quinta-feira, 31 de outubro de 2013
“Não podemos dividir as pessoas apenas em dois grupos: boas ou más. Elas também são: encantadoras ou tediosas”.
Se pararmos para pensar, ficaremos angustiados pela quantidade de gente chata, maçante, inconveniente, que nos rodeia. No trabalho, no grupo social, no meio acadêmico, na grande família, há pessoas que jamais conseguirão dizer algo interessante, reclamam e se justificam o tempo todo, são pessimistas e vampiros energéticos.
Para compensar a “triste” convivência com as pessoas que proporcionam o tédio, temos que buscar conviver, também, com pessoas que favoreçam a nossa transformação intelectual, social e emocionalmente. Oscar Wilde chama de encantador o tipo de pessoa que:
- Quando pergunta como o outro vai não se distrai, deixando de prestar atenção à resposta, buscando sempre uma conversa coerente e produtiva.
- Em vez de falar sobre si, puxa conversa que permitem uma verdadeira troca de ideias, a participação (não o monólogo compulsório) é mais interessante e transformadora.
- Não se queixa dos outros ou faz críticas infundadas ou desnecessárias no momento.
- Sempre nos surpreende com alguma descoberta: um livro, um artigo, um show, uma viagem, um restaurante, enfim, uma nova maneira de perceber a mesma situação. Nutrindo a esperança no amanhã, que pode ser melhor do que hoje.
- Tem a capacidade de nos fazer pensar e sonhar, de falar e nos fazer rir, de transformar um momento desconfortável numa melhor possibilidade, de ser a pessoa “enviada” quando mais precisamos.
Alguns encontros são tediosos e desejamos que logo termine. Outros são encantadores e gostaríamos que durasse um tempo maior. Temos vontade de agendar um novo encontro com o encanto da pessoa encantadora. Quando nos encontramos com elas, jamais voltamos a ser a mesma pessoa de antes e ela também.
Dependemos sempre do resultado das nossas relações, elas são as nossas circunstâncias: boas ou más...tediosas ou encantadoras.
quarta-feira, 30 de outubro de 2013
“Priscila + Leandro+ Circunstâncias = Gabriel”
A mãe sente o filho que vai nascer, espera o dia para olhar encantada, com a visão influenciada pela emoção. Não existe amor maior!
O pai previdente toma todos os cuidados necessários, tem que proteger a família, favorecendo as circunstâncias. Não há compromisso mais significativo do que proteger a prole.
O mundo continua, a sociedade depende de vidas: VIVAS.
Neste processo cada um dará seu próprio recado. GABRIEL tem que aprender e todos são professores que insistem em ensinar.
Ele tem que conhecer as coisas, saber das cores, arrumar o cabelo, brincar com os amiguinhos, admirar a natureza, ter cuidados porque o fogo queima, a agua afoga, o automóvel mata, as mulheres são misteriosas...e, abraçar a família.
Muitas coisas serão mostradas e tantas outras serão aprendidas - algumas de forma erradas e outras que o tempo mostrará que foram inúteis ou de menor importância. Assim é cada um de nós: um projeto inacabado. E a vida é o processo que nos transforma e nos torna alguém.
Quantas coisas serão despejadas na sua cabeça?
Mistérios, lendas, fantasias, terror, drama, romances, comédia, tragédia, aventura, serão apresentadas para a construção do seu universo de possibilidades. A vida é tudo isso, além do imprevisto. Estamos sempre dançando na corda bamba das incertezas.
Alguém dizendo ou não, ele aprenderá: ao longo da história humana o homem tem sido o lobo do homem e a mulher o refúgio de todo guerreiro (o mundo tem alma feminina).
O espetáculo na vida – da pequena ou na grande família – começou com a notícia da existência de uma nova pessoa. Depois passamos saber que é um varão e o seu nome é Gabriel: desejado, respeitado e amado.
Penso nesta criança, que a maravilhosa mãe tem em seu ventre e, um dia terá em seus braços, entre beijos e abraços, irá nutrir com a sua seiva um corpo e com o seu coração formará um novo coração. A mãe tem alma generosa. O pai, sempre presente, se emociona com esta cena: mãefiho (a madona e o bambino).
Os braços da Priscila são feitos de ternura e Gabriel repousará tranquilamente neles. A mãe compreende até o que o filho não diz.
Neste processo, que se sucede sucessivamente, e num ambiente construído com valorização da pessoa humana, acompanharemos entusiasmados, as suas transformações, em cada fase na vida deste filho, neto, sobrinho, primo e amigo.
As circunstâncias poderão favorecer a construção de um coração de carne, capaz de sangrar todos os dias (se contrapondo ao coração de metal característico dos materialistas inconsequentes).
Mas, a verdade é que a gente não faz os filhos, podemos influenciá-los e oferecer as oportunidades para o bom desenvolvimento pessoal e profissional – fazemos o layout – eles mesmos devem fazer a arte-final.
Celebremos a vida que continua, com alegria pelas constantes conquistas.
Priscila - mãe do meu neto: te compreendo, te valorizo, te amo.
“A criança a quem sucedi por erro” Fernando pessoa.
“A criança a quem sucedi por erro” Fernando pessoa.
O mundo está desarrumado, a sociedade não consegue se organizar, vivemos o caos – sem saber se podemos sair e vamos chegar. A vida urbana e rural é feroz. Como viver um sonho de simplicidade ou de constantes conquistas?
Estamos vivendo situações que podem até nos fazer falta se não fizermos, mas, não nos proporcionam significativos prazeres. Algumas necessidades são inventadas, na esperança de conferirem um sentido momentâneo para a vida.
Qual o tipo de relacionamento que estamos construindo? Quais os resultados que estamos obtendo como consequências?
Pensando bem, precisamos de muito menos do que desejamos, somos influenciados por uma economia que conduz ao consumo desnecessário e nos mantém reféns dos impactos imediatos.
Melhor vivem os que se consideram satisfeitos com o suficiente: casa, comida e roupa lavada. Para que tanta balada? Será que precisamos estar sempre em festas para celebrar “nem sabemos o que”?
Estamos vivendo mais. Mas, estamos vivendo melhor?
TER é diferente de CONTEMPLAR. O prazer em TER, quando existe, é efêmero. A observação contemplativa é duradoura e transformadora. Para quem se sente bem em TER, é preciso vigiar sempre, para continuar livre, para que o TER não TE TENHA. Na maioria das vezes pertencemos mais às coisas do que elas a nós.
Como substituir esta inquietação coletiva, que, na realidade, nada tem haver com a nossa originalidade? Como estar de volta para a casa para reinaugurar uma nova vida? Como saciar a necessidade básica em conhecer outras pessoas, outras culturas e satisfazer a curiosidade em descobrir o que habita em outras almas e outros corações?
Entendo e justifico as palavras de Fernando Pessoa: “Comprem chocolates à criança a quem sucedi por erro, e tirem a tabuleta porque o amanhã é infinito”.
Na realidade, para construirmos uma nova vida, mais simples e sabia, precisamos também pensar no modo de ganhar dinheiro para financiar esta vida, genuína, mesmo que singela. Temos que cansar o corpo, em coisas úteis e concretas, cuidadosamente, para que a alma possa permanecer limpa e tranquila.
Toda pessoa, num determinado momento, tem sonhos assim: eternizar uma vida simples, repleta de prazeres. Pena que dura apenas um momento, logo a agenda de compromissos interrompe este estado de novos projetos, que valorizam o clamor do coração, preterindo-o em benefício de uma vida aparente.
Estamos sempre voltados para a rotina e, o melhor da vida torna-se apenas um devaneio, uma oportunidade adiada. Falta-nos coragem para agir: planejar, organizar, realizar, viver e se ajustar.
O tempo de fazermos história é o presente; nele se cruzam o passado (com as experiências e resultados) e o futuro (como projeto, a escolha do como viver).
Quem, efetivamente, entende da nossa vida, é o garoto que fomos. Aquele que um dia percebeu QUEM GOSTARÍAMOS DE SER. Hoje temos que acrescentar - pelo fato de já vivido – o que CONSEGUIMOS SER. É preciso manter um diálogo esclarecedor com o jovenzinho que também somos, baseados numa sequencia de três perguntas para sabermos a melhor resposta:
- O que realmente eu QUERO?
- Aquilo que eu quero eu DEVO fazer?
- Revelado o que eu quero, autorizado pelo eu devo, surge a pergunta conclusiva: eu POSSO fazer?
Esta tríade vale para qualquer situação, ou condição, lembrando que todas as decisões que tomamos, sempre interferem na vida de outras pessoas.
Do que nos adianta viver mais tempo...se não vivemos melhor?
terça-feira, 29 de outubro de 2013
“Ou o mundo é muito diminuto, ou nós somos enormes; o fato é que o preenchemos completamente”.
Dario Manoukian disse: “Todo ser humano carrega consigo uma atitude pedante ou de superioridade inata”.
O que devemos fazer é reduzi-la ao máximo, já que é impossível eliminá-la por completo. Mesmo quem consegue anular praticamente o ego, pode ser motivo de vaidade e orgulho.
Podemos perceber atitudes do “falso eu” em muitas áreas das nossas vidas. Com algumas pessoas – ou um grupo de amigos - agimos de uma forma e, com outras pessoas – ou outro grupo – nos comportamos de maneira diferente. DEPENDEMOS DAS CIRCUNSTÂNCIAS.
Estamos sempre: “vestindo máscaras”, “armando jogos” e “desempenhando papéis”. Na esperança que os outros construam uma imagem positiva de nós mesmos. E, principalmente, para nos protegermos, tentando manter uma distância para não sermos feridos.
Somos o resultado das nossas experiências e das consequências das nossas relações, além do patrimônio genético.
Como todo ser humano, a imperfeição é característica da espécie, e nossa vida torna-se mais complicada quando não conhecemos as sensações e os fatos. É fundamental aprendemos a lidar com as nossas imperfeições para minimizar seus efeitos deletérios.
“Os deuses não revelaram aos homens desde o início todas as coisas; mas por meio da procura eles, com o tempo, encontram o melhor. [...] Pois jamais houve e nem haverá quem possua a verdade plena sobre os deuses e sobre todas as coisas. E, mesmo se, por acaso, um homem conseguisse expressar a verdade inteira, ainda assim ele próprio não se aperceberia disso. A opinião tudo permeia” Xenófanes (Século V A.C.).
É importante a procura do conhecimento que nos possibilita uma saudável transformação.
“Assim é (se lhe parece)” Pirandello (1925). As coisas são da forma que acreditamos ser. Temos que buscar conhecimento na boa fonte.
“Sei que meu nascimento é fortuito, um acidente risível. Não obstante, tão logo me esqueço de mim mesmo, comporto-me como se fosse um evento capital, indispensável para o progresso e o equilíbrio do mundo” E.M. Cioran (1973).
Para que tanta vaidade e idolatria se o futuro é a morte?
segunda-feira, 28 de outubro de 2013
"A importância em superarmos as dificuldades que possibilitam conhecermos nós mesmos"
Conhecer a si mesmo é um processo constante de evolução (a palavra evolução significa transformação, não necessariamente para melhor, pois algumas doenças evoluem ocasionando a morte). Mas, a nossa meta tem que ser a busca incessante da conquista dos meios que possibilitam vivermos melhor, transformando o nosso dia a dia e superando as dificuldades naturais.
A ciência e a tecnologia tem nos proporcionado acrescentar números quânticos às nossas vidas, não necessariamente qualidade aos nossos dias. Vivemos mais...será que estamos vivendo melhor as nossas relações?
As pessoas com quem conviemos não são, necessariamente, nossas inimigas, mas, não são nossas amigas. Cada um está preocupado consigo mesmo.
Sabemos que é trabalhoso enfrentar o desafio do autoconhecimento. Cada um encontrará a melhor forma para realiza-lo. Mas, exige de toda pessoa a ação intelectual e crítica para a elaboração da autoanálise. Este conhecimento é transformador e capaz de nos proporcionar grandes oportunidades, significativas descobertas, importantes esclarecimentos e aumentar a capacidade motivadora de quem pratica este exercício, nos tornando protagonista da própria história, desfazendo mistérios improdutivos (só existe mistério onde não existe o conhecimento).
A ambição em conhecermos a nós mesmos, segundo Erasmo de Roterdã, nos leva a assumir com humildade o fato que não sabemos nada; e, quanto mais sabemos sobre nós mesmos, ansiamos por mais saber. Começamos a compreender, respeitar e valorizar a pessoa que estamos nos tornando e nos revelando, melhorando todas as relações e as circunstâncias que tanto nos influenciam.
As “Sagradas Escrituras” nos advertem: “se você não se conhece, seguirá o caminho do rebanho”. Por isso, conhecer a si mesmo não é um ato de egocentrismo, mas uma análise das possibilidades, nos convidando traçar uma rota sem nos perdermos nos desvios.
Disse Nietzsche: “Aquilo que os homens têm mais dificuldade em compreender, desde os tempos mais remotos até o presente, é a sua ignorância acerca deles mesmos! [...] Desse modo, nós somos necessariamente estranhos para nós mesmos, nós não nos compreendemos, nós estamos fadados a nos mal-entender, para nós a lei NÃO HÁ NINGUÉM QUE NÃO SEJA DESCONHECIDO DE SI MESMO vale por toda a eternidade”.
Que tragédia: morrer sem nunca ter se conhecido?
O simples desejo, por mais que possa nos parecer estranho, sempre será o embrião de uma nova oportunidade. Portanto, as nossas aspirações são as nossas possibilidades (como disse Samuel Johnson).
“As possibilidades se multiplicam quando decidimos agir em vez de reagir” (George Bernard Shaw).
Devemos ser o melhor amigo de nós mesmos, considerando as palavras de William Arthur Ward: “Um verdadeiro amigo conhece os seus pontos fracos, mas também te mostra teus pontos fortes; sente os teus medos, mas alimenta a tua esperança; vê tuas limitações, mas dá ênfase as tuas possibilidades”.
Assim:
1) Devemos conhecer os nossos pontos fracos. Todas as pessoas têm pontos fracos - super-homem é ficção. Mas, temos também os nossos pontos fortes que devem ser sempre valorizados.
2) Não existe nenhuma pessoa que não tenha medo, o medo é essencial para preservação da vida, é um sinal de alerta ao perigo. Mas, a lembrança da necessidade para o enfrentamento da dificuldade, quando justificado, nos confere a esperança na superação mesmo com a presença do medo.
3) Todo ser vivo tem suas limitações (as pessoais influenciadas pelas circunstâncias e as características da própria espécie), portanto, aceitar naturalmente estas dificuldades é a melhor situação. Mas, saber que as coisas difíceis não são impossíveis de serem conquistas, possibilita-nos aumentar as nossas capacidades. A derrota não consiste em não conseguir a vitória, e, sim, em não ter tentado. Ganhar e perder faz parte de todo “jogo” e é a possibilidade em toda situação da vida.
4) Portanto, o objetivo nunca deve ser competir para superar os outros e sim conhecer a si mesmo para superar os próprios transtornos.
Amanhã quero ser melhor - para mim mesmo e para os outros - do que consigo ser hoje.
quinta-feira, 24 de outubro de 2013
"A essência de toda arte bela, de toda arte grandiosa, é a gratidão"
A GRATIDÃO é condição indispensável para apreciarmos a BELEZA DO MUNDO.
O ingrato é um eterno insatisfeito, não consegue apreciar a arte da natureza e muito menos os “bons gestos” humanos (BOM GESTO é o que individualiza uma pessoa e a transforma em alguém interessante, indispensável).
Algumas pessoas, que aparentemente têm tudo, se sentem aborrecidas, necessitam estar fazendo alguma coisa na esperança de se afastarem do tédio (condição natural de todos os seres vivos). Ao passo que outras, se maravilham com os detalhes significativos do dia a dia, estão atentas aos pequenos presentes que acontecem naturalmente na vida de cada um, e simplesmente os valorizam para viverem melhor.
A vida não é constituída de grandes coisas e de realizações constantes. Sentimentos como frustração, tédio, sensação de injustiças, cansaço por ter que se equilibrar na corda bamba das incertezas...estão sempre presentes em nossas vidas. Com motivos justificados ou não: “O homem é um ser eternamente insatisfeito” como afirmou Sócrates.
Importante transformação nas nossas vidas é a pratica da gratidão. Como nos exercitarmos?
Um excelente exemplo entre nós foi a educadora Hellen Keller, que mesmo cega, surda e muda, foi capaz de desfrutar da vida. Disse ela: “Use os olhos como se fosse ficar cega amanhã. [...] Escute a música das vozes, o canto dos pássaros, as poderosas notas de uma orquestra, como se amanhã fosse ficar surdo. Toque cada objeto como se o sentido do tato lhe fosse faltar amanhã. Sinta o aroma das flores e o sabor de cada bocado de comida como se amanhã não pudesse cheirar nem sentir o gosto de nada”.
Ao praticarmos a ARTE DA GRATIDÃO, tingiremos nossa lente emocional de boas sensações nas horas de dificuldade. Basta nos deixarmos alimentar pela beleza natural do mundo e na importante consequência das relações que estabelecemos com algumas pessoas - aquelas que possibilitam nos transformarmos e nos descobrirmos na relação, valorizando o que temos nos tornado e quem conseguimos ser.
As pessoas que exercitam a gratidão, mesmo em situações adversas, de tensão e contrariedades, estão emocionalmente alimentadas e conseguem encontrar com mais facilidade o equilíbrio que possibilitará superar os piores momentos.
Vamos refletir com algumas celebridades:
“A gratidão é a maior medida do caráter de uma pessoa. Uma pessoa grata é uma pessoa fiel, não te abandona, está sempre contigo. Nela você sempre pode confiar”. Augusto Branco
Disse Shakespeare: “A gratidão é o único tesouro dos humildes”. A humildade é o último degrau da sabedoria.
Como disse Benjamim Constant: “A gratidão tem memória curta”. Por isso devemos nos viajar para transformar a capacidade em sermos gratos, como hábito.
“A gratidão é a virtude das almas nobres” Esopo.
“Aos incapazes da gratidão nunca faltam pretextos para não a ter”. As pessoas que estão sempre se justificando são chatas e improdutivas.
“A gratidão é um fruto de grande cultura, não se encontra entre gente vulgar” Samuel Johnson.
quarta-feira, 23 de outubro de 2013
“Só existe um tipo de deficiência: ATITUDE NEGATIVA”.
Jhon W. Gardener fez a seguinte reflexão:
“O que se aprende na maturidade não são coisas simples, como adquirir habilidades e informações. Aprende-se a não voltar a ter condutas destrutivas (principalmente as autodestrutivas), a não desperdiçar energia por conta da ansiedade. Descobre-se como dominar as tensões, e que o ressentimento e a autocomiseração são duas das drogas mais tóxicas. Aprende-se que o mundo adora o talento, mas recompensa o CARÁTER. Entende-se que quase todas as pessoas não estão a nossa favor e nem contra nós, mas absortas em si mesmas. Aprende-se, finalmente, que, por maior que seja nosso empenho em agradar aos demais, sempre haverá pessoas que não nos amam. Trata-se de uma dura lição no início, mas que no fim se mostra muito tranquilizadora”.
Nunca devemos nos esforçar para sermos compreendidos, respeitados, valorizados e amados, por pessoas que não nutrem nenhum sentimento positivo por nós. Este vício é improdutivo.
“Como é por dentro uma pessoa? Quem é que o saberá sonhar? A alma de outrem é outro universo, com que não há comunicação possível, com que não há verdade entendimento. NADA sabemos da alma senão da nossa; a dos outros são olhares, são gestos, são palavras, com suposição de qualquer semelhança no fundo” (Fernando Pessoa).
Oscar Wilde disse que as pessoas são conhecidas através das suas atitudes cotidianas e, os pequenos atos de cada dia fazem ou desfazem o seu caráter.
Quintiliano nos sugere cuidado ao realizarmos as nossas decisões, pois: “A consciência vale por mil testemunhos”.
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
“O que quer que precise dizer, diga amanhã” (Ditado Japonês).
Nietzsche disse: “Quem não sabe guardar suas opiniões no gelo não deveria entrar em debates acalorados”.
As discussões e os mal-entendidos que nascem das ações impulsivas são grandes fontes de estresse.
Richard Carlson dizia que aquele que quer ter sempre razão se torna impopular e acumula uma longa lista de ofensas e rancores. Para evitar isso, o escritor recomenda:
- É muito melhor lidar de forma inteligente (sábia) com o mundo do que lutar contra ele.
- Para se comunicar bem, evite interromper seu interlocutor ou completar as frases dele.
- Sempre que decidir ser amável - em vez de ser o dono da verdade – estará tomando a decisão certa.
Conclusão: se deixarmos de impor nossas opiniões, com o tempo as outras pessoas acabarão percebendo os erros delas sem que tenhamos que nos desgastar com polêmicas vazias. É preciso deixar que as nossas opiniões esfriem no gelo, a fim de tornarmos nossa vida mais fácil.
Quem deveria governar o mundo são as ideias e não os equívocos.
sábado, 19 de outubro de 2013
“É melhor ter e não precisar...do que necessitar e não ter”
Esta é a filosofia das pessoas sensatas.
Ter muito dinheiro ou ser uma celebridade não significa ser um esbanjador, extravagante ou caprichoso. Há muitas pessoas abastadas que vivem de forma simples.
Warren Buffet, que até pouco tempo atrás era a pessoa mais rica do mundo, em cinquenta anos jamais se mudou de casa, embora pudesse morar em palácios. Detesta iates e carros luxuosos, que considera brinquedos supérfluos. Mesmo podendo frequentar restaurantes caríssimos, prefere uma comida simples.
Ingvar Kamprad, fundador da multinacional Ikea, possui uma enorme fortuna, mas valoriza de tal modo o seu patrimônio que sempre nos dá exemplos, vivendo de maneira simples, com bom gosto e valorizando uma vida contemplativa, proporcionando o seu bem estar de maneira minimalista (não necessariamente com as coisas de muito preço).
As pessoas que podem esbanjar - gastando muito dinheiro – mas, não o fazem, entendendo que o melhor de tê-lo é não precisar pensar nele todos os dias e, por segurança, ele estará disponível para quando realmente for necessário, vivendo de forma comedida, são um exemplo e um consolo em tempos difíceis, já que, com seu exemplo, demonstram que podemos viver como os milionários sábios, apenas com pouco dinheiro – o suficiente para financiar a vida.
Auri sacra fames:
“Quanto à riqueza, não há limite claramente definido. Pois aqueles que dispõem das maiores fortunas entre nós possuem também o dobro de voracidade dos demais, e quem pode satisfazer a todos” (Sólon – Século VI A.C.).
“Nada suscitou aos homens tantas ignomínias como o dinheiro. É capaz de arruinar cidades, de expulsar os homens de seus lares; seduz e deturpa o espírito nobre dos justos, levando-os a ações abomináveis. Ensina ao mortal os caminhos da astúcia e da perfídia, e o induz a realizar obras amaldiçoadas pelos deuses” (Sófocles – Século V A.C.).
“Quem liga para a reputação se consegue agarrar o seu dinheiro?” (Juvenal – Século I D.C.).
“O amor ao dinheiro é a raiz de todos os males” (São Paulo – Século I D.C.).
Conclusão: “Estar satisfeito com a nossa riqueza é a maior e mais segura riqueza” (Cícero – Século II A.C.).
sexta-feira, 18 de outubro de 2013
Por favor: assista este filme documentário.
Reserve 90 minutos da sua agenda, depois disso NUNCA mais será a mesma pessoa.
Professor, apresente para o seu aluno, discuta em sala de aula.´.
É preciso refletir de que maneira cada um pode colaborar para as mudanças necessárias...à partir de si mesmo.
Vivemos o momento da desconstrução das entidades políticas, religiosas e sociais...como poderá ser a nova sociedade?
O que cada pessoa necessita fazer para VIVER COM DIGNIDADE?
Falar em Vida significa em falar de Ética: "TODA ÉTICA DIGNA DESSE NOME parte da vida e se propõe a torna-la MAIS RICA" (Fernando Savater).
A vida não pode pertencer apenas à biologia, à patologia e suas doenças, à anatomia, ao método ou recurso terapêutico...ela não pode estar marcada pela alienação (alien= estranho) - ela tem que pertencer à própria pessoa.
Cada um deve procurar ser a transformação que deseja para o mundo, que vive o caos.
O Grupo de Estudo Conhecer a Si Mesmo, tem proposta inovadora para colaborar no processo de mudanças, que será apresentado dentro de alguns dias, sendo que a reflexão sobre este filme é importante.
Mudar rápida ou lentamente?
Disse Confúcio: “A natureza é a mesma em todos os homens, são os hábitos que os diferenciam”.
As pessoas estão submetidas aos mesmos fenômenos na vida; o que muda são os resultados, em função da atitude de cada um.
A diferença fundamental entre as pessoas bem-sucedidas e as demais é que as primeiras sabem aproveitar as oportunidades que se apresentam na vida. O caçador de possibilidades está atento a tudo que acontece e sabe extrair lições de qualquer situação.
Estudos sobre o comportamento humano referem que as pessoas bem sucedidas tem um PADRÃO POSITIVO na forma de pensar e agir.
Diante de uma nova possibilidade todas as pessoas tem medo, o que é natural em função de lidarmos com o desconhecido. A maioria das pessoas tem dificuldade para superar o medo. Outras conseguem realizar algo maior, mesmo com a presença do medo. Às vezes a curiosidade é necessária para experimentarmos o novo (“insondáveis são os caminhos do Senhor” diz a Bíblia).
É prudente estarmos preparados, intelectual e emocionalmente, quando uma oportunidade surgir, pois, nunca devemos deixar de aproveitar uma oportunidade por medo de não estarmos à altura. Temos que nos desenvolver, como pessoa e profissional, no decorrer do processo, porque, realmente, ninguém está convenientemente preparado para todas as situações.
Existem duas crenças com relação às transformações de qualquer processo. Uma muito difundida: que a mudança deve ser rápida e fulminante. Outra: revela que a vida nos mostra que nem sempre pode ser assim, pois, algumas possibilidades necessitam de ser semeadas e cuidadas para darem os frutos desejados (as transformações são lentas e devem observar etapas naturais).
A filosofia é a ciência que nos possibilita a melhor deliberação diante dos fatos e sensações.
Esse filósofo chinês relacionava a semeadura como um processo que exige paciência, mas é sempre efetivo na formação de hábitos saudáveis.
Assim, quem deseja mudar de vida, deve primeiro rever os seus costumes e redefini-los para determinar o que deseja de verdade. Lembrando, sempre, que existem possibilidades que demandam paciência e tempo para germinar.
Uma vez que a semente foi plantada, com atenção aos cuidados necessários, com persistência, ao passar de um tempo ela acabará nos proporcionando a colheita de bons frutos.
Concluo pensando nas palavras de Confúcio: “Não importa a lentidão com que você caminha, desde que não pare (o processo)”.
Algumas paradas são necessárias para ocorrer o “ócio produtivo” – quando acontecem as melhores ideias, sugestões, reflexões, sensações, estratégias em busca do melhor resultado.
quinta-feira, 17 de outubro de 2013
"A virtude da paciência"
“Há dois pecados capitais no homem, dos quais se originam os demais:a impaciência e a indolência”.
Kafka explica este aforismo por meio de uma parábola: “foi por causa da impaciência que o ser humano foi expulso do paraíso, ao qual não pode voltar por culpa da indolência. Embora, talvez, o único pecado capital seja a impaciência. A impaciência fez com que o expulsassem, e é por causa dela que ele não regressa”.
A impaciência nos impede de voltar ao paraíso por vários motivos, entre eles:
- A impaciência nos faz pensar em objetivos de curto prazo, o que nos possibilita resultados nem sempre satisfatórios, quanto à qualidade e durabilidade. Os paraísos que a impaciência nos leva não têm consistência: são superficiais e quase sempre falsos.
- A pressa nos impede de desfrutar da viagem que nos conduz aos nossos objetivos. Lembrando que o prazer maior está na viagem e não no destino. Sentir a beleza depende da contemplação no caminho, o prazer da conquista é efêmero. O preâmbulo do amor é mais importante do que o orgasmo (chamado de “pequena morte” pelos franceses).
- A impaciência aumenta a ansiedade, ficamos afobados para concluir o que temos que realizar e, consequentemente, a quantidade de erros que podemos cometer é significativa, levando um tempo maior para corrigi-los.
Façamos uma reflexão com o que disseram:
Immanuel Kant: “A paciência é a fortaleza do débil e a impaciência, a debilidade do forte”. Ninguém é forte o suficiente para dispensar esta arma poderosa: a paciência.
Leon Tolstoi: “O tempo e a paciência são dois eternos beligerantes”. Dois guerreiros que lutam a nosso favor.
John Adams: “Paciência e perseverança tem o efeito mágico de fazer as dificuldades desaparecerem e os obstáculos sumirem”. A maioria dos nossos problemas não existe ou se resolvem naturalmente.
Napoleão Bonaparte: “A impaciência é um grande obstáculo para o bom êxito”. Diz o ditado popular: o apressado come cru e quente.
“Um minuto de paciência pode evitar um desastre; um minuto de impaciência pode arruinar uma vida” Provérbio oriental.
quarta-feira, 16 de outubro de 2013
"Conhecimento é diferente de Sabedoria"
O pensador sobre comportamento humano Will Durant dizia sobre a diferença entre conhecimento e sabedoria: “O conhecimento é poder, mas a sabedoria é liberdade”.
Immanuel Kant afirmava: “A ciência é conhecimento organizado, mas a sabedoria é vida organizada”.
Os pensadores orientais dizem que para obtermos conhecimento devemos aprender, pelo menos, uma coisa nova por dia. E, para obtermos sabedoria, devemos abandonar um conhecimento desnecessário por dia.
“DESAPRENDER” é necessário, para nos livrarmos de muitos conhecimentos adquiridos em forma de preconceitos e lugares-comuns, para olharmos a realidade sem filtros, normalmente impostos pela cultura ou herdados por uma sociedade cheia de vícios que nunca procura se transformar.
A fixação por acumular conhecimento PODE ATÉ OBSCURECER NOSSO OLHAR SOBRE O MUNDO.
O que devemos desaprender para alcançar sabedoria?
- As ideias preconcebidas sobre as pessoas e as coisas. A vida é representada por um universo desconhecido de possibilidades.
- As previsões DETERMINISTAS sobre o que alguém fará ou sobre o que acontecerá em determinada situação. Na vida tudo pode acontecer, podemos esperar até pelo imprevisível.
- As opiniões de terceiros que não nos deixam expressar naturalmente nossa própria opinião. Ser a gente mesmo é o máximo que conseguimos ser (o maior encanto da vida é saber quem conseguiu ser e gostar de si mesmo).
- A falsa crença de que já sabemos tudo o que é necessário sobre qualquer aspecto da vida. O indivíduo presunçoso é arrogante e improdutivo.
Se abandonarmos todos esses filtros, a clareza e a sabedoria chegarão naturalmente. Assim começaremos um novo romance, na nossa relação com a vida, sendo artista e plateia do próprio espetáculo.
segunda-feira, 14 de outubro de 2013
“Sentimos o mundo conforme o percebemos”.
Edward Bono, médico e psicólogo, considerado autoridade máxima em assuntos sobre o pensamento lateral, aplicados à criatividade e a maneira de PENSAR para AGIR e SENTIR o mundo, no seu livro “Os seis chapéus do pensamento”, propõe um método metafórico para fazer o cérebro funcionar de modos distintos, de acordo com a cor do chapéu que estamos usando. Considerando que cada uma das cores contribui com uma estratégia diferente para solucionar o problema. Um problema poderá ter soluções diferentes, para diferentes pessoas ou para a mesma pessoa, dependendo da forma de pensar o problema e agir para solucioná-lo.
As cores são identificadas pelas diferentes possibilidades na hora de pensar, que variam segundo a perspectiva em uso para focar determinado assunto. As transformações que desejamos na nossa vida dependem da mudança na forma de pensar. Pensemos com ele para sentirmos a vida de com diferentes visões:
1) CHAPÉU BRANCO – É a visão neutra dos fatos, é exatamente o que vemos.
2) CHAPÉU VERMELHO – Quando nós o colocamos, adotamos um olhar visceral, instintivo, emocional.
3) CHAPÉU PRETO – A lógica aplicada é a de identificar barreiras, ou seja, o julgamento negativo.
4) CHAPÉU AMARELO – A lógica aplicada é a de encontrar soluções, o julgamento positivo.
5) CHAPÉU VERDE – Este nos proporciona o dom da investigação, do pensamento criativo.
6) CHAPÉU AZUL – Permite pensar sobre o pensar; tornando-nos conscientes do processo de controle.
Com esses seis chapéus – metaforicamente colocados - podem ser realizados exercícios para abordar todas as possibilidades que um problema oferece.
As sequências costumam começar e terminar com o chapéu azul. Por exemplo: para trabalhar uma ideia que acaba de surgir, usaríamos o itinerário azul, branco, verde, azul. Para identificar uma solução: azul, branco, preto, verde e azul.
Quando estivermos imobilizados, devido algum problema, recorrer a esses chapéus pode ser um exercício produtivo para encontrarmos a solução, pois, temos a possibilidade de pensarmos com seis cabeças diferentes, em torno do mesmo objetivo e na melhor realização. A nossa natureza sempre irá nos proteger. Nosso maior inimigo são os monstros que habitam a nossa “cabeça” - alimentados pelos pensamentos negativos.
Uma simples mudança em nossa forma de pensar pode fazer toda diferença. Permite ver novas possibilidades, onde, numa única e aparente visão, não havia nenhuma.
Temos o problema, mas, temos os meios que possibilitam encontrarmos as soluções. A superação das nossas dificuldades depende da utilização da porção divina, que existe no nosso interior e que devemos descobrir e, aprender utilizar. Infelizmente, quando nascemos não nos entregaram um manual de instruções, temos que aprender tudo sobre a arte de viver e de morrer também.
Temos duas possibilidades para acolher as nossas necessidades: no mistério (de quem nunca nos libertaremos) ou no conhecimento (que nos torna autônomos para realizarmos escolhas).
sexta-feira, 11 de outubro de 2013
"A Arte do Atrito"
“Uma pedra preciosa não pode ser polida sem atrito, nem o homem se aperfeiçoar sem provação” (Provérbio Chinês).
A vida implica na necessidade da compreensão: independente do caminho que iremos escolher, ou simplesmente seguir, teremos que enfrentar sérios problemas, dificuldades que às vezes parecem intermináveis, nos obrigando tomar decisões constantes e, errando, fracassando, corrigindo a rota, realizando MUDANÇAS na forma de pensar e agir “temos que seguir adiante” - porque nada pode nos deter.
Outro provérbio diz: “Se você cair sete vezes, levante-se oito”.
Se não aprendermos com as nossas quedas, todo sofrimento será inútil. Na escola da vida não existe férias, o aprendizado deve ser em todo momento. Lembrando que os maiores professores do ser humano são os erros. As festas são celebrações necessárias, porém não são as melhores salas de aula para mudarmos o ponto de vista sobre a realidade.
Uma doença grave, um negócio falido, uma decisão errada, um ato mal elaborado, um acidente...são as principais causas que nos obrigam realizar transformações para alcançarmos melhores resultados - pela necessidade de superação das dificuldades. A história das pessoas bem sucedidas nos informa: “o primeiro sucesso nos espera depois do último fracasso”.
Onde não existirem oportunidades, devemos cria-las. Lembrando que sempre haverá dificuldades, mas: se algo nos parecer improvável, não significa que seja impossível.
Mesmo quando uma proposta ou uma ideia for rejeitada, não podemos desanimar, pois, grandes avanços da nossa era tiveram reações idênticas quando surgiram. O importante é acreditarmos no que estamos propondo. São condições humanas: toda inovação precisa superar o muro da rejeição inicial.
Disse Albert Einstein: “Formular novas perguntas, descobrir novas possibilidades, abordar problemas antigos a partir de um novo ângulo; tudo isso exige uma imaginação criativa e caracteriza os verdadeiros avanços da ciência”.
As melhores oportunidades estarão sempre no lugar onde estamos: não importando aonde.
quinta-feira, 10 de outubro de 2013
"Sou otimista, porque no fundo os pessimistas são uns preguiçosos"
Estas são palavras do escritor Jostein Garder autor do livro “O mundo de Sofia”.
Os chatos e os pessimistas insistem em dizer que nada vai “dar certo”. Chama-nos a atenção constantemente para observamos “a decadência que estamos vivendo”. Referem que qualquer época foi melhor do que a atual e, o mundo falece no universo de impossibilidades.
Atualmente temos motivos para lamentarmos: corrupção em todos os níveis, falta de investimentos em infra estrutura básica, condição alarmante da educação e da saúde, falta de segurança em casa e nas ruas, a ética do mercado é a propina, o jovem está desestimulado, medo da cubanização do Brasil (futura pátria bolivariana, como a Venezuela). Assim caminha a América do Sul: enquanto os países comunistas estão se abrindo para o capital, inclusive Cuba, temos que viver o caos político-ideológico-financeiro-social para nos transformarmos num novo país que poderá ser chamado de Cubasil.
Na realidade, o mundo nunca teve paz, não adianta procurarmos “paraísos perdidos” - eles não existem.
Com uma atitude negativa, os pessimistas conseguem apenas reduzir as possibilidades de fazerem algo proveitoso.
Sobre a idealização de tempos passados, Max Hastinhs disse o seguinte: “Nunca inveje o passado. Muita gente tem a ideia absurda de que antigamente o mundo era um lugar mais fácil, seguro e agradável. Qualquer pessoa que conheça um pouco de história sabe que isso é um equívoco. Na maioria dos aspectos – longevidade, prosperidade, conforto... – o mundo ocidental de hoje é privilegiado. Deveríamos ficar agradecidos e reconhecer o valor de nossos antepassados na hora de enfrentarmos nossos problemas – que são diferentes dos que eles tiveram, mas, não necessariamente piores”.
O presente é melhor do que qualquer tempo, já que é o ÚNICO QUE TEMOS.
Todos os bandidos, políticos ou não, são membros da sociedade. O Congresso Nacional, como os poderes Executivo e Judiciário, é constituído por pessoas que se formaram e representam a sociedade. “Pessoas ruins” formam “sociedades ruins” que mal administram as Instituições. Não é o Congresso que é ruim...as pessoas é que são ruins.
Conclusão: é preciso investir na pessoa humana e só a educação é capaz de realizar a transformação necessária.
Cada pessoa deve ser (pensar e realizar) a mudança que deseja para a sociedade. Porque toda pessoa representa uma sociedade, cada um de nós é responsável por multidões.
O filósofo e pensador americano William James disse: “Para melhorar a nossa vida só precisamos seguir três passos: 1) Começar de imediato. 2) Pensar grande. 3) Agir sem desculpas”.
Sófocles dizia que devemos sempre olhar para o último dia, projetando as consequências das nossas ações. Como queremos viver? Qual o mundo que iremos deixar para as próximas gerações?
Somos livres para realizarmos as nossas escolhas, porém reféns dos seus resultados. Portanto, à medida que cresce o desejo de sermos livres, para conquistarmos o nosso bem estar, cresce também a nossa responsabilidade.
VIVEMOS UM MOMENTO DE DESCONSTRUÇÃO: de valores, de princípios, das instituições, das relações....por insatisfação.
TEMOS QUE NOS PREOCUPAR AGORA COM UMA NOVA CONSTRUÇÃO: com um novo processo de reengenharia humana, a partir das próprias concepções...sendo cada um o mestre de si mesmo.
Situações semelhantes às nossas, outras gerações já viveram e outras pessoas já se manifestaram, em busca de soluções eficientes, nem sempre eficazes porque haverá novas gerações e que repetirão os mesmos interesses egoístas, inconfessáveis e impublicáveis, característica da espécie humana.
Como desafio, nos compete construir uma nova sociedade e, toda pessoa é convocada para colaborar neste empreendimento.
Não pergunte o que a sociedade “pode fazer por você” e sim o que “você pode fazer” para a sociedade. A sociedade é apenas um meio, a realização de cada um é um fim, um chamamento, uma missão.
Com conhecimento, dedicação e paciência, nada é impossível.
Transformação, esta é a palavra. Educação, é o meio. A pessoa, é o agente transformador.
Nada é mais inútil para a sociedade do que sermos sempre os mesmos.
quarta-feira, 9 de outubro de 2013
"Com conhecimento, amor e paciência, nada é impossível"
Thomas Jefferson, presidente e um dos fundadores da pátria americana, tinha o hábito de ser prático e direto ao falar com as pessoas - principalmente ao aconselhar seu povo - para que elas não ficassem confusas e cometessem equívocos que poderiam se arrepender mais tarde.
Prevenir alguns acontecimentos é mais fácil e prudente do que “concertá-los”.
Estamos sempre diante de algumas possibilidades para realizarmos nossas escolhas. É difícil identificarmos a melhor oportunidade se não tivermos alguma orientação, algum parâmetro para seguir.
Os princípios de Jefferson, mesmo revelados há muito tempo, ainda são atuais e possibilitam alguns comentários:
1- NUNCA DEIXE PARA AMANHÃ O QUE PODE E DEVE SER FEITO HOJE. Existem coisas que não devem ser adiadas. Ações devem ser tomadas no momento certo para evitar aborrecimentos e, existem coisas que se tornam mais difíceis de serem solucionadas depois. Viver é administrar prioridades, não podemos ignorar este compromisso.
2- NUNCA INCOMODE OUTRO POR ALGO QUE VOCÊ MESMO É CAPAZ DE FAZER. Para que incomodar as pessoas com coisas que não são necessárias? Podemos deixar esta possibilidade para outra oportunidade, realmente justificada. Melhor vivem aqueles que resolvem os seus problemas, com autonomia, sem se tornarem dependentes dos outros ou transferindo sempre os seus problemas.
3- NUNCA GASTE DINHEIRO ANTES DE TÊ-LO...na mão. Existem pessoas que mensalmente utilizam dinheiro financiado como se fosse salário. Incorporando qualquer tipo de crédito como riqueza pessoal.
4- NUNCA COMPRE ALGO QUE NÃO QUER SÓ PORQUE ESTÁ BARATO. Independente do preço, na compra de algo que não precisamos e nem vamos utilizar: PAGAMOS CARO (é jogar dinheiro fora). Na maioria das vezes a compra é influenciada por insatisfações pessoais, sendo mais conveniente conhecer o momento que está vivendo e buscar ajuda produtiva, que não é a compra desnecessária.
5- O ORGULHO SAI MAIS CARO DO QUE A FOME, A SEDE E O FRIO. Em algum momento da vida, há condições insuportáveis que devemos superar para seguir adiante. É fundamental pedirmos ajuda, para minimizarmos o sofrimento e sairmos da situação de conflito, o mais rápido possível. Para que orgulho se o futuro é a morte?
6- NUNCA NOS ARREPENDEREMOS DE TER COMIDO POUCO. É melhor sairmos da mesa com a sensação de fome – com vontade de quero mais – do que tristes e culpados pelo muito que comemos. A comida é “nutrição e prazer” e não uma forma de terapia para ser consumida para compensar desafetos. Alimento é remédio que se transforma em pensamentos.
7- NENHUMA TAREFA É DIFICIL SE A REALIZAMOS COM BOA VONTADE. Sofre menos e, até conseguem sentir prazer, as pessoas que realizam suas tarefas com conhecimento e alegria. Amor e paciência são as principais estratégias para tornarmos a vida mais fácil.
8- NÃO SE PREOCUPE COM DESGRAÇAS QUE NUNCA ACONTECERAM. Estudiosos do comportamento humano informam que a maioria dos nossos sofrimentos poderão ser evitados: “se não nos preocuparmos exagerada e desnecessariamente”. Sofremos antecipadamente por temores que nunca se realizarão.
9- VEJA AS COISAS SEMPRE DO LADO POSITIVO. O ser humano é naturalmente determinista, reducionista, fatalista e pessimista, devido a possibilidade da dualidade em todo acontecimento. Podemos considerar que na vida tudo é milagre ou que nada é milagre (é apenas consequência). As dúvidas são constantes: ir ou não ir, fazer ou não fazer, saber ou não saber...todo pensamento ocorre aos pares, um afirmativo e outro negando sempre. É fato indiscutível que as pessoas que pensam positivamente, agem melhor e sentem melhor as relações na vida.
10- QUANDO ESTIVER ZANGADO, CONTE ATÉ 10 ANTES DE FALAR; SE ESTIVER MUITO ZANGADO, CONTE ATÉ 100. Se a vida exige paciência quando as coisas estão num rítmo normal, imagine quando a nossa energia for destrutiva. Não devemos fazer nada quando estivermos zangados; temos que esperar o melhor momento para tomarmos uma atitude. Somos livres para realizar o que queremos, mas, reféns das consequências dos nossos atos.
Princípios sólidos nos ajudam a tomar decisões que não sejam prejudiciais para nós nem para os outros.
Ter consciência do que não devemos fazer é, na maioria das vezes, mais útil do que qualquer triunfo momentâneo.
terça-feira, 8 de outubro de 2013
"Despertar para sentir a vida"
Temos que estar onde estamos e não aonde gostaríamos de estar.
A ilusão é uma necessidade e uma possibilidade não duradoura. A realidade pode ter mais fantasias do que o sonho e é renovadora.
Como lidar com a realidade, o sonho e a ilusão...em cada situação?
Estamos sempre esperando acabar, para coisas novas começar, sem sentir a alegria do ficar e, nos beneficiarmos da magia do momento e do tempo.
Quantos desafios!
O que foi feito do poder do agora? Por que não descobrir e viver os seus encantos?
O prazer nos parece estar aonde imaginamos e nunca onde realmente estamos.
O amanhã carrega maiores emoções do que hoje. Condição sempre adiada, vida azarada, pois o amanhã esperado nunca chega, que pena.
Às vezes o corpo grita para chamar nossa atenção: “não sai daí de repente, fica comigo um pouco mais”.
Sem ousadia, a gente nem escuta ou tão pouco valoriza e, a possibilidade agoniza.
Quanto tempo é preciso para saber o que queremos e, com quem queremos e onde podemos estar?
E quando descobrimos o que fazemos?
Ficamos com medo, até do que nem mesmo conhecemos!
Duvidamos e recuamos. Influenciados pelo mundo e suas incertezas: desistimos e nos isolamos.
Desconfiamos até que ele não gosta da gente. A vida parece ser uma festa em que só a gente não foi convidada.
É bom saber e lembrar que temos o melhor aliado: a natureza sempre nos elege e nos protege.
Que insensatez: “daríamos tudo por um momento de prazer” e “não damos nada para durar mais tempo”.
Felicidade é querer que uma situação, uma condição, um encontro...nunca termine. E assim viver para sempre.
Ou, aproveitar ao máximo um momento de prazer, mesmo sabendo que tudo é eterno enquanto dura.
Parece que sentir-se feliz, pelo menos nesta vida ou neste momento, é uma possibilidade impossível. Amanhã talvez?
A felicidade é uma condição do agora, do que realmente temos. Do amanhã: nada sabemos.
O que nos movimenta e em que potencia podemos nos movimentar para seguir em frente?
A nossa vontade oscila, conforme as circunstâncias. Precisamos encontrar - como missão pessoal - o tesão pela vida e sua alegria (pura energia).
É essencial saber que é LEGAL VIVER. O Bem viver é vocação, é só emoção.
Viver tem que ser MUITO BOM e é mais do que um direito viver bem: é uma obrigação.
Somos chamados, em todo momento, a descobrir a própria existência e construir a forma de nos revelarmos nos relacionamentos.
A liberdade precede o prazer e a vontade antecede a conquista.
A vida implica em ação, independente da ocasião. Temos que agir para depois sentir, como consequência e não dádiva.
Despertar para sentir a vida é VIVER com alma e coração.
Alma é energia que anima a própria vida e coração é a sede dos sentimentos (tem que sangrar todos os dias).
O milagre da vida está na própria existência, a vitória está na caminhada e na chega. O divino é concedido na partida.
Abrigamos multidões. Cada um de nós é uma pequena sociedade.
Como viver em harmonia, na companhia dos muitos de nós mesmos?
Conhecendo as manifestações no processo da vida e, principalmente, no que podemos nos tornar.
Sendo “crítico de si mesmo” e o “protagonista no poema da própria história”.
Para viver encantado no romance de gostar de si mesmo, da pessoa que consegue ser.
Não existe alegria maior do que tornar-se espectador e admirador das próprias conquistas, sem vaidade apenas como justo reconhecimento.
Não existem fórmulas prontas e nem medicação disponível, para nos prepararmos, no enfrentamento e superação das nossas dificuldades.
As possibilidades são desconhecidas. Viver é uma invenção, é a criação do inédito.
A única terapia realizável é a que nos possibilita o real conhecimento sobre nós mesmos. Conhecer para vencer.
“Conheça a ti mesmo” para desfazer os mistérios improdutivos (os vampiros energéticos). Possibilitando-nos um crescimento pessoal.
Que nos tornará autônomos e suficientes para superarmos todas as dificuldades que emanam pelo simples ato de estarmos vivos.
Viver não é importante, o importante é viver bem. Atento para sentir os prazeres da vida.
Quem não necessita de ajuda?
Ler e refletir...refletir e agir...agir e sentir...aprender e se transformar...para viver plenamente e influenciar positivamente.
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
“Nos tempos atuais, acreditamos que dinheiro é tudo, algo que comprovamos quando ficamos mais velhos que é apenas quase tudo”
(Ele não é um fim, é o principal meio para construirmos o bem estar).
A nossa relação com o dinheiro é cada vez mais significativa, ultrapassando o plano econômico para atingir nosso estado de espírito. David Barba identifica dois grupos de pessoas, conforme elas se relacionam com a riqueza.
1) Esbanjamento: para os que movimentam o dinheiro de forma perdulária, ele é um símbolo masculino, patriarcal. Por isso há mulheres que se livram dele com tanta facilidade: ele lhes queima as mãos.
2) Neurose da pobreza: no outro extremo, temos pessoas que tratam o dinheiro como se ele fosse algo impuro, que pudesse macular as pessoas. São indivíduos que se negam a manejá-lo com inteligência, porque no fundo não querem que as coisas corram bem. Desejam permanecer santos, sentem que precisam viver na pobreza, por isso o dinheiro os evita.
T. Harv Eker diz: “A maioria das pessoas associa dinheiro a prazer imediato. Para mim, ele deve ser acumulado para proporcionar liberdade”.
Na verdade, ou controlamos o dinheiro ou ele irá nos controlar, ele é impiedoso.
Temos que desenvolver o hábito em administrar as finanças, pois, este é um procedimento MUITO MAIS IMPORTANTE do que a quantidade de dinheiro que temos.
A motivação em “fazer” dinheiro (dinheiro não se ganha), tem que ter uma raiz positiva, baseada na realidade em que “ter dinheiro” é melhor do que “não ter dinheiro”, não para comprar prazer o tempo todo, mas, para não ter que pensar nele todos os dias.
O dinheiro é necessário, fundamentalmente, para financiar a vida.
O dinheiro NUNCA trará felicidade, apenas nos possibilita ter o espaço de liberdade para construirmos “momentos que gostaríamos que nunca terminasse” – isto é felicidade.
O maior segredo do sucesso não é ter riquezas; não é tentar evitar os problemas – alguns são espontâneos – e nem nos livrarmos deles eternamente (o que é impossível), mas crescer pessoalmente para nos tornarmos maiores do que as adversidades. Transformação e superação são os nossos constantes desafios.
Lembre-se: os gastos excessivos têm pouco a ver com o que você está comprando e tudo a ver com a falta de satisfação na sua vida.
“Enriquecer não diz respeito somente a ficar rico em termos financeiros. É mais do que isso: trata-se da pessoa que você se torna para alcançar os seus objetivos e superar as suas dificuldades” (Eker).
domingo, 6 de outubro de 2013
"LIBERDADE e AMOR andam juntos"
Disse o filósofo Jiddu Krishnamurti, que discorre da seguinte maneira sobre o significado de AMAR:
“Amor não é reação. Se eu o amo porque você me ama, trata-se de mero comércio, algo que pode ser comprado no mercado. Amar é não pedir nada em troca, é nem mesmo sentir que está oferecendo algo. SOMENTE um amor assim pode conhecer a liberdade. [...] Quando vemos uma pedra pontiaguda em um caminho frequentado por pedestres descalços, nós a retiramos não porque nos pedem, mas porque nos preocupamos com os outros, não importa quem sejam. Plantar uma árvore e cuidar dela, olhar o rio e desfrutar a plenitude da terra...para tudo isso é preciso liberdade, e, para ser livre é preciso amar.”
De fato, essa liberdade é o que permite a duas pessoas se amarem sem imposição, um promovendo o bem estar do outro, espontaneamente. Também está por trás do amor universal: UMA ATITUDE GENEROSA DO INDIVÍDUO COM O MUNDO. Dar pelo simples prazer de fazê-lo é a máxima de quem, efetivamente, ama. Sem esperar nada em troca, nem sequer reconhecimento, porém se acontecer será MUITO MELHOR.
Disse Platão: “Aquele que ama é um ser mais divino que o amado, pois está possuído por um deus. [...] Concluo, portanto, que Eros é o mais antigo, o mais honorável e o mais capaz entre os deuses de propiciar a virtude e a felicidade dos homens, seja durante a vida, seja após a morte”.
A palavra Eros significa o amor apaixonado. Platão nunca pleiteou a beleza física como a parte fundamental para existir amor, mas a beleza dentro da pessoa, que acaba despertando o desejo e atração sensual - antes da atração meramente física - daí a expressão “amor platônico”.
Platão fala que o “deus do amor” ajuda no entendimento sobre o valor e beleza alma. Contribuindo para a verdadeira vida espiritual de contemplação. Os amantes e os filósofos são inspirados por Eros, a dizer e viver a verdade, em nome do amor.
Eros, que também simboliza a vida, pode ser definido como a atração pela perfeição ou integralidade. Quem efetivamente ama, se esforça ao máximo, para sempre “jogar” limpo.
O termo erótico deriva de eros, cuja natureza não é a pornografia (usualmente é empregado errado: o filme é pornográfico e não erótico); erótico é o processo de humanização, para conferir mais vida ao inumano, possibilitando o prazer nas diferentes relações, inclusive entre o amante/amado e o humano/deus.
Que tipo de vida é a de quem não ama?
“No amor basta uma noite para fazer de um homem um deus” (Propércio)
Disse Astor Piazzolla: “Foram os loucos que inventaram o amor”, talvez para justificar o que disse Pupilus Syrus: “Nem a um deus é facultado amar e sentir-se sábio”.
O amor proporciona a mais significativa das energias para movimentar o ser humano: “Basta um grau muito pequeno de esperança para nascer o amor” (Stendhal).
O amor é sentimento que exalta e nos escraviza conscientemente, pois, “desejar violentamente uma coisa é tornar-se cego para o demais” (Demócrito).
No amor, às pessoas e coisas, está contida a BELEZA DA VIDA, é a promessa da felicidade.
sábado, 5 de outubro de 2013
SUPERAÇÃO da inveja
“A arrogância por parte de quem tem mérito, nos parece mais ofensiva que a arrogância de quem não o tem: O PRÓPRIO MÉRITO é ofensivo”. (Nietzsche).
Este aforismo nos possibilita algumas reflexões. A principal delas é: O PERIGO das comparações. Nós, os humanos, aprendemos avaliar as coisas através das comparações e, sempre PERDEMOS, sem considerarmos o mais importante: cada pessoa é um ser único, indivisível e irrepetível. Como comparar coisas diferentes? Que critérios devem ser utilizados? Que valor tem os arranjos cromossômicos e as circunstâncias? Como a educação transforma cada pessoa? Todos têm as mesmas experiências? Como cada um aprende com elas?
Não existe maior liberdade, para nos livrarmos das prejudiciais comparações, de que não somos melhores e nem piores do que ninguém. Somos apenas: DIFERENTES.
A inveja (uma condição da espécie humana), quase sempre acompanha a comparação e reflete uma admiração mal administrada. Esta dificuldade nos atrapalha, impossibilitando a real compreensão dos fatos e acaba agindo como um obstáculo à nossa capacidade, natural, de superação.
Jorge Amado dizia que existe um pecado que a sociedade nunca perdoa: o pecado do sucesso.
Esse sentimento de desconforto com o sucesso do outro é definido como: “DESGOSTO PELA ALEGRIA ALHEIA”. Faz com que o invejoso tenha dificuldade de se relacionar de forma positiva e autêntica com as pessoas que convive (as pessoas que mais sentimos inveja são as muito próximas).
Os estudiosos do comportamento humano dizem que para combatermos a inveja, existente em todas as pessoas, é preciso deixar de encararmos a prosperidade alheia - o sucesso, a conquista de alguma coisa importante, a condição de vida – como algo que nos DEPRECIA (produzindo uma sensação de “menos valia”). O sucesso do outro não significa o nosso fracasso, ao contrário, nos mostra uma condição possível de conquistar e manter. Tudo que podemos fazer e o que os outros fazem, qualquer pessoa pode fazer e até melhor, desde que se prepare, convenientemente. O sucesso do outro é uma revelação de possibilidade, é um caminho que também podemos percorrer.
Quando substituímos a inveja pelo desafio, os méritos e as qualidades dos outros se transformam num exemplo, num convite para a nossa transformação e superação.
A COMPARAÇÃO PRODUTIVA é a que fazemos com nós mesmos. De onde estamos e como estamos vivendo e que, podemos aspirar à conquista do lugar e do estilo de vida que gostaríamos e podemos ocupar.
Refletindo as palavras de Heráclito, complemento: “Para mim, um único homem é dez mil, se ele procurar fazer o melhor para si mesmo e para os outros”.
A principal meta de toda pessoa deve ser: conhecer a si mesmo e aceitar quem consegue ser, aprendendo a conviver com quem tem se tornado.
sexta-feira, 4 de outubro de 2013
“A Fábula do Rei e Suas Quatro Esposas”
Era uma vez um rei que tinha QUATRO esposas.
Ele amava demais a 4ª esposa, e vivia dando-lhe lindos presentes, joias e roupas caras. Ele dava-lhe de tudo e sempre o melhor.
Ele também amava muito a 3ª esposa e gostava de exibi-la aos reinados vizinhos. Contudo ele tinha medo que um dia, ela o deixasse por outro rei.
Ele também, como às outras, amava sua 2ª esposa. Ela era a sua confidente e estava sempre pronta para ele, com amabilidade e paciência. Sempre que o rei tinha que enfrentar um problema, ele confiava nela para atravessar esses tempos de dificuldades.
A 1ª esposa era uma parceira muito leal e fazia tudo que estava ao seu alcance para manter o rei - e o seu reino - muito rico e poderoso. Mas, ele não amava a 1º esposa, e, apesar dela o amar profundamente, ele mal tomava conhecimento dela.
Um dia, o rei caiu doente e percebeu que seu fim estava próximo. Ele pensou em toda a luxúria da sua vida e ponderou: “é, agora eu tenho 4 esposas comigo, mas quando eu morrer, com quantas poderei contar?”.
Então ele perguntou à 4ª esposa: “eu te amei tanto, querida, te cobri das mais finas roupas e joias. Mostrei o quanto eu te amava cuidando bem de você. Agora que eu estou morrendo, você é capaz de morrer comigo, para não me deixar sozinho?”. De jeito nenhum! Respondeu a 4ª esposa, e saiu do quarto sem querer olhar para trás. A resposta que ela deu cortou o coração do rei como se fosse uma faca afiada.
Tristemente o rei perguntou para a 3ª esposa: “eu também te amei tanto a vida inteira. Agora que estou morrendo, você é capaz de morrer comigo, para não me deixar sozinho?”. Não!!! Respondeu a 3ª esposa. A vida é boa demais!!! Quando você morrer, eu vou casar de novo. O coração do rei sangrou e gelou de tanta dor.
Ele perguntou então para a 2ª esposa: “eu sempre recorri a você quando precisei de ajuda, e você sempre esteve ao meu lado. Quando eu morrer, você será capaz de morrer comigo, para me fazer companhia?”. Sinto muito, mas desta vez eu não posso fazer o que você me pede! Respondeu a 2ª esposa. O máximo que eu posso fazer é enterrar você! Essa resposta veio como um trovão na cabeça do rei, e mais uma vez ele ficou arrasado.
Daí, então, uma voz se fez ouvir: “eu partirei com você e o seguirei por onde você for”. O rei levantou os olhos e lá estava a sua 1ª esposa, tão magrinha, tão mal nutrida, tão esquecida, tão sofrida... Com o coração partido o rei falou: “eu deveria ter cuidado muito melhor de você enquanto ainda podia...”.
Na verdade, nós todos temos 4 esposas em nossas vidas: Nossa 4ª esposa é o nosso corpo. Apesar de todos os esforços que fazemos para mantê-lo saudável e bonito, ele nos deixará quando morrermos. Nossa 3ª esposa são as nossas posses, as nossas propriedades, as nossas riquezas. Quando morrermos, tudo isso vai para os outros. Nossa 2ª esposa é representada pela a nossa família e os nossos amigos. Apesar de nos amarem muito e estarem sempre nos apoiando, o máximo que podem fazer é nos enterrar. E nossa 1ª esposa é a nossa ALMA, muitas vezes deixada de lado por perseguirmos durante a vida toda, apenas, a Riqueza, o Poder e os Prazeres do nosso Ego.
Apesar de tudo, nossa “alma” é a única coisa que sempre irá conosco, não importa aonde formos.
Então descubra, cultive, fortaleça e valorize sempre a “alma”. Através dela podemos nos revelar, como um presente, para o mundo e principalmente para nós mesmos. Deixe-a brilhar!
O que é a alma?
Mario Quintana no diz que “alma é essa coisa que nos pergunta se a alma existe”. A alma é consciência.
A alma é a “energia da vida” que necessita fluir. Através dela podemos ter noção e valor do que as pessoas e as coisas nos representam. E, a essência viva da alma são os sentimentos, que se relacionam aos afetos e paixões. A alma anseia sempre por liberdade e esta busca a promoção e realização do prazer.
A leitura do nosso comportamento, ou condição de vida, é realizada pela manifestação da alma.
Tornar-se uma “boa alma” ou uma “alma nobre”... é beneficiar-se da alegria, da generosidade, da gratidão, da esperança... é viver bem, com paixão.
quinta-feira, 3 de outubro de 2013
"A melhor maneira de livra-se de uma tentação é ceder à ela ? "
As pessoas que souberam extrair o máximo da vida, no final do seu tempo chegaram às mesmas conclusões, como o poeta e escritor argentino Jorge Luis Borges: não se arrependem do que fizeram, mas daquilo que desejavam e não realizaram.
Como é difícil fazer escolhas!
Temos que pensar para agir - avaliando as consequências. Ao mesmo tempo em que, para desfrutarmos da liberdade, temos que realizar os desejos.
Que liberdade é essa que nos mantém responsáveis, uns pelos outros, pois, as nossas vidas estão interligadas por mil cordões – visíveis ou não?
A liberdade sempre implica em responsabilidade!
O sentimento de quem está no final da própria jornada, nos alerta para não esperar muito para sair em busca da realização dos nossos sonhos. Sem motivos justificados, eles jamais deveriam ser adiados.
É sempre citado: quem realmente aproveita a estada neste mundo, vive cada momento (cada situação ou fase da vida) como se fosse a última oportunidade.
Mas, se avaliarmos de forma incorreta a nossa tentação?
A execução da tentação vale pela experiência adquirida. A experiência não tem nenhum valor ético, é simplesmente o nome que damos aos nossos erros. Portanto, quanto mais erros cometermos, mais experiências, iremos acumular para influenciar novas decisões.
O poeta uruguaio Mario Benedetti analisa as vantagens de nos equivocarmos e ganharmos experiência:
Fracassar é também um sinal que é quase uma advertência de que tínhamos algo para dar talvez para perdê-lo em uma noite
[...] o fracasso faz bem, é um alarme mostra-nos que somos vulneráveis e com essa tutela nos dá forças para retornarmos à vitória.
“Posso resistir a tudo menos à tentação” (Oscar Wilde).
“Não nos deixar cair em tentação, é o mesmo que dizer: Não nos deixar ver quem realmente somos”. Schopenhauer.
A tentação antecede a vitória. Se resistirmos à tentação, nossa alma irá adoecer, desejando aquelas coisas que lhe foram recusadas.
“Se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi” Roberto Carlos.
Que tipo de vida é a que não se emociona? Talvez não sofra muito, mas, certamente, não vive nada.
quarta-feira, 2 de outubro de 2013
"ALGUMAS POSSIBILIDADES DEVEM AMADURECER ANTES DE SE TRANSFORMAR EM AÇÃO"
Antes de enfrentar um problema, a tradição da tribo Apache, fala na necessidade do pensamento passar pelos quatro graus de possibilidades que a nossa mente nos proporciona.
- A primeira: é realizar de imediato o primeiro pensamento que surge na nossa cabeça (sem nenhuma elaboração ou pensar nas consequências).
- A segunda: é parar para pensar um pouco (assim escolhemos o segundo pensamento que veio à cabeça, que pode ser mais prudente).
- A terceira: é pensar, mas ainda não agir (estamos nos oferecendo a oportunidade de realizarmos uma melhor escolha).
- A quarta: é pensar mais uma vez antes de agir (proporcionando a opção pelo caminho mais certo).
Todas as nossas decisões interferem na vida de outras pessoas.
Às vezes, é preciso um dia inteiro para encontrar a solução de um simples problema.
Uma mudança em nossa forma de pensar nos possibilita ver novas possibilidades, onde, aparentemente, não havia nenhuma.
Esse é um dos principais segredos da vida: “ver a mesma coisa com um olhar diferente”, com outra perspectiva. Se possível, antevendo as consequências do resultado das nossas ações.
terça-feira, 1 de outubro de 2013
"A VIDA É MAIS DO QUE AS NOSSAS DECISÕES"
Até os reducionistas entendem que seria simples demais limitar as nossas possibilidades às nossas próprias decisões. Sabemos que o mundo está repleto de oportunidades e que, na maioria das vezes, elas vêm ao nosso encontro, principalmente quando não a procuramos.
Assim tem sido as histórias das mais importantes empresas e dos eventos científicos. “Miramos no pardal e acertamos no colibri”. O que diferencia uma pessoa bem sucedida – que soube aproveitar a oportunidade - de outra desatenta, é o SABER O QUE FAZER quando a “sorte” bate à nossa porta ou cruza o nosso caminho.
Como é significativo o mistério do amanhã? O que seria das nossas vidas se não fosse a interferência de um coração vestido de esperanças?
Por pior que seja a situação temos a convicção de que amanhã vai melhorar. Sempre acreditamos que: a dor vai passar, a sorte ou a oportunidade vai chegar, de um jeito ou de outro vamos superar as dificuldades, o encontro imaginado vai acontecer e o príncipe vai se declarar, um dia tudo irá se transformar...O amanhã é um novo dia, com novas oportunidades e um novo nascimento.
Nem todas as pessoas têm o mesmo tipo de sorte. Somos semelhantes às flores, pois, até entre elas observamos uma significativa diferença: umas enfeitam a vida e outras a morte. Algumas pessoas atraem os caçadores de talentos com mais facilidade. Outras parecem ter ficado com a probabilidade chamada: azar. Até para estes a vida apresenta, em menor quantidade de possibilidades, seus próprios golpes de sorte. Pena que a pessoa nem sempre consegue acreditar que algum motivo possa ser, realmente, uma oportunidade. Essas pessoas tem a sensação que o “arrebatamento” já aconteceu e elas foram deixadas para trás.
Devemos sempre aproveitar uma oportunidade: ela nem sempre nos espera ou volta a cruzar o nosso caminho. Não podemos demorar muito para abrir a porta ou estar sempre de braços cruzados, lamentando a falta de sorte.
A “sorte” existe em forma de oportunidades e temos que espremer todo o seu suco para nos favorecer.
São as oportunidades que impulsionam e permitem realizar os nossos sonhos
Na história da humanidade, existe apenas a palavra “impossibilidade”, mas, nunca um resultado que não fosse possível - desde que considerado possível.
As possibilidades nascem e proliferam na nossa cabeça (na forma de pensar para agir), porém, NINGUÉM SABE QUÃO LONGE UMA IDEIA PODE NOS CONDUZIR - quando fazemos algo de produtivo com ela.
Portanto, temos que estar atentos e permitirmo-nos influenciar por cada possibilidade, refletir e fazer escolhas, sabendo que ela é, apenas, o primeiro passo, de um caminho - que não sabemos até onde pode nos levar.
É emocionante o viver e o aventurar-se, quando no universo de possibilidades: a sorte nos sorrir para nos seduzir.
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