quarta-feira, 11 de dezembro de 2013
“NADA faz tão bem às pessoas, principalmente nos momentos difíceis, quanto se entregar à natureza. Não de forma passiva, mas de forma criativa”.
A NATUREZA NOS ACOLHE SEM FAZER PERGUNTAS, sem nos julgar, e isso nos devolve a tranquilidade perdida e nos conecta com outro mundo, com manifestações de sentimentos espontâneos, existentes nos interstícios do nosso coração e nas fendas da alma, nos revelando um universo de possibilidades.
Ouvir o som da natureza, o nosso primeiro berço, onde contemplávamos e nos beneficiávamos do natural, vivendo por conta da simplicidade, é mais do que relaxante, é mobilizador, nos possibilitando um novo nascimento, onde morre o velho indivíduo para surgir uma pessoa renovada. Precisamos, sistematicamente, esvaziar a mente e os vícios que nos paralisam e nos destroem. As preocupações do cotidiano são sempre cruéis e por sempre existirem, temos que buscar o próprio “lugar e forma de descanso”.
Nós somos muito mais do que nos revelamos no dia a dia e, por nós mesmos e para benefício da sociedade, temos obrigação de retomar, sistematicamente, a nossa tranquilidade...até novo desajuste.
Viver é um ciclo subjetivo de eventos e sensações. Como romper este ciclo, mesmo sabendo que adiante será formado um novo ciclo?
Com leitura e reflexões de aforismos e provérbios, com simples ato respiratório e meditação, com reza de mantras e orações, com música e imaginação, com sonho de um projeto útil e sempre libertador, com a dança e afetos transformadores, com caminhadas e visualização de paisagens naturais, com amor e mais amor, com ações voluntárias assistenciais que nos possibilitam criar um sentido específico para um momento da vida, enfim, é obrigação de cada um procurar o que é para si o grande facilitador.
A vida é movimento constante. E, a busca pela tranquilidade, temporária e ocasional, é essencial para iniciarmos e bem os outros movimentos.
Nada é mais libertador do que inspirar o oxigênio da tranquilidade e expirar o gás carbônico da rotina imposta pelas circunstâncias.
O estilo de vida atual nos impossibilita do diálogo criativo. Uns aprendendo com os outros, diante da realidade e das possibilidades.
Sempre estamos com alguém e nunca estivemos tão sós, não suportando, na maioria das vezes, nem a própria companhia. Ficamos desinteressantes e chatos, tendo até medo de ficarmos sóbrios de verdades, preferindo a mentira e o mistério.
Qual é o sentido real da vida? Devemos receber um sentido herdado pela cultura? Será que o sentido que estamos dando para a vida não é apenas a moda do momento? E quando esta moda passar – toda moda é insatisfatória que não consegue se manter por muito tempo – qual será a nova moda? Quem irá criar e determinar? Qual o sentido que cada um tem criado, de si mesmo, para a própria vida?
Melhor vivem aqueles que se dedicam a uma atividade criativa, mantendo relações com a natureza, com as necessidades da sociedade e com os múltiplos de si mesmo. Abandonamos a arte e a capacidade individual de transcender (para se encontrar também no outro) e nos transformarmos em pessoas desconfiadas e que geram desconfiança. Temos nos dedicado mais na relação com os animais domésticos do que com o mundo, que também somos responsáveis.
Perdemos a capacidade de ter atenção pelas coisas que acontecem em volta de nós mesmos, acreditando ser a indiferença o melhor remédio disponível para o momento e deixarmos como legado.
A volta à natureza nos possibilita viver em comunhão, do profano com o sagrado, e assim vamos nos conhecendo e nos transformando em pessoas melhores, comprometidas com a necessidade de todos. Se não for para ajudar que não prejudique, pois quem está trabalhando necessita continuar seu trabalho, procurando aliviar sofrimentos e atender a necessidade dos outros.
AFIRMO: cuidar de algo, que não seja apenas de nós mesmos, nos possibilita experimentarmos significativas transformações, sendo um grande benefício orgânico, mental e espiritual.
Ajudarmos a natureza, do universo e das pessoas, a prosperar, iremos juntos: crescer e melhorar.
Hoje vivemos uma realidade inútil, concentrados num objetivo insignificante e improdutivo, onde predomina a observação e no máximo um julgamento. Não realizamos o fundamental e o concreto: a ação.
Desejamos apenas ficar rico o mais cedo possível, para não fazermos mais nada, o que chamamos de aproveitar a vida.
Quem poderá produzir tanta riqueza para contentar a todos? Quanto de riqueza nos basta?
Rico é aquele que valoriza o que pode ter e dela faz o melhor, para si mesmo e para os outros.
Qual é, realmente, o sentido natural da vida, se não for aquele criado por cada um de nós? Será melhor aceitarmos os impostos por religiosos ou aqueles que buscam nos convencer para convencerem a si mesmo?
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