segunda-feira, 2 de setembro de 2013

“Só podemos dar uma OPINIÃO IMPARCIAL sobre as coisas que não nos interessam”. Sem dúvida, por isso mesmo, as opiniões imparciais carecem de valor essencial, pois não houve interesse suficiente para fazer a melhor avaliação. Coração que não vive a situação é impossível fazer o melhor julgamento, não há envolvimento, não há emoção, não há sentimento de angústia ou de prazer. Portanto, a opinião dos outros não pode nos incomodar tanto. Não devemos nos interessar pela opinião dos outros, justamente porque devem ser consideradas impregnadas de interesses e preconceitos alheios. Gosto de provocar as pessoas para pensarem de uma maneira diferente sobre o mesmo fato, mesmo sendo obrigado às vezes ser polêmico. Não podemos morrer tendo apenas um único nascimento, pois, abrigamos multidões em nosso próprio universo. Adoro o adolescente que vive comigo; tenho significativos interesses em não escandalizar a criança que ainda sou e juntos sairemos de mãos dadas deste mundo; respeito o velho que hoje também sou - com limites naturais. Sou um eterno estudante na escola da vida; sou alegre algumas vezes e em outras sou melancólico; sou um eterno aprendiz do desejo que obriga o adulto profissional realizar... Os assuntos difíceis de comprovar são os mais interessantes de se discutir, por causa do mistério, que só o conhecimento revelado e experimentado o desfaz. Somos visionários na vida, raramente conseguimos provar alguma coisa aos outros, e, eles á nós. Sobre esta questão, há uma pequena história do célebre Bertolt Brecht, especialmente enriquecedora: Alguém perguntou ao Sr. Keuner se existia um deus. O Sr. Keuner respondeu: - Eu o aconselho a pensar se seu comportamento mudaria de acordo com a resposta a essa pergunta. Se permaneceria o mesmo, podemos deixar a questão de lado. Se mudaria, posso ajuda-lo dizendo que, já que assim decidiu, você precisa de um deus.

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