O bom da vida é entender que ela é um processo, que nos permite vivermos cada momento como se fosse uma nova experiência; podemos até viver coisas semelhantes (confundidas como iguais), mas, com um olhar diferente, num outro momento, nos proporcionando uma nova emoção.
Nunca perdemos o jovem que já fomos. De tempo em tempo, este jovem nos visita, nos desafia e questiona os nossos impulsos. Faz-nos olhar para nós mesmos, com os olhos da pessoa que gostaríamos de ser. Este jovem é o nosso juiz, nem sempre merecemos e temos os seus elogios, mas, não nos reprova com crueldade, nos entende. Está conosco onde estivermos (independente do tempo e lugar). Ontem esteve na praia, numa caminhada no parque,..., hoje no trabalho, amanhã não sabemos aonde. Por mais que queiramos ignorá-lo não conseguimos nos livrar dele. Acompanha-nos sempre, como? Não sabemos. Acredito que somos o seu veículo, pois, se transporta sem esforço nenhum. [Será a nossa consciência? Um dia li um artigo publicado por uma escola de fisiologistas do comportamento humano, eles consideram que o homem é só consciência, o resto é urina e fezes].
Interessante, como cada um de nós, esse jovem é um eterno sonhador. Ás vezes é autoritário; não devemos permitir que ele torne-se arrogante e tenha desejos insanos. Busca constantemente a realização que confere prazer como produto das nossas ações. Ele é menos imediatista do que a gente. Nessa relação com este jovem talvez haja certa loucura no que falamos e fazemos, deve ser pela necessidade que temos em nos aventurarmos, de estarmos abertos para novos conhecimentos e nos descobrirmos nas relações.
De maneira geral, procuramos exorcizar os nossos demônios (os pássaros da inquietação e do desassossego), aqueles que pousam, indesejavelmente, nas nossas cabeças. Sabiamente, o nosso jovem parceiro, considerando que isto é impossível, sugere a pratica de atividades positivas para desenharmos as nossas vidas. São situações e estratégias que impedem, de forma natural, que os demônios da vida façam ninho nos nossos corações (não temos como eliminar o evento dos pensamentos negativos, uma vez que o ser humano é determinista, é fatalista, é reducionista, mas, podemos impedir que suas conseqüências se hospedem no nosso coração). Como? Cantando, dançando, visitando o mar ou a montanha, lendo, escrevendo, viajando, amando... namorando ...praticando a alegria, sendo gentil ... promovendo o bem estar para os outros. Estas são as atitudes que nos possibilitam exteriorizar os demônios que nos impedem de vivermos em liberdade (livre de alguma coisa ... livre para alguma coisa ...), conquistando a paz e saúde (física e mental), experimentando a realização dos nossos desejos, prolongando os nossos momentos de realização e felicidade.
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