quinta-feira, 3 de abril de 2014

DISSE DRUMMOND:

“Que a felicidade não dependa do tempo, nem da paisagem, nem da sorte, nem do dinheiro. Que ela possa vir com toda a simplicidade, de dentro para fora, de cada um para todos”. Eu vi o teu retrato, estava como a de sempre, independente do tempo. Confesso que entendi o motivo desta paixão que não termina e, me absolvo desse amor que ainda existe. Na alegria dos jovens que fomos, um dia, sem querer e convidado pelos teus encantos, passeei no seu jardim, espontâneo e florido de quem você era e, eu, me tornava ser. Nele, sozinho ou acompanhado, me perdia para me encontrar e nos meus versos te encontrava. De mãos dadas, enlevado pela liberdade da poesia, consumia-me a paixão, na complexidade de qualquer possibilidade. Meu amor não é simbólico, mas registrado por símbolos, da grafia e dos sentimentos, com reticências e aspas, sem definição para não delimitar e nem definir para não acabar. Não finalizo o meu sonho. Todo dia me esqueço de você, com a necessidade emocional de lembrar, para de novo esquecer, provocando e não querendo terminar, mentindo, dizendo: que nunca mais um verso meu tu terás. O cenário da paixão é complicado, porém a possibilidade mais simples é esquecer. Que recuso! Não quero deixar de viver - sem a loucura deste oportuno prazer. Como preencher o vazio da alma, marcada apenas por estar vivo, sem, contudo, viver em plenitude? A vida é aventura ou nada e, preencho o vazio da minh’alma com a tua lembrança, transformando em presença a tua ausência. O meu amor nos basta para nós dois; mais importante do que ser amado, é amar. Você, no seu retrato, possibilitou-me sentir a distância entre nós, mas, a alegria em te ver (a emoção do virtual também é real ), confirmou o que sempre senti: a tua presença me excita à busca e à imaginação. Pensar e sentir você aquieta o momento e mantém a esperança, de que amanhã poderá ser melhor. Assim, na vida, como sempre, somos os nossos anjos e os próprios demônios. Dependemos das circunstâncias, do que desejamos e podemos ser. Construímos o próprio céu ou acreditamos em paraísos perdidos e, se, não construirmos um, utilizando a estratégia da ilusão, será difícil viver. Nada é mais importante do que o amor...ninguém é mais importante de quem se ama. A felicidade se relaciona diretamente com o amor...portanto... “quem ama é feliz”. Eu amo você, nem tanto porque valorizo e superestimo as suas qualidades (característica natural de quem ama), mas, principalmente, porque eu gosto de ser, entendo e compreendo a pessoa que me torno, quando penso e sinto você. Sempre imaginando coisas.

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