segunda-feira, 28 de outubro de 2013
"A importância em superarmos as dificuldades que possibilitam conhecermos nós mesmos"
Conhecer a si mesmo é um processo constante de evolução (a palavra evolução significa transformação, não necessariamente para melhor, pois algumas doenças evoluem ocasionando a morte). Mas, a nossa meta tem que ser a busca incessante da conquista dos meios que possibilitam vivermos melhor, transformando o nosso dia a dia e superando as dificuldades naturais.
A ciência e a tecnologia tem nos proporcionado acrescentar números quânticos às nossas vidas, não necessariamente qualidade aos nossos dias. Vivemos mais...será que estamos vivendo melhor as nossas relações?
As pessoas com quem conviemos não são, necessariamente, nossas inimigas, mas, não são nossas amigas. Cada um está preocupado consigo mesmo.
Sabemos que é trabalhoso enfrentar o desafio do autoconhecimento. Cada um encontrará a melhor forma para realiza-lo. Mas, exige de toda pessoa a ação intelectual e crítica para a elaboração da autoanálise. Este conhecimento é transformador e capaz de nos proporcionar grandes oportunidades, significativas descobertas, importantes esclarecimentos e aumentar a capacidade motivadora de quem pratica este exercício, nos tornando protagonista da própria história, desfazendo mistérios improdutivos (só existe mistério onde não existe o conhecimento).
A ambição em conhecermos a nós mesmos, segundo Erasmo de Roterdã, nos leva a assumir com humildade o fato que não sabemos nada; e, quanto mais sabemos sobre nós mesmos, ansiamos por mais saber. Começamos a compreender, respeitar e valorizar a pessoa que estamos nos tornando e nos revelando, melhorando todas as relações e as circunstâncias que tanto nos influenciam.
As “Sagradas Escrituras” nos advertem: “se você não se conhece, seguirá o caminho do rebanho”. Por isso, conhecer a si mesmo não é um ato de egocentrismo, mas uma análise das possibilidades, nos convidando traçar uma rota sem nos perdermos nos desvios.
Disse Nietzsche: “Aquilo que os homens têm mais dificuldade em compreender, desde os tempos mais remotos até o presente, é a sua ignorância acerca deles mesmos! [...] Desse modo, nós somos necessariamente estranhos para nós mesmos, nós não nos compreendemos, nós estamos fadados a nos mal-entender, para nós a lei NÃO HÁ NINGUÉM QUE NÃO SEJA DESCONHECIDO DE SI MESMO vale por toda a eternidade”.
Que tragédia: morrer sem nunca ter se conhecido?
O simples desejo, por mais que possa nos parecer estranho, sempre será o embrião de uma nova oportunidade. Portanto, as nossas aspirações são as nossas possibilidades (como disse Samuel Johnson).
“As possibilidades se multiplicam quando decidimos agir em vez de reagir” (George Bernard Shaw).
Devemos ser o melhor amigo de nós mesmos, considerando as palavras de William Arthur Ward: “Um verdadeiro amigo conhece os seus pontos fracos, mas também te mostra teus pontos fortes; sente os teus medos, mas alimenta a tua esperança; vê tuas limitações, mas dá ênfase as tuas possibilidades”.
Assim:
1) Devemos conhecer os nossos pontos fracos. Todas as pessoas têm pontos fracos - super-homem é ficção. Mas, temos também os nossos pontos fortes que devem ser sempre valorizados.
2) Não existe nenhuma pessoa que não tenha medo, o medo é essencial para preservação da vida, é um sinal de alerta ao perigo. Mas, a lembrança da necessidade para o enfrentamento da dificuldade, quando justificado, nos confere a esperança na superação mesmo com a presença do medo.
3) Todo ser vivo tem suas limitações (as pessoais influenciadas pelas circunstâncias e as características da própria espécie), portanto, aceitar naturalmente estas dificuldades é a melhor situação. Mas, saber que as coisas difíceis não são impossíveis de serem conquistas, possibilita-nos aumentar as nossas capacidades. A derrota não consiste em não conseguir a vitória, e, sim, em não ter tentado. Ganhar e perder faz parte de todo “jogo” e é a possibilidade em toda situação da vida.
4) Portanto, o objetivo nunca deve ser competir para superar os outros e sim conhecer a si mesmo para superar os próprios transtornos.
Amanhã quero ser melhor - para mim mesmo e para os outros - do que consigo ser hoje.
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