Quando jovem te vi, te conheci e manifestou-se sem controlar o prazer de contigo estar. Acreditando ser um amor impossível, brinquei com a vida sem te namorar. Acariciava o momento quando eu sonhava em juntos ficar, te escrevendo romance e poesia. Enlaçava-me com a noite, considerando que a minha necessidade de ti, um dia passaria.
Vivemos outros projetos; no crepúsculo da vida lembro com saudades que um deles ficou. Te esqueço várias vezes no dia, mas, sempre comigo estás; caminhas onde feliz estou. Significativo sentimento sempre alimentou a esperança em um dia pelo menos te ver passar. Busco ainda o teu olhar e contemplar o teu jeito de menina e mulher, sem nunca te encontrar.
Como sempre quero te ver. Sei que não posso parar o tempo, não posso alcançá-lo e retê-lo. Ele correu, ultrapassou a esperança que insiste em não morrer, continuo a te querer. Não consigo esquecer o que senti por você no passado, esta forma de amor inconseqüente. Este sentimento me conduziu para um futuro que nunca se tornará presente.
Comigo mantenho um diálogo consciente, de uma realização de eterna impossibilidade. Mesmo assim não consigo deixar de desejar o melhor para mim e desafiar a realidade. Em te querer continua vivo o sentimento de um jovem que recusa morrer sem te ver. Os amores que vivi, não deixaram o que preciso e quero: em você me consumir de prazer.
A tua ausência, pela situação e história de vida, me enleva e me convida a deixar de sonhar. Nem a força que há nesta vontade torna possível meu sonho realizar. Escrevendo eu invento meu romance e com a semente de você plantei a saudade em mim. Para sentir saudade de um amor que é sonho e desejo, de quem sou eterno aprendiz
“deveria existir uma espécie de bazar, onde os sonhos perdidos pudessem ser encontrados e realizados”
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