domingo, 6 de outubro de 2013

"LIBERDADE e AMOR andam juntos"

Disse o filósofo Jiddu Krishnamurti, que discorre da seguinte maneira sobre o significado de AMAR: “Amor não é reação. Se eu o amo porque você me ama, trata-se de mero comércio, algo que pode ser comprado no mercado. Amar é não pedir nada em troca, é nem mesmo sentir que está oferecendo algo. SOMENTE um amor assim pode conhecer a liberdade. [...] Quando vemos uma pedra pontiaguda em um caminho frequentado por pedestres descalços, nós a retiramos não porque nos pedem, mas porque nos preocupamos com os outros, não importa quem sejam. Plantar uma árvore e cuidar dela, olhar o rio e desfrutar a plenitude da terra...para tudo isso é preciso liberdade, e, para ser livre é preciso amar.” De fato, essa liberdade é o que permite a duas pessoas se amarem sem imposição, um promovendo o bem estar do outro, espontaneamente. Também está por trás do amor universal: UMA ATITUDE GENEROSA DO INDIVÍDUO COM O MUNDO. Dar pelo simples prazer de fazê-lo é a máxima de quem, efetivamente, ama. Sem esperar nada em troca, nem sequer reconhecimento, porém se acontecer será MUITO MELHOR. Disse Platão: “Aquele que ama é um ser mais divino que o amado, pois está possuído por um deus. [...] Concluo, portanto, que Eros é o mais antigo, o mais honorável e o mais capaz entre os deuses de propiciar a virtude e a felicidade dos homens, seja durante a vida, seja após a morte”. A palavra Eros significa o amor apaixonado. Platão nunca pleiteou a beleza física como a parte fundamental para existir amor, mas a beleza dentro da pessoa, que acaba despertando o desejo e atração sensual - antes da atração meramente física - daí a expressão “amor platônico”. Platão fala que o “deus do amor” ajuda no entendimento sobre o valor e beleza alma. Contribuindo para a verdadeira vida espiritual de contemplação. Os amantes e os filósofos são inspirados por Eros, a dizer e viver a verdade, em nome do amor. Eros, que também simboliza a vida, pode ser definido como a atração pela perfeição ou integralidade. Quem efetivamente ama, se esforça ao máximo, para sempre “jogar” limpo. O termo erótico deriva de eros, cuja natureza não é a pornografia (usualmente é empregado errado: o filme é pornográfico e não erótico); erótico é o processo de humanização, para conferir mais vida ao inumano, possibilitando o prazer nas diferentes relações, inclusive entre o amante/amado e o humano/deus. Que tipo de vida é a de quem não ama? “No amor basta uma noite para fazer de um homem um deus” (Propércio) Disse Astor Piazzolla: “Foram os loucos que inventaram o amor”, talvez para justificar o que disse Pupilus Syrus: “Nem a um deus é facultado amar e sentir-se sábio”. O amor proporciona a mais significativa das energias para movimentar o ser humano: “Basta um grau muito pequeno de esperança para nascer o amor” (Stendhal). O amor é sentimento que exalta e nos escraviza conscientemente, pois, “desejar violentamente uma coisa é tornar-se cego para o demais” (Demócrito). No amor, às pessoas e coisas, está contida a BELEZA DA VIDA, é a promessa da felicidade.

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