“Mais do que desejo, é uma necessidade, que todo ser humano tem de sentir-se compreendido, respeitado e valorizado”.
Nós nos sentimos bem em meio à natureza porque ela não nos julga. Enquanto que as pessoas, principalmente as mais próximas, nos condenam mesmo sem julgamento e direito ao contraditório. Quanto mais ignoramos sobre um fato, maior é a nossa convicção sobre o mesmo fato, afirmando como verdade absoluta aquilo que no máximo achamos, conforme a conveniência.
A cultura e a civilização através de transformações sucessivas, durante milênios, suprimiram a nossa condição animal e de instintos. Mesmo não sabendo mais viver em matilhas, somos obrigados á viver em sociedade. O homem da caverna também precisa aprender a conviver com o homem “civilizado”. Para minimizar o tempo de todos esses conflitos e outros somados ao do dia-a-dia, precisamos manter contato com o mundo natural e, gozarmos dos seus benefícios sempre presentes.
Vivemos o cotidiano num universo de insatisfações como consequência de uma condição inumana, devido: significativos transtornos no transito e nas relações (pessoais e profissionais); ao estresse e ansiedade generalizada; agenda lotada de compromissos familiares ou não, que nem sempre são produtivos; temos que realizar tarefas no trabalho que não gostamos, mas, somos reféns das contas para pagar e financiar a vida e estamos sempre cedendo para o “politicamente correto”.
O estilo de vida, com uma fuga temporária e ocasional, para contemplar a natureza e beneficiar-se do natural, é seguramente uma resolução mais saudável do que a utilização de terapia medicamentosa ou de outras fugas inconfessáveis. O estilo de vida é singular e cada um deve fazer o que mais lhe confere prazer, até dispor de momentos para não fazer nada, mas, deve ser feito alguma coisa como principal recurso para a relaxação e nos capacitarmos com energias produtivas. O cérebro necessita descansar do estresse e se nutrir para continuar produzindo positivamente a nosso favor. Para continuar vivendo precisamos seguir em frente, nos preparando convenientemente, considerando que as estratégias são pessoais.
Voltar-se à natureza e ao ócio produtivo, é possibilitar o reencontro com a nossa essência há tempo abandonada, pois, sempre trazemos o sentimento nostálgico de resgatarmos paraísos perdidos. Voltar-se à natureza é como voltar ao útero materno e abrigar-se em acolhimentos.
Na sociedade precisamos vestir máscaras, armar jogos e desempenhar papéis, porque temos várias ações e preocupações, principalmente com o que pensam de nós e como gostaríamos de ser visto para ser admirado. Estamos a serviço da vaidade.
Diante da natureza e do natural, existe a significativa possibilidade de sermos nós mesmos, o mais fácil e agradável em ser. Não precisamos fazer nada forçado, mentiroso, manipulador, dissimulado, sedutor...nada ilógico e especial. A natureza é o cenário ideal e nos fornece os meios necessários que nos possibilita caminharmos de forma natural, sem esforço, em direção ao nosso interior, sede do manancial de tranquilidade e das boas resoluções que buscamos como prazer. O espontâneo do natural, contido na natureza, está sempre à espera para nos acolher e juntos formamos uma unidade, sendo cada um (a natureza e a pessoa), uma face diferente da mesma moeda.
Assim, procurando nos harmonizar com a natureza, ela nunca se vinga. Sente e se revela, semelhante aos seres vivos, como também deseja ser e para isso existe: compreender e ser compreendida, respeitar e ser respeitada, valorizar e ser valorizada.
Libertação é o principal processo vivo de transformação: de alguma coisa....para alguma coisa.
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