sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

“TODAS AS CRIANÇAS, enquanto ainda vivem o mistério, têm sempre a alma focada nas únicas coisas importantes: NELAS MESMAS e na secreta conjunção com o MUNDO QUE AS RODEIA”.

Desde a mais tenra idade, a criança tem, por um lado, capacidade de se surpreender, de descobrir, e por outro lado, a necessidade de se autoafirmar, de expressar sua identidade em relação ao mundo. Erich Kästner (autor de literatura infanto-juvenil), dizia que “a maioria das pessoas abandona sua infância como um velho chapéu. Esquecem-se dela como um número de telefone que não serve mais. Antes eram crianças, depois se tornaram adultos, mas o que são agora? Só aquele que se torna adulto, mas, continua sendo criança é um SER HUMANO”. É importante não esquecer essa parte de nós que não teme a descoberta, a revelação do mistério do que é possível ou impossível. Em cada adulto dorme uma criança que crê na magia do mundo e da vida, portanto, temos que despertar esta criança que vive conosco o tempo todo. Enquanto a criança brinca, por exemplo, de princesa ou de herói, ela é realmente, uma princesa ou um herói. Os sonhos são o motor do mundo. Portanto, nunca devemos perder a capacidade de sonhar, de imaginar, de acreditar, de surpreender a si mesmo e aos outros. É bom não deixar de ser criança, vivendo a magia da liberdade em poder tornar-se algo ou alguém. Quando um adulto não está satisfeito consigo mesmo, deve se perguntar o que esqueceu no caminho. A resposta normalmente é que não cumpriu o combinado, portanto, vai e realiza, cuidando da criança que conosco convive. Não vivemos no passado...mas ele vive em nós. Atrás não existe caminho, mas, precisamos, quando estamos muito tristes e inquietos, olhar para trás e verificar o que queríamos fazer na nossa vida e não fizemos – quais foram os mais significativos sonhos da infância e da juventude - e, qual a representação que este fato ou sensação tem no momento atual e, se possível e necessário, o nosso ofício será realiza-lo. Ao verificarmos o que já conseguimos fazer e ainda poderemos realizar, nos damos conta de que temos renunciado a muito dos nossos sonhos, talvez porque os julgássemos impossíveis, pelo menos naquele momento. Hoje as circunstâncias são outras. O tempo é o maior aliado da inércia e da preguiça. Na fábula Momo, Michel Ende nos mostra um mundo no qual os adultos se esquecem das crianças, deixam de brincar com elas porque têm que trabalhar para ganhar tempo, sem se darem conta de que a única coisa que fazem é perder esse tempo e, com ele, a alegria e o prazer de ter brincado com as crianças. VOLTAR a olhar para o mundo com os olhos de uma criança, nos possibilita encontrar o ser MAIS VERDADEIRO que habita dentro de nós. Vale a pena mergulhar nesta fonte e abandonar por um momento as obrigações, tarefas e desculpas por trás das quais nos escondemos para não pensar em nossos sonhos não realizados. UMA SOCIEDADE HARMÔNICA É A QUE CUIDA, RESPONSAVELMENTE, DE SUAS CRIANÇAS, POSSIBILITANDO FORMAR ADULTOS LIVRES, CONSTRUTORES DE HISTÓRIAS, PROTAGONISTAS DA PRÓPRIA VIDA E COMPROMETIDOS COM O BEM ESTAR DA SOCIEDADE, PARA BENEFÍCIO DE TODOS, INCLUSIVE DELE MESMO.

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