segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014
“TRANSFORMAMOS A INFELICIDADE EM APRENDIZADO, EM BUSCA DA FELICIDADE, QUANDO A ASSUMIMOS RACIONALMENTE”.
A vida necessita da intervenção intelectual da gente, para compreendermos e valorizarmos os acontecimentos reais, as circunstâncias conforme as possibilidades e, as consequências das nossas atitudes...ou de ignorância plena, pois, se és feliz na ignorância para que tornar-te sábio?
Dostoievski afirmava que “você é infeliz porque não se dá conta de que é feliz”.
O que sempre está mais presente em nós é o que nos falta e não o que temos. E, na realidade, nem precisamos tanto assim do que nos falta, pois, ficaríamos MUITO BEM sem o que está nos faltando SE valorizarmos o que temos.
Através do tempo e em todas as civilizações, a questão da felicidade gerou e tem gerado muitas respostas e, cada vez mais, desperta muitas dúvidas e interpretações.
A felicidade existe? E o que é ela? Como conquista-la e mantê-la? É uma alegria provocada por algo externo ou é algo mais parecido com um estado de paz e equilíbrio interior? É o mesmo entendimento para todas as pessoas e, para a mesma pessoa em toda fase da sua vida? Como sei se sou feliz, se não sei o que é felicidade?
Às vezes, simplesmente não vemos o que acontece ao nosso redor porque estamos muito ocupados em procurar a felicidade fora de nós mesmos ou em ficar perguntando sobre ela o tempo todo. O mais paradoxal é que o mero fato de questionar se somos felizes faz com que nos sintamos infelizes. Isso ocorre porque geramos um ideal de felicidade e buscamos esse modelo, acreditando que somente poderemos ser felizes se vivermos conforme este modelo (idealizado, sem nos darmos oportunidade para viver o ocasional e o real; a realidade pode ter mais fantasias do que os sonhos).
No livro “O gigante egoísta”, Oscar Wilde narra a história de um gigante que expulsa as crianças de seu jardim porque não quer que elas brinquem ali. Quando as crianças vão embora, a primavera se vai junto com elas, assim como a vida. O jardim do gigante não dá frutos, tudo vai adormecendo, apagando-se, morrendo. Em um jardim desabito só florescem a solidão e a tristeza.
Quando as crianças decidem se arriscar e entram novamente no jardim, as árvores e as flores voltam a viver. Então o gigante se dá conta do quão egoísta havia sido. Ele percebe que, diante da NEGAÇÃO e da PROIBIÇÃO, a única coisa que consegue é tirar a vida, a alegria.
Da mesma forma, se medimos o mundo e a nossa vida pelo que não temos e talvez nunca possamos ter, o nosso jardim interior sempre estará murcho e abandonado.
Contra a amargura da vida, usemos a magia da gratidão pelo que temos e não o lamento pelo que ACHAMOS que seria bom ter.
Lembrando as palavras de Sócrates: “O homem é um ser eternamente insatisfeito”.
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