos revelarão, podendo ser diferente, nas diferentes fases da vida. Os objetivos mudam com o tempo e com as circunstâncias, menos os princípios que devem ser preservados. Considerando que o homem pode acreditar no que deseja, de forma positiva ou negativa, temos que realizar escolhas, de acordo com as oportunidades ou, então, cria-las. Temos a liberdade do desejo, de expressá-lo ou não, mas, nos tornamos reféns das consequências das nossas atitudes. Somos responsáveis por nós mesmos e pelo grupo, e este, por cada um de nós. Se, temos a liberdade da escolha, por que não escolher a atitude mental que é mais favorável para nós e para o grupo? Por que escolher a menos favorável e prejudicial ao grupo e como consequência para nós mesmos? Não podemos mudar os nossos pais biológicos, mas podemos procurar os pais sociais que nos possibilitam a regeneração, uma nova produção da gente mesmo. A vida enseja o tédio, pela monotonia ocasionada pela falta de aventura e a existência de dias sempre iguais. Por isso, o ser humano busca novas sensações e, nesta busca, normalmente, ele complica ainda mais a sua vida – em busca de uma solução promove-se um problema maior. Por que não construir uma alma nova? Com novos conhecimentos, com leitura e lazer, com novas vivencias produtivas - como um trabalho voluntário ou artístico. De tempo em tempo precisamos nos regenerar, reabilitando nossos sonhos infanto-juvenis, antigos e inocentes, corrigindo-nos e promovendo ajustes para superarmos o que mais nos atormenta e aliviar os nossos dias, tornando-os mais facilmente suportáveis e alegres.

quinta-feira, 3 de abril de 2014

DISSE DRUMMOND:

“Que a felicidade não dependa do tempo, nem da paisagem, nem da sorte, nem do dinheiro. Que ela possa vir com toda a simplicidade, de dentro para fora, de cada um para todos”. Eu vi o teu retrato, estava como a de sempre, independente do tempo. Confesso que entendi o motivo desta paixão que não termina e, me absolvo desse amor que ainda existe. Na alegria dos jovens que fomos, um dia, sem querer e convidado pelos teus encantos, passeei no seu jardim, espontâneo e florido de quem você era e, eu, me tornava ser. Nele, sozinho ou acompanhado, me perdia para me encontrar e nos meus versos te encontrava. De mãos dadas, enlevado pela liberdade da poesia, consumia-me a paixão, na complexidade de qualquer possibilidade. Meu amor não é simbólico, mas registrado por símbolos, da grafia e dos sentimentos, com reticências e aspas, sem definição para não delimitar e nem definir para não acabar. Não finalizo o meu sonho. Todo dia me esqueço de você, com a necessidade emocional de lembrar, para de novo esquecer, provocando e não querendo terminar, mentindo, dizendo: que nunca mais um verso meu tu terás. O cenário da paixão é complicado, porém a possibilidade mais simples é esquecer. Que recuso! Não quero deixar de viver - sem a loucura deste oportuno prazer. Como preencher o vazio da alma, marcada apenas por estar vivo, sem, contudo, viver em plenitude? A vida é aventura ou nada e, preencho o vazio da minh’alma com a tua lembrança, transformando em presença a tua ausência. O meu amor nos basta para nós dois; mais importante do que ser amado, é amar. Você, no seu retrato, possibilitou-me sentir a distância entre nós, mas, a alegria em te ver (a emoção do virtual também é real ), confirmou o que sempre senti: a tua presença me excita à busca e à imaginação. Pensar e sentir você aquieta o momento e mantém a esperança, de que amanhã poderá ser melhor. Assim, na vida, como sempre, somos os nossos anjos e os próprios demônios. Dependemos das circunstâncias, do que desejamos e podemos ser. Construímos o próprio céu ou acreditamos em paraísos perdidos e, se, não construirmos um, utilizando a estratégia da ilusão, será difícil viver. Nada é mais importante do que o amor...ninguém é mais importante de quem se ama. A felicidade se relaciona diretamente com o amor...portanto... “quem ama é feliz”. Eu amo você, nem tanto porque valorizo e superestimo as suas qualidades (característica natural de quem ama), mas, principalmente, porque eu gosto de ser, entendo e compreendo a pessoa que me torno, quando penso e sinto você. Sempre imaginando coisas.

“Transformando o impossível em possível de ser conquistado”

As pessoas visionárias e realizadoras, sempre têm um sonho aparentemente impossível, que no primeiro momento nos faz pensar ser apenas uma ficção, mas, um dia, ela mesma ou alguém, tornou este sonho ou aventura, em realidade. A história nos revela muito exemplos, como a “Viagem ao redor da Lua” de Júlio Verne. Leonardo Da Vinci idealizou o helicóptero, o protótipo de escafandro submarino, que da simples ficção científica um dia tornou-se realidade. Fatos reais nos mostram que, muitas vezes, o que parecia impossível, alguém acreditou ser possível e, por acreditar e se dedicar, realizou. Assim foi com a eletricidade, o telefone, a televisão, o automóvel, e tantas outras coisas que eram consideradas inimagináveis de serem realizadas. Acreditar ser possível realizar alguma coisa, que nos seja significativo e útil para a sociedade, possibilita que com consistentes convicções, possamos sustentar a nossa vontade e nutrir o nosso ânimo, para seguir em frente, independente da opinião dos outros e, transformar o que inicialmente parecia ser impossível em possível. Conhecimento, fé, vontade, persistência, ajustes e adaptação às novas situações...fazem milagres. Existe apenas uma condição para nada dar certo: é não arriscar (se não arriscarmos, nada jamais poderá se transformar). Quando temos um sonho, devemos conservá-lo e investir nele, sem permitir que os outros nos digam ou que nós mesmos possamos acreditar, que não seremos capazes de transformar os nossos objetivos em realidade. As palavras “impossível e incapaz”, só podem estar escritas no dicionário e no diário dos fracos, daqueles que não acreditam nas suas próprias forças transformadoras, daqueles que renunciam a si mesmo e ao divino que existe no seu interior. Cuidado! Porque aqueles que não realizam nada e nunca saem da sua zona de conforto, por comodismo ou fraqueza, funcionam como “vampiros emocionais”, sempre nos provocando e nos estimulando para abandonarmos os nossos sonhos, mesmo antes de tentar, pois, as conquistas dos outros, os incomodam muito. A história de sucesso das pessoas, homens ou mulheres, jovens ou adultos, ricos ou pobres, é marcada por aqueles que acreditaram em seus sonhos e planos de ação, só foi possível conquistar por aqueles que se recusaram desistir por motivos simples, por mais que a sua proposta pudesse parecer estranha aos outros ou que ninguém os apoiava sinceramente. Ninguém domina o entendimento da forma de que “é possível transformar o impossível em possível”, de como “a ficção pode se transformar em realidade”, por ser uma condição visionária, onde cada um dará a sua explicação conforme a sua cultura social e religiosa, mas, esta é uma lição prática, aprendida com a confissão, isenta de interesses e místicas, das pessoas que se sentem livres e realizadas. Exemplo inspirador e esclarecedor, é o sempre citado Thomas Edison, que descobriu a lâmpada depois de realizar em torno de mil experiências. Algumas pessoas disseram que estas experiências foram mal sucedidas, lhe perguntando se ele não estava cansado de ter realizado tantas experiências fracassadas. Disse ele: “De modo algum. Agora conheço mil maneiras diferentes de não fazer uma lâmpada”. Tudo tem o lado positivo, quando se está disponível para entender e seguir em frente, para viver melhor. Para as pessoas bem intencionadas, aquelas que não escondem seus erros, querendo mostrar para o outro o que não é, pelo contrário, mostram a sua humildade e a sua força, dizendo que os erros foram importantes, para serem evitados e corrigidos, impulsionando-a para a conquista dos bons resultados. Este é um DESAFIO - aceito por poucos como natural, preferindo a maioria uma explicação misteriosa – QUE EXIGE ATITUDE TRANSFORMADORA e não de aceitação pelos mais diferentes motivos, que aprimoram as pessoas nas conquistas, para o enfrentamento dos transtornos e dificuldades impostas pelo simples ato de viver. VIVER é muito mais do que apenas estar vivo.

quarta-feira, 2 de abril de 2014

“VERDADE e JUSTIÇA: facilitadores das conquistas - como a liberdade e o bem estar”.

Hegel disse: “Nada de grande se realiza no mundo sem paixões”. Paixão é uma emoção, ampliada, e, quando não dominada pode ser doentia. A pessoa apaixonada, por pessoas ou coisas, é acometida pelo fascínio que algo ou alguém pode exercer na sua vida. A verdade e a justiça são sentimentos inatos do ser humano, que caracterizam as suas necessidades básicas e devem ser identificadas, para serem preservadas e nutridas com paixão. O homem é aquele que “busca” alguma coisa, principalmente o prazer, conquistando ou apenas recebendo como dádiva. A mentira e a injustiça, semelhante à paixão doentia por uma pessoa, é dolorida para o ser humano natural. Podemos perder, temporária e parcialmente, a racionalidade do nosso pensamento e da nossa conduta. A mentira e a injustiça traduzem uma farsa. A nossa individualidade e a nossa identidade, devem ser respeitadas para serem mantidas integralmente. Por isso, que a paixão, a atração física por uma pessoa, tem prazo de validade, pois, seria impossível estarmos apaixonados o tempo todo. Porque esta emoção, como um sentimento impulsivo, geram sintomas orgânicos desconfortáveis e sensações desagradáveis. Esta paixão necessita se transformar em amor: compreendendo, respeitando e valorizando os sentimentos, a causa e a pessoa – objetos da paixão. A paixão é um sentimento de desejar, de querer, de procurar o tempo todo e a qualquer custo o “amor do outro”, transformando-se num vício. Procurar o entendimento para o exercício constante da verdade e da justiça deve ser uma paixão, um amor pelo sentimento, um desejo de conquista, como pratica diária deste saudável e produtivo vício. É apenas na contemplação da verdade e da justiça que a razão se realiza. A criação e a manutenção da mentira exigem ações complexas e cansativas, sendo impossível lembrar sempre do fato inventado, portanto, o mentiroso está, diariamente, diante de um abismo. A mentira existe para enganar, para iludir, para anestesiar a realidade, para alguém se beneficiar de alguma coisa. Por isso dizemos que o pai da mentira é o diabo. A pessoa com atitudes injustas, que marcam a pratica natural de qualquer consciência humana, é imprópria na caracterização de um indivíduo por não satisfazer o que é digno na aspiração do homem e da sociedade. E, neste reinado injusto, que atende apenas um interesse pessoal, sempre irá gerar o mal, a discórdia, a revolta, a guerra, a destruição, a violência, enfim, de tudo que impede a realização dos valores da razão. Platão, discípulo de Sócrates, num significativo trabalho “A Republica”, que tem como questão principal a justiça, diz ele: “O que é a justiça”? A justiça se declina num plano tanto individual (justiça da alma) como político (justiça para o Estado). Ele se baseia na própria definição de justiça para o Estado e para alma, tratando de harmonizar elementos dessemelhantes segundo uma ordem esclarecida pela inteligência do bem, com o objetivo de produzir uma unidade orgânica. Disse Platão: “O que faz alcançar a verdade das coisas que são conhecidas, e dá aquele que conhece sua capacidade [...] é a ideia do bem”. Isto é justo: a ideia do bem. Justiça significa respeito à igualdade de todos os cidadãos. É o princípio básico de um objetivo para manter a ordem social através da preservação dos direitos em sua forma legal. É um termo abstrato que designa o respeito pelo direito de terceiros. A preservação e aplicação dos direitos de uma pessoa é uma virtude. Segundo Aristóteles, o termo justiça denota, ao mesmo tempo, legalidade e igualdade. Assim, justo é tanto aquele que cumpre a lei (justiça em sentido estrito), quanto aquele, que realiza a igualdade (justiça em sentido universal). Justiça também é uma das quatro virtudes cardinais e, segundo a doutrina da Igreja Católica, consiste "na constante e firme vontade de dar aos outros o que lhes é devido". Também é justo dizer que todas as pessoas merecem as mesmas oportunidades, e, depois de tê-las, não merecem o mesmo tratamento. As pessoas honestas não podem ser consideradas e nem tratadas como as que não são, e, vice-versa (não é justo que uma pessoa honesta e um bandido tenham o mesmo tratamento). O tirano nunca será justo, nem consigo mesmo, sendo refém da sua tirania, imposta pelos seus desejos. A pessoa justa é aquela que procura compreender antes de condenar, sem julgamento e possibilidade de defesa. Pode-se afirmar que a pessoa justa é mais feliz do que a injusta, e, que, a pessoa sincera, aquela que valoriza e pratica a verdade, é muito mais livre e feliz do que a mentirosa. É conhecida a sabedoria que mostra a primazia do justo sobre o injusto, do que prestigia a verdade sobre o mentiroso, por causa das atitudes conduzidas pela ética, com a valoração dos princípios que conferem dignidade a uma pessoa, porque a sua existência procede de um prazer límpido e produtivo: o prazer de compreender.

terça-feira, 1 de abril de 2014

“Viver bem exige: identificar o que deve ser levado a sério e rir do resto”

O HUMOR é um poderoso instrumento de que uma pessoa dispõe para RELATIVIZAR seus problemas e se DISTANCIAR, com alegria, do que não é importante. Os problemas existentes são para serem resolvidos e depois celebrarmos as conquistas. O que não é realmente um problema ou não tem solução, deixa o tempo transforma-los em histórias. A vida é muito curta para levarmos a sério todas as situações, portanto, temos que identificar o que deve ser levado a sério, para não nos preocuparmos com as demais circunstâncias, ocasionais e temporais. Significativo número de vezes, uma situação que nos parecia muito grave e poderia tomar proporções desastrosas nas nossas vidas, que nos assustava e nos colocava numa condição de impotência e, o tempo, mesmo sem a nossa intervenção, modificou o nosso entendimento e possibilitou que o problema encontrasse seu próprio caminho, afastando-se de nós ou sendo transformado por ele. O riso revelando a manifestação da alegria contida na vida; a despreocupação; a leveza para suportar os nossos transtornos; a identificação do que é real ou imaginário (o que é fato ou sensação); a busca pela solução do problema ou permitir que o tempo nos revele o valor da preocupação (o tamanho do problema e suas consequências); ATUAM como SOLVENTES, na maioria dos nossos desconfortos e na dimensão ou consequências da ansiedade, portanto, EVITANDO ESTRAGOS. A vida adquire uma configuração diferente e melhor, quando conseguimos nos manter tranquilos, rindo daqueles problemas que são pouco ou nada importantes e, nos preparando, convenientemente, para o enfrentamento dos problemas realmente identificados como sérios. Os problemas nos colocam numa condição assustadora, de alerta, com dificuldade em encontrar uma solução, principalmente a melhor e, procuramos transferir os problemas para outras pessoas ou entidades, conforme a cultura e a crença religiosa. A estratégia do riso ou de nos preocupar, efetivamente, apenas com o que é importante (considerando que não devemos nos preocupar com pequenas ou insignificantes coisas), nos possibilita, de repente, perceber que a dificuldade que nos parecia tão grande, na realidade não é, e começamos encontrar saídas, até para escolher a que melhor nos convém no momento. O bom humor é pura magia. Na realidade, as nossas dificuldades - a maioria dos nossos problemas - são gerados pela nossa imaginação, como atividade exclusiva do nosso padrão negativo de pensamentos e, podemos, responsavelmente, rir deles como terapia facilitadora de soluções. E, quando houver um problema sério, temos que saber que estamos aparelhados com os meios necessários para o enfrentamento e a superação de todos os problemas, pois, QUASE todo problema tem solução (o que não tem solução não é problema), QUASE toda solução pode ter erro e QUASE todo erro pode ser corrigido com vantagens. Se agruparmos em duas categorias os reveses humanos, poderemos classificar em DRAMA e COMÉDIA. É conhecida a fórmula: DRAMA + TEMPO = COMÉDIA. Aquilo que já nos fez chorar, observado hoje com sabedoria, nos faz rir e explorar, como aprendizado, o que houve de positivo no episódio. Podemos lamentar todos os dias a morte de uma pessoa querida, mas, também podemos valorizar o tempo que nos possibilitou o convívio e identificar o que vivemos de melhor com esta pessoa, até rir de algumas situações. Toda vez que nos sentirmos desesperados, com uma sensação emocional ruim e manifestação orgânica de desconforto, abraçado pelo pânico, vale a pena lembrar e aplicar o exercício desta reflexão e aprendizado natural: tudo é uma questão de tempo, ele é transformador. E, quando possível, depois de termos feito a nossa parte, podemos acionar o botão mágico do FODA-SE. Pois, não temos solução para todos os problemas e, como simples mortais, não somos obrigados a acertar sempre. Temos a obrigação de procurar fazer sempre o melhor que as circunstâncias possibilitam.