quinta-feira, 23 de maio de 2013

SOLIDÃO CRIATIVA

“Estava só e não fazia outra coisa além de encontrar-se consigo mesmo. Então, aproveitou sua solidão e pensou em coisas muito boas por várias horas”. Nos núcleos urbanos, encontramos cada vez mais solteiros e gente que se sente só. Para evitar que a solidão seja notada, essas pessoas fazem qualquer coisa, realizam qualquer atividade que dissimule o silêncio, desde a televisão ligada até vagando pela internet por muito tempo. No entanto, também EXISTE uma “solidão criativa” e deve ser praticada, que aproxima a pessoa de uma grande fonte de energia positiva. Quando nos desligamos do mundo por algumas horas, nos conectamos ao nosso manancial de sabedoria interior. É uma peregrinação em direção a nós mesmos, que assusta a quem nunca praticou. Acostumados ao ruído do mundo, que confunde tudo, muitos têm medo de estar consigo mesmos (ainda não estão acostumados com a própria companhia), e, para evitar este encontro íntimo, buscam qualquer maneira de se distrair. Mas queremos nos distrair do que? Queremos nos afastar dos nossos fantasmas? Devemos temer alguma coisa? Como superar esta necessidade de ter companhia, mesmo que de estranhos, o tempo todo? Talvez se trate unicamente de não pensar, de evitar perguntas que precisamos fazer a nós mesmos. As transformações nos assustam. E a solidão é, justamente, a pista de decolagem das grandes mudanças, o palco onde nos equipamos para renascer em uma nova viagem vital. Os nossos maiores êxitos não são os que fazem mais ruído e sim nossas horas mais silenciosas. Não temos como afastar os fantasmas que rondam a nossa cabeça, eles são frutos dos pensamentos destrutivos, mas, podemos impedir que façam ninho no nosso coração. Eis o inicio, fundamentado, de um romance que vai durar a vida inteira, num processo de amadurecimento e transformações que proporcionam liberdade e bem estar: - Exercitar o “compreender a si mesmo” e “se aceitar” como consegue ser. -“Valorizar as próprias conquistas”, sabendo das dificuldades de superação dos transtornos naturais da vida. -“Respeitar os próprios limites”, sem impor esforço além das possibilidades. - “Amar a si mesmo”, vivendo com a alegria todo tipo de relação. E o que fazer com que os outros pensam? Os que os outros pensam não é problema meu, o problema é deles afirmava Einstein. Devo agradar em primeiro lugar a mim mesmo. É impossível agradar a todos e até a mesma pessoa o tempo todo. Tudo que o ser humano faz tem dois objetivos: primeiro é não sofrer (ou sofrer o mínimo possível); depois ser feliz, se dar bem, conquistar a realização do prazer. A solidão é criativa, nos obriga ter vida interior e quem a tem não padece por estar só, sua história sempre o acompanhará. A palavra solidão, sempre foi utilizada para sugerir uma condição de sofrimento, o que não é verdade. Estar só não é feio e nem ruim. Aviso: não é fácil estar só, mas é compensador.

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