terça-feira, 19 de junho de 2012
Como poderá ser o amanhã de hoje?
É fundamental considerarmos os limites: da espécie humana, os naturais conforme as circunstâncias, os familiares de acordo com o patrimônio genético, os pessoais na relação com o meio, os culturais, os políticos e financeiros,.... E voltarmos para nós mesmos, para nos ajustarmos com autodisciplina e pacificação dos desejos. A vida interior e contemplativa é significativa para a pratica de uma existência harmoniosa, vivendo os dias com o mínimo de conflitos, de preferência, apenas, com os inevitáveis.
“Querer” e “ser” o que podemos conquistar, sem precisar “vender” a própria alma e “empenhar” a dos outros, para obtermos riquezas materiais e poder sobre as pessoas, deve ser a utopia de quem deseja viver feliz, considerando o bem estar como a ausência de conflitos.
Ser feliz é produto de ações “lógicas” e “científicas”, ou de ausência plena de conhecimentos. O “prazer produtivo” é fruto: exige o desenho e a pratica da ética do entendimento, do pensar para agir, da transformação para sentir melhor a vida.
É bom estar no mundo sem pertencer e servir, exclusivamente, a ele. A verdadeira civilização, deve estar aparelhado com instrumentos que possibilitam a sociedade, contemplar a privacidade das pessoas, aprimorando as suas relações no processo de humanização, em benefício de todos. Vivemos hoje numa sociedade formada por pessoas sem sentimentos de compreensão e respeito, no atendimento das necessidades dos outros, mesmo as básicas, como moradia e alimento. A maioria das pessoas, parecem ter coração de metal (pois não sangram), são ladrões de “sonhos” simples, como o viver com o mínimo de dignidade, corruptores e corruptos dos significativos valores, na conquista e manutenção de uma sociedade estável e produtiva, estes querem viver, sem limites, do erário publico. Vivemos a era dos “apagões” dos serviços e a “desconstrução” das organizações. As “bestas” desfrutam das coisas no mundo; as “pessoas” têm dificuldades para se manterem responsáveis.
As pessoas que desejam se manter no “bom caminho” devem se materializar com dinheiro suficiente para financiar a vida e, se espiritualizar para experimentarem a “quietude”, principal ingrediente na elaboração da complexa, mas possível, felicidade, entendida como um estado global de satisfação. Ser feliz é o resultado de um conjunto de boas respostas, com ausência de conflitos.
As coisas da vida devem ser entendidas como processo, de transformação. O resultado sempre será uma conseqüência, sem prêmios e castigos. Uma organização, política, social, religiosa, cultural, financeira, ... depende de um objeto de desejo, de uma ideologia, de um foco, de uma utopia, de um projeto, de uma proposta, de um para que ?
Uma sociedade racional depende de pessoas racionais. Considerando o fato que a forma do corpo humano, não é apenas herdada, é também construída, conforme o desejo da época, não podemos entender a pessoa apenas como uma máquina de produzir prazer, o tempo todo. Nenhuma ideologia capitalista, democrática... laico ou não, tem condições de contemplar as pessoas com o estado de felicidade, pode no máximo oferecer algum sucesso, ocasional e de curta duração, até entendermos o que existia por detrás das promessas. Quase sempre, as verdades não são explicitas. Temos que experimentar o prazer aonde estivermos, desde que em liberdade.
O nosso importante e oportuno aliado no processo da busca pelo bem estar, característico da felicidade, é a própria “mente humana”, órgão eficiente e eficaz no aprimoramento da educação para a felicidade. Ser feliz é como desenvolver a capacidade de amar, depende do conhecimento, treinamento para aperfeiçoamento, lembrando que toda pessoa é um projeto, que nunca estará pronto. Mas que permite: amanhã sermos melhores do que hoje. Sempre que tenho vinho suficiente, apenas, para duas taças, aprecio com vontade uma hoje, amanhã com mais prazer a outra, me preparando para a compra da próxima garrafa. Temos que ser precavidos, o amanhã virá. É ótimo viver bem hoje, viabilizando os meios que nos possibilita vivermos melhor amanhã. As pessoas sensatas criam as possibilidades. Não existe arranjos (sócio-científicos-religiosos-econômicos) para resolvermos o desafio humano, em toas as épocas, em sermos felizes, é uma realização pessoal, que pode ser influenciada pela família e grupos de convivência social.
Na Carta de Felicidade de Epicuro, ele faz referência importantes: entende que o sumo bem reside no prazer. O prazer para ele é o ideal de sabedoria, entendido como a quietude da mente e domínio sobre as emoções, portanto sobre si mesmo. A natureza afirma que o prazer é um bem (orgânico, psicológico, social e espiritual). O prazer é conseqüência de duas possibilidades: irá revelar a conquista, o sucesso, a satisfação pela realização de uma necessidade, ou, a superação de um transtorno, de um sofrimento, de uma dor. A natureza nos convida para uma vida simples nos desejos, de possíveis realizações. O prazer se revela no corpo. O que podemos chamar de prazer do espírito é a lembrança dos prazeres do corpo. O corpo é a casa aonde a gente mora. O maior prazer que uma pessoa pode experimentar é a saúde (a falta dela nos faz entender melhor, é que nem tomar banho, pode ser que as pessoas não percebam que tomamos banho, mas, percebem facilmente quando não tomamos).
Só o conhecimento pode libertar o homem. Filosofia é uma forma, eficiente, de terapia (o encontro que transforma).
O homem nasceu para ser livre...de alguma coisa...para alguma coisa. A resposta é singular.
Acredito que deseja a liberdade... para fazer suas escolhas... que possibilitam ser feliz.
O como não é destino....é o caminho.
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