quinta-feira, 22 de agosto de 2013

A mentira e a humidade

“A mentira é uma prática comum entre as pessoas, faz parte de uma estratégia para conseguir o que queremos”. “Enganar os outros é um defeito relativamente insignificante” dizia Nietzsche. Temos nos acostumamos com a mentira, contrariando um dos principais sentimentos naturais do ser humano: a VERDADE. A mentira tem o intuito de enganar, de convencer os outros para acreditarem no que nos interessa, que passou a ser uma prática natural; e o que nos transforma em monstros é o autoengano, o que fazemos no dia a dia para nos enganarmos a nós mesmos. Uma das formas de mentirmos para nós mesmos é imaginar que estamos sempre certos e que o resto do mundo está errado. Existe uma piada que ilustra muito bem esse posicionamento: um motorista segue em uma estrada de mão única e escuta pelo rádio que um carro está circulando na mesma via mas, na contra mão, colocando todo o tráfego em perigo. Após ouvir a advertência, o motorista diz: “Um carro, não. Todos!” Para o ser humano, é muito mais fácil concluir que os outros estão errados do que aceitar o próprio erro. É aí que nasce uma forma sútil de sofrimento, pois quando vemos todos os outros veículos trafegando no sentido contrário, o mundo se transforma em um lugar hostil, que parece ter sido criado para frustrar o nosso bem estar, o nosso prazer. Às vezes, basta assumir humildemente que estamos errados. Como diz um aforismo indiano: “É mais fácil calçar um chinelo do que estender tapetes por toda parte”. As pessoas que mais sabem têm certeza que sabem muito pouco e querem sempre aprender mais. As pessoas que pouco ou nada sabem, acreditam ter sempre a melhor opinião. Humildade é o último degrau da sabedoria. Apenas os humildes entrarão no reino dos céus (Jesus Cristo). O reino dos céus depende das convicções religiosas de cada um. Inicia-se na terra ou só acontece nesta vida - cada um promovendo a sua paz e a própria felicidade.

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