sábado, 1 de fevereiro de 2014
“A vida de cada homem é um caminho em direção a si mesmo, o ensaio de um caminho, o esboço de um rumo” (Hermann Hesse).
A vida, em si mesma, não tem um SENTIDO EXPLÍCITO, DIRETO, LÓGICO, OBJETIVO e DEFINIDO para todas as pessoas, em todos os lugares e em todos os tempos. A vida de cada pessoa, terá o sentido que a própria pessoa cria para si mesma. Sempre influenciada: pela cultura (e influenciando os outros pelo exemplo), pelos grupos sociais, pelas convicções religiosas, pela necessidade própria ou do meio em que vive. E, este sentido, criado por cada um, durante o processo da vida, poderá sofrer desvios e alterações de rumo. Para a pessoa fortalecer as suas decisões, acredita ser o seu caminho, o único certo. Sempre precisamos de um REFORÇO POSITIVO (por isso sempre queremos ter razão).
TODA EXISTÊNCIA É UMA TRILHA a ser percorrida por cada pessoa. NINGUÉM pode fazer isso por nós, porque o caminho não está marcado ou determinado em nenhum mapa ou manual de instrução. A vida sempre será a criação do inédito, sem determinismos pré-concebidos. Nós construímos o nosso sentido para a vida, pouco a pouco, passo a passo, com nossas decisões e ações. Somos pessoas, com todas as suas características, e não marionetes conduzidas por fios imaginários.
Antônio Machado escreveu: “Caminhante, são tuas pegadas o caminho e nada mais. Caminhante, não há caminho (atrás de você) senão os rastros no mar”.
À medida que desenhamos nossa vida, nosso trajeto vai se apagando – devemos deixar os rastros para trás – porque o essencial é avançar, como o barco que deixa seu rastro entre as ondas. Se a embarcação para, o rastro desaparece. Nesse caso vivemos uma existência sem rumo.
O caminho da vida está cheio de mistérios, luzes e sombras. Não obstante, como dizia Sidarta, o maior mistério é descobrir quem somos nós próprios.
Na verdade, ninguém chega a ser ele mesmo por completo; entretanto, cada um aspira a sê-lo: alguns às cegas, outros com mais facilidade, cada um como pode. Ao estabelecermos uma Roda de Ajuda, poderemos compartilhar interesses e necessidades, tornando a vida menos difícil e nos aproximarmos mais fácil e mais rápido da LUZ (chegando o mais próximo possível).
Temos que buscar a liberdade, o exercício do amor, a realização do sucesso pessoal e financeiro, a construção de um universo de possibilidades para desfrutar o bem estar, para que a nossa experiência como humanos seja completa. Além disso, DEVEMOS NOS ENCONTRAR TRAÇANDO NOSSO PRÓPRIO CAMINHO. Porém, estamos tão acostumados que nos indiquem o caminho, que nos marquem os pontos a seguir, que nos digam “é por aqui”, que...traçar um rumo particular nos deixa inseguros.
Faz-se a estrada ao andar (o que chamamos de destino) e, vive-se a vida ao vivê-la (sendo o protagonista da própria vida), e não simplesmente ao contemplá-la.
Se nossa experiência se transforma em algo passivo - porque os outros estabelecem para nós - NUNCA CONHECEREMOS A LIBERDADE de ser quem realmente queremos e podemos ser, e, nem nos beneficiaremos da peregrinação ao nosso verdadeiro eu (estar de volta para casa, para habitar no verdadeiro eu). Assim, não deixaremos nenhum legado, nem sequer um rastro próprio, porque iremos seguir o caminho da outra pessoa e o rastro dela será o nosso.
Por isso é necessário cada um traçar a própria rota: errando, corrigindo, sentindo medo e buscando a superação. Esta é a única maneira de nos conhecermos e nos revelarmos a cada passo, estabelecendo sonhos e descobrindo metas, e, principalmente, conhecendo a nossa capacidade de realização, as nossas motivações e sentir a alegria em toda superação, em toda conquista quando criamos a nossa vida.
Peregrinar em direção a si mesmo significa enfrentar as próprias contradições e, na dúvida, quando tivermos que escolher entre dois caminhos, se soubermos escutar a nossa voz interior iremos fazer o melhor, para aquele momento e naquela circunstância.
O melhor caminho é o que TEM CORAÇÃO, aquele que a nossa sensibilidade nos informa.
Sempre existirá ocasião em que ficaremos parados, em silêncio ou chorando, imóveis porque não sabemos o que fazer nas nossas vidas. Isso acontece para todas as pessoas quando vive uma crise: financeira, emocional, sentimental, de relacionamento profissional, rompimento amoroso, no final de uma etapa, demissão de emprego, etc. São condições que sempre irão alterar o rumo de nossa vida e provocam uma pausa em algum processo.
É preciso enfrentar as situações sem nos afundarmos nelas. Temos condições de superarmos todas as dificuldades, mudando a maneira de pensar e de agir, solicitando ajuda, toda vez que necessário. Compartilhar as dificuldades sempre as tornará mais leves. Nos momentos de crise somos capazes de descobrir possibilidades que antes nos pareciam invisíveis.
Até chegarmos aqui: Quantas decisões equivocadas foram praticadas? Quantas vezes erramos? Quantas vezes nos superamos, com ajuda de pessoas que nem contávamos? É possível apagarmos o caminho percorrido? Os erros nos possibilitaram mudanças de paradigmas com novo aprendizado?
Não podemos mudar nada do acontecido, atrás de nós não existe mais nenhum caminho - apenas rastros. Temos que seguir em frente, criando um sentido na vida para nos movimentarmos e nos superarmos, caso contrário, a vida não tem nenhum sentido. O sentido para a minha vida é meu, deixe-o comigo, é ele que me mobiliza; o seu é seu, o COMO foi criado e o COMO vai exercê-lo, é de sua autoria e o seu caminho é o seu destino, o percorrido é apenas o seu rastro.
Quem nunca procurou criar um sentido para a própria vida, agora já tem um, construí-lo para ser realizado.
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