sábado, 18 de janeiro de 2014
“FELICIDADE: a linguagem da simplicidade”.
Existe uma história interessante, que descreve duas pessoas que estavam pescando, uma do lado da outra.
Uma delas observou que o homem ao seu lado, toda vez que pescava um peixe, ele media o seu tamanho com uma régua, guardava os menores e descartava os maiores.
Então perguntou: “por que você mede o tamanho dos peixes e devolve os maiores?”
Disse o homem que assim procedia: “tenho uma panela pequena, que só cabe os peixes até trinta centímetros, portanto, não tenho como aproveitar os maiores e jogo fora”.
Somos como esse pescador que podemos nos beneficiar apenas das coisas menores? Devolvemos para o universo as outras possibilidades que acreditamos não caber nas nossas vidas? Devemos permanecer com a “panela” pequena ou devemos expandi-la?
Podemos obter da vida o que queremos, dentro do possível conforme as circunstâncias, fazendo-nos diferente e melhor do que somos?
Neste processo de transformação, devemos primeiro nos perguntar para obter uma resposta sincera: o que REALMENTE queremos da vida?
Poderemos ter como respostas: muito dinheiro para desfrutar de mais conforto, viajar pelo mundo como turista eterno, viver com muita paz e saúde, obter sucesso constante, etc.
Mas, estamos dispostos em realizar todo trabalho para estas conquistas e, tudo isto nos possibilitará ser feliz? Lembrando que o homem é um ser eternamente insatisfeito (Sócrates).
Enquanto isso...nos EMPOLGAMOS com eventos que promovem satisfação de curta duração. E, precisamos renovar constantemente uma satisfação, para disfarçar o tédio, acreditando que apenas os outros estão vivendo bem.
O máximo que podemos obter ao longo da vida são experiências diferentes de empolgação, entre momentos de tédio e frustração.
O que precisamos de fato é criar um sentido e um propósito verdadeiro na vida. Para viver em plenitude, com paixão e felicidade, por uma medida de tempo maior e independente das circunstâncias. Movido pelo desejo sempre presente da superação para a conquista dos bons resultados.
Vivemos em tempos MUITO difíceis, sem saber para aonde a sociedade está se encaminhando ou sendo encaminhada. Está todo mundo louco, procuramos a luz nos caminhos que nos levam à escuridão.
Estamos cheios de tudo, como aquele aluno do Zen Budismo, que viajou ao redor do mundo em busca de um professor, até encontrar um famoso Mestre Zen e foi falar com ele. O aluno estava tão empolgado, que ao encontrar o Mestre, começou a contar tudo que já sabia. O Mestre então lhe pergunta se queria tomar chá, o que ele responde que sim. O Mestre começou a servir o chá e o aluno continuou falando, e, observou que o Mestre continuava despejar o chá, mesmo a xícara já estando cheia, derrubando o líquido sobre a mesa. O aluno então pergunta ao Mestre por que, mesmo a xícara estando cheia, ele continuava despejar o chá. O Mestre responde: “A xícara parece com você. Você já está cheio de sabedoria que não há mais espaço para mais nada entrar.”
O que faz bem para todo ser vivo, principalmente o humano, é: desfrutar o prazer revelado nas coisas simples, com uma paz consistente e duradoura. Que possibilita-nos viver a plenitude do momento. Momento este de liberdade e bem estar, que nos alimenta e se torna uma fonte inspiradora. Também, motivadora, para a conquista e manutenção desta sensação de liberdade e do bem estar, que gostaríamos que fosse eterno. Sendo um facilitador na vida do outro.
NADA da mediocridade do ACHAR e, mais do que ACREDITAR (que sempre esconde potencialmente uma dúvida), devemos CONHECER nossos limites e possibilidades, nossos desejos e vocação, para nos tornarmos maior e melhor e, assim, desfrutarmos o que a vida pode nos proporcionar como oportunidades. Por um tempo maior, sem a empolgação de coadjuvantes, bastando o prazer de sentir vivo e saber que está vivendo na plenitude do que é possível.
O universo humano é repleto de mistérios e o que mais nos inquieta é a verdade sobre a nossa existência.
Como saber se algo é verdadeiro (para si mesmo)? É prudente fazermos o teste da simplicidade, pois, a verdade autêntica e que tem significado positivo para a vida, é simples, e tem que ser compreensível para todas as pessoas.
Portanto, não podemos acreditar no que ouvimos e nem no que lemos, sem antes fazermos o teste da simplicidade, e, depois disso, aplicarmos em nossas vidas, até aprendermos a lição.
As pessoas devem ser mestres de si mesmas. O que implica na necessidade em nos tornarmos sábios, lembrando que só é sábio quem sabe fazer um assunto complicado se tornar SIMPLES e COMPREENSÍVEL. VIVER BEM - livre e feliz – é possível para toda pessoa, que além de querer necessita construir um conjunto de meios, para obter como resultado diante das diferentes circunstâncias.
Viver bem é uma opção consciente, que exige significativa transformação na maneira de pensar e agir, pois, temos sido massacrados e influenciados por uma sociedade insana, baseada exclusivamente no consumo sem limites e na empolgação do momento, sem considerar princípios e valorização ética.
AQUELES QUE CONSEGUEM DANÇAR, SIMPLESMENTE PELO PRAZER DE DANÇAR, SÃO CONSIDERADOS INSANOS POR AQUELES QUE NÃO CONSEGUEM SEQUER OUVIR A MÚSICA OU NÃO GOSTAM DA MÚSICA QUE ESTÁ SENDO TOCADA.
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