terça-feira, 14 de maio de 2013

As vantagens reveladas da ilusão

“A ilusão é o primeiro e mais significativo dos prazeres”. Se a vida é o conjunto das funções que resistem à morte, a busca pela conquista do prazer é o elemento que nutre a vida. Somos eternos aprendizes do desejo e começamos envelhecer quando renunciamos os benefícios da ilusão. Nutrir fantasias não depende de ter sucesso nem reconhecimento social, mas de demonstrar disposição perante a vida. A fantasia nos permite enfrentar cada dia com plenitude e entusiasmo. Fantasiar é descobrir e apreciar a magia das coisas, definir a cor da nossa vida e daquilo que nos acontece, escolher como lidar com o muito ou pouco que temos, em benefício próprio e das pessoas ao nosso redor. Quem não perde contato com a fantasia precisa de muito pouco para transformar a realidade, pois possui um encanto que aumenta sempre que é utilizado. Como disse o escritor francês André Maurois: “A ilusão eterna ou, pelo menos, que renasce com frequência na alma humana está perto de ser realidade”. Albert Einstein dizia que a realidade da vida pode ter mais fantasias do que os sonhos. Fantasiar não é necessariamente desenhar um mundo imaginário, é exercitar a faculdade criadora existente em todo ser humano, inventando situações e construindo a possibilidade de realização. Ferreira Goular sempre diz que a vida é uma invenção. As pessoas necessitam de uma utopia, para os seus devaneios e meta para a sua transformação. Criança feliz é aquela que se realiza com as suas fantasias, aprendendo a transformar ilusões em realidade, capaz de perceber um brinquedo e se divertir com a mais simples das realidades. Disse Novalis: “A distinção entre ilusão e verdade está na diferença de suas funções vitais. A ilusão vive da verdade – a verdade tem sua vida em si”.

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