sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

"VIVER É MUITO PERIGOSO" Guimarães Rosa

Por que viver é perigoso? Porque é a criação do inédito. Portanto, um DESAFIO. Na palavra desafio está contida a ideia de desconfiança (FIAR = CONFIAR). O aviso de FIADO SO AMANHÃ, é porque o comerciante des-confia que poderá não receber. Quando temos duvida sobre a possibilidade de uma realização, a gente não FIA e sim DESAFIA (e em todo desafio existe uma desconfiança). Viver é perigoso porque é um desafio de fato. A vida é apenas dádiva na origem, como princípio, ela não é dádiva no ponto de chegada. Na afirmação da expressão “Deus é quem sabe”, ainda assim essa percepção metafísica, teológica, nos leva a reconhecer a vida como dádiva no ponto de partida (recebemos a vida como presente, mas, não sabemos o que fazer com ela). Podemos vive-la de uma maneira intensa e, portanto, enfrentando o perigo, ou nos escondendo dela, fugindo do desafio. Alguns desafios são inerentes à condição de estar vivo e outros nos vamos buscar, na esperança de vivermos o prazer. Diante do perigo é preciso coragem (o contrário de covardia). Medo é uma condição natural de todo ser vivo, importante para selecionar possibilidades e nos conduzir. O medo justificado nos torna prudente e responsável. Coragem é enfrentar o desafio, mesmo diante do sempre presente e necessário “medo”. Na maioria das vezes, não enfrentamos alguns desafios por ter medo do desconhecido. Mas, se não conhecemos, temos medo do que? Tememos o que conhecemos e o que não conhecemos também, mesmo não fazendo sentido temer o que não conhecemos. Mas por que isto acontece? O grande problema é que aquilo que chamamos de desconhecido é povoado, por nós mesmos ou por influência dos vampiros energéticos, com coisas conhecidas que, às vezes, são terríveis e não nos sentimos fortes para enfrentar. Mesmo sabendo que 80% das coisas ruins que inventamos...não acontecem...como imaginamos. Somos naturalmente pessimistas e deterministas. Criamos monstros que nos aterrorizam e temos que conviver com eles. Clarice Lispector disse: “Aquilo que não sei é a minha melhor parte”. Aquilo que para nós é uma incógnita é o desafio que nos faz crescer, que nos possibilita descobrir e nos revelar de maneira diferente do usual, que nos causa micros tédios. Nós abrigamos uma multidão de pessoas dentro dos nossos pensamentos, da nossa alma e do nosso coração, e, precisamos descobrir para conhecer os múltiplos de nós mesmos. O desafio nos provoca uma produtiva aventura e, novas descobertas de nós mesmos. Não podemos ligar o motor das nossas vidas no automático, nos tornando marionetes, conduzidos pelo acaso, por fios inexistentes e apenas imaginários, que chamamos de destino. DESTINO são os vários caminhos que escolhemos percorrer. A vida não é dádiva no caminhar e no ponto de chegada, é conquista (não existindo prêmios e nem castigos, apenas consequências). Não somos bonecos, nem brinquedinho ou alien de outros planos ou dimensões. Somos GENTE, com todas as limitações e imperfeições, em busca das possibilidades em promover a liberdade e o bem estar, destinados a ser protagonista da própria história e, artista principal da mais significativa obra de arte DA PRÓPRIA VIDA e COLABORADOR POSITIVO na vida dos outros. Viver é muito perigoso...mas...interessante, inquietante e maravilhoso. O VERDADEIRO OFÍCIO DE UM SER HUMANO É ENCONTRAR SEU PRÓPRIO CAMINHO.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

“Às vezes as pessoas se agarram às coisas e pensam que se trata de fidelidade, mas é pura preguiça” (Hermann Hesse).

Certa vez me contaram uma história de um homem que decide mudar de vida. Ele não está contente com o que tem nem com o que faz, então resolve dar um novo rumo à sua existência. Mas, como tem coisas demais para fazer hoje, decide deixar para amanhã. “SIM, quando chegar amanhã mudarei de vida”, diz a si mesmo. No dia seguinte, ao acordar, ele se dá conta de que o que seria amanhã volta a ser hoje e que tem coisas para fazer; então decide mudar de vida amanhã. E assim, sucessivamente. Afinal, segue com a mesma rotina de sempre. A desculpa de “farei amanhã”, chamada de PROCRASTINAÇÃO, pode ser uma grande armadilha para não se executar as decisões tomadas. Por que postergarmos uma decisão se acreditamos que ela é correta? Por medo das consequências? Porque nos dá preguiça fazer esforço? São muitas as desculpas que utilizamos para permanecer onde estamos e não precisar sair da “zona de conforto”. Agarrar-se ao STATUS QUO é humano, comum a todos, pois o esforço e as mudanças nos dão preguiça e até medo. As crianças têm medo do escuro porque acreditam que no meio das sombras pode se esconder algum monstro, algo desconhecido que pode lhes fazer mal. Do mesmo modo, os adultos têm medo do desconhecido porque isto implica em mudança, risco, incerteza. O novo nos dá medo porque temos medo de falhar e ter que ouvir comentários maldosos, em forma de julgamento – lembrando que toda crítica é uma autobiografia. A imobilidade, geralmente, tem sua origem no medo de sofrer a frustração de expectativas não cumpridas, prejudicando a nossa autoestima. No entanto, não há fracasso pior do que não tentar. Aquilo que não conseguimos ser, mas tentamos ser, tem INFLUÊNCIA POSITIVA na construção da nossa identidade. O que somos, é um mix, bem dosado, das nossas conquistas e dos nossos fracassos. “NUNCA EXISTIU UMA GRANDE INTELIGÊNCIA SEM UMA VEIA DE LOUCURA” (Aristóteles). Como conseguir um ANO NOVO fazendo as mesmas coisas?

sábado, 21 de dezembro de 2013

“o BRANDO é mais forte que o duro; a ÁGUA, mais forte do que a rocha; o AMOR mais forte que a violência”.

Esta IMPORTANTE reflexão contida na antologia de citações “PARA LER E PENSAR”, de Hermann Hesse, tem como base um conceito clássico da filosofia oriental: o poder das pequenas coisas, até mesmo das que nos parecem invisíveis, pode operar grandes mudanças. Bruce Lee, na sua última entrevista, antes de morrer, disse: “Não estabeleça uma forma, adapte e construa você mesmo a sua e deixe-a crescer. Seja como a água. Esvazie sua mente, seja amorfo, moldável, como a água. Se você coloca água numa xícara, ela se transforma na xícara. Se a coloca numa garrafa, ela toma a forma da garrafa. Se a coloca numa chaleira, ela fica como a chaleira. A água pode fluir ou pode chocar. Seja como a água, meu amigo”. A força do amor, assim como a água, reside em se adaptar ao meio em que se vive. Alguém capaz de amar – não só a outra pessoa, mas também a um projeto – molda-se às dificuldades para dar a cada situação o melhor de si mesmo. Se sabemos fluir com amor, diante dos cenários mutáveis da vida, jamais nos veremos afetados pelas circunstâncias.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

“Não acho que o mais importante seja conhecer as crenças de um homem, mas sim saber se ele as tem”.

JOSE SARAMAGO dizia que “as religiões NUNCA serviram para que os homens se aproximassem uns dos outros”, embora na verdade, muitas delas advoguem a favor da igualdade, do respeito, do amor ao próximo e ao mundo em que vivemos. Desde pequeno nos ensinam uma série de crenças para que nos sintamos seguros, mas o amadurecimento nos leva a destruir velhos paradigmas para criar outros. Com o tempo, o entendimento que temos sobre Deus e as religiões mudam de forma e conteúdo, mesmo dizendo que Ele é sempre o mesmo. O problema que mais aflige o ser humano é: onde colocar a esperança? As pessoas que demoram a amadurecer – a chamada “geração Peter-Pan”- têm maiores problemas; são infantilizadas e, como crianças, estão sempre pedindo coisas a Deus. Elas abandonaram a proteção da infância, mas se negam a entrar na vida adulta e ser responsável pelos seus próprios atos, assumindo as consequências deles. Em Demian, o Prêmio Nobel Hermann Hesse, descreve esse momento dramático: “Muitos vivem num eterno morrer e renascer, presos nesse momento da vida no qual o mundo infantil se racha e se desmantela lentamente, quando tudo o que amamos nos abandona e sentimos a solidão e a frieza mortal do universo que nos rodeia. Muitos fracassam para sempre neste arrecife e permanecem toda a vida apegados dolorosamente a um passado irrecuperável, ao sonho do paraíso perdido, que é pior e mais nefasto de todos os sonhos”. Se há uma coisa pior que ser ingênuo, é não ser capaz de crer em algo, principalmente nas próprias forças interiores, que somos providos pelo milagre da vida. Sempre vamos buscar tão longe o que se encontra tão perto! E, justificamos o que nem sempre é justificável, por medo das consequências e do castigo pelas forças celestiais. O questionamento pela existência da dúvida esclarece e nos fortalece. Quando estamos prestes a perder as esperanças, devemos enviar para nós mesmos a mais significativa das mensagens: sim, estou disponível para acreditar mais uma vez. Pois, para superar as dificuldades naturais e impostas pelos outros e, seguir avançando, é preciso acreditar mais uma vez. O segredo mais importante da vida, na busca pela realização da conquista, nem sempre é evitar problemas – a não ser os que podem ser evitados porque nada acrescentam - mas, crescermos pessoalmente, nos transformando seguidamente, para nos tornarmos maior do que as adversidades. Não podemos deixar de acreditar que a vida é um processo natural de transformações e que o homem é um projeto, que tem como referência a si mesmo, para ser superado. Não acredite em algo simplesmente porque ouviu. Não acredite em algo simplesmente porque todos falam a respeito. Não acredite em algo simplesmente porque está escrito em seus livros religiosos. Não acredite em algo só porque seus professores e mestres dizem que é verdade. Não acredite em tradições só porque foram passadas de geração em geração. Mas depois de muita análise e observação, se você vê que algo concorda com a razão, e que conduz ao bem e beneficio de todos, aceite e viva-o. Buda

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

“Nossa vida é como um caminho no outono: assim que é varrido, volta a cobrir-se de folhas secas”.

UM ANTIGO CONTO ZEN fala de um monge que tinha a obrigação de varrer as folhas secas do pátio do mosteiro. Como cada vez que ele terminava sua tarefa aparecia uma nova folha trazida pelo vento, ele adquiriu o hábito de sempre deixar uma no chão, para que não tivesse que sofrer na busca pela perfeição (perfeição é uma condição IMPOSSÍVEL de ser conquistada). Na maioria das vezes sofremos “de graça”. Convivemos com sofrimentos inúteis, que nos atormentam, ora sem motivo lógico e em outras oportunidades por antecipação. Costumamos sofrer mais pelo medo das atribulações do que pelas atribulações propriamente ditas, que quase sempre nunca acontecem como imaginamos – quanto sofrimento em vão!!! Temos que desfrutar deste aprendizado, sabendo que o bom já está bom, aprendendo a conviver com o que é natural e possível. Como um monge que deseja manter o chão sempre imaculado, aspirar a uma vida sem dificuldades é um grande sofrimento, pois a ausência de complicações não é algo natural. A melhor maneira de viver é aprender administrar os próprios problemas. Necessitando de forças para mudar o que pode ser mudado, coragem para aceitar o que é natural e não pode ser mudado, desenvolvendo a sabedoria para conseguir separar um do outro. Não podemos levar o mundo nas costas, se mal suportamos o peso do nosso casaco de inverno. Existe um tempo para estudar a sabedoria e a sua importância, com a obrigação de um dia começar a utilizá-la para o próprio benefício, tornando-se uma pessoa “mais leve”, para si mesmo, nas relações sociais e profissionais. O melhor do processo em viver com sabedoria, promovendo o bem estar e minimizando as consequências indesejáveis, é que quando nos decidimos por esta condição, ela não nos possibilita mais o retorno às realizações imprudentes. Esse é o ponto que devemos chegar, respondendo 3 perguntas básicas, antes de fazermos alguma coisa: - quero fazer? - devo fazer? - posso fazer? Como disse o Apóstolo Paulo: tudo nos é lícito, porém nem tudo nos convém.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

“A desgraça de Dom Quixote não era as suas fantasias, mas o ceticismo de Sancho Pança”.

A QUE KAFKA SE REFERE com este aforismo? Claramente à capacidade de Sancho Pança desfazer – ou pelo menos tentar desfazer – os sonhos e as fantasias do seu senhor, Dom Quixote. O célebre escudeiro do romance de Miguel de Cervantes é realista e sentencioso, não para de recorrer à sabedoria popular, considerando apenas à maneira como as coisas sempre foram. VIVER É A CRIAÇÃO DO INÉDITO. Todos os dias, estamos inventando coisas ou, simplesmente, nos lamentando. A vida é aventura ou naturalmente nada. Para suportar o tédio da vida CRIAMOS fatos e sensações, confundindo a realidade com a imaginação, assim sonhamos e corremos o risco de viver os nossos sonhos. Na realidade atual, Sancho Pança se assemelha aos vampiros de energia, que desejam nos convencer de que os nossos sonhos não podem ser concretizados e que nem sequer vale a pena tentar realiza-los. Esses especialistas em dinamitar projetos alheios costumam ser pessoas acomodadas e não suportam que os outros cheguem aonde eles não se atrevem a se aventurar. Qualquer pessoa que acredite nos seus sonhos, deve se afastar desses pessimistas agourentos que nunca têm uma única palavra de incentivo a oferecer.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

“As pessoas de sucesso, pessoal e profissional, são aquelas que conseguem perceber o que existe de útil além das palavras”.

Aprendi com a experiência, que as coisas que não vemos são muito mais poderosas do que a que vemos. Por que? Porque devemos estar sempre em direção à natureza: o que está embaixo do solo gera o que está acima dele, o que é invisível cria o que é visível. Como vivemos num mundo de causa e efeito, sem prêmios ou castigos, tudo é consequência, assim: dinheiro e riqueza, saúde e doença, alegria e tédio, verdade e justiça...são resultados. O NOSSO MUNDO INTERIOR CRIA O NOSSO MUNDO EXTERIOR. Pensamentos conduzem a sentimentos...sentimentos conduzem a ações...ações conduzem a resultados. A nossa consciência observa os nossos pensamentos e as nossas ações, para que vivamos das escolhas verdadeiras, feitas no momento presente, de acordo com as circunstâncias, em lugar de sermos governados por uma programação proveniente do passado, que nem sempre foi construída por nós mesmos. Henry Ford dizia que “os dias prósperos não vem por acaso; nascem de muita fadiga e persistência”. Considerando as palavras de Sócrates: “a vida sem reflexão não merece ser vivida”, na maioria das vezes, o que chamamos de ser “fiel a uma causa”, é na realidade preguiça. Deixo como reflexão as palavras de Ayrton Senna e comento: “se nós quisermos modificar alguma coisa, é pelas crianças que devemos começar”. A educação é o único processo, eficiente e eficaz, de transformação. Não digo apenas a educação formal, acadêmica, que estuda o que já foi realizado, o histórico (quem constrói a história é quem tem o poder), mas, uma educação que possibilita a criança a desenvolver o imaginário, à possibilidade de criação de uma nova sociedade, pois, uma mente que se abre para uma nova ideia, jamais voltará ao tamanho normal. Será que os nossos filhos e, os filhos dos nossos filhos, terão que reproduzir apenas, as nossas ações, que proporcionaram o caos no mundo? Estamos doentes, indiferentes à VERDADE e à JUSTIÇA, anestesiados às necessidades humanas, produzindo e eternizando ideologias insanas, procurando somente viver prazeres imediatos, preferindo IGNORAR a realidade e suas consequências. Até quando isto será possível? Vivemos hoje de uma forma, e com um conteúdo, que falta nenhuma faríamos para a sociedade se não tivéssemos existido. Instrumentalizamos a vida, sem nenhuma contribuição digna ou bom exemplo para influenciar outras pessoas. Dizemos amar a humanidade, manifestando total falta de respeito à pessoa que está próxima. Quais os compromissos que assumimos na vida? Nada suscitou nos homens tantas ignomínias como o poder e o dinheiro. É capaz de arruinar a nação e a sua sociedade. A necessidade pelo poder, expulsa os homens dos seus lares e os conduzem às cadeias, seduz e deturpa o espírito nobre do que restou dos justos. As ações abomináveis são os meios que os homens utilizam no seu Projeto de Poder. Não importa a forma, mas de qualquer jeito e sob qualquer pretexto faça dinheiro. O que os nossos filhos vivem hoje é o aprendizado pelos caminhos da astúcia e da perfídia, que irá induzi-los a realizar obras amaldiçoada pelos deuses, mesmo que justificadas pelos tolos. Afinal, quem liga para a reputação se consegue agarrar o dinheiro público para manter-se no poder? Diga depois que foi por uma causa! Como ser preso ou morrer por uma causa, torna-a honrada e digna. A que não obrigas o coração, ó execranda fome de ouro e poder. Toda riqueza provém do pecado. Ninguém pode ganhar sem que alguém perca e hoje, no Brasil, quem mais está perdendo são as futuras gerações. Mas que importa? Cada um quer salvar, apenas, a própria pele. O outro? Que se foda.

domingo, 15 de dezembro de 2013

“Só é capaz de se comportar com delicadeza quem necessita de delicadeza”.

Atribui-se ao Dalai Lama, líder dos budistas tibetanos, uma série de ensinamentos sobre a arte da amabilidade. Diante da pergunta “O que mais o surpreende na humanidade?”, o Dalai Lama respondeu: - Que achem chato ser criança e queiram crescer rápido, para depois desejarem ser criança outra vez. - Que desperdicem saúde para fazer dinheiro e depois percam o dinheiro para recuperar a saúde. - Que anseiem o futuro e esqueçam o presente e, desse modo não vivem nem o presente e nem o futuro. - Que vivam como se nunca fossem morrer e morrem como se nunca tivessem vivido. Na sequência, perguntaram-lhe quais são as lições de vida que deveríamos aprender, e ele respondeu com delicadeza: - Que não podemos fazer com que nos amem, mas sim que deixem de amar. - Que o mais valioso na vida não é o que temos, mas quem temos. - Que a pessoa rica não é aquela que tem mais, mas a que precisa menos. - Que o dinheiro pode comprar tudo, menos felicidade. - Que o físico atrai, mas a personalidade apaixona. - Que quem não valoriza o que tem, algum dia lamentará tê-lo perdido.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

“A beleza não faz feliz aquele que a possui, mas aquele que pode reconhecer, em algo ou alguém, e admirá-la”.

Sobre os perigos da fixação pela beleza, é preciso lembrar o MITO DE NARCISO, que era um jovem de extrema beleza que desprezava todas as suas pretendentes. Uma delas, a ninfa Eco, desesperou-se de tal maneira com sua rejeição até se tornar uma simples voz. Muito sentidas, as ninfas clamavam vingança pela dor infligida. E a vingança chegou. Num dia de calor, Narciso se aproximou de uma fonte para beber água. Inclinou-se sobre a água para matar a sede e viu a imagem de um rosto perfeito, o seu. No mesmo instante apaixonou-se por ele mesmo. Falava consigo mesmo, se adulava, mas não conseguia se tocar; então se inclinou mais e mais sobre o reflexo, até que conseguiu beijá-lo. Ao beijá-lo, Narciso caiu na água e se afogou. O que podemos aprender sobre Narciso é que a autocomplacência (contemplar-se a si mesmo) é sempre destrutiva, assim como atribuir demasiado valor à estética. UMA OVERDOSE DE BELEZA PODE PROVOCAR MAL-ESTAR E ATÉ ALUCINAÇÕES. Ralph Waldo Emerson disse: “embora viajemos por todo o mundo em busca da beleza, devemos leva-la conosco para poder encontrar”. As coisas têm o brilho e a cor, que dependem dos olhos de quem as observa. A beleza que desperta nossa plenitude também está ao nosso redor, nas pequenas coisas do dia a dia. Diante de um turbilhão de atividades em que vivemos, temos que utilizar e desenvolver a sensibilidade, para identificar e valorizar a beleza existente num universo de possibilidades. Apreciar a beleza é uma disposição interior, uma das significativas características que fez nascer o humano - que hoje somos - no inumano que éramos. Um dos principais destinos do homem é apreciar a beleza, admirando o esplendor do mundo, sem esperar nada em troca e, principalmente, sem possuí-lo. Ao comungarmos com a beleza, sempre estaremos em harmonia conosco mesmo. “Apreciar a beleza é uma das coisas mais preciosas na vida. É difícil encontra-la, mas quem consegue, descobre tudo” Charles Chaplin. “Os ideais que iluminaram o meu caminho são: a bondade, a beleza e a verdade” Albert Einstein.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

“NADA faz tão bem às pessoas, principalmente nos momentos difíceis, quanto se entregar à natureza. Não de forma passiva, mas de forma criativa”.

A NATUREZA NOS ACOLHE SEM FAZER PERGUNTAS, sem nos julgar, e isso nos devolve a tranquilidade perdida e nos conecta com outro mundo, com manifestações de sentimentos espontâneos, existentes nos interstícios do nosso coração e nas fendas da alma, nos revelando um universo de possibilidades. Ouvir o som da natureza, o nosso primeiro berço, onde contemplávamos e nos beneficiávamos do natural, vivendo por conta da simplicidade, é mais do que relaxante, é mobilizador, nos possibilitando um novo nascimento, onde morre o velho indivíduo para surgir uma pessoa renovada. Precisamos, sistematicamente, esvaziar a mente e os vícios que nos paralisam e nos destroem. As preocupações do cotidiano são sempre cruéis e por sempre existirem, temos que buscar o próprio “lugar e forma de descanso”. Nós somos muito mais do que nos revelamos no dia a dia e, por nós mesmos e para benefício da sociedade, temos obrigação de retomar, sistematicamente, a nossa tranquilidade...até novo desajuste. Viver é um ciclo subjetivo de eventos e sensações. Como romper este ciclo, mesmo sabendo que adiante será formado um novo ciclo? Com leitura e reflexões de aforismos e provérbios, com simples ato respiratório e meditação, com reza de mantras e orações, com música e imaginação, com sonho de um projeto útil e sempre libertador, com a dança e afetos transformadores, com caminhadas e visualização de paisagens naturais, com amor e mais amor, com ações voluntárias assistenciais que nos possibilitam criar um sentido específico para um momento da vida, enfim, é obrigação de cada um procurar o que é para si o grande facilitador. A vida é movimento constante. E, a busca pela tranquilidade, temporária e ocasional, é essencial para iniciarmos e bem os outros movimentos. Nada é mais libertador do que inspirar o oxigênio da tranquilidade e expirar o gás carbônico da rotina imposta pelas circunstâncias. O estilo de vida atual nos impossibilita do diálogo criativo. Uns aprendendo com os outros, diante da realidade e das possibilidades. Sempre estamos com alguém e nunca estivemos tão sós, não suportando, na maioria das vezes, nem a própria companhia. Ficamos desinteressantes e chatos, tendo até medo de ficarmos sóbrios de verdades, preferindo a mentira e o mistério. Qual é o sentido real da vida? Devemos receber um sentido herdado pela cultura? Será que o sentido que estamos dando para a vida não é apenas a moda do momento? E quando esta moda passar – toda moda é insatisfatória que não consegue se manter por muito tempo – qual será a nova moda? Quem irá criar e determinar? Qual o sentido que cada um tem criado, de si mesmo, para a própria vida? Melhor vivem aqueles que se dedicam a uma atividade criativa, mantendo relações com a natureza, com as necessidades da sociedade e com os múltiplos de si mesmo. Abandonamos a arte e a capacidade individual de transcender (para se encontrar também no outro) e nos transformarmos em pessoas desconfiadas e que geram desconfiança. Temos nos dedicado mais na relação com os animais domésticos do que com o mundo, que também somos responsáveis. Perdemos a capacidade de ter atenção pelas coisas que acontecem em volta de nós mesmos, acreditando ser a indiferença o melhor remédio disponível para o momento e deixarmos como legado. A volta à natureza nos possibilita viver em comunhão, do profano com o sagrado, e assim vamos nos conhecendo e nos transformando em pessoas melhores, comprometidas com a necessidade de todos. Se não for para ajudar que não prejudique, pois quem está trabalhando necessita continuar seu trabalho, procurando aliviar sofrimentos e atender a necessidade dos outros. AFIRMO: cuidar de algo, que não seja apenas de nós mesmos, nos possibilita experimentarmos significativas transformações, sendo um grande benefício orgânico, mental e espiritual. Ajudarmos a natureza, do universo e das pessoas, a prosperar, iremos juntos: crescer e melhorar. Hoje vivemos uma realidade inútil, concentrados num objetivo insignificante e improdutivo, onde predomina a observação e no máximo um julgamento. Não realizamos o fundamental e o concreto: a ação. Desejamos apenas ficar rico o mais cedo possível, para não fazermos mais nada, o que chamamos de aproveitar a vida. Quem poderá produzir tanta riqueza para contentar a todos? Quanto de riqueza nos basta? Rico é aquele que valoriza o que pode ter e dela faz o melhor, para si mesmo e para os outros. Qual é, realmente, o sentido natural da vida, se não for aquele criado por cada um de nós? Será melhor aceitarmos os impostos por religiosos ou aqueles que buscam nos convencer para convencerem a si mesmo?

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

“Momentos de Solidão, também é o caminho, pelo qual o destino necessita e deseja conduzir o homem em busca de si mesmo e, melhorar o que encontrou”.

“ Caminhar, principalmente próximo da natureza, ajuda encontrar ideias e também descobrir a si mesmo. Presentearmo-nos com momentos oportunos de solidão, possibilita-nos ordenar os pensamentos, questionar sobre a vida e sobre o que realmente desejamos. É um momento próprio para recolhimento e o nosso espaço de criatividade. Viver sempre será a criação do inédito. Observo que, até, às vezes, para aqueles que acreditam que viemos ao mundo para cumprir papéis determinados. Não somos artistas no teatro de marionetes. Portanto, é fundamental reservar uma parcela do dia, o que for possível, em benefício de nós mesmos. Torne esse importante compromisso como hábito, nem que seja a leitura e reflexão de um simples aforismo, foi a melhor maneira pelo qual aprendi me compreender e entender as diferentes relações na vida. Necessitamos de um espaço emocional para fugir, por alguns momentos, da confusão do dia a dia e pensar um pouco, para agirmos melhor ou, ao contrário, tiramos algum monstro que ronda a nossa cabeça, antes de fazer morada no coração. O ruído mental é complexo e muito desgastante. Ocorrem na nossa cabeça mais de 40 mil pensamentos por dia, alguns pensam além dos limites e, na maioria das vezes, pensamos em coisas ruins, que nada nos auxiliam e tornam-se vampiros energéticos. Precisamos de uma pausa, ocasional e constante, para não adoecermos por esforços indesejáveis e repetitivos. Como, devemos fazer pausa no trabalho para não comprometer o organismo e a produtividade com uso exagerado e inconveniente do sistema músculo esquelético e mental. Tudo e todos necessitam de pausas sistemáticas, no trabalho e na arte de viver. Todo o resto pode nos esperar, pois “viremos e estaremos” em melhor condição, para a alegria e bem estar geral. Afastarmo-nos da confusão, ainda que por pouco tempo, nos devolve a calma e o sentido da existência. Proporciona uma direção para esclarecer nossos planos e atuar de forma conveniente. Diante da intoxicação dos ambientes, temos que respirar o oxigênio livre da solidão, não importa aonde ou com o que, desde que possamos imaginar e inventar. A vida é invenção, como sempre disse Ferreira Goullar. Simplesmente, uma aventura ou nada, como disse Helen Keller. Precisamos nos desconectar do caos do mundo por alguns instantes e, da loucura de algumas pessoas com quem convivemos. É importante descobrir que a solidão, como vocação, não é feio, é curativa, criativa e libertadora. Se reservar uma pequena parte do dia para si mesmo, é deixar de sentir-se perdido, desconfiado de si mesmo, neste mundo sem o mínimo de juízo.

domingo, 8 de dezembro de 2013

“Encontrar para celebrar o prazer... é uma condição da própria pessoa”.

O prazer, da liberdade e do bem estar, não depende somente das circunstâncias dos eventos estabelecidos pelo grupo social com quem convivemos. É uma condição intrínseca à própria pessoa. Depende da disponibilidade emocional e da valoração dos fatos, que nos possibilitam experimentar diferentes emoções. A intensidade do prazer depende mais da sabedoria em identificar a beleza existente nos detalhes do fato, muitas vezes escondidos e não são reveladas aos olhos comum das pessoas - com paradigmas imediatistas sem a justa compreensão –, do que na satisfação momentânea do simples “gostei ou não gostei”, “acho que sim e acho que não” “foi bom ou não foi”, sem pensar no que nos influência ao médio e longo prazo. Viver é complexo, por isso é perigoso. Necessita sabedoria para identificar o bom do imediato e suas consequências no futuro, pois, as vezes precisamos saber investir para melhor desfrutar. Quanto maior o conhecimento do fato, para isso necessita ser adequadamente valorizado (conforme as circunstâncias e as consequências), maior, será o prazer em sua profundidade, largura e extensão (parâmetros importantes para avaliarmos qualquer atitude). Portanto, sempre será um erro centrar a vida, apenas, no que esperamos do futuro, sem saber como seremos e como iremos nos manifestar. Desperdiçamos energias que poderiam ser melhores utilizadas. Deixar a vida em suspenso para ser celebrada no que virá amanhã, nos esquecendo do que “temos para hoje”, é no mínimo tolice. Devemos nos dedicar em perceber e nos conscientizarmos de que: o prazer existe quando não exigimos nada do amanhã (ou quando exigimos com necessária capacidade de flexibilidade e de adaptação) e, aceitamos de bom grado o que o hoje nos traz, sabendo que o imprevisto que irá acontecer, também terá suas vantagens para viver. Normalmente, planejamos uma coisa e temos que viver outra e, diante desta ocorrência não planejada, nos lamentamos ou procuramos identificar a beleza contida na espontaneidade. O momento desejado talvez nunca chegue, mas sempre irá ocorrer outro momento, mágico de oportunidades e prazeres, portanto, não devemos perder energia nos lamentando e sim em descobrir o encanto do momento, em qualquer momento. O imprevisto pode nos surpreender e ser melhor do que o sonhado. “Algo está sempre por acontecer. O imprevisto me fascina” Clarice Lispector. No imprevisto encontramos pessoas e situações, que nos possibilita nos encontrarmos conosco mesmo também, nos revelando, nos reinventando, começando sempre e tudo de novo. Eu não sou nada do que planejei, sou a resposta das minhas imperfeições, das minhas derrotas, de tudo que não consegui, das mulheres que não me quiseram... . Mas, sabendo me beneficiar dos amores que vivi, da relação com a mãe dos meus filhos, com a minha vida junto a eles e com meus alunos, que deram sentido para a minha vida e colaboraram na transformação de um derrotado num vencedor. Gosto de conviver com a pessoa que me tornei e que nunca planejei assim ser. Fico feliz em ter descoberto o melhor existente nas pessoas com quem me relacionei. Então, graças ao que não fui, é o que hoje sou, convivendo em paz com os múltiplos de mim.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

“Sonhar é escrever poesia com a imaginação”

A poesia cria um espaço magico onde o inconcebível pode se harmonizar e o impossível pode real se tornar. O sonhador, como os poetas, são homens que conservam seus olhos de criança e idealizador. A criança não tem medo de sonhar, de imaginar, de experimentar, enquanto o homem acredita que ao chegar à idade adulta é os sonhos estacionar e parar para não mais imaginar. Adulto tem agora viver par somente trabalhar e, apagar os anseios no processo de se humanizar. O sonhar é o diário do animal marinho, que vive na terra e deseja os céus sulcar. Como na poesia, que é a busca de palavras para as barreiras do desconhecido derrubar, o sonhar é buscar no desejo, sensações para nos completar. Um dia, desenhei um sonho, pintei as senas com as cores preferidas, escutei uma música, escrevi poesia e, coloquei o encanto da lua e o brilho das estrelas no cenário do imaginário. A realidade, nem sempre alegre, nunca me abala e nem transforma meus dias em pesadelo e, com este sonho me fortaleço e nos teus braços eu me realizo e aconteço. Não é fantasia, vivo internamente, um amor, intensamente. Envolvo-me com você, na beleza da liberdade sem limites, assim sigo em frente, em direção ao infinito de mim mesmo. Por que seguir em frente? Porque este é o destino, atrás de nós não existe mais caminho. Escrever poesia e executar o sonhar, mesmo que timidamente e com dificuldade, é melhor do que ler e nada fazer. De olhos abertos ou fechados, mergulho no sonho, de te ver e te amar, para feliz a vida continuar e o perfume da flor admirar. Contigo quero estar, até um dia final, que nunca haverá de chegar. Sonho tudo que jamais realizei, porque a imaginação me trás você, a música e a poesia. Assim, agora ou quando quiser, estou a me realizar sem mesmo dormir para sonhar. Sonhei um dia e imagino para sempre, de mãos dadas caminhar e as flores admirar. Nunca deixo de lembrar, todos os dias te esquecendo, para todos os dias te procurar e te encontrar. Tenho sempre vivido, na realidade e na fantasia, no corpo e na alma, para sentir jovem o coração que nunca cansa de te esperar, para poder abraçar e beijar, dormir abraçado, confiante e feliz. O sabor do beijo, nunca se esquece, também não envelhece, para nos agradar e continuar a confiar; somente ele, nos possibilita conhecer melhor para melhor acreditar. O beijo revela as intenções! Sonhar, com algo ou alguém, é ter certeza que a vida não para, sem possibilidade de desistir do combate, que se distraído ela nos abate: é perigoso viver sem sonhar. Não importa o dia e a noite, com o desejo manifestado no sonhar, até a chuva é bem vinda, para refrescar, o fogo alegre da paixão. É prudente pintar a tela da fantasia, do amar e ser amado. No sexo com a amada, o corpo tem gestos e a alma tem carinhos, que todos os dias necessitam ser renovados e outros inventados, para a realidade ser compreendida e valorizada. O sonho, bem sonhado, tem largura, extensão e profundidade, para possibilitar inventar e construir uma vida, nova e ousada, imaginando castelos, para procurar e encontrar significativos tesouros. Devaneio é a planta onde arquitetamos nos libertar, de tudo que dificulta a conquista do nosso bem estar, identificando a grandeza de uma vida de prazeres possíveis, sem nos limitar. A realidade e os aspectos congelados da emoção, quando não observada com os óculos do bom humor, aqueles de lente cor-de-rosa de enxergar a vida, nos revela apenas o exterior dos fatos e nos nega diferentes sensações. Somente na realização, antecedida pela imaginação ou no próprio sonho, é que podemos conhecer os interstícios e sentir o coração, de reinventarmos a vida e sentir a magia transformadora do afeto. Sonhar é poder, é querer, é aprender outros ensinamentos, é modificar-se para tornar-se e, gostar de quem se tornou e poderá ser, pois é viver além do que aparenta ser. Sonhar não é fuga, é viver na alma das pessoas. Busco, sempre, no sonho, o que não pude ter e gostaria de ter tido, de transmitir o que posso e que sei, de oferecer o que os outros não quiseram ou conseguiram aprender e receber. Por que e para que sonho? Não sonho para ser rei, apenas para ser livre e viver sem culpa, para descobrir e poder me revelar o que a realidade não possibilitou. O sonho é superação, é a manutenção de um ideal, para não sofrer a ação corrosiva do tempo. Sonhar faz bem para a saúde, é a única ação terapêutica e remédio disponível para qualquer pessoa em qualquer tempo e condição. Sonhar com o que? Com a sinceridade; com a possibilidade de conquista para incentivar e aprimorar a capacidade. Com um ideal de vida; com a prática da ética no comportamento das pessoas nos grupos religiosos e sociais. Com a fantasia para diminuir a sensação cruel da realidade; com a positividade e transformar o padrão de pensamento e atitude. Com a possibilidade da realização pessoal – descobrindo e utilizando as forças interiores. Com a aceitação dos próprios limites, atitude saudável e não alimenta a sensação de menos valia. Com a aventura, que acontece com o aumento consciente da autoestima, que somos capazes de vencer, mesmo diante do medo... Até Deus sonhou ao criar o mundo, teve a imaginação de que as pessoas pudessem, entre si: compreender, respeitar, valorizar, consequentemente amar. ELE sabia que o amor é capaz de tudo vencer. Mas, querendo brincar de deus, o homem procurou outros caminhos. Sonhar é a forma de construir um tempo de continuar a Criação: a imaginação cria e a vontade realiza. Por tudo isso eu sonho, com o corpo, com a mente, com a alma, com o espírito, com todos os sentidos e sentimentos. O sonho me possibilita ter ideias, criar espaços e, povoá-los com os eleitos e necessitados. Como construtor, das múltiplas vidas de pessoas, que existem em mim, necessito da imaginação e da coragem, pois, quem não consegue sonhar e correr o risco de viver os seus sonhos, não vive, apenas existe. O sonho, tem me levado conhecer e habitar paraísos, desconhecidos ou inventados, perdidos ou recuperados. Através dos sonhos realizei viagens impossíveis e desvendei mistérios. Os sonhos possibilitaram-me ir além, do determinismo e da fatalidade. Aqueles, que sonhei sabendo que sonhava e, que até provoquei. Diferentes do que sonhei durante o sono, que nem sempre consegui entender ou lembrar. O sonho sempre representará a criança que conosco vive e, que não devemos decepcionar ou escandalizar. Para o nosso bem estar, ela procura, como a natureza, nos proteger. Tem um tempo maior de ser feliz, o homem que se proporciona acreditar. Um dia, quando a morte chegar, para mim apenas deixarei de viver, e alguma lembrança quero com palavras deixar. E, deste mundo, eu e a criança que também sou, de mãos dadas, vamos nos retirar. Eu como ela, nunca deixamos de sonhar e, por acreditar, para mim assim será. Mais importante do que acreditar em Deus é saber se ELE acredita em nós, e por acreditar, nos ofereceu a possibilidade de escrever e sonhar.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

QUEM DIZ NÃO A SI MESMO...NÃO PODE DIZER SIM A DEUS Negar nossa divindade é ferir o pássaro canoro que habita em nós, é silenciar sua voz para não ouvir o que nos diz nosso ser mais profundo: QUE CADA SER HUMANO É SEU PRÓPRIO MESTRE.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

“Identifique o que deve ser levado a sério e ria do resto”.

O humor é um poderoso instrumento de que o ser humano dispõe para RELATIVIZAR seus problemas e se distanciar deles. Uma situação que nos parece muito grave, adquire uma configuração totalmente diferente, no momento em que conseguimos rir dela. O bom humor é uma das qualidades divinas do homem. Ele espalha mais felicidade do que outras riquezas. O hábito de olharmos com esperança e de esperarmos o melhor e não o pior é consequência natural das pessoas bem humoradas. Disse Voltaire: “O pessimismo é humor; o otimismo é vontade”. Portanto, é possível aprendermos a identificar o que realmente deve ser levado a sério e fazer e rir das outras coisas ou pessoas, que muito pouco ou nada nos representam. Como o artista genial “Aleijadinho”, que ria dos seus desafetos (e das coisas que podia viver muito bem sem elas), os representando como diabos nas suas esculturas. Apesar de todas as dificuldades, o bom humor foi principal ferramenta para a manifestação deste gênio imortal. O humor é um estado de ÂNIMO (energia que mobiliza a nossa vida), cuja intensidade representa o grau de DISPOSIÇÃO e BEM ESTAR (psicológico e emocional) de uma pessoa. Todos desejam permanecer próximo de uma pessoa bem humorada e afastar-se do mal humorado – o humor é contagiante. O humor é uma das chaves para a compreensão das culturas, religiões e costumes de uma sociedade, no sentido amplo, sendo elemento vital da condição do “homem que sabe”, independente do tipo do processo de humanização. “A imaginação oferece às pessoas consolação por aquilo que não podem ser... e... o humor para aquilo que efetivamente são” (Albert Camus).

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

“Se um homem não tem nada para comer, o jejum é a coisa mais importante para fazer” (Hermann Hesse).

A luta constante contra a realidade nos esgota e nos deixa sem recursos. Há situações que não podemos mudar - nem se esconder ou fugir delas - que podemos considerar como FATOS e, outras, que podemos mudar, pois, são apenas SENSAÇÕES, que variam conforme o momento e lugar. Portanto, com relação a sentimentos, maneira de sentir a vida, avaliações e considerações, sempre será importante saber se é FATO ou SENSAÇÃO. O Fato a gente aceita e aproveita o que existe de melhor nesta condição. A sensação a gente muda, transformando-a conforme nossa conveniência, mudando a maneira de pensar e agir, para melhor sentir o resultado das nossas relações com as pessoas e o mundo. O fato é que hoje, dia 02 de Dezembro de 2013, é segunda feira, e cada um viverá conforme próprio entendimento, as diferentes situações. Os que não trabalharam no final de semana poderão lamentar-se, profundamente, pois acabou um período significativo que nos possibilita dispor emocionalmente de um tempo convencional. Mas, quem trabalhou, talvez possa hoje descansar ou fazer o que pode e tem que ser feito. São realidades que não mudam, mas podem ter diferentes interpretações. Enfim, sempre existirão situações, que por mais dolorosas que sejam, devemos adaptar as nossas atitudes para não piorar as coisas e sofreremos menos. Promove melhor bem estar para si mesmo, quem consegue perceber e avaliar o que de bom cada situação nos trouxe e pode nos trazer. A vida é uma invenção, invente uma coisa interessante, que pode proporcionar prazer, mesmo nesta segunda feira. Crie uma história simples, para recordar com alegria, aprenda algo novo (nem que seja o simples significado de uma palavra), envie mensagem para um amigo, leia um aforismo transformador (como esse do Hermann Hesse)... . Torne sua vida interessante, todos os dias! Inclusive hoje. Temos que transformar a realidade, por pior que se manifeste inicialmente, como aprendizado e aprimoramento pessoal. Sempre existirá algo de positivo em toda circunstâncias: não podemos ver somente os espinhos entre as rosas, mas, temos também que observar, para valorizar, as rosas entre os espinhos. Observe que o fato é o mesmo: rosas com espinhos. As sensações é que são diferentes: lamentar-se por perceber os espinhos entre as roas ou contemplar as rosas entre os espinhos. A VIDA DE CADA HOMEM É UM CAMINHO EM DIREÇÃO A SI MESMO. É O ENSAIO DE UM CAMINHO, O ESBOÇO DE UM RUMO. Toda existência é uma trilha, que chamamos de destino, que deve ser percorrida por cada pessoa. NINGUÉM pode fazer isso por nós, porque o caminho não está marcado em nenhum mapa (não existe a mínima possibilidade de ser – somos gente e não marionetes, manipulados por fios imaginários). Nós construímos a nossa trilha pouco a pouco, passo a passo, com nossas decisões e ações, sempre determinadas pelas circunstâncias, procurando ser quem dizemos que somos...este é o desafio de toda pessoa.

domingo, 1 de dezembro de 2013

“Julgar os outros”

A atitude de julgar os outros é inconveniente e prejudicial, além de ser tendenciosa e raramente corresponder à realidade. Nada sabemos dos outros e muito pouco de nós mesmos. O que passa no coração de cada pessoa é um mistério, nem elas próprias conseguem entender e se revelar de maneira sincera. Esta falta de virtude e manifestação de caráter duvidoso, O DE EXERCER O PAPEL DO JUIZ DA VIDA ALHEIA, é a desculpa racional para não analisar a própria existência. Se observarmos os que costumam emitir julgamentos sobre o que os outros fazem, encontraremos neles um grande déficit de autocrítica. Usualmente, o ser humano necessita fazer comparações para compreender e avaliar os fatos e, para não conviver com a “sensação de menos valia” desqualifica o outro ou destrói as suas ações. Assim, sente-se nivelado com os demais. Outros, para sentirem-se superiores, menosprezam ou anulam os feitos dos seus desafetos. Este hábito insano só pode ser modificado com um novo hábito, construído com o exercício lógico da compreensão, diante das circunstâncias, de quem somos sempre dependentes. Nada melhor do que desenhar, para a prática de comportamento natural, na forma de nos revelarmos nas relações do cotidiano, é a verdade de que “não somos melhores e nem piores do que ninguém, apenas diferentes”, e, o que torna o mundo interessante é a possibilidade de convivermos, harmonicamente, com pessoas diferentes – mesmo porque não existem duas pessoas iguais, nem entre irmãos gêmeos. Libertar-se do vício, falso e cruel, de julgar os outros, é sinal de maturidade, de transformação do pensamento e ação, de aprimoramento pessoal e evolução no processo de humanização.