sexta-feira, 22 de junho de 2012
Amar e saber amar
Amar é diferente de saber amar. Amar é um sentimento, espontâneo ou não. Saber amar é um aprendizado, depende da vontade e do aperfeiçoamento. Cada pessoa tem potencial para “alguma coisa”: para criação e arte, necessita descobrir e desenvolver seus talentos. A arte é a expressão do sentimento; a criação depende da escolha (conforme interesse e habilidade). Não existe perfeição sem treinamento. A vida é uma invenção, na qual podemos escolher o que conquistar (conforme as circunstâncias). Nossa existência é marcada por um processo, constante, de transformação (biológica, psicológica, social, espiritual). Se a vida é o conjunto das funções que resistem a morte, devemos buscar, incessantemente, o viver bem (cada vez melhor).
Amar é uma necessidade, é um sentimento que exalta e escraviza, mas, pode dar um sentido para a própria vida, além de momentos, significativos, de prazer. Liberdade e bem estar são os desejos mais marcantes em todos os seres vivos, principalmente os humanos.
Saber amar é a expressão da arte em amar, manifestação singular que irá caracterizar cada pessoa (o como sempre será pessoal). Saber amar é aprendizado e aperfeiçoamento e tem que ser desenvolvido, não está disponível para compra no mercado.
Na arte de amar é preciso considerar que: - o aprendizado inicia-se com o ato de compreender antes de julgar (conhecimento é ciência, cuja ética é produto do pensamento); - temos de compreender para depois respeitar, as pessoas e a si mesmo, entendendo que temos duas vidas, uma que projetamos e outra que coseguimos viver, pois as circunstâcias é que determinam como podemos viver (temos duas opções, uma é de aceitar as circunstâncias e a outra é de trasfomá-la, conforme as possibilidades); - é fundametal aceitar as coisas e as pessoas como são e podem ser; - saber amar é descobrir e revelar o valor que se encontra em cada vida, conforme a fase da existência (quem conseguimos ser nas relações, somos resultados das nossas experiências); - temos que tomar cuidados com os “cliches” e “pré conceitos”(naturais em todas as pessoas), relacionando a razão com o que expressa o “coração”; - não há espaço para o individualismo (amar e egoismo se excluem), nos realizamos nas relaçoes. – a humildade, a tolerância e o perdão, lançam para fora os antídotos que nos corroem, caso contrário é tomar veneno querendo que o outro morra.
Todo aprendizado é lento, com ocorrência de erros ou equívocos, que podem ser revistos para mudarmos de atitude, buscando a excelência nas ações.
O aprendizado é difícil, mas é compensador: - aprender e lidar com as própria dores e inquietações; - em saber limitar os interesses pelas coisas de acessibilidade complexa e inútil, que nem sempre promovem a nossa liberdade e bem estar; - em descobrir as possibilidades e valorizar as conquistas.
Melhor do que exigir, de si mesmo e dos outros, ser um conquistador de sucessos, sucessivos, é não sentir-se derrotado, celebrando as pequenas conquistas, gradativas e sucessivas.
Aprender a amar é realizar-se com coisas simples; com as pequenas coisas que nos transformam, que possibilitam contemplarmos as coisas com o olhar da alma (energia da vida) e termos os nossos desejos realizados. Ser feliz, é o resultado do conjunto de eventos e relação com pessoas, que marcam a nossa existência, nos transformado em pessoas de “bem” conosco mesmo, segundo a nossa avaliação.
Na arte de amar, é preciso “gostar” da pessoa que conseguimos ser.
A arte de amar, está em querer e aprender a ser livre (praticando o desapego de tudo que não é essencial) e, colaborar para a realização dos outros, no atendimento das suas necessidades, promovendo além do bem estar pessoal, a do seu grupo social.
O tempo, as oportunidades e as experiências nos possibilitam o “amadurecimento”. A espiritualidade nos dá o conhecimento de uma vida interior, onde existimos de fato. Quem tem vida interior, além de não padecer de solidão, nos dá a certeza de termos sido um bom caminhante, que percorre o seu destino. Destino é o caminho onde encontramos os elementos para compor a própria vida, de forma singular, pois quando morremos, morre conosco uma forma única de pensar, agir e sentir o mundo e tudo que nele existe. A melhor maneira de exister vai além de amar, é sabendo amar.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário