sexta-feira, 29 de junho de 2012
Cada dia trás consigo as alegria e tristezas do momento. O que pode ficar para o amanhã?
No teatro prolixo da nossa existência necessitamos, convenientemente, vestir-nos de alegria como um rei de púrpuras se veste.
O digno em viver é tornar-se pessoa, caso contrário seremos uma simples máquina, mesmo que complexa, de oxidação e combustão, em busca de prazeres egoístas e ocasionais.
O homem é só consciência, o resto é urina e fezes, que com o tempo perdemos até o controle.
Precisamos nos transformar continuamente, somos um projeto, inacabado, em busca do gostar-se de si mesmo e exorcizar os medos (segundo Millôr um macaco que não deu certo).
Somos destinados à aprender para nos superarmos. Não somos os mesmos de sempre (Neruda). Amanhã, na arte de viver, teremos que ser melhor do que hoje. Estimulando e consolando os outros e a nós mesmos, conforme a necessidade.
A liberdade e bem estar, principais condições para termos um sentimento geral de felicidade, depende de: aprendizado, transformação, superação, participação, desenvolvimento espiritual, vida interior, sendo mestre de si mesmo.
Cada pessoa tem que descobrir aonde reside os seus prazeres, promover e revelar-se neles.
O trem da vida segue em frente, não espera por quem ficou parado na estação; seja primavera ou verão, como outono e inverno. Esta sucessão, sucessiva, de tempo, se aplica na noite que sucede o dia, como na semana que sucede as noites...no ano que sucede os meses. O que ficou, passou. O tempo é movimento, tornando a vida sempre dinâmica. Isso é ruim, mas também é bom: nada é para sempre.
O que nos deixa inquietos não são as coisas, e sim, a importância que damos para as coisas.
Como diria Vinicius, que sejam boas e eternas, enquanto duram.
Somos seres que dependemos do patrimônio genético e cultural, das circunstâncias e resultados de como vivemos as nossas experiências, finitos dentro do tempo marcado pelo nascimento e morte e, que eternizam as suas atitudes.
Tudo passa, as coisas vão e vem: pessoas, situações, tipo de trabalho, ações profissionais...apenas as considerações sobre respeito e amor ficam, não importa o tempo e lugar.
Nosso mais significativo patrimônio é a nossa história. Torna-se importante saber como decidir para melhor viver. Que as nossas experiências sejam positivas, independente do resultado, pois, nossa vida nunca será linear. Estamos sujeitos a todos tipos de eventos, temos que pensar muito para errar pouco e, quando errar que seja breve para consertar logo, o tempo passa a m____ fica.
Não podemos esquecer dos nossos aliados, externos e intrínsecos, como pessoas e o nosso potencial divino. O nosso inconsciente e a memória do coração, nunca irão trabalhar, voluntariamente, contra nós.
Como a vida é um processo, constante, de novos nascimentos, o que passou tem que ficar para trás (as culpas, as mágoas, as dúvidas, as pessoas que não contribuíram quando mais precisávamos...) para nos sentirmos livres. Livres para melhor vivermos as possibilidades que sempre irão surgir na nossa frente, nos dedicando às novas experiências. Mais do que a cura de transtornos passados, podemos nos permitir e “dar” um novo sentido para a vida.
É bom permitir que o tempo leve tudo que não nos interessa. Temos também que permitir em vivermos da melhor maneira possível, antes que o tempo nos leve tudo, restando-nos apenas a lembrança de uma possibilidade e a conseqüente lamentação por não estarmos atentos ou ter permitido.
Citando mais uma vez Neruda, gosto do livro dele “Confesso que vivi”. Chorar ou... fabricar lenços; lamentar-se ou... sorrir; cruzar os braços ou... ir á luta; esconder-se ou... entregar-se para realizar as necessidades e desejos...é opção pessoal e fato determinante com relação ao estilo de vida.
As experiências vão, fica sempre o aprendizado, a transformação, a evolução, o enriquecimento histórico...a evolução. Outras experiências virão e projetamos nelas as lembranças do aprendizado anterior. O aprendizado é acumulativo.
Nesta vida, vale muito mais ter um pouco de poder (sobre si mesmo e influenciar, positivamente, as pessoas) do que uma tonelada de direitos. Quem tem o poder é quem faz as regras e se beneficia delas. É melhor conduzir do que ser conduzido. O aprendizado possibilita as transformações que desejamos para as nossas vidas e para as pessoas com quem convivemos.
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