segunda-feira, 31 de março de 2014

“Como seres naturais temos que observar a natureza e, nos transformarmos, conforme as fases da vida”.

Não podemos nos contentar em ser um artifício da sociedade - marcada por manipulações mercantilistas e dissimulações -, possibilitando que os outros influenciem, negativamente, o nosso comportamento, determinando os nossos projetos e estilo de vida. Podemos experimentar a liberdade quando sabemos que estamos num processo de transformação, impulsionado pelo desejo de viver melhor, cada fase da vida, como consequência da forma de pensar e agir. Este processo de libertação inicia-se quando entendemos a necessidade de não mais guardarmos coisas e sensações ou, de convivermos com pessoas e situações, que nos fazem mal e não proporcionam prazer. As coisas guardadas que não utilizamos mais (objetos e vestuário); as lembranças de situações que nos mantém como reféns (como a experiência ocasional e mal vivida); as ideias deterministas (influenciadas pela cultura, pelas convicções religiosas, pela herança familiar, etc.); as formas improdutivas de viver (que não fluem e valorizam a alegria); o convívio com pessoas que não nos acrescentam nada (e nos impedem de experimentar novos conhecimentos e sensações); as pessoas que agem constantemente como “freios de mão” sendo negativistas e que dificultam a nossa capacidade de nos aventurarmos e experimentar novos nascimentos...nos roubam oportunidades. SÃO OS VAMPIROS ENERGÉTICOS. Temos que nos libertar disso tudo, para seguirmos em frente. Do que nos serve uma coisa que não serve para nada? Só para nos aborrecer? Só para ser um significativo fator de dificuldades, tendo que ser superado o tempo todo? É melhor estarmos envolvidos com pessoas e coisas que nos provoquem para realização constante de mudanças, em busca da realização e a manutenção da liberdade. Só o prazer, mesmo o contido nos sonhos, nos nutrem, promovendo consistência à nossa vida. Os nossos projetos pessoais e profissionais devem ser construídos com conhecimento e entusiasmo. É saudável o exercício do desapego, de nos livrarmos de tudo que não usamos mais e das coisas ou pessoas que não nos fazem bem - menos aquelas que necessitam dos nossos cuidados e possibilitam nos sentirmos melhor ao colaborar. Este procedimento necessita de análise criteriosa, sendo prudente a existência de momentos de recolhimento para reflexão e a pratica de interiorização. Como as folhas velhas das árvores que caem no chão no tempo certo (no outono), buscando a renovação e, se transformarem de maneira significativa em outro tempo (na primavera), os padrões que nos prendem a uma realidade já vivida (no seu tempo), portanto, ultrapassada, devem ser renovados. Temos, como na natureza, um tempo de validade para o que não nos serve mais, dando oportunidade para que o novo aconteça. É a força da vida que pede mais vida, para continuar vivendo com motivos. É impossível imaginarmos uma árvore se prendendo a um único e antigo padrão. A natureza se movimenta em ciclos ou fases. As folhas nascem, desenvolvem-se e morrem, para que outras possam nascer e se desenvolver. E, servir de alguma maneira. Assim, é fundamental encararmos os nossos padrões emocionais antigos e possibilitarmos as mudanças, necessárias de acontecer, para sempre nascer uma nova pessoa em nós mesmos e, podermos abrigar uma multidão para conviver conosco.

sexta-feira, 28 de março de 2014

“Os homens são parecidos em sua origem, no início e no final da vida, o que os diferencia na jornada são as suas ações”.

Toda pessoa é um ensaio sobre o entendimento e aceitação de si mesma. Ninguém consegue ser, completamente, como deseja. Mas, alguns conseguem perceber, reconhecer e valorizar as suas tentativas, transformando a realidade em possibilidades, procurando construir os seus próprios meios, para chegar o mais próximo possível dos seus planos e o que consegue conquistar, conforme a realidade das circunstâncias, sabendo que é impossível SER como queremos ou querem os outros que sejamos, e TER o que imaginamos necessário para viver feliz para sempre. VIVEM EM PAZ, consigo mesmo e com os outros, as pessoas que conseguem desenvolver o seu potencial de sabedoria: 1) sabendo explorar os benefícios da inteligência intelectual (com a leitura, reflexão, aprendizado, vivência e ajustes diários); 2) sabendo se beneficiar da inteligência emocional (procurando viver de maneira harmônica o processo de pensar e agir, para melhor sentir o mundo); 3) sabendo promover o exercício da inteligência social (desenvolvendo e aprimorando a própria capacidade de relacionamentos para obter melhores resultados). É preciso entender a vitória ou derrota, a conquista ou fracasso, o prazer ou dificuldade, a alegria ou infelicidade, a saúde ou doença...como consequência. Quais os meios que temos construído para obter os melhores resultados? Dependemos da relação que envolve os principais aspectos: identificar o nosso desejo e as circunstâncias para a realização; transformar a realidade em possibilidade para a conquista; aceitação e adaptação do que não pode ser transformado. No processo de cada um procurar ser ele mesmo - o que algumas pessoas chamam de ser verdadeiro -, mesmo sendo uma aspiração comum das pessoas, a maioria realiza este processo às cegas, na base do eu acho; outros terão maior ou menor dificuldade, dependendo das estratégias e do discernimento de cada um. Não sabemos bem o que cada pessoa pode ser ou nos parece ser: bichos estranhos ou gente, iluminados ou um “macaco-primitivo” que não deu certo (sem nenhuma intenção em desqualificar os macacos, apenas lembrando a possibilidade da teoria da evolução; algumas pessoas são chamadas de “cachorro”, esquecendo que estes são maravilhosos, é apenas uma expressão). Independente do que somos e de quem podemos ser, todo ser vivo é um IMPULSO DA NATUREZA. Temos uma origem comum: as nossas mães. Viemos da mesma maneira: somos o resultado da concepção, da gestação e do parto. Nascemos de alguma coisa...para alguma coisa. A origem como o final das pessoas são as mesmas, sendo diferente, apenas, a finalidade das ações de cada um, a forma como queremos e podemos nos revelar no mundo. Portanto, fica claro que temos motivos suficientes para que possamos compreender uns aos outros, mas, também é evidente que apenas CADA UM PODE INTERPRETAR-SE A SI MESMO. O homem busca a integração, consigo mesmo e com os outros, desde o seu nascimento. Alguns acreditam que mesmo depois da morte, ele tem a possibilidade de integra-se a si mesmo e no seu grupo social, resolvendo questões que ficaram abertas durante um período da sua existência cíclica na terra. Outros reconhecem que, por não termos o luxo da eternidade, devemos buscar esta integração numa única vida, o mais rápido possível.

quarta-feira, 26 de março de 2014

“Alguém pode se entediar por ser feliz”?

Disse Rousseau: “Não vejo ao meu redor outra coisa além de motivos de contentamento, e não estou contente [...] sou muito feliz e me entedio”. Hermann Hesse faz referência de que o homem exige a felicidade, mas não a suporta por muito tempo. É a felicidade ou a monotonia que nos revela que algo não vai bem ou falta alguma coisa? Aldous Huxley criou romances futuristas, nos quais as pessoas tinham perdido a liberdade de suas escolhas e consequentemente de suas ações, e passaram mecanicamente a fazer parte de um mundo marcado por uma sociedade que proibia e vigiava, mentia e manipulava, enganava e prometia uma falsa felicidade. A sociedade era uma farsa, com características do “me engana que eu gosto”. Sabemos que vive muito mal uma pessoa que é sempre infeliz, e que, temos muita dificuldade em viver bem, mesmo tendo motivos para ser feliz o tempo todo. Dizia Sócrates: “o homem é um ser eternamente insatisfeito”. Quando alguma coisa muito boa acontece a uma pessoa, como ganhar um prêmio inesperado num sorteio ou loteria, tem-se a falsa sensação que ela será feliz para sempre; o que efetivamente não acontece, existindo apenas sensação de euforia temporária e depois surgem as preocupações e as dificuldades naturais da espécie, da pessoa e suas relações - motivos de quem vive em grupos sociais. Em alguns momentos podemos nos sentir a pessoa mais feliz do mundo, acreditando que este estado de felicidade poderá ser duradouro, mas, é efêmero, temporal e ocasional. Por mais dinheiro que uma pessoa tenha, ela não pode comprar o passado e modificá-lo e, nem comprar o tempo futuro e desenhar nele apenas os eventos que podem proporcionar prazer. Problemas sempre existirão e, quem tem muito dinheiro, passa a ter outros problemas que antes não tinha. Como a nossa vida não é linear e fatos sempre acontecem, a felicidade, como a infelicidade, não são definitivas, não são eternas. Nossa vida é um turbilhão de acontecimentos e sentimentos, de ensaios e desejos, de erros e acertos, de crenças e decepções, de conquistas e fracassos, de risos e de dor, de ganhos e de perdas, de vitórias e renuncias. Na vida temos que aprender tudo e sempre, para nos transformarmos no que desejamos e conseguimos ser, pois: DEPENDEMOS SEMPRE DAS CIRCUNSTÂNCIAS. Pascal Bruckner afirma que a sociedade criou uma exigência constante de felicidade, no seu livro “A euforia perpétua”, ele afirma que nos sentimos obrigados a estar sempre contentes (o que é impossível), demonstrando alegria e disfarçando a tristeza. A frase “Sejam felizes para sempre” é imperativa, mesmo que simbólica, tornando-se um desafio e uma obrigação de conquista. Quando o melhor seria desejar e dizer: “procure identificar e valorizar o que existe de melhor em todas as coisas, em cada fase da sua vida”. O sofrimento, a ansiedade, o medo, a insegurança, a baixa autoestima, a precipitação, a falta de tolerância, as dificuldades... fazem parte da vida de todas as pessoas e necessitam ser superadas. Não temos como suprimir os fatos que produzem transtornos nas nossas vidas. Mas, podemos nos esforçar para apreciar o que temos de bom, de positivo, para conviver em paz, o maior tempo possível, com a pessoa que nos tornamos. ESTE É UM IMPORTANTE DESAFIO, capaz de transformar os nossos dias, para nos capacitar a aceitar a vida como ela consegue ser e, superar os momentos de tédio e sofrimento. DESEJAR E PROJETAR, ESPERANDO ACONTECER UMA FELICIDADE MUITO GRANDE E DURADOURA NA NOSSA VIDA, É O MAIOR OBSTÁCULO, PARA EXPERIMENTAR E VALORIZAR A FELICIDADE CONTIDA NA SIMPLICIDADE, DA VIDA DIÁRIA. Só podemos encontrar o prazer de viver, uma vida interessante, mesmo que não seja longa, quando nos encontramos conosco mesmo, sem sentir saudade de nós mesmos, sendo apenas no AQUI e AGORA. Sem idealizar paraísos, mas encontra-lo sempre, sem projetar para o amanhã, que nuca chega.

terça-feira, 25 de março de 2014

“Nos tornamos jovens - por um tempo melhor e mais duradouro - quando amadurecemos”.

“A GRANDEZA nunca nos é dada de presente. É preciso CONQUISTA-LA. Nossa VIAGEM nunca se caracterizou pelos atalhos ou por nos conformamos com pouco. NÃO TEM SIDO UM CAMINHO PARA PUSILÂNIMES, para os que preferem o ócio ao trabalho ou para os que procuram apenas os prazeres das riquezas e da fama. NOSSA JORNADA É PARA AQUELES QUE CORREM RISCOS, os empreendedores, os que fazem coisas, os que nos guiam pelo longo e árduo caminho em direção à prosperidade e à liberdade – alguns são agraciados por isso, mas, na maioria das vezes, o trabalho duro de homens e de mulheres passa despercebido. Por nós, eles levaram ao ombro suas poucas posses de terra e sulcaram oceanos em busca de uma NOVA VIDA”. Esses valores que Barack Obama, em um dos seus discursos mais emotivos se dirige à nação, em um momento de profunda crise econômica e na obrigação de superar esta situação, convoca o povo norte-americano, a pensar e estimular um tesouro, sempre oculto, mas que existe dentro de cada pessoa e extremamente necessário para produzir transformações. AMADURECER não é se tornar uma pessoa conservadora, aceitando as coisas naturalmente, sem acreditar na possibilidade de mudanças para conquistar o necessário. Amadurecer é estar disponível para aceitar a realidade, sem mentiras ou com maquiagem das verdades, e superar as dificuldades, com honestidade e trabalho. O amadurecimento nos possibilita o conhecimento da realidade, a devida preparação para o enfrentamento das dificuldades e a necessidade do empenho para a conquista - mesmo na presença do medo. Os fatos revelam que quando amadurecemos, conseguimos conviver harmonicamente, com a inocência da criança e a necessidade de aventura do jovem, que existe dentro de cada pessoa. Disse Gonçalves Dias em seu poema “I Juca Pirama”: a vida é combate que os fracos abate e, os fortes e bravos só pode exaltar. Amadurecer é tornar-se bravo e forte para o enfrentamento dos nossos transtornos e superação das nossas dificuldades. É transformar-se para se aventurar e conquistar, pois, toda vitória exige comemoração.

segunda-feira, 24 de março de 2014

“O universo interessante das PESSOAS TÍMIDAS”

A sociedade sempre valorizou as pessoas extrovertidas, descriminando os tímidos. É comum premiar aquele que é o centro de atenções em quase todo ato social. Toleramos a mulher tímida e alguns homens até admiram, mas, consideramos fraco de atitudes o tímido, do sexo masculino. Que pena que sabemos tão pouco sobre as coisas e queremos ter opinião sobre tudo e, quem menos sabe, parece sempre ter a melhor razão. Pouco, ou quase nada, se fala dos valores das pessoas introvertidas. Seu universo é muito interessante, mesmo porque TODA CULTURA NASCE DA INTROSPECÇÃO. No livro “O dom da timidez”, o DR. Alexandre Ávila reconhece sete significativas virtudes próprias dos tímidos: 1) Sensibilidade – os tímidos têm a capacidade de reagir em um nível emocional profundo. Compreendem e cuidam dos sentimentos dos outros, aspecto apreciável no mundo pessoal e profissional, como por exemplo: um encontro romântico e uma reunião de negócios. 2) Fidelidade – por seu caráter reservado, são menos propensos à infidelidade e, portanto, têm ralações mais duradouras. São leais a seu círculo íntimo de amizades e solidários nos momentos difíceis. 3) Atenção – o ouvinte sensível tem paciência e deixa que a outra pessoa se expresse, compreendendo suas motivações pessoais. 4) Reflexão – na hora de analisar condutas e situações, essas pessoas o fazem com mais profundidade, por isso podem ser mais interessantes que as que expressam com mais facilidade uma visão superficial das coisas. 5) Modéstia – o tímido faz seu trabalho sem atribuir honrarias a si mesmo e tem um alto nível de exigência. Do mesmo modo, na amizade e no relacionamento a dois, pode renunciar ao protagonismo e conquistar o amor e o respeito do outro. 6) Mistério – é uma característica muito apreciada socialmente. As pessoas mais fechadas despertam curiosidade dos outros, que imaginam nelas um valioso mundo interior. 7) Suavidade – por sua natureza sensível, os tímidos são incapazes de cometer atos gratuitos de agressão ou violência. Não tentam impor seu ponto de vista nem ofendem os outros com sua atitude, Ao contrário, mostram-se gentis, ternos e afetuosos, ganhando assim a estima das pessoas à sua volta. Como é importante o saber...por ser transformador.

sexta-feira, 21 de março de 2014

“A vida não é apenas para ser vivida, é para ser celebrada”

A única possibilidade de celebração e encantamento pela vida é quando nos tornamos uno com o mundo. Preservando o que somos, aceitando o que conseguimos ser, procurando nos transformar sempre, para nos adaptarmos às circunstancias e perceber o que existe de melhor em todo acontecimento. As religiões foram criadas na esperança de oferecer alívio e esperança às pessoas em conflito. Em todas elas encontramos conceitos e aspirações comuns: amor, perdão, compaixão, caridade, formar uma unidade com a igreja – com Deus e/ou o universo. Estas são condições que nos proporcionam sentimentos, nos tornando uma unidade, até podendo dizer que não somos mais nós que vivemos e sim Deus (ou outra denominação) que vive em nós. Este é um estado de plenitude, de paz interior e sabedoria produtiva, pois, deixamos de buscar ou construir um sentido natural e pessoal na vida e, o encontramos dentro de nós. Quando meditamos (a oração, como a reza, é um mantra) nos sentimos, efetivamente, parte de um todo e os sentimentos nos transformam, não existindo, por alguns momentos, significativa diferença entre as pessoas e as condições de vida e, nos sentimos aceitos e acolhidos, compreendidos e valorizados, amados e fortalecidos, onde ninguém mais nos julga e a natureza celebra a exuberância da vida. Este sentimento de acolhimento, é um êxtase que proporciona uma paz, que ultrapassa todos os outros prazeres. Saber que fazemos parte de algo maior que nós, nutre a nossa esperança (que sempre precisamos ter um lugar para coloca-la) e, nos possibilita desenvolver a tolerância e a humildade. Na palavra religião (que vem do verbo latino religare, que quer dizer “religar”) existe um mandamento: a necessidade de nos religarmos, novamente e sempre. Pois, como dizia Schopenhauer, que o homem faz parte da vontade, do todo, mas, ao nascer, com o corte do cordão umbilical, se separa deste todo. É essa conexão com o todo, chamado de Cosmos por uns e de Deus por outros, que perdemos e devemos procurar. Com a meditação, como as diferentes manifestações das artes e o exercício de toda criação, podemos recuperar esta sensação de plenitude que nos aconselham os mestres, para celebrar a vida. No romance de Hesse, O lobo da estepe, o protagonista dá uma visão dessa busca espiritual: “O homem não é de forma alguma um ser FIRME e DURADOURO, é mais um ENSAIO e uma TRANSIÇÃO, outra coisa que não uma ponte estreita e perigosa entre a natureza e o espírito (no sentido de espiritual e não doutrinário). Ao espírito, a Deus, a determinação mais íntima o impele; à natureza, em retorno à mãe, o atrai o mais íntimo desejo: entre ambos os poderes vacila sua vida tremendo de medo”. Allan Percy nos aconselha: uma cura de serenidade é transitar de forma natural por essa ponte entre a natureza e o espírito, ao compreender que um é o espelho do outro. Por isso, muitos místicos asseguram que, ao buscar Deus, encontraram a si mesmos. Só pode existir celebração, no encontro e permanência de Deus (o todo, a natureza e o natural, o Cosmos...) na nossa vida. Fora isso é vida comum, apenas passando pela vida, até com pequenos prazeres, efêmeros e sem consistência.

quinta-feira, 20 de março de 2014

“A dupla identidade do ser humano” (Lembrando: o que permanece é só o modelo, não a cópia).

O Prêmio Nobel de Literatura, Hermann Hesse, em seu livro O LOBO DA ESTEPE, de maneira magistral, explica a DUPLA IDENTIDADE DO SER HUMANO: gregário de um lado e rebelde por outro. “Harry é uma pessoa, também chamada de o lobo da estepe. Andava sobre os dois pés, levava roupas e era um homem, mas no fundo era, na verdade, um lobo da estepe. Havia aprendido muito do que as pessoas com bom entendimento podem aprender e era um homem muito inteligente. MAS, não havia aprendido uma coisa: estar satisfeito consigo mesmo e com a sua vida. Isso ele não pode conseguir”. Talvez isso derivasse do fato de que no fundo do seu coração soubesse (ou acreditava saber) que não era realmente um ser humano, mas um lobo da estepe. O ser humano é um animal, com origem características da liberdade da natureza (que nunca nos julgava e se beneficiava do natural), que necessitou viver em matilha para defesa própria e da espécie, mesmo sem saber viver respeitando seu grupo social. No processo de humanização, este ser natural, tornou-se o “homem da caverna” e agora, colocaram neste homem natural, um outro homem, que se diz civilizado, para conviver com diferentes sentimentos, instintos e aprendizados. FOI ESTABELECIDO UM CONFLITO QUE NUNCA MAIS IREMOS CONSEGUIR ENTENDER – até por falta de real interesse - E NOS LIBERTAR. A maioria das pessoas não sabe de nada do que acontece na sociedade onde vive e, nem sabe que não sabe. Ou, quando sabe que não sabe, prefere continuar não sabendo, por comodidade, acreditando assim, não precisar se transformar, esquecendo que tudo se transforma, mesmo não querendo se transformar. NINGUÉM CONSEGUE SER O MESMO O TEMPO TODO, POIS, DEPENDEMOS SEMPRE DAS CIRCUNSTÂNCIAS. Esta luta entre o homem e a besta é um desafio constante, até insano às vezes. Onde se misturam: realidade, imaginação e sensações. Por isso que, olhando bem de perto, ninguém é normal (já sugeria a canção de Caetano). Somos uma besta coberta por uma sensível camada de educação, ou um homem civilizado com resquícios naturais de uma besta? SOMOS GREGÁRIOS POR NECESSIDADE...REBELDES POR VOCAÇÃO. O homem, antes de ser “aquele que sabe” (homo sapiens) sempre teve uma história interessante de relacionamento com o lobo. Há significativos registros históricos, até retratado no cinema, no filme “Dança com os lobos” de Kevin Costner. Manter o lobo interior possibilita-nos enfrentar sozinhos as nossas dificuldades e, refugiar-nos em nossa própria força interior, que deve ser desenvolvida e aprimorada. Saber que precisamos estar dentro da manada é um fato importante, como proteção e aprendizado, mas procurando NUNCA nos tornarmos uma cópia de alguém (os outros podem nos servir apenas como exemplo). De vez em quando, necessitamos estar só, separados do grupo, para refletirmos e buscarmos nos tornar uma pessoa original. Somente assim, conseguimos viver as duas vidas que se completam entre si: GREGÁRIOS e REBELDES. Ninguém é só bonzinho.

quarta-feira, 19 de março de 2014

“Estamos sempre evocando o passado e suas lembranças, e, o futuro e suas ansiedades. Somos reféns do que existe no nosso interior. Portanto, temos que aprender a ser senhor de nós mesmos. ISTO É MAGIA”.

Sabemos que o passado guia o nosso presente, através de mestres e experiências. Outro guia importante do ser humano é o futuro que projetamos, idealizamos, sonhamos ou simplesmente esperamos passivamente viver. Segundo o desenho do mapa que traçamos para nós, nosso presente se orienta de alguma forma, para esperar acontecer ou realizar conforme as circunstâncias. É impossível viver sem uma direção, mesmo aqueles que acreditam que não fazem planos, fizeram o plano de não fazer planos. Precisamos de um norte para que a nossa bússola interior seja orientada e nos conduza. Estamos indo sempre em direção a alguma coisa, ou controlamos o nosso caminhar ou, algo e alguém o fará por nós. O passado é a nossa herança, somos um ser histórico, e o futuro, um horizonte, que vamos desenhando dia após dia. Os estudiosos do comportamento humano apelam à MAGIA, para que cada um seja o “senhor” do seu passado e do seu futuro. Essa ideia pode ser traduzida por ações práticas: - Temos que fazer uma síntese do passado para diferenciar os acertos dos erros, aprendendo com o primeiro e evitando o segundo. - Temos que planejar o futuro, ele virá, independente da nossa vontade - a não ser que tenhamos morte precoce – de forma ENTUSIASMADA (o entusiasmo é a manifestação divina; as pessoas entusiasmadas são possuídas de poderes realizadores). De maneira realista devemos estabelecer metas a curto, médio e longo prazo. - Temos que aproveitar o dia de hoje, da melhor maneira possível. Nos beneficiando das coisas boas e procurando aprender com as coisas ruins, para não sofrer em vão. O grande desafio é procurar encontrar o lado positivo das coisas. Podemos estabelecer como objetivo diário fazer alguma coisa, nem que seja aprender o significado de uma palavra ou refletir um aforismo, ou, alguma coisa que nos aproxime daquilo com que sonhamos. O ser humano é escravo dos seus hábitos, independente quais sejam esses hábitos. Portanto, por que não ser de bons atos? A vida é uma invenção, com a criação diária do inédito. Portanto, a nossa vida precisa da gente, sem transferir, irresponsavelmente, responsabilidades. O VERDADEIRO OFÍCIO DE UM SER HUMANO É ENCONTRAR O SEU PRÓPRIO CAMINHO.

terça-feira, 18 de março de 2014

“As pessoas importantes na nossa vida, mortas ou distantes, ainda permanecem vivas em nós, com o essencial de suas influencias, enquanto nós seguimos vivendo. Às vezes, podemos falar com elas, conversar e até pedir conselhos, melhor do que com muitos vivos e mais próximos de nós”.

O ser humano vai acumulando experiências ao longo da vida. Essas experiências nós vivemos solitariamente e algumas são compartilhadas. O homem é um ser solitário que nunca caminha sozinho, uma multidão nos acompanha - aqueles que participaram na construção da nossa história. Então, mesmo sozinho, quem explora a vida interior, nunca está só. As pessoas com quem convivemos – passado, presente e futuro - sempre deixarão suas marcas em nós e, algumas, foram ou serão nossas conselheiras. A vantagem da leitura é que podemos sempre ter por perto alguém para nos mostrar novas maneiras de perceber o mundo, para transformar, positivamente, as nossas relações. Pena que as pessoas leem muito pouco o que é importante, preferindo viver à base do “eu acho” e mesmo assim conseguem dizer: “tenho certeza”. As pessoas do passado influenciaram o nosso presente e outras pessoas influenciarão o nosso futuro. Que conselheiros desejamos ter? Que companhia nos poderá ser a mais produtiva? Teremos que nos escutar a vida inteira e em todo momento. Portanto, quem seria bom que estivesse dentro da gente para conversarmos e nos aconselhar? Interferindo conscientemente, ou, deixando que as coisas aconteçam espontaneamente, no nosso desenvolvimento espiritual e aprimoramento pessoal, sempre iremos nos transformar, a vida sempre seguirá em frente e deixará as suas marcas, portanto, podemos escolher quem poderá ser o nosso companheiro, conforme as circunstâncias do momento. Deixa a vida me levar ou podemos escolher, dentro de um universo de possibilidades, que tipo de vida queremos e podemos viver? Desde criança, fomos educados e nos acostumamos, a ter alguém para nos aconselhar e com quem podemos compartilhar experiências. Quem poderá nos guiar nos momentos difíceis da vida? Não é interessante um dia nos tornarmos independentes e sermos o mestre de nós mesmos? Por que? Para que? Como? O que aprendemos sozinhos ou com os outros, o que lemos e refletimos, o que vivemos para sentir o mundo e nos transformarmos, fica conosco, nos dá sabedoria e capacidade de nos aprimorarmos, no difícil exercício na arte de viver e viver bem. Aqueles que foram “ainda estão presentes em nós” e “nos guiam”. Podemos melhorar a nossa condição de caminhante nos aparelhando, com instrumentos que possibilitam aprimorar a nossa inteligência intelectual, espiritual e social, nos tornando pessoas melhores, para nós mesmos e para os outros, a quem iremos influenciar com as nossas atitudes.

domingo, 16 de março de 2014

“Dedico esta reflexão à criança que fomos um dia e nunca deixamos de ser”

Fernando Pessoa fala da pessoa adulta que, nos tornamos e que por erro, substituiu a criança que vive conosco e esta criança é quase sempre preterida. Heráclito comenta que os adultos, são na maioria, crianças caprichosas. Obrigam os outros estarem de plantão para atenderem as suas necessidades e desejos desnecessários. Gostariam que seus problemas fossem resolvidos por decreto. José Saramago diz que devemos fazer de tudo para não escandalizar a criança que vive conosco e, um dia, de mãos dadas, sairão juntos deste mundo. Hermann Hesse diz: “Todas as crianças, enquanto ainda vivem o mistério, têm sempre a alma focada nas únicas coisas importantes: NELAS MESMAS e na secreta conjunção com o mundo que as rodeia”. Na dualidade que caracteriza a existência humana, a criança manifesta o seu comportamento e a sua satisfação em duas situações distintas: de um lado ela tem a necessidade e desenvolve a capacidade intelectual de conhecer, de identificar, de descobrir, de se aventurar para se surpreender com as descobertas, e, por outro lado, tem a necessidade de se autoconhecer para expressar sua identidade em relação às pessoas e o mundo, de se autoafirmar e superar a sensação de menos valia e seus medos. Infelizmente, num determinado e indefinido momento, abandonamos a nossa infância. Antes éramos criança...a que buscava ser. Depois somos adultos...pessoa pronta. Pronta no que e para que? Como avaliar a qualidade desta prontidão? O que somos agora? Não podemos esquecer, sobre pretexto nenhum e nem com desculpas injustificadas, que parte de nós, sempre terá a necessidade da descoberta (independente da existência do medo) e as outras características da fase em ser “criança”. Em cada adulto vive uma criança, adormecida ou não, que acredita na magia do mundo e da vida, e, a leva a sério, pois, quando brincávamos assumindo algum personagem histórico ou de ficção, nós o encarnávamos e exercíamos de fato o seu papel. Quem não foi herói ou princesa? Ninguém mais dúvida que o ser humano nasceu para o movimento. Para a busca da realização dos seus desejos, portanto, o sonho, a esperança, a ilusão, a possibilidade, a conquista, a resolução das necessidades...são os motivos que nos mobilizam. Por isso, a natureza nos aparelhou com sentimentos que nos possibilitam nunca perder a capacidade de sonhar, de imaginar, de criar, de acreditar, de desejar, de surpreender a si mesmo e os outros. A natureza nos obriga, para vivermos melhor, nunca deixarmos de existir esta criança que pensa, age e sente a vida conosco. Adulto insatisfeito é aquele que não cuida da criança que ainda é. Precisamos caminhar sem esquecer o combinado, nesta relação transcendente, entre o adulto que age e a criança que sente. É uma relação de dupla mão. Sempre será bom, na caminhada, olharmos o que ficou para trás no caminho, como caminhante que relaciona os desejos e vocação, com as escolhas e conquistas, e, rever o nosso rumo e fazer ajustes. Quantas pessoas descobrem a liberdade e o prazer quando realizam, na fase adulta, os seus sonhos de infância e juventude? Cuidado, o passar do tempo e os compromissos do cotidiano, são os grandes aliados da preguiça e inatividade e, das desculpas para não realizarmos o que é importante e está esquecido. Voltar a olhar e/ou continuar olhando para a vida, com os olhos de uma criança e a atitude responsável de um adulto, nos possibilita encontrar e viver, o ser verdadeiro e completo que existe em cada um de nós. Lembrando que às vezes e quando as circunstâncias permitirem, ou, quando a condição do momento se tornar necessária pelo estresse e pela necessidade de um novo começo - para revisar e revitalizar a nossa vida - é bom abandonarmos, temporariamente, as nossas tarefas e obrigações, como também as nossas desculpas que servem de escudo para não fazermos o que é importante e está abandonado, para darmos atenção e realizar os cuidados que esta criança necessita e, que, nos impulsiona em busca da harmonia em viver conosco mesmo e influenciar positivamente a vida dos outros. O ESSENCIAL NÃO É VIVER, É VIVER BEM.

sábado, 15 de março de 2014

“O conhecimento intelectual é apenas um papel. Só transmite confiança aquele que sabe o que fala e vive o que diz”.

Um conto árabe fala que uma vez existiu um ancião muito sábio. Tão sábio que todos diziam que se podia ver a sabedoria em seu rosto. Certo dia, ele decidiu fazer uma viagem de barco. Na mesma embarcação viajava um estudante. O jovem era arrogante e mantinha um ar de superioridade. Quando soube da presença do sábio, foi ao encontro dele. - O senhor tem viajado muito? – perguntou o jovem. O ancião respondeu que sim. - E o senhor esteve em Damasco? – voltou a perguntar o jovem. O ancião lhe falou das estrelas que podiam ser vistas da cidade, do belo entardecer, de sua gente, Descreveu os cheiros, o barulho do comércio...e, enquanto falava, o estudante interrompeu: - Já percebi que esteve lá, mas estudou na escola de astronomia? O ancião disse que não. O jovem se surpreendeu e exclamou: - Então o senhor perdeu a sua vida! Como fosse possível sabermos tudo!!! Todos nós somos ignorantes em vários assuntos. Quantas vidas seriam necessárias para nos aprimorarmos? Apenas a eternidade poderia possibilitar “todos se tornarem sábios” - conscientes da vida. Cada um deve escolher o que entende como importante e necessário para si mesmo e, se dedicar no aprendizado e viver conforme as suas escolhas e possibilidades. O ancião deu de ombros enquanto o jovem continuava falando. - Já esteve em Alexandria? O ancião então falou sobre a beleza da cidade, de seu porto e do seu farol, das ruas abarrotadas, de sua tradição e etc. - Sim, vejo que esteve lá – interrompeu o jovem – mas...estudou na biblioteca de Alexandria? O ancião voltou a negar com a cabeça e o jovem exclamou: - Então o senhor perdeu meia vida! O sábio ancião não disse nada, mas, depois de um tempo, viu que no outro lado do barco começava entrar água. Olhou para o jovem e perguntou: - Estudou em muitos lugares, não é? O estudante enumerou uma quantidade de escolas e bibliotecas que parecia não ter fim. Quando se calou, o ancião perguntou: - Em algum desses lugares aprendeu natação? O estudante repassou as dezenas de matérias que tinha cursado nos diferentes locai, mas nenhuma era natação. - Não, não aprendi natação – respondeu o jovem. O ancião se levantou e subiu na borda do barco. Antes de se lançar ao mar, disse: - POIS ENTÃO PERDEU A VIDA INTEIRA. Nenhuma escola formal nos ensina o que, de fato e essencial, necessitamos saber para viver com qualidade: sofrendo menos, promovendo o próprio bem estar, enfrentando as dificuldades da vida profissional e construir um sentido para a vida. Esta é uma missão pessoal e cada um fará conforme a sua vontade e as circunstâncias. Cada um deve buscar ser o mestre de si mesmo e procurar aprender o que é fundamental para viver bem, uma vida interessante e produtiva. Lembrando que a vida é uma medida de tempo, limitada e efêmera, e, não temos o luxo da eternidade.

sexta-feira, 14 de março de 2014

“Há destinos que uma pessoa provoca e que se adaptam a ela”.

Uma das maiores qualidades da espécie humana é a CAPACIDADE DE ADAPTAÇÃO – nenhum ser vivo é mais flexível para se adaptar ao meio em que vive do que o ser humano. Além da capacidade de adaptação, algumas pessoas desenvolvem a sabedoria de “manipular” as circunstâncias para ajuda-las a atingir suas metas, viver melhor e tornar-se um vencedor, como por exemplo, o lutador de artes marciais (judô), que utiliza a força do adversário em seu próprio benefício. A suprema sabedoria consiste em se adaptar à realidade, que sempre é mutável e pode ser imprevisível, e, aprender a arte da paciência, do saber esperar a melhor condição para enfrentar as dificuldades, sem ficar dando murros em “ponta de faca”. A paciência, a calma e o exercício da CAPACIDADE DE ADAPTAÇÃO são armas muito poderosas. O brando acolhe...o duro repele. Nosso caminhar na vida pode nos levar a muitos lugares, nem sempre idealizado e esperado e, para sofrermos menos para viver melhor, é preciso entender, aceitar e se adaptar ao curso dos acontecimentos. As águas de um rio vencem ou contornam os obstáculos, jamais deixam de seguir em frente, até chegar ao seu principal destino. Neste trajeto tantas coisas acontecem, levando vida por todo lugar que passa. É BOM SABER QUE O MUNDO, OS SISTEMAS POLÍTICOS E A MAIORIA DAS PESSOAS, NUNCA SE ADAPTARÃO A NÓS. Nos relacionamentos interpessoais – afetivos, amorosos, sexuais e financeiros – um sempre tenta moldar o outro, para que um seja como o outro gostaria que fosse (forçando que alguém seja o que não quer e nem consegue ser). O segredo nos relacionamentos é respeito mútuo e a confiança. Com a nossa capacidade imaginativa e positivamente criativa, temos que ter a iniciativa e a pratica constante de PRODUZIR O NOSSO DESTINO. Mas, em cada uma das nossas atitudes, quando o momento exige a nossa participação efetiva, precisamos nos vestir com um TRAJE SOB MEDIDA, para exercermos seriamente o nosso papel e podermos rir do que não é importante. Lembrando que as situações são mutáveis e que, normalmente, projetamos um tipo de situação e somos obrigados a viver outras circunstâncias. Nem sempre pensada e que pode ser até melhor do que o imaginado (ditado popular: saiu-se melhor do que a encomenda). A vida exige: primeiro observar para avaliar, procurando entender à luz da realidade, e, depois agir.

quinta-feira, 13 de março de 2014

“Felicidade é amor, nada mais. Quem pode amar, é feliz”.

Para ser feliz é preciso, primeiro, saber amar. Hermann Hesse concluiu seu livro SIDARTA no momento em que o personagem principal encontrou a paz absoluta e descobriu o que há de mais importante: O AMOR. Captou a essência da vida, do mundo, do homem; descobriu que TUDO ESTÁ UNIDO e por isso é capaz de amar tudo com amor puro, pleno, sem emitir julgamento ou opiniões precipitadas. “Quero você porque preciso de você” é diferente de “preciso de você porque te quero”. Nas duas frases encontramos uma declaração de amor. Mas, qual das duas demonstra uma manifestação de amor? “O segredo da felicidade consiste mais em dá-la do que em espera-la”. Não nos faltam citações em várias literaturas sobre comportamento humano e poéticas. Esperar ser amado só gera frustrações, desencantos e desenganos e, uma constante desertificação de nossa capacidade de amar. Esta necessidade de ser amado nos leva impor condições e compensações, não havendo liberdade. Estamos sempre querendo que nos queiram. Revestimos o amor de possessão, de necessidades. Mas a ARTE DE AMAR é algo mais amplo, puro e indefinido. As palavras não conseguem descrever o amor, e, só podemos explicar os benefícios de quem ama com os sentimentos...com bons gestos e atitudes protetoras. Hesse dizia: “quanto menos fé tenho em nosso tempo, quanto mais acredito ver a humanidade se degenerar e se entristecer, menos penso na revolução como remédio para esta decadência e mais acredito na magia do amor”. Avaliando estas palavras, observamos que não há possibilidades de uma solução coletiva, portanto, que cada um salve a sua alma. E, a sua manifestação, como consequência no ato de amar, poderá influenciar beneficamente a todos. Eckhart Tolle comenta que o amor, como estado contínuo, ainda é muito raro e escasso, é tão escasso como um ser humano consciente. Allan Percy diz que por isso devemos começar por uma premissa simples: “despertar e nos atrever a descobrir quem somos e o que buscamos”.

quarta-feira, 12 de março de 2014

“Já que o mundo está cheio de morte e de dor, consolo o meu coração recolhendo as flores que crescem no meio das dificuldades” (inspirado em Hermann Hesse).

No livro o MONGE QUE VENDEU SUA FERRARI, Robin S. Sharma propõe um método para desativarmos as ideias negativas. A técnica do PENSAMENTO OPOSTO que é atribuída ao iogue Raman. Os pensamentos ocorrem aos pares e um anulando o outro. Sempre haverá um pensamento ruim para um bom (e, um bom para cada pensamento ruim). Um dos pensamentos sempre prevalecerá sobre o outro, dependo da condição de cada pessoa – ser naturalmente otimista ou pessimista – e, do momento da nossa fragilidade ou capacidade de resistir ao que não promove alegria e bem estar. É bom treinar para termos uma mente positiva - sadia. Capaz de perceber o mesmo problema numa diferente perspectiva e possibilidade. Descobrir o lado bom de cada evento é um exercício produtivo e desejado. Diz Raman: quando vier um pensamento negativo, PENSE NO OPOSTO. Tome isso como exercício mental, embora lhe pareça absurdo ou simplista. Se está criticando um colega de trabalho, pense em alguma qualidade para exaltá-lo. Se está fazendo uma autocrítica feroz, louve a si mesmo. Se está diante de um pensamento derrotista (síndrome do pânico) pense que é capaz de enfrentar a situação e ser vitorioso. Não é fácil, exige muito treinamento e sempre será eficiente e eficaz. Com esse exercício mental, podemos descobrir que, embora acreditemos que muitos dos nossos pensamentos negativos (sempre prejudiciais que produzem adrenalina e estresse) tenham razão de ser, nem sempre são justos, e, sempre subvalorizam nossos aspectos positivos (como sermos providos de porção divina, capaz de produzir tudo que precisamos para enfrentar os desafios constantes que caracterizam o processo da vida). NÃO DEVEMOS NOS MARTIRIZAR...tendo pensamentos negativos que só nos prejudicam. TEMOS OBRIGAÇÃO de destruí-los e, acabando com eles, nos livraremos do que nos mantém refém e nos impede de construirmos uma nova vida. O BEM ESTAR não é um direito de todos, é uma obrigação de cada um construir os meios para conquista-lo. O exercício de PILATES - a ciência aplicada que tanto bem estar possibilita às pessoas – para a nossa mente, é a ginástica mental de cada dia: O PENSAMENTO OPOSTO (que nos liberta e causa bem estar). “PILATES MENTAL” é a única técnica para conseguirmos mudar a sintonia dos canais negativos e colher as flores diante de um mundo caótico.

terça-feira, 11 de março de 2014

“TODOS NÓS CARREGAMOS UMA SENSAÇÃO DE MENOS VALIA”.

O popular conto do “patinho feio”, tem como ponto focal a busca do conhecer a si mesmo para assumir a própria identidade. O patinho feio vive com os outros patinhos, mas ele é diferente. Os demais não o reconhecem como semelhante e o rejeitam. Ele tenta fazer com que gostem dele, esperando ser como os outros, mas não pode, porque, no fundo, é diferente. Sente-se inferior e desprezado, e parte em busca da aceitação. MAS ENQUANTO NÃO DESCOBRIR A SI MESMO, não será capaz de encontrar o amor - não poderá amar nem tampouco ser amado. A jornada do patinho feio em busca da aceitação começa com ele tentando se encaixar, querendo ser quem não é. Mas, no caso do conto, o patinho não se engana voluntariamente, pois se encontra nessa situação sem saber por quê. Ele inicia um caminho que o leva a se conhecer, e isso que lhe permite encontrar o amor dos outros. MUITAS PESSOAS TENTAM APARENTAR QUEM NÃO SÃO - seja porque acreditam ser isso o que os outros querem, seja porque não gostam de quem são. DEPENDEM da opinião alheia e necessitam desesperadamente de aprovação. O VERDADEIRO AMOR NÃO NASCE DA CARÊNCIA. De esperar que o outro preencha os vazios em nosso interior ou nos diga o que devemos fazer. SÓ AMAMOS ALGO, EFETIVAMENTE, SE O ACEITAMOS COMO ELE É. Caso contrário, amamos uma pessoa ou algo, que não existe. Conclusão: Somente se nos aceitarmos como conseguimos ser, até mesmo com os nossos defeitos, podemos ser donos da nossa vida e vive-la em plenitude. Ao RECONHECER e ACEITAR realmente quem somos os outros poderão nos valorizar. E, não, a quem idealizaram ou o personagem que representamos.

segunda-feira, 10 de março de 2014

Diante do DESESPERO temos duas possibilidades: esperarmos PASSIVAMENTE as coisas melhorarem espontaneamente, ou, DESPERTARMOS para o enfrentamento da realidade e construímos uma NOVA VIDA.

Estamos sempre, no mínimo, entre duas possibilidades. E, devemos escolher aquela que possibilita morrer o indivíduo velho e nascer uma nova pessoa. PRECISAMOS SEMPRE DE VIDA NOVA (a vida é um processo constante de novos nascimentos, a tragédia, na maioria das pessoas é que a maioria morre antes de ter nascido completamente – Erick Fromm). QUANDO O SOFRIMENTO CHEGA EM NOSSA VIDA, DEVEMOS OLHÁ-LO DE FRENTE E COM A CABEÇA ERGUIDA. No filme Gladiador, o personagem de Russel Crowe disse: “Se a morte sorri para você, devolva o sorriso”. Diante da adversidade, ficar parado é SUBMETER-SE a ela. Se agirmos, em contrapartida, descobriremos que os obstáculos e os conflitos são, na realidade, TRAMPOLINS que possibilitam que nos elevemos acima do nosso nível atual, pelo menos em entendimento e razão. NUJCA NOS CONHECEMOS TÃO BEM COMO QUANDO ENFRENTAMOS PROBLEMAS. Disse Buda: “a dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional”. Não podemos evitar a dor, mas podemos decidir o que fazer com ela. Sentamos e nos lamentamos ou vamos à luta. Quando passamos por um momento de grande sofrimento, podemos nos consolar, tomando consciência de que a dor é temporária e que os bons tempos voltarão. NADA NA VIDA É PARA SEMPRE (nem as coisas boas e as ruins também). Depois da crise, às vezes despertar para uma NOVA VIDA é regressar àquilo que deixamos para trás e que nos trazia tranquilidade e realização. Nada nos impede de voltarmos atrás, não temos compromisso com o erro, com o equívoco, com as coisas que nos prejudicam. Quando nos encontrarmos em meio a um naufrágio, vale a pena repensar naquilo que fomos, temos sido e queremos ser, para reencontrar os instrumentos que, em outras ocasiões, já nos salvaram e nos permitiram pisar em terra firme. A vida é como uma onda no mar....Lulu Santos.

sábado, 8 de março de 2014

VIVA AS MULHERES

"A beleza de uma mulher não está nas roupas que ela usa, na imagem que ela carrega, ou na maneira que ela penteia os cabelos. A beleza da mulher tem que ser vista a partir dos seus olhos, porque essa é a porta para o seu coração, o lugar onde o amor reside. A beleza da mulher não está nas marcas do seu rosto. Mas a verdadeira beleza numa mulher está refletida na sua alma, está no cuidado que ela amorosamente tem pelos outros, a paixão que ela demonstra. E a beleza de uma mulher com o passar dos anos, apenas cresce! " ( Autor Desconhecido! ) "A beleza de uma mulher não está nas roupas que ela usa, na imagem que ela carrega, ou na maneira que ela penteia os cabelos. A beleza da mulher tem que ser vista a partir dos seus olhos, porque essa é a porta para o seu coração, o lugar onde o amor reside. A beleza da mulher não está nas marcas do seu rosto. Mas a verdadeira beleza numa mulher está refletida na sua alma, está no cuidado que ela amorosamente tem pelos outros, a paixão que ela demonstra. E a beleza de uma mulher com o passar dos anos, apenas cresce! " ( Autor Desconhecido! ) ·