terça-feira, 30 de julho de 2013
Viver... sem a necessidade de rotular as pessoas e coisas
O aprendizado das lições de Jesus Cristo traduzem a necessidade de não sermos reducionistas.
Não devemos nos acostumar a permitir a utilização de conceitos “preestabelecidos”, que se traduzem em rótulos que classificam as pessoas e as coisas. Na realidade, muito pouco sabemos das pessoas e elas de nós. Podemos saber o que fazem e imaginarmos como elas vivem, mas nunca saberemos seus segredos íntimos, os aspectos que caracterizam os valor de uma pessoa, seus sonhos, sentimentos, sua capacidade de amar, bem como a sua real história e suas necessidades e conquistas.
É saudável considerarmos que, quando sabemos alguma coisa de algo ou alguém, sabemos pouco e muito mais temos para saber. Toda pessoa é uma pequena sociedade. Somos a resposta elaborada através da influência de outras pessoas. E, ao saber dessa condição, estamos disponíveis para novos conhecimentos. O que cada pessoa é (e pode ser) está muito distante do que imaginamos saber a partir da imagem congelada do que ela faz ou diz fazer.
A formalização e explicitação de conceitos é construída com verdades e possibilidades transitórias. As pessoas podem mudar como resposta à experiência e conhecimentos incorporados.
O preconceito, além de impossibilitar nosso encontro com a realidade, pode representar problemas significativos pois não valorizamos as evidências que implicam em uma mudança de opinião. O preconceito pode gerar atitudes incorretas e injustas, traduzindo-se num comportamento antiético e imoral.
Os ensinamentos de Cristo não combinam com discriminações, pois não considera isoladamente as etnias, a condição sócio-econômica-cultural, as convicções religiosas e as ideologias políticas. Ele reconhece a dificuldade em desfazermos as tramas de conceitos íntimos, dos preconceitos herdados ou adquiridos; e diz que é difícil romper com eles, mas é necessário e não impossível. Não somos, individual ou coletivamente, nem melhores e nem piores que ninguém, apenas diferentes. E as diferenças devem ser respeitadas e complementadas.
Todas as pessoas trazem consigo a necessidade nostálgica em serem valorizadas. Então, quem quiser ser valorizado, que valorize primeiro. Podemos ser a pessoa que acolhe e estimula, conforme a necessidade do momento.
Jesus abomina a ação de avaliarmos as pessoas e coisas pela aparência. Refere que a criação de Deus não está apenas no exterior; ele fez também o interior, e nele reside a essência da pessoa.
Sabiamente, Jesus disse que conhece as intenções dos homens. Estamos mais preocupados em nos relacionarmos com o sucesso das pessoas e a vantagem que dele podemos nos beneficiar, mesmo sabendo que a representação do sucesso é passageira.
O amor que tanto Cristo pregou deve ser dedicado à pessoa pelo que ela “é” e “pode vir a ser”; não pelo o que ela “faz” ou pela “imagem” que dela fazemos.
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