quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

“Às vezes as pessoas se agarram às coisas e pensam que se trata de fidelidade, mas é pura preguiça” (Hermann Hesse).

Certa vez me contaram uma história de um homem que decide mudar de vida. Ele não está contente com o que tem nem com o que faz, então resolve dar um novo rumo à sua existência. Mas, como tem coisas demais para fazer hoje, decide deixar para amanhã. “SIM, quando chegar amanhã mudarei de vida”, diz a si mesmo. No dia seguinte, ao acordar, ele se dá conta de que o que seria amanhã volta a ser hoje e que tem coisas para fazer; então decide mudar de vida amanhã. E assim, sucessivamente. Afinal, segue com a mesma rotina de sempre. A desculpa de “farei amanhã”, chamada de PROCRASTINAÇÃO, pode ser uma grande armadilha para não se executar as decisões tomadas. Por que postergarmos uma decisão se acreditamos que ela é correta? Por medo das consequências? Porque nos dá preguiça fazer esforço? São muitas as desculpas que utilizamos para permanecer onde estamos e não precisar sair da “zona de conforto”. Agarrar-se ao STATUS QUO é humano, comum a todos, pois o esforço e as mudanças nos dão preguiça e até medo. As crianças têm medo do escuro porque acreditam que no meio das sombras pode se esconder algum monstro, algo desconhecido que pode lhes fazer mal. Do mesmo modo, os adultos têm medo do desconhecido porque isto implica em mudança, risco, incerteza. O novo nos dá medo porque temos medo de falhar e ter que ouvir comentários maldosos, em forma de julgamento – lembrando que toda crítica é uma autobiografia. A imobilidade, geralmente, tem sua origem no medo de sofrer a frustração de expectativas não cumpridas, prejudicando a nossa autoestima. No entanto, não há fracasso pior do que não tentar. Aquilo que não conseguimos ser, mas tentamos ser, tem INFLUÊNCIA POSITIVA na construção da nossa identidade. O que somos, é um mix, bem dosado, das nossas conquistas e dos nossos fracassos. “NUNCA EXISTIU UMA GRANDE INTELIGÊNCIA SEM UMA VEIA DE LOUCURA” (Aristóteles). Como conseguir um ANO NOVO fazendo as mesmas coisas?

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