segunda-feira, 30 de setembro de 2013

O ser humano vive num UNIVERSO...de possibilidades

“Dias Repetitivos...Vida Monótona”. Uma existência monótona é consequência das ações cotidianas repetitivas e, o principal motivo das pessoas fazerem as mesmas coisas é a necessidade em estarem agarradas ao que consideram uma condição de segurança. Realizam sempre as mesmas coisas, mesmo não gostando delas e sabendo dos efeitos deletérios que ocasionam: física, mental, emocional e socialmente. É sabido que, diferentes níveis de desordem, são necessários durante a nossa existência, para estabelecermos uma nova ordem. A ordem para o progresso deve ser precedida de uma desordem, provocada voluntária ou ocasionalmente. A vida é um processo constante de transformações e novos nascimentos. Em cada fase da vida o homem TORNA-SE ALGUÉM e é importante sabermos nos relacionar com este alguém que estamos nos tornando, compreendendo, aceitando e valorizando esse novo personagem, principalmente buscando SER este alguém que DESEJAMOS e DIZEMOS SER. A vida sempre nos oferece meios e situações que nos provocam, nos desafiando, nos arrancando do nosso lugar no mundo para ocuparmos outros espaços e nos revelarmos, também, numa nova pessoa, descobrindo alguém que coabita nessa multidão que cada pessoa representa. Que vida medíocre é daquele que passou o tempo todo de sua existência vivendo um único personagem!!! Sem se beneficiar da necessidade de vestirmos máscaras, armarmos jogos e desempenharmos diferentes papéis conforme as circunstâncias. “Cada pessoa é uma pequena sociedade” (Novalis). Como podemos descobrir e revelar as verdades sem usarmos máscaras? Disse Sêneca: “Crede-me, não é coisa fácil conduzir-se como um homem só”. “Quer dizer que me contradigo? Pois bem, então me contradigo...eu sou vasto, eu abrigo multidões” (Walt Whitman). “É somente na lógica que contradições não podem existir” (Freud). Para termos segurança e facilitar a nossa vida, estabelecemos rotinas, mas, para tornar a vida interessante, somos obrigados mudar as rotinas. Em toda alteração de rotina surgem transtornos e neste momento parece que estamos vivendo o caos das possibilidades. Inicialmente, nos lamentamos por termos mudado a rotina, porém logo percebemos o universo de novas possibilidades que nos apresentam e que podemos fazer escolhas, gerando até uma inquietação e mais insegurança com medo de não fazermos a melhor escolha, entretanto, com o passar dos dias vamos nos transformando numa NOVA PESSOA, mais interessante do que antes. Os estudiosos sobre comportamento humano afirmam que: Se vamos esperar até ter certeza para fazer as coisas, provavelmente não iremos fazer nada. Racionalmente, não temos segurança e nem certeza de nada. A necessidade de fazer escolha e “arriscar” com relação aos resultados, nos transforma, ocasionalmente, nos possibilitando experimentar uma sensação de vigor, de criatividade, de vontade de vencer para conquistar, de nos beneficiarmos da conquista e celebrarmos a vida. Concluímos que mudanças sempre deverão ocorrer, algumas voluntariamente escolhidas e outras decorrentes do processo da vida. É natural termos medo, principalmente durante o caos e no inicio das mudanças, mas devemos ter coragem ( a vontade de vencer apesar do medo) para superarmos as dificuldades e os nossos limites (impostos pela falta de confiança em nós mesmos e no amanhã). Na realidade, a mudança e o caos precedem uma luta na conquista de novas possibilidades, onde sempre seremos vencedores. O destino do ser humano é superar as suas dificuldades. Em toda fase e ocasião: a vida é o conjunto das funções que resistem e superam a morte. Liberdade, prazer em viver, saúde, sucesso não são um fim em si mesmo, dependem do conjunto de meios que construímos e do nosso emprenho em realizar o que desejamos. “Toda pessoa precisa almejar alguma coisa. Chama-se de desafio ou de meta, não importa. Mas é isso que nos torna humanos. Foi o que nos tirou das cavernas para nos levar às estrelas” (Richard Branson).

sábado, 28 de setembro de 2013

"TODO problema tem uma solução...."

Na busca da solução para os nossos problemas podemos incorrer em erros e, com sabedoria e boa vontade, todo erro pode ser corrigido. Toda pessoa tem, pelo menos, uma oportunidade, de concertar os seus erros através de ações positivas elaboradas, convenientemente, para compensar os estragos e prejuízos causados - mesmo quando involuntariamente. Até para quem tem certeza de que causou dor e destruição em toda parte. É preciso lembrar-nos da história do químico Alfred Bernhard Nobel, que se dedicou às pesquisas de explosivos (como exemplo a dinamite), para ser empregado de maneira útil no campo da mineração e dos engenhos, mas, que foi utilizado principalmente na indústria militar para destruição nas guerras (ainda hoje para explodir caixas eletrônicos de bancos). Santos Dumont, teve profunda depressão quando verificou que o seu importante invento, para locomoção de uma pessoas através do mundo, estava sendo utilizado nos bombardeios que causavam mortes. Prejudicar os outros não pode ser uma boa conduta...para quem deseja ser uma pessoa de boas atitudes com comportamento alegre. Nobel conseguiu formar uma grande fortuna com os seus inventos e também uma culpa tão prejudicial para si mesmo, que precisou buscar um modo de compensar o mundo. Criou a Fundação Nobel e entregou todo seu dinheiro para o Banco Central da Suécia administrar e conferir prêmios, que seriam oferecidos às pessoas que mais tivessem beneficiado o mundo no campo da física, da química, da medicina, da literatura e em benefício da paz. Quem não se lamenta de ter cometido alguma ação inadequada que tenha prejudicado alguém? Considerando que nem sempre o que foi feito pode ser desfeito, por vários motivos até pela morte das pessoas, o melhor modo de compensar os nossos erros é optar por ações positivas em benefício de uma causa. Afinal, podemos refletir com o provérbio árabe que diz: “Deus não se importa com o que você foi, mas com o que será a partir de agora”. O passado não pode ser mudado, mas, no mágico momento do AGORA podemos decidir o nosso futuro. “Cada momento nos oferece mais possibilidades do que percebemos à primeira vista” (reflexão budista). Então, podemos concluir que: “todo problema tem solução, toda solução pode incorrer em algum erro e este erro pode ser corrigido”. Pois, existe uma solução para cada problema, mas é preciso observá-lo a partir de uma nova perspectiva. Ninguém resolve um problema pensando apenas no problema e, sim, nas possibilidades de solução e na melhor escolha.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

"VIVER É MUITO PERIGOSO" (Guimarães Rosa)

Viver é PERIGOSO porque é um DESAFIO, a etimologia nos revela que na palavra desafio está contido um forte sentimento de DESCONFIANÇA. Fiar é confiar. O desafio gera o des-confiar, colocando-se em dúvida a possibilidade de realização da ação e, portanto, acena-se para o perigo. Está formada uma tríade paralisante e que precisamos interferir constantemente: perigo, desafio, desconfiança. A expressão “Fiado só Amanhã”...é consequência da falta de confiança, pelo perigo que existe de não receber o combinado. Viver é desafio de fato: é a criação do inédito. Considerando a vida como dádiva na origem (pela concepção e o nascimento) ela não é dádiva como chegada. Quando dizemos “Deus é que sabe” é porque nunca sabemos como será a nossa vida e principalmente o seu final. Mas, não há dúvidas, que exige de nós uma participação efetiva, como protagonistas da própria história. O valor da vida depende da condição que cada pessoa confere à sua própria vida, não havendo prêmios e nem castigos, apenas consequências pela forma e conteúdo das nossas escolhas e envolvimento. Para vivermos bem e gostarmos da pessoa que estamos nos tornando, precisamos acolher todo perigo decorrente, naturais e consequentes, enfrentando-o, em vez de nos escondermos - usando pessoas, coisas e desculpas como escudo – ou fugir dos desafios. Entretanto, para enfrentarmos os desafios precisamos CONFIAR. Confiança é tudo! No que, quando ou como confiar? Aonde podemos colocar as nossas esperanças? Nem todos os desafios, podemos escolher e nos prepararmos, convenientemente, para enfrenta-los. Existem aqueles que surgem espontaneamente, decorrentes pelo simples fato de estarmos vivos e outros porque temos que viver nos relacionando com a sociedade. Os perigos contidos nas ações da vida são potencializados quando recusamos o desafio do enfrentamento para a necessária superação. Pior do que o perigo de viver é recusar os desafios que implicam em nossas escolhas. Necessitamos nos transformar constantemente, pois a vida é um processo contínuo de transformações. O nosso dia a dia nos leva a lugares, que na maioria das vezes, não temos certeza aonde chegaremos. E, temos que confiar aceitando os desafios decorrentes de todo perigo na nossa jornada. A vida exige coragem, “pois os covardes ela abate” (citando Gonçalves Dias) e a coragem é consequência da confiança, que nada mais é do que acreditar na capacidade de enfrentar os desafios. Disse Chico Xavier: “De todos os infelizes, os mais desditosos são os que perderam a confiança em Deus e em si mesmo, porque o maior infortúnio é sofrer a privação da fé e ter que prosseguir vivendo”. “Assim que você confiar em si mesmo, você saberá como viver” disse Johann Goethe. Steve Jobs afirmou: “Se tu o desejas, pode voar, só tens de confiar em ti”. Na canção “Mais uma Vez” Renato Russo diz: “se você quiser alguém em confiar, confie em si mesmo. Quem acredita sempre alcança”. Reflita o interessante que disse Bob Marley: “A política só serve para dividir o povo, é uma bobagem, pois faz o povo confiar em um homem que nada pode fazer por nós. Se você não tiver a sua vida, você não tem nada. Por isso até os políticos devem achar um RasTafari”. É conhecida a história de sucesso de Walt Disney, que fez o que se considerava impossível, principalmente tendo uma infância tão limitada de recursos. Ele afirma: “É divertido fazer o impossível. Todas as coisas novas em algum momento pareceram impossíveis diante dos olhos dos incrédulos. Mas os outros não podem nos dizer o que podemos ou não podemos realizar – somente nós mesmos somos capazes de estabelecer nossos limites e nossas metas”. Certa vez, ele explicou a fórmula para o sucesso da seguinte maneira: “Não creio que haja nenhum pico que não possa ser escalado por uma pessoa que conheça o segredo para transformar sonhos em realidade. Defino esse segredo especial por meio de quatro “Cs”: curiosidade, confiança, coragem e constância. A mais importante das quatro é a confiança. Quando você acredita em algo, tem que ser para valer: não pode haver dúvidas e nem questionamentos”. Tudo aquilo que se pode imaginar, dentro de um universo de possibilidades - determinado pelas circunstâncias - poderá ser realidade um dia....se você confiar em si mesmo. Para confiar em nós mesmos é fundamental lembrarmos as palavras de Sócrates ao dizer sobre a importância, positiva e transformadora, do “conhecer a si mesmo”. CONHECER para CONFIAR é o mais significativo dos desafios humanos. Não podemos morrer sem antes nos conhecermos melhor e, revelarmos a existência do divino que habita em nosso interior. Emerson nos possibilita uma reflexão: “É uma lição que a história ensina aos sábios: de confiar em ideias e não em circunstâncias”. Conhecer a si mesmo é o princípio das melhores ideias.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Viver não é importante....o importante é viver bem!!!

“O que mais nos entendiam, mortalmente, são os nossos problemas. Vivem melhor os que priorizam os dos outros”. A principal manifestação de bem estar, são das pessoas que entendem a vida como missão e a profissão como serviço. Não faltam registros históricos sobre o prazer das pessoas que se dedicam em cuidar dos problemas dos outros, profissional ou voluntariamente. São significativas as transformações hormonais e imunológicas, proporcionando alegria e bem estar. Pois, quanto menos tempo tivermos para pensar, nos próprios problemas e necessidades, que nos ferem mortalmente, melhor será a nossa vida. Mas como fazer para não pensar o tempo todo nos nossos problemas, transtornos e preocupações? Temos que transferir as nossas atenções, lembrando que a maioria dos nossos problemas são consequências da falta de confiança no amanhã e, povoamos com pensamentos negativos o nosso dia. Os pensamentos sempre ocorrem em pares, um positivo e outro negativo, um construtivo e outro destrutivo, nos parecendo que a energia negativa tem mais poder. Sabemos que “A maioria das nossas preocupações não acontecem”. E, problemas que pareciam não ter solução, são solucionados sem a nossa participação efetiva. Os nossos maiores inimigos são imaginários e são nutridos pelos pensamentos negativos. A mente humana é cruel! Temos que transferir, parte das nossas atenções, para outras pessoas ou para outras atividades. Não podemos ficar o tempo todo remoendo o que não deu certo ontem e o que precisamos fazer para não dar errado amanhã. Quando nos colocamos a serviço do próximo ou nos dedicamos a uma atividade que nos dá prazer, a nossa ansiedade diminui e os seus efeitos deletérios são minimizados e até poderão desaparecer. Não existe a possibilidade de eliminarmos – totalmente - a ansiedade, ela é consequência no processo da vida, mas, podemos exercer um controle adequado sobre ela, nos sentindo mais leve ao desconsiderar a presença constante e marcante do ego. Guy Sorman, sociólogo Francês, define o medo da vida e do futuro como um dos grandes obstáculos que nos impedem de aproveitar os prazeres da vida. Aonde vamos colocar as nossas esperanças? Este é um grande dilema e uma necessidade humana. Quando nos focamos na alegria do momento, servindo ou fazendo o que nos agrada, nossos sentimentos e a nossa consciência se revelam no prazer e na realização do momento e, o amanhã, se apresenta de forma mais leve, com menor ou nenhum sofrimento. As pessoas pessimistas e excessivamente ansiosas veem apenas o lado sombrio da vida, acabam se amargurando e prognosticando desgraças, influenciando negativamente na vida dos outros. Suas expectativas orientam os seus atos, possibilitando construir um futuro de desconforto conforme haviam previsto. Este ciclo é conhecido pelos estudiosos do comportamento como “Profecia Autorrealizável”. Alguns contos de Shakespeare revelam que muitas tragédias têm origem numa profecia autorrealizável, que nos condiciona e limita a nossa liberdade de ação, nos impossibilitando de SENTIR um mundo melhor. É bom: - escutar mais as necessidades dos outros, ajudando quando possível, ou pelo menos não atrapalhando; - colocar a energia em questão em benefício de uma causa, de um grupo religioso ou social, de uma ação cultural... - não falar o tempo todo dos próprios problemas, pois a repetição constante só os reforça; - procurar se ocupar de alguma coisa - que se traduza em prazer – em vez de apenas se ocupar – de coisas que geram transtornos; - ser útil aos outros, a uma causa justificada, reforça a autoestima e dá um sentido para a vida; - estabelecer limites de horário no trabalho, para sobrar algum tempo e se dedicar ao prazer do convívio familiar e com outras pessoas ou coisas; - lembrar sempre que o “hábito faz o monge” e que, alguns hábitos, necessitam ser substituídos para nos simpatizarmos com a alegria, pois, quanto menos pensarmos e falarmos das chagas da vida: melhor viveremos. A vida é um processo constante de novos nascimentos e precisamos nos reinventar sempre, construindo os meios que nos levarão ao sucesso desejado.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Conhecendo a si mesmo

“O sofrimento é o meio pelo qual existimos (a vida implica em sofrimento) porque é o único responsável por termos consciência de existir”. Portanto, temos que deixar de nos lamentar o tempo todo (um pouco de vez em quando é necessário para não parecermos inconsequentes) e, temos que seguir em frente, aprendendo a superar as dificuldades, praticando hoje o que se chama de RESILIÊNCIA. O que caracteriza um indivíduo RESILIENTE é a capacidade de se realizar pessoal e profissionalmente, independente das circunstâncias, devido sua vontade de progredir, superando as dificuldades e o ambiente hostil. Em vez de cruzar os braços e se lamentar, o resiliente arregaça as mangas e vai à luta. Entendendo que o importante na vida não é apenas o conquistar e sim: CONQUISTAR e MANTER. Thich Nhat Hanh, monge budista, disse: “Cada momento nos oferece mais possibilidade do que percebemos à primeira vista”. John Dryden possibilita-nos entender que “Primeiro, nós fazemos nossos hábitos, e depois nossos hábitos nos fazem”. Somos e seremos sempre reféns dos nossos hábitos. Por que não sermos reféns dos bons hábitos? É prudente saber que apenas um hábito substitui outro hábito. Se não gostamos de algum, devemos iniciar e exercitar outro, para substituir o que não mais desejamos. As metas de médio e longo prazo se sustentam nos hábitos e, para dominarmos as nossas possibilidades, devemos revê-los para identificarmos o que eles nos representam e suas consequências, pois, somos representados na sociedade pelos nossos hábitos. Bons ou ruins, os nossos hábitos são o nosso “cartão de visita”. O especialista em comportamento humano, Kerry Patterson, no seu livro “Mude tudo: a nova ciência do sucesso pessoal”, afirma que para mudarmos nossos maus hábitos não precisamos apenas de força de vontade, mas também desenvolver automotivação (mobilizar as nossas forças interiores sempre existentes e que podemos chamar de divina), aprendendo com os nossos erros e, adaptar nossa rotina aos novos objetivos que estabelecemos. Uma das importantes leis das possibilidades é saber que: “Os hábitos são o material de construção dos nossos projetos de médio e longo prazo”. Só pomos nossa vida a perder quando paramos de nos transformar, aprimorando os nossos hábitos em busca da liberdade em nos proporcionarmos melhor bem estar. Temos que descobrir e revelar uma habilidade especial relacionada à inteligência humana e quase sempre ignorada: a capacidade de síntese. Pois, para encontrarmos a SOLUÇÃO DOS NOSSOS PROBLEMAS, aliviar ou evitar mais sofrimento, é preciso avalia-lo objetivamente, compreendendo e valorizando o que há de fundamental no problema. Como exemplo prático, é a pessoa que tem dificuldade nos relacionamentos (pois somos resultado das nossas relações: conosco mesmo, com os outros e com o mundo) e não procura entender os seus erros. Quem não tiver a mínima capacidade de síntese atribuirá, o seu sofrimento, à falta de sorte, à ira dos deuses, ou a uma atitude inadequada por parte dos outros, sem precisar mudar a sua maneira de pensar e agir. As pessoas que não conseguem aprender com os próprios erros, com o seu próprio sofrimento, vivem fazendo as mesmas coisas e obtendo os mesmos resultados, na esperança que os outros mudem, e que bênçãos lhe sejam concedidas todos os dias.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Momentos que valem por toda vida

“Às vezes podemos passar um longo tempo considerando viver uma vida sempre igual e, de repente, toda a nossa vida se concentra num só instante, numa oportunidade consistente e transformadora”. É conhecida a expressão “A alquimia dos sonhos” contada por Paulo Coelho na fábula “O Alquimista”, onde ele conta a história de um pastor que faz uma viagem pelo deserto - fugindo do cotidiano que nos entristece - em busca de algo que viu num sonho, que o levará a se tornar alguém que nunca havia imaginado ser e a encontrar o amor de sua vida (todas as pessoas gostariam de viver uma história de amor, mesmo sem planejá-la e dedicar-se a esta conquista). James Joyce, considerado um dos maiores pensadores e escritores do século XX, descrevia “Epifania”, como os momentos em que atingimos uma profunda compreensão da realidade e o mundo dá a impressão de parar... para começar de novo...com uma condição diferente...estando melhor preparado. Epifania (do grego “epiphanéia”) pode significar aparição ou manifestação(divina na maioria das vezes). Os filósofos conceituam “Epifania” para significar uma sensação profunda de realização no sentido de compreender a essência das coisas ou das pessoas, isto é, poder considerar que a partir de agora sente como solucionado, completado, aquilo que estava difícil de entender e conseguir. Também pode ser um pensamento iluminado, uma inspiração que parece ser coisa de Deus, como que somente Ele seria capaz de pensar tal coisa. Muitos filósofos, religiosos, místicos, escritores, cientistas, confirmam através de relatos históricos que passaram por algumas experiências epifânicas, como Buda, Moisés que conta as aparições de Deus, Maomé e o próprio James Joyce entre outros. Fenômenos significativos e transformadores (epifânicos), podemos conseguir de várias maneiras: - Ao congregarmos numa igreja e na manifestação interior após uma oração ou um procedimento de relaxação. - Ao depararmos com um trecho de um livro ou de uma citação que nos faça vibrar. - Ao experimentarmos a descoberta de um novo sabor ou de uma situação desconhecida, que possibilita nos revelarmos de maneira diferente e prazerosa. - Ao contemplarmos uma paisagem ou uma obra de arte. - Ao ouvirmos uma música ou assistir um filme que despertam sentimentos adormecidos. - Ao sentirmos um aroma, revendo fotos ou qualquer outra coisa que nos fazem recordar da infância. A música, como as fotos e as representações no cinema, são expressões de arte que mais nos aproximam das lembranças e das lágrimas. Enfim, necessitamos de coisas que implicam em sentir para pensar e tentar entender. O sentimento é a emoção do pensamento. Uma emoção não necessita estar vinculada a uma pessoa real ou a um acontecimento verdadeiro. É a mente que a vincula à uma série de circunstâncias, mesmo que subjetivas ela é real, gerando forte sentimento. Conhecer as nossas emoções e a pensar com mais clareza, tem que ser importante objetivo na vida das pessoas. Ou, simplesmente, ignorar tudo e não pensar em nada. O que não podemos é ficar parado no meio do caminho, sem pensar para nada sentir. Conseguir envolver-se com o instante, sem determinismo e expectativas, ocorre uma “iluminação” também chamada de “satori” pelo budismo. São momentos assim, de completa lucidez, no qual entendemos a essência das coisas, das pessoas e principalmente de nós mesmos, que devemos procurar alcançar o máximo de vezes possíveis, lembrando que sempre seremos chamados para a rotina do dia a dia, afinal temos que ganhar dinheiro para financiar a vida. Ou procurar trabalhar no que gosta (ou gostar do que está fazendo) para viver livre e produzir prazer para si mesmo. De vez em quando, precisamos sentir a vida, nos concentrando no exato momento que estamos existindo. Temos que construir no imaginário, ou escolher como refúgio, um local aprazível para o nosso descanso, sendo também a fonte da energia que necessitamos para nos movimentarmos pela vida, satisfeitos e alegres. Lembranças do passado que nos deixam insatisfeitos temos que procurar esquecer AGORA (e toda vez que nos produz transtornos). Temos que imaginar uma nova história e acreditar nela, procurando os meios que possam nos ajudar (todos nós necessitamos de alguma forma de colaboração, os meios são muitos e estão disponíveis). Temos que lembrar e nos concentrarmos nos momentos históricos de superação e fortalecer esta energia, positiva, que existe no nosso interior. Podemos contar sempre com o “Princípio Favorável”, pois, quando fazemos alguma coisa pela primeira vez, a “sorte” sempre nos favorece. Temos que ler e interpretar os sinais que a vida nos revela, porque servem para nos orientar pelo caminho. Toda pessoa tem uma magia especial, que, lamentavelmente, por influências sociais abandonamos quando deixamos de ser criança, como: 1) ficar contente sem motivos materiais; 2) estar sempre, mentalmente, ocupado com alguma coisa; 3) saber exigir com todas as forças (ninguém tem estratégias mais provocantes do que uma criança).

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

"Amar a si mesmo é o começo de um romance que vai durar a vida inteira"

O amor quando é consequência do compreender quem é, do respeitar e aceitar quem consegue ser e valorizar quem se tornou, é consistente e a mais significativa das condições humanas. Eckhart Tolle costuma recorrer à seguinte parábola para demonstrar a importância de SE AMAR e de PARAR DE BUSCAR FORA DE SI...aquilo que já se tem dentro. Um mendigo viveu à margem de uma estrada durante mais de 30 anos. Um dia, um desconhecido passou por lá. - Uma esmola, por favor. (murmurou o mendigo, estendendo mecanicamente o chapéu). - Não tenho nada para lhe dar (disse o desconhecido). Que em seguida perguntou: - Você está sentado em cima de que? - Não é nada. Apenas uma arca. Estou sentado nela nem sei desde quando (respondeu o mendigo). - Já olhou dentro alguma vez? (Perguntou o desconhecido). - Não. Para quê? Não há nada (disse o mendigo). - Dê uma olhada (insistiu o desconhecido). O mendigo conseguiu abrir a tampa. Então, com enorme surpresa e alegria, viu que a arca estava cheia de ouro. Contudo é bom lembrar que em MAIOR ou MENOR MEDIDA, todos nós somos vaidosos. Essa vaidade pode chegar a ser tão grande a ponto de nos tornarmos tolos. Então é prudente que façamos este processo com humildade (o último degrau da sabedoria), sem nos considerarmos o perfeito e todo poderoso, o rei do mundo. Levar-se excessivamente a sério tem consequências mais do que indesejáveis, podendo nos levar à rigidez, à inflexibilidade, à intolerância, ao ressentimento, ao egocentrismo... Nas manifestações do comportamento humano, as condições entre os opostos, são separadas por uma linha tênue, como nos detalhes entre os sentimentos de amor e ódio. Temos que exercitar o que desejamos sem nos influenciarmos por sentimentos que irão apenas nos prejudicar. O que separa o orgulho (é importante termos amor próprio) da soberba (arrogância em se manifestar superior aos outros) é a capacidade de discernir o que realmente queremos, para escolhermos o melhor caminho. A grande sabedoria consiste em transitar por essa linha e nos inclinarmos para o lado que possibilita nos tornarmos quem desejamos, considerando o próprio universo de possibilidades. O excêntrico para toda pessoa é procurar ser a pessoa que ela diz ser, caso contrário é ridícula diante dos outros, mesmo sem querer ser.

domingo, 22 de setembro de 2013

"Há duas tragédias na vida: uma é não conseguir o que se quer, outra é conseguir"

Com essas palavras Oscar Wilde (o homem que amava os prazeres da vida) nos possibilita algumas reflexões, lembrando um velho ditado: “Cuidado com o que você deseja, pois pode se tornar realidade”. Não nos faltam sugestões relativas a este tema, todos os grandes mestres falaram sobre o desejo, de quem somos ETERNOS APRENDIZES. Desde a Grécia Antiga os filósofos falavam sobre este fenômeno que caracteriza o movimento humano: o desejo é uma necessidade. E na maioria das vezes, o que procuramos também nos procura e, existe uma significativa possibilidade, de um dia podermos nos encontrar. Quais poderão ser as consequências? Sócrates nos possibilita entender que o homem é um ser eternamente insatisfeito! Pois, quando alcançamos algo desejado, seguimos em um espiral crescente, exigindo sempre mais. “Lá” sempre será melhor do que “aqui” e, quando chegamos “lá” encontramos um novo lugar, um “novo lá”, sempre melhor do que “aqui”. O Budismo pensa o desejo como origem de todos os males, já que nos prende ao que é passageiro e finito: o que temos hoje pode não nos interessar mais amanhã. O que é novo...nos atrai. Mas...logo envelhece e descartamos. Como fazer se não podemos nos livrar do desejo? Ele é ruim...mas é bom. É a nossa fonte motora. Sem o desejo - e a consequente busca da sua realização - a vida não teria nenhuma graça e não existiriam motivos para serem celebrados. A vida exige: celebração das conquistas e celebração da manutenção do conquistado (conquistar e manter: é um dos nossos desafios). Temos que estabelecer prioridades na vida, baseadas nas nossas necessidades e nas possibilidades de resolução, e, nos beneficiarmos do exercício do bom senso, pensando sempre na relação do custo-benefício e nas CONSEQUÊNCIAS DAS NOSSAS ATITUDES. Lembrando sempre que temos que vigiar e controlar as nossas insatisfações (característica da espécie humana). Para encontramos o ponto do equilíbrio - entre o desejo e a insatisfação - o melhor é nos permitirmos os DESEJOS QUE NOS PARECEREM JUSTOS. Capazes de beneficiar e influenciar as pessoas com quem convivemos, sem, contudo, esperar que a SATISFAÇÃO de alcança-la seja duradoura. Assim, podemos, nos renovarmos entre “novos desejos” e “novos motivos” para serem celebrados, com menos sofrimento.

sábado, 21 de setembro de 2013

A Insatisfação e o Progresso

“A INSATISFAÇÃO é o primeiro passo para o PROGRESSO de um homem ou de uma nação”. Este é um aforismo considerado significativo pelos analistas do comportamento humano. As pessoas insatisfeitas se mobilizam e mudam, ao se transformarem aprimoram as suas atitudes. A CRISE É O QUE MOTIVA A CRIAÇÃO DE SOLUÇÕES. É conhecido o provérbio chinês: “Se um problema não tem solução, torne-o maior”. Considerando que quanto maior o caos, mais próxima está a solução. O que esses pensamentos significam? Simplesmente que um dos benefícios da crise é que permite “IR ALÉM”. De repente, tomamos consciência de problemas que já existiam, mas ainda não tinham vindo à luz. E isso também se aplica à nossa vida pessoal. Na maioria das vezes só percebemos claramente as nossas falhas, depois de rompermos um relacionamento, de perdermos um emprego ou uma oportunidade, ou vemos nosso empreendimento falir. É uma lição difícil, mas, se dermos atenção à autocrítica, jamais repetiremos os mesmos erros. O Brasil clama por liberdade das pessoas e das instituições democráticas, sem aparelhamentos ou grilhões. Somos hoje simples reféns de um sistema político-administrativo, cuja ideologia é mentir para enganar, é a farsa para corromper e roubar, manipular informações para conquistar votos e manter-se no poder, sem NENHUM Projeto de Governo. O ÚNICO instrumento que temos para promover mudanças, neste “podre” e injusto sistema, é votar sempre na oposição...até tornar-se situação. Que tipo de pessoa é esta que apoia a manutenção desta gestão que governa apenas em busca do voto, sem nenhum respeito pelos valores da sociedade? Quais são os seus reais interesses?

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

" O conto do Rei, do Cirurgião e do Safi"

UM ANTIGO REI da Tartária estava passando com alguns dos seus nobres, quando no meio do caminho, encontrou um sufi errante, que exclamou: - Darei um bom conselho a qualquer um que me pague 100 dinares. O rei parou e disse: - Diga-me: que bom conselho é esse que você vai me dar em troca de 100 dinares? - Senhor, primeiro ordene que me seja dado o dinheiro, e imediatamente o aconselharei – respondeu o sufi. Assim fez o soberano, esperando ouvir algo extraordinário. Então, o sufi disse a ele: - Este é o meu conselho: “NUNCA COMECE NADA SEM TER PENSADO NO FINAL”. Diante dessas palavras, os nobres e todos os presentes caíram na gargalhada, dizendo que o sufi havia sido esperto ao pedir o dinheiro adiantado. Mas o rei disse: - Não há motivo para rirem do bom conselho que este homem me deu. Ninguém ignora que devemos refletir antes de fazer qualquer coisa. No entanto, somos culpados diariamente de não lembrarmos disso, e as consequências são nefastas. Aprecio muito as suas palavras. A partir de então, o rei decidiu se lembrar sempre daquele conselho e ordenou que fosse escrito nas paredes com letras de ouro, chagando até gravar a frase na baixela de prata. Pouco depois, um conspirador teve a ideia de matar o rei. O vilão subornou o cirurgião real, com a promessa de nomeá-lo Primeiro Ministro se este aplicasse uma lanceta envenenada no braço do soberano. Quando chegou o momento de extrair o sangue do rei, o cirurgião pegou uma bacia de prata para recolher o sangue. Então se deparou com as palavras gravadas no recipiente: “NUNCA COMECE NADA SEM TER PENSADO NO RESULTADO FINAL”. Nesse momento o cirurgião caiu em si e percebeu que, se o conspirador conseguisse se tornar rei, a primeira coisa que faria seria mandar executá-lo. O soberano, vendo que o cirurgião estava trêmulo, perguntou o que estava acontecendo, e o médico confessou imediatamente a verdade. O autor da conspiração foi capturado, e o rei reuniu todas as pessoas que haviam estado presentes quando o sufi aconselhara. Então perguntou-lhes: - Ainda continuam rindo do conselho dele? Conclusão: Do mesmo jeito que o rei, que conseguiu salvar a própria vida, evitaríamos muitos desgostos e brigas - que nos fazem perder uma energia valiosa - se parássemos para pensar aonde nossas decisões nos levam. O simples – mas não tão comum – exercício de pensar, nos ajuda a desviar possibilidades negativas que alimentam o nosso dia a dia com conflitos. Esse pensar também possibilita-nos tomar decisões positivas e transformadoras, nos mostrando o significado do empenho na conquista de bons resultados.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Não reclame - aja!

Amit Sodha em seu livro “100 dias para viver consciente”, ressalta que todos os dias reclamamos do que “vai mal” em nossa vida, mas, não fazemos nada para remediar a situação. Se diminuirmos - na direção de procurar eliminar - os lamentos e as queixas, deixaremos de reagir negativamente para atuar de modo proativo, usando soluções reais. O bom da vida é transformar cada momento da nossa existência numa POSSIBILIDADE POSITIVA, criando espaço fértil, disponibilizando ocorrer eventos agradáveis e transformando os indesejáveis. Para transformar as lamentações em possibilidades, o autor propõe que cada pessoa estabeleça um objetivo concreto na mente e que lute para não se deixar abater pelas dificuldades que sempre irão surgir. A VIDA É COMBATE, QUE OS FRACOS ABATEM, OS FORTES E BRAVOS SÓ PODE EXALTAR (Gonçalves Dias). Como afirmam os estudiosos do comportamento humano: “É preciso ter coragem para agir em vez de reagir”. Conclusão: Trocar queixas por ações...multiplica nossas oportunidades. “O pessimismo e as lamentações operam dentro de um campo de visão tão estreito que a pessoa é incapaz de ver possibilidades que existem para além de sua experiência” (Norman Cousins).

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Não há vitória sem um combate legítimo

Dalai-Lama diz que os nossos inimigos são os melhores mestres, porque para enfrenta-lo precisamos utilizar toda inteligência: intelectual, social, emocional...e sabedoria. “O verdadeiro inimigo nos transmite uma coragem sem limites” disse Kafka. Os ensinamentos, citados pelas celebridades, são provérbios exemplares, já que apontam para o excepcional espelho representado por “aqueles” e “aquilo” que nos fazem sentir incomodados, com angústia e sofrimento. Quem são os nossos principais inimigos e como superá-los? O contrário de “vida” não é “morte” e sim “não vida”. Morte é o contrário de nascimento. O ser humano não deseja apenas viver, ele quer ter vida em abundância (grande quantidade de prazeres), portanto, o nosso maior oponente, o inimigo a ser vencido, é tudo que nos conduz para vivermos a “não vida”. A necessidade de superar os nossos inimigos, para vivermos uma vida mais longa, mais larga e mais profunda, nos transmite uma coragem (significa agir com o coração) sem limites...porque a NATUREZA NOS PROTEGE. Cada pessoa, em cada fase da sua vida, necessita descobrir qual o inimigo a ser vencido e preparar-se, convenientemente, para o enfrentamento. Sabendo que terá uma proteção natural – A NATUREZA SEMPRE NOS PROTEGE - como consequência do conhecimento e da realização da autoanálise, utilizando ajuda terapêutica (profissional e/ou orientação dos mestres e celebridades que viveram situações semelhantes, também conhecidas como filosofia terapêutica e biblioterapia). O “conhecer a ti mesmo” proposto por Sócrates é o mais significativo dos eventos que se procede no despertar interior de uma pessoa (tão bem identificado por Buda), sendo, sempre, importante colaborador na transformação do ser humano, como diz Lou Marinoff em seu livro “Mais Platão e menos Prozac”. O escritor Nicolás Buenaventura explica de forma bem humorada e com muita lucidez as razões para descobrirmos bons inimigos, e eu faço comentários logo em seguida: - Um bom amigo pode nos abandonar, nos trair, nos decepcionar e até ser trocado por outro...mas um bom inimigo é para sempre. E, os ensinamentos dos mestres sempre irão nos acompanhar (lição lida, lição aplicada, lição aprendida e sempre renovada). - Os inimigos sempre dizem a verdade, sobretudo quando dói. O desejo das celebridades está na missão em servir, ser útil, não necessitam mais seduzir para nos enganar. - De um amigo nunca se sabe o que esperar, mas dos inimigos sempre pode esperar o pior. Para isso, além de superarmos os transtornos existentes, nos aliviando de muitas dificuldades, podemos prevenir novos desconfortos. Ou quando acontecer algum episódio desagradável, sabemos aonde buscar ajuda para transformar o pior momento. Como também disse Nicolás que a grandeza de uma pessoa se mede pela qualidade de seus inimigos, afirmo que a liberdade e a conquista do bem estar, para construirmos e desfrutarmos dos prazeres da vida, também está na nossa capacidade de identificarmos “o que” e “quem” são os nossos inimigos e, com conhecimento e determinação, podemos superá-los para nos sentirmos vencedores. Quando Leonardo da Vinci esculpiu Davi, ele disse que Davi existia dentro da pedra, ele apenas tirou o que o impossibilitava para se revelar ao mundo.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

O que será o passeio filosófico?

“Todos os grandes pensamentos são concebidos ao se caminhar”. Esta afirmação de Nietzsche, da qual estudiosos sobre o comportamento humano concordam, chama-se “passeio filosófico”. Existe hoje no mundo, um movimento importante e significativo, em função dos excelentes resultados obtidos, chamado de Filosofia Terapêutica ou Filosofia Clínica, utilizando o conhecimento de celebridades para reflexão que possibilita “o conhecer a si mesmo”... evento MAIS IMPORTANTE dos fenômenos humanos...e este autoconhecimento é transformador, possibilitando cada pessoa realizar uma autoanálise e esculpir o “gênio” maravilhoso existente dentro de si. Outras pessoas e coisas disponíveis neste universo de possibilidades podem funcionar, somente, como um meio facilitador deste encontro, mas, este “despertar interior” (como chamava Buda) é uma condição individual, de responsabilidade pessoal. Mais do que um direito, é obrigação, que toda pessoa tem de despertar e revelar o “divino” que habita no próprio interior e que, efetivamente, nos representa. Para isto existem os MESTRES que nos mostram possibilidades e caminhos, que antes de nós já viveram as mesmas dificuldades, transtornos e necessidades e podem nos auxiliar nesta fantástica aventura, a melhor de todas as viagens e descobertas, que nos possibilita nos compreendermos, nos aceitarmos, nos valorizarmos, sendo o protagonista da própria historia e, uma obra de arte sempre renovada. Sugestões para um passeio filosófico: - abra espaço na sua agenda para um encontro consigo mesmo, marcando um dia e hora, de forma voluntária e responsável, a fim de nenhuma obrigação ou compromisso (que NUNCA serão mais importantes do que esta transformação) possa interferir e sempre adiar este passeio; - escolha um lugar que seja inspirador para você, também chamado de espaço de relaxação, que possa produzir uma sensação de bem estar; - o ideal é que não seja um local que possibilite nos distrairmos com pessoas e coisas, apenas contemplar o momento (quanto mais próximo da natureza é melhor...é a origem do “homem que sabe”; - este lugar também pode ser um museu ou parte da cidade que nos agrade ou que não conhecemos ainda; - tenha em mente as questões que o preocupam, que estão causando transtornos, que serão o tema do passeio neste encontro pessoal; - observe o conteúdo da discussão mental e memorize as conclusões ou sugestões que podem ser colocadas em prática, pois, serão os próximos passos a seguir na caminhada da vida; - os movimentos humanos têm um procedimento lógico: pensar para agir, agir para sentir o mundo...observar os resultados das nossas ações e a qualidade de vida (considerando as satisfações referentes: à liberdade e o bem estar)...refletir sobre as necessidades de mudanças....para nos transformarmos no que podemos e queremos ser; - se possível, não determine o tempo para o final do passeio: nunca sabemos aonde a filosofia e a reflexão dos mestres podem nos levar; - retorne apenas quando sentiu que o passeio foi esclarecedor e suficiente; - use roupas confortáveis, a complexidade da filosofia está por ser simples, por não exigir nenhuma formalidade: faz mover os pensamentos e conduz as nossas atitudes de maneira, comprovadamente, eficiente e eficaz; - alimente-se sempre de palavras inspiradoras, de citações transformadoras, de aforismos imorredouros, de exemplos dignificantes; - seja positivo...mova-se...mais do que exercício físico...a caminhada pode e deve ser uma passeio filosófico e transformador.

domingo, 15 de setembro de 2013

Viver é bom....em boa companhia é melhor ainda

“O que podemos fazer, para que no amor, os caminhos não acabem sempre em desilusão”. TUDO, NADA, PARA SEMPRE, NUNCA...Quando se trata de amor, os tempos usados tendem sempre a representar extremos...com promessas até sinceras...mas impossíveis de serem realizadas sem a nossa intervenção consciente e voluntariosa...no processo que identifica a qualidade de uma relação. Como prometer para sempre alguma coisa se nós mudamos de interesses com o tempo e as circunstâncias? Como decidir na juventude o que seremos para sempre? O vocabulário da pessoa que ama revela que ela quer as coisas de maneira absoluta. Mas, para começar, quem pode pedir tudo se não tem como dar tudo em troca? E, se alguém tivesse tudo, ou se sentisse completo com o que tem, por que iria querer mais? Apaixonar-se pode ser perigoso quando nossos desejos se fundamentam em aspectos superficiais. É do ser humano deixar-se seduzir por um padrão de beleza, por uma pele macia e cheirosa, um sorriso diferente, por um cabelo que admiramos, enfim, por atrações com prazo determinado de validade. Lembrando que o homem envelhece, enquanto por questões hormonais, a mulher desaba – tendo de recorrer muito cedo aos cosméticos e cirurgias estéticas para estender por mais uns dias o prazo de validade (ficando na maioria das vezes pior do que a natureza a transformaria quando as ações são muito invasivas). É prudente recorrer à ciência cosmética e estética o mais cedo possível, para prevenir alterações indesejáveis e possíveis de serem realizadas naturalmente. Somos, na maioria das vezes, levados pela primeira impressão e nos entregamos às decisões imediatas, imaginando um universo de satisfações; quando na verdade o que buscamos de fato é uma relação estável e segura, marcadas por atitudes de valoração e sucesso na vida pessoal, no grupo social e no trabalho. Num simples namoro ou condição de “ficar”, numa relação extra namoro ou conjugal, aceitamos sem contestação o que quer que a outra pessoa nos ofereça, nos interessando apenas o prazer imediato no atendimento de uma necessidade imediata. O desejo de viver uma história de amor, na base de que se você for por mim e eu por você...que bom é viver...fica adiado. Já em relacionamentos consistentes, com o desejo de ser eterno enquanto um dos dois estiver vivo, lutamos ao longo do caminho e em todo processo temos um significativo objetivo para mantermos o foco, iluminando este caminho para fazermos as correções da rota e, mesmo nos aborrecendo por pequenas coisas, raciocinamos, relevamos em benefício de um bem maior e superamos os conflitos. Existem vários motivos que tornam difícil mantermos um relacionamento estável, mesmo porque o ser humano não é um animal monogâmico, mas, felizes aqueles que conseguem superar, com conhecimento e vontade, os motivos que podem impossibilitar o melhor convívio entre duas pessoas. Viver é bom, em boa companhia é melhor ainda.

sábado, 14 de setembro de 2013

As vantagens de apreciar a beleza

“Quem despertar e conservar a capacidade de ver a beleza: vive melhor e não envelhece jamais”. As pessoas que se relacionam com cenários opressivos, com situações absurdas e angustiantes é porque não têm capacidade e sensibilidade para contemplar a beleza. Promover e Proteger para VALORIZAR a BELEZA são condições que caracterizam o desenvolvimento e o bem estar humano. Toda pessoa capaz de transcender e apreciar o sublime é candidata a experimentar momentos de profunda exaltação e felicidade. Vários filósofos e terapeutas do comportamento humano afirmam que: rodear-se de beleza é uma NECESSIDADE VITAL para toda pessoa. Interessante: quantas pessoas tem sede e não sabem disso? Nem sempre temos consciência da sede – ou de qualquer outra necessidade básica - e precisamos beber água como remédio, capaz de prevenir doenças e promover saúde. Caso contrário o corpo padece e adoece, não tivemos a manifestação da sede, mas, temos as consequências pela falta de água. O mesmo acontece com a beleza, principalmente a contida no natural e nas várias expressões de arte. A necessidade quando não satisfeita pode gerar transtornos significativos, desconfortos e sofrimentos. A necessidade de contemplar a beleza não é reconhecida em nossa sociedade, e isso acarreta enormes males psicológicos e sociais. Temos que pensar melhor a nossa vida, a nossa casa e a comunidade. Um importante facilitador contra as angústias que nos submete este mundo prosaico é recorrer à beleza que nos agrada e está acessível a qualquer um, como: às existentes nos diferentes museus, às músicas e canções que nos emocionam, aos livros interessantes (de gosto pessoal), às paisagens e aos fenômenos naturais oferecidas gratuitamente, às criações artísticas realizadas pelo homem, o cuidar das plantas e dos animais, o caminhar com um olhar especial encantado pela natureza, o mergulhar o corpo para lavar a alma. Enfim, temos que fazer alguma atividade capaz de estimular os nossos sentidos e acionar as nossas teclas da sensibilidade, produzindo uma sinfonia de satisfação e alegria para a nossa mente e para o nosso coração, nos transformando e influenciando positivamente os outros. A civilização entristece, disse Diderot: “Querem saber a história abreviada de quase toda nossa miséria? Ei-la: havia um homem natural. No âmago desse homem, entretanto, foi introduzido um homem artificial, e ele desencadeou no interior da caverna uma guerra civil que se prolonga por toda a vida”.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

A moderação e a necessidade de transgressão...eis a questão!!!!!

“Convém ser moderado em tudo, até na moderação”. Costuma-se dizer que a VIRTUDE ESTÁ NO MEIO (In médio virtus), muito embora às vezes tenhamos que transgredir para nos sentirmos vivos, principalmente nas questões de paixão, amor e sexo (assuntos que ninguém entende o suficiente). BUDA nos orienta a viver longe dos extremos, inclusive do extremo da prudência...ser prudente o tempo todo não é sábio e nem sadio. O aforismo acima aponta para a filosofia que o poeta chinês Li Mi-an revela em sua poesia (melhor do que ser poeta é ser o próprio poema): O melhor costuma ser, neste mundo, descobrir o que está entre os extremos; o meio a meio, fórmula mágica, dará mil e mil satisfações [...]. Sábio em uma metade, em outra fidalgo, vive pelo meio o esforço e o repouso. Sem te isolares, não dês confiança de mais. Procura ter de tudo em tua casa, sem nada de ostentoso nem arrogante [...]. Quando te embriagares, faz isso sempre pela metade. A flor meia aberta é mais bonita, com meia vela seguem bem os navios e à meia-rédea trotam melhor os cavalos. O caminho do meio que Buda pregava, nem tanto uma coisa ou só outra, não implica renunciar aos prazeres, mas eliminar os que nos prejudicam. Paulo Apóstolo sugere que na vida tudo nos é lícito, porém, temos que ter discernimento para saber o que nos convém. Se soubermos encontrar o equilíbrio entre o excesso e a renúncia, transformaremos nossa vida num caminho agradável e sem transtornos.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

A Educação...o aprendizado pela informação...a transformação necessária

“A EDUCAÇÃO é algo admirável, mas é bom recordar que nada que valha a pena saber pode ser ensinado...deve ser aprendido” A EDUCAÇÃO NOS TRANSFORMA em seres civilizados, mas também pode nos escravizar. Por isso, TODA LEITURA deve ser feita com uma dose de crítica. Ao lermos os clássicos, não é para viver como os grandes pensadores do passado, nem imitar as celebridades, mas para viver melhor nos tempos de hoje. Cada um deve ter a sua própria vida, a sua maneira de pensar para agir e sentir o mundo. Não podemos admirar os mestres por aquilo que aprenderam, mas pelo muito que podem nos orientar para aprendermos (o aprendizado depende de uma condição especial e individual). A educação, independente de quem seja o educador, deveria consistir em algo assim: uma longa viagem que partisse dos clássicos e ás vezes acabasse na Lua. Educação é a única possibilidade de despertar o divino em cada pessoa (a inteligência intelectual, social e emocional); ela é como a natureza...sempre nos protege. Podem-nos “ensinar” várias disciplinas, básicas e profissionalizantes, mas a arte de viver é algo que aprendemos ao longo do caminho. O aprendizado é um processo que exige: leitura, reflexão, avaliação, conclusão, escolha, nova leitura ou releitura, nova reflexão, outra avaliação...enfim, o resultado é sempre transformação. Compreender o processo da vida é o mais significativo resultado da educação, onde deixar de aprender é estar tecnicamente morto. A compreensão gera respeito e este gera a valoração da pessoa e das suas relações na sociedade.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

A Criança Interior

“A amargura de um homem é, com frequência, o aturdimento petrificado de uma criança”. John Bradshaw em seus escritos fala das terapias que realizou com adultos que entraram em contato com sua “criança interior”. Os pacientes tinham reações inesperadas e, às vezes, assustadoras: muito choravam, outros se sentiam como se tivessem voltado para casa ou sido encontradas após terem estado perdidos durante décadas, enfim, a maioria carrega uma sensação de abandono (sensação esta que carregamos vida a fora). John tenta encontrar dentro do ser humano a criança ferida e traumatizada que causa os transtornos na vida adulta. Uma vez compreendido o motivo desta sensação e recuperada, a criança voltará aparecer em nossa vida de maneira espontânea quando rirmos ou estivermos diante de algo que nos fascina. Em contrapartida, a criança ferida aparecerá em nossa vida quando nos sentirmos incapazes de descumprir uma determinada convenção social que consideramos absurda, mas acatamos com medo da consequente represália, sendo submissos e obedientes ao que não acreditamos. Ninguém é mais partidário às reformas do que as crianças e os adolescentes. Quando nos tornamos adulto, influenciado e trabalhando para uma sociedade insana, somos obrigados a mudar o nosso modo de pensar e agir. Mudamos tanto que nem sempre nos reconhecemos, mas, anestesiados e adestrados seguimos em frente, sem nos reconciliarmos com a criança que convivemos diariamente. No entanto, para que seja possível encontrarmos a criança interior, temos de tomar as decisões de um ponto de vista de adulto para não nos tornarmos ridículos, mesmo diante de uma sociedade caduca. O ser humano é um eterno aprendiz do desejo e, o que busca incessantemente é a realização do prazer, atendendo primeiro as suas necessidades básicas – como todo ser vivo –, depois ele deseja o supérfluo porque o essencial ele já tem. O universo da criança está na transformação da fantasia em realidade. O seu maior desejo é brincar, pelo simples ato de se aventurar e se realizar. Semelhante à natureza que ama a simplicidade, a criança se encanta com o simples e se beneficia de tudo que é natural...até ser pervertido pela sociedade de consumo exagerado. Disse Schopenhauer: “Quem quer que tenha algo verdadeiro a dizer se expressa do modo simples. A simplicidade é o selo da verdade”. Quando crianças, somos a nossa própria história, posteriormente somos a história de tantos outros personagens, trilhamos caminhos que não nos pertencem porque não foram construídos por nós. Como disse Millôr Fernandes: “Nascemos originais e morremos plágio”. José Saramago em um dos seus ensaios nos aconselha viver de uma forma sem nunca escandalizarmos a criança com quem compartilhamos a nossa vida. Devemos sempre protegê-la. Disse ainda que um dia sairia deste mundo de mãos dadas com esta criança.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

"As sereias têm algo mais mortífero do que a sua canção: o seu silêncio"

ULISSES ouviu o canto das sereias e sentiu tal atração que teve de ser amarrado ao mastro do navio pela tripulação que remava com os ouvidos tapados. Aquilo foi um erro terrível. Reza a lenda que poucos são os afortunados que podem ouvir o canto das sereias. Somente aqueles privilegiados capazes de adentrar no oitavo mar, cujas águas podem ser atravessadas somente pelos deuses. Ao ouvirem o canto das sereias, os lobos do mar são conduzidos ao paraíso da ATLÂNDIDA. A expressão “ouvir o canto das sereias” faz referência às pessoas que se deixam influenciar por falsas promessas e resultados improváveis. No entanto, para o marinheiro, há algo mais perigoso do que o canto da sereia: o silêncio. O silêncio é pior para aquele que conhece demasiadamente bem o caminho, já que seu rumo se torna possível e ele pode dormir fazendo o navio encalhar. A vida exige estarmos atentos em todo momento, pois, tão letal quanto se deixar encantar pela fantasia é carecer totalmente dela. Deixar-se iludir pelo “canto das sereias” (deixar-se iludir por falsas promessas e resultados improváveis) é imprudência, mas, o silêncio diante da realidade é um desatino. As estórias servem para as crianças adormecerem mais rápido e, os adultos despertarem.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

"A literatura é sempre uma expedição à verdade"

A verdade é transformadora, nos liberta dos mistérios que povoam os nossos dias. BIBLIOTERAPIA: uso terapêutico da palavra escrita. Consequências naturais da leitura: ler, refletir, despertar, aprender, aplicar, se transformar, tornar-se outra pessoa para viver melhor. O uso deste SIGNIFICATIVO MEDICAMENTO (como ajuda terapêutica) começou na Antiguidade. Conta-se que o Faraó Ramsés II considerava a sua biblioteca “o remédio para a alma”. No entanto, a biblioterapia alcançou seu apogeu na era moderna, durante a Segunda Guerra Mundial, quando os soldados americanos feridos voltavam da frente de batalha e eram submetidos ao “tratamento”. Eles melhoravam rapidamente quando dedicavam seu tempo à leitura. O mero exercício de ler já traz benefícios, mas os efeitos positivos da leitura terapêutica se potencializam muito quando são criados grupos em que pacientes discutem os livros (ou aforismos) e comentam o resultado da terapia. A leitura com a consequente reflexão e tomada de decisões, nos proporcionam transformações devido: - A perspectiva de outra pessoa a respeito de um problema que talvez não saibamos resolver. - Uma chance de fugir do estresse em que vivemos para descansar por algum tempo no universo de possibilidades que o livro propõe e, voltarmos de outra maneira. - Imagens e reflexões que nos enriquecem e que podemos compartilhar com outras pessoas e assimilar melhor o esclarecimento e orientação. - Estudos recentes e confiáveis, comprovam que a atividade da leitura protege o cérebro e preserva a memória. - Além de melhorar os níveis de concentração de uma pessoa, a leitura terapêutica é importante agente para eliminação dos hormônios indesejáveis, nos possibilitando importantes transformações de atitudes. Conclusão: quanto mais lemos – literatura construtiva – melhor nos tornamos e melhor nos entendemos para viver melhor.

sábado, 7 de setembro de 2013

"Todo o conhecimento, todas as perguntas e todas as respostas se encontram no cão"

O que Kafka queria dizer com esta reflexão? Ninguém pode saber exatamente. No entanto, não há duvida de que o cão, além de companheiro inseparável do ser humano, ensina virtudes que muito deixaram de cultivar: - LEALDADE. Não devemos ser leais só a uma pessoa ou a uma ideologia – é igualmente sermos leais a nós mesmos. - CARINHO. Precisamos expressar abertamente o que sentimos pelos outros. - CORAGEM. A arte de dominar o medo, principalmente quando se trata de defender as pessoas queridas. ALEGRIA. Nós, seres humanos, deveríamos mostrar, de alguma forma, a nossa alegria diante dos prazeres da vida cotidiana, como fazem os cães abanando o rabo. HONESTIDADE. Um cão é um ser em que se pode confiar: sabemos que ele estará presente independente do cansaço ou de estar decepcionado com alguma coisa que fizemos para ele. Humanização é o processo de transformação: do animal primitivo que fomos um dia e, no tipo de humano que nos tornamos. Precisamos, individualmente, de um processo de transformação, cujo modelo pode ser influenciado pela natureza, pois, a NATUREZA NOS PRESERVA, para nos tornarmos um ser humano confiável, com quem tenhamos prazer em conviver. Quanto mais conhecemos as pessoas, infelizmente, passamos a gostar mais dos animais. Portanto pergunto: Onde está o problema? Qual pode ser a solução? O mundo tem jeito ou jaz na mão do maligno? No mundo atual não faltam pessoas, falta compromisso ético nas atitudes pessoais. Suas palavras são como “ouro de tolo”, feitas apenas para enganar.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

"Quem luta contra os monstros deve ter cuidado....para não se tornar em um deles"

“Quem luta contra os monstros deve ter cuidado, para não se transformar em um deles”. CUIDADO: os cínicos costumam se esconder por trás da maldade do mundo para dar asas à própria perversão. No entanto, os atos alheios NUNCA devem justificar os nossos. Nesta reflexão, faço referência às dificuldades da vida como escola que pode nos endurecer ou até nos transformar em pessoas piores, desinteressantes, mais do que inúteis, prejudiciais para a sociedade. Contra os determinismos negativos, até nas circunstâncias mais adversas o ser humano tem o direito e a obrigação de decidir qual será a sua postura diante do mundo. O que devemos fazer diante de tanta violência física e ética? Ou nos embrutecemos e colaboramos, como cúmplices, em atos de tortura financeira e moral, agindo contra a VERDADE e a JUSTIÇA, ou vamos nos indignar para nos mantermos dignos, com atitudes construtivas, exercitando no grupo social que pertencemos a solidariedade e esta ser capaz de contagiar outras pessoas em outros grupos. Existe um conceito budista interessante, prático, objetivo e produtivo: “Mesmo que não esteja em suas mãos mudar uma situação dolorosa, é sempre possível escolher a forma de lidar com o sofrimento”. Temos que cuidar dos doentes, consolar os aflitos e dividir o nosso pão, com quem tem menos do que a gente e formarmos a RODA DA COMPREENÇÃO e de AJUDA. Somos o resultado de como agimos nas relações com as pessoas e com o mundo. Somos frutos das consequências e nos revelamos conforme as circunstâncias. NINGUÉM consegue viver só e bem. Na vida existe muito sofrimento, que será bom ser compartilhado para ser dividido. Mas também existe muita alegria, que pode ser multiplicada com outras pessoas. Disse Alfred Adler: “É o indivíduo que não está interessado no seu semelhante que tem as maiores dificuldades na vida, e causa os maiores males aos outros. É entre tais indivíduos que se verificam todos os fracassos humanos”. O meio social e a preocupação contínua do indivíduo em alcançar objetivos preestabelecidos são os determinantes básicos do comportamento humano, o que inclui a SEDE DE PODER e a NOTORIDADE. O pior da vida é não ser nada para alguém, nem para si mesmo, a não ser rico, famoso e infeliz.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

TER e SER amigo...de verdade

“Amigo não é aquele, apenas, capaz de se debruçar piedosamente diante das nossas dificuldades, mas, principalmente, aquele que tem coragem de aplaudir nosso sucesso”. Precisamos de companheiros, mas de companheiros vivos, não de cadáveres que tenhamos que levar nas costas. Sobre a amizade Nietzsche recomenda: “Seja para seu amigo um leito de repouso, mas um leito duro, como uma cama de campanha”. Sem dúvida, nossos companheiros mais valiosos são aqueles capazes de estimular e festejar nossas conquistas, mas também aqueles capazes de nos fazer enxergar que estamos equivocados, de maneira gentil nos revelando outras possibilidades. Temos que nos livrar dos “vampiros energéticos”, aqueles que só se lamentam e roubam o nosso entusiasmo. Infeliz é o coração aonde não existe o mínimo de esperança. Existem pessoas que nos advertem sem considerar o que necessitamos e esperamos escutar naquele momento, alegando que o fazem pelo nosso bem, sem levar em conta que na realidade está nos prejudicando. Parece censurar por rancor ou pelo menos para desconstruir a nossa autoestima (sempre debilitada, pois carregamos na maioria das vezes uma sensação, injustificada, de menos valia). Qual seria a definição de um bom amigo? Alguém diante do qual, podemos nos comportar de forma autêntica (o máximo que conseguimos ser, é ser nós mesmos) e que colabore de maneira efetiva, na superação dos obstáculos cotidianos da vida. Considerando que muitos desses obstáculos somos nós mesmos que colocamos no nosso caminho. O nosso futuro está povoado com eventos por nós determinados e na maioria das vezes quem está de fora consegue perceber melhor a situação. Nem sempre conseguimos, sem ajuda, realizar este distanciamento da situação, para melhor compreensão e busca da melhor solução. Nada melhor do que a ajuda amiga e terapêutica (transformadora). Como os “vampiros energéticos”, os “bajuladores” são desprezados ao longo da história, pois, é MUITO melhor estarmos ao lado de pessoas sinceras, dignas de confiança (a base estrutural de todo sucesso numa relação). Com companheirismo construtivo, multiplicamos nossa compreensão do mundo e, consequentemente, o nosso poder como pessoa. É muito bom TER amigos (não confundir com conhecidos ou companhia ocasional), melhor ainda é SER amigo. É melhor para os outros e excelente para nós mesmos, sendo um o facilitador na vida do outro.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Em busca do melhor estilo de vida:

“As posições extremas não são seguidas de posições moderadas, e sim de posições extremas contrárias”. Assim afirmou Nietzsche e concordam os estudiosos do comportamento humano, na política, nas corporações e no ambiente familiar. Um dos ensinamentos de Tao Te Ching diz o seguinte: “A afeição extrema significa um grande desgaste e as posses abundantes, grandes perdas. Se você perceber quando tiver o suficiente, não entrará em desgraça. Se souber quando parar, não estará em perigo. Dessa forma, é possível viver muito tempo”. O chamado “caminho do meio” é um dos pilares do budismo. Para Sidarta Gautama (Buda), a felicidade e a ausência de problemas estão em saber encontrar o ponto equidistante entre o fácil e o difícil, o superficial e o profundo, o prazer e a dor. Quem busca extremos, corre o risco de passar da virtude para a maldade, já que as paixões costumam levar a ações desmedidas. Encontrar o equilíbrio no momento de agir não significa ter medo nem falta de iniciativa, mas alcançar um horizonte suficientemente amplo para entender que a verdade – e, o que é ainda mais importante, a convivência – NUNCA será encontrada nas posturas radicais. Como disse Aristóteles: “A virtude consiste em saber encontrar o meio-termo entre dois extremos”.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

A felicidade de encontrar o novo... no velho.

“O cérebro verdadeiramente original não é o que enxerga algo novo antes de todo mundo, mas o que olha as coisas velhas e conhecidas, já vistas e revistas por todos, como se fossem novas”. Em uma de suas reflexões mais célebres, Marcel Proust afirmou que “a verdadeira viagem de descobrimento não consiste em buscar novas paisagens, mas sim em ter novos olhos”. A pessoa sábia, a pessoa interessante, a pessoa crítica, consegue encontrar o novo no velho. As pessoas bem sucedidas nos negócios são aquelas que conseguem enxergar uma oportunidade onde os outros não veem nada. Todo empreendedor te uma visão renovada do mundo e isso lhe permite perceber o que a maioria – com o olhar domesticado pela monotonia – deixa passar. As pessoas gostam do novo, mas não são inovadoras. Falta crítica e coragem para aceitar desafios. Felizes os que conseguem olhar - o mundo e as pessoas - sem filtros. Estimulados pela curiosidade e a vontade de aventurar-se em outras possibilidades e, revelar-se numa outra pessoa (que também é ele). É bom conhecermos e conversarmos com as diferentes pessoas que residem conosco, habitando o mesmo corpo e a mesma alma. Temos que estimular e melhorar a relação conosco mesmo. É bom pensar no “eu e os comigos de mim”. Concluo com o pensamento de Paul Auster: “Dizem que é preciso viajar para ver o mundo. Às vezes acho que estando quietos em um único lugar, com os olhos BEM ABERTOS, somos capazes de ver tudo o que podemos usar”.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

“Só podemos dar uma OPINIÃO IMPARCIAL sobre as coisas que não nos interessam”. Sem dúvida, por isso mesmo, as opiniões imparciais carecem de valor essencial, pois não houve interesse suficiente para fazer a melhor avaliação. Coração que não vive a situação é impossível fazer o melhor julgamento, não há envolvimento, não há emoção, não há sentimento de angústia ou de prazer. Portanto, a opinião dos outros não pode nos incomodar tanto. Não devemos nos interessar pela opinião dos outros, justamente porque devem ser consideradas impregnadas de interesses e preconceitos alheios. Gosto de provocar as pessoas para pensarem de uma maneira diferente sobre o mesmo fato, mesmo sendo obrigado às vezes ser polêmico. Não podemos morrer tendo apenas um único nascimento, pois, abrigamos multidões em nosso próprio universo. Adoro o adolescente que vive comigo; tenho significativos interesses em não escandalizar a criança que ainda sou e juntos sairemos de mãos dadas deste mundo; respeito o velho que hoje também sou - com limites naturais. Sou um eterno estudante na escola da vida; sou alegre algumas vezes e em outras sou melancólico; sou um eterno aprendiz do desejo que obriga o adulto profissional realizar... Os assuntos difíceis de comprovar são os mais interessantes de se discutir, por causa do mistério, que só o conhecimento revelado e experimentado o desfaz. Somos visionários na vida, raramente conseguimos provar alguma coisa aos outros, e, eles á nós. Sobre esta questão, há uma pequena história do célebre Bertolt Brecht, especialmente enriquecedora: Alguém perguntou ao Sr. Keuner se existia um deus. O Sr. Keuner respondeu: - Eu o aconselho a pensar se seu comportamento mudaria de acordo com a resposta a essa pergunta. Se permaneceria o mesmo, podemos deixar a questão de lado. Se mudaria, posso ajuda-lo dizendo que, já que assim decidiu, você precisa de um deus.

domingo, 1 de setembro de 2013

Nosso melhor mestre...é a nossa carência

"Nossas carências são nossos melhores professores, mas nunca mostramos gratidão diante dos bons mestres" (Nietzsche). A grande maioria das pessoas (num mundo marcado pelo consumo exagerado - que se encaminha para extinção de recursos e a necessidade de rever valores) em vez de fazer da carência um novo caminho, faz dela um motivo de frustração e se "machuca". Na maioria das vezes, a nossa tarefa - como protagonista da própria vida - é ver o que pode ser feito com o que temos...com o que nos resta diante de impossibilidades de alçar todo tipo de voo...como um albatroz ferido. "Aquilo que não sabemos é a melhor parte de nós", ou seja, aquilo que, por ser uma incógnita, é um desafio que nos transforma e nos faz crescer, possibilitando sairmos da mera redundância. Como toda pessoa é assemelha-se a uma pequena sociedade, pois abrigamos uma multidão de personagens, que podem e necessitam se revelar de maneiras diferentes conforme as circunstâncias...nada é mais significativo do que nos encontrarmos com aquele que podemos e gostamos de ser, em cada momento, apesar de todas as dificuldades.