quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

“Nossa vida é como um caminho no outono: assim que é varrido, volta a cobrir-se de folhas secas”.

UM ANTIGO CONTO ZEN fala de um monge que tinha a obrigação de varrer as folhas secas do pátio do mosteiro. Como cada vez que ele terminava sua tarefa aparecia uma nova folha trazida pelo vento, ele adquiriu o hábito de sempre deixar uma no chão, para que não tivesse que sofrer na busca pela perfeição (perfeição é uma condição IMPOSSÍVEL de ser conquistada). Na maioria das vezes sofremos “de graça”. Convivemos com sofrimentos inúteis, que nos atormentam, ora sem motivo lógico e em outras oportunidades por antecipação. Costumamos sofrer mais pelo medo das atribulações do que pelas atribulações propriamente ditas, que quase sempre nunca acontecem como imaginamos – quanto sofrimento em vão!!! Temos que desfrutar deste aprendizado, sabendo que o bom já está bom, aprendendo a conviver com o que é natural e possível. Como um monge que deseja manter o chão sempre imaculado, aspirar a uma vida sem dificuldades é um grande sofrimento, pois a ausência de complicações não é algo natural. A melhor maneira de viver é aprender administrar os próprios problemas. Necessitando de forças para mudar o que pode ser mudado, coragem para aceitar o que é natural e não pode ser mudado, desenvolvendo a sabedoria para conseguir separar um do outro. Não podemos levar o mundo nas costas, se mal suportamos o peso do nosso casaco de inverno. Existe um tempo para estudar a sabedoria e a sua importância, com a obrigação de um dia começar a utilizá-la para o próprio benefício, tornando-se uma pessoa “mais leve”, para si mesmo, nas relações sociais e profissionais. O melhor do processo em viver com sabedoria, promovendo o bem estar e minimizando as consequências indesejáveis, é que quando nos decidimos por esta condição, ela não nos possibilita mais o retorno às realizações imprudentes. Esse é o ponto que devemos chegar, respondendo 3 perguntas básicas, antes de fazermos alguma coisa: - quero fazer? - devo fazer? - posso fazer? Como disse o Apóstolo Paulo: tudo nos é lícito, porém nem tudo nos convém.

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