terça-feira, 26 de novembro de 2013

“A vida nunca teve e parece que nunca terá um único sentido para a vida”.

Temos muitas coisas para fazer no dia de hoje e amanhã: arrumar a casa, cuidar das plantas ou dos animais, trabalhar, namorar, discutir, perder e vencer...sacudir as asas que pegamos emprestados da imaginação e pintá-las, todos os dias, com as cores que a vida nos oferece ou vamos encontrar na nossa determinação ou desejo. Para isso, vamos cantar música ou escutar melodias, rezar mantras ou fazer oração... na esperança de lançar ao vento boas sementes, para acolher sem revoltas e até com gratidão, num altar secreto, as novas lições e os produtivos aprendizados que este dia nos proporciona. Buscar paraísos perdidos, retomar velhas canções e lamentar por ensinamentos esquecidos, faz parte do cotidiano. Sonhar e caminhar na direção de fontes naturais, contemplar a natureza, beber água límpida para saciar a sede de viver e se alegrar, é o destino do hoje, de amanhã também. Já que a vida é uma criação, vamos desenhando o que podemos e colorindo o traçado pelas circunstâncias e consequências. Temos que nos convidar libertar as sombras dos fantasmas que habitam nos nossos pensamentos – nunca deixando fazer morada no coração, a sede dos sentimentos. Para que aprisiona-los? Com eles vivemos terríveis pesadelos, pois a vida é nostálgica e cheia de loucuras, que nos torna trágicos em pleno dia. Só uma coisa é capaz de nos fazer suportar a tragédia – como na Grécia Antiga: “A divina beleza”. É preciso fazer muitas coisas todos os dias! Abrir as cortinas no teatro prolixo da nossa existência. Procurar para encontrar o sol, pois, alguns negam a existência dele apontando para a miséria. Será que o Messias só virá quando não for mais necessário? Aonde colocarmos as nossas esperanças? Considerando as palavras de Guimarães Rosa: “Viver é muito perigoso”. Como então transformar a realidade? Ajuda de quem é fundamental? Como ser a pessoa que devemos nos tornar? Contamos com excelentes facilitadores, que nos proporcionam possibilidades de entendermos o universo e aprender com ele construirmos relacionamentos que podem dar certo, como: a TERAPIA (o encontro que transforma), a ciência e a filosofia (conhecimento intelectual), as diferentes expressões de arte (comunicação e busca estética da ética – que sempre deve valorizar a vida), alguns esportes (autoconhecimento e desafios) e as religiões (conforme a cultura de cada pessoa e suas necessidades). Nos prepararam de maneira ridícula para o mundo, sempre com verdades transitórias e, vagamos nele, que se torna cada vez menor para nós, talvez porque nunca nos mostraram que temos de nos identificar com o papel que representamos nele. Identidade não é um número de registro é um conjunto de atitudes. Nascemos e Crescemos num pequeno ambiente social, depois nos mostramos para o mundo, mas, o nosso ambiente contínua, igualmente, estreito. O mundo se globalizou e ocupamos os poucos espaços que sobraram. Qual a solução? Procurar outro ambiente, adequado à nossa medida? Nem sempre decidimos por nós mesmos o lugar que ocupamos e o papel que representamos. Sem nos perguntar ou considerar “que tipo de vida queremos levar”. Tudo ou nada pode parecer milagre...tudo ou nada pode representar ser a vida...conforme o momento. Ou o mundo é muito diminuto, ou somos enormes; o fato é que no imaginário temos a sensação que o preenchemos completamente, não tendo mais espaço para nos expandirmos. “Não deixam de ter razão os movimentos espirituais revolucionários que questionam a relevância do anterior, já que, de fato, ainda não aconteceu nada” (Kafka). Pois, são tantas as verdades, que na verdade, parece não existir verdade nenhuma. Tudo é visionário, ninguém consegue, de fato, provar nada. Assim precisamos, a cada dia e fase da vida, darmos um sentido para ela, para que, efetivamente, tenha um sentido, pelo menos para cada um de nós. Todo mundo ou ninguém, pode ou não, ter razão ou deixar de ter, seja este mundo e o ser humano, criação (surgiu do nada) ou evolução (transformação a partir de alguma coisa). Então, precisamos conhecer o todo para entendermos o um, que sempre é influenciado pelo todo. Ao dimensionarmos o todo...dá uma sensação de não sermos nenhum. Ou, sermos a mais significativa existência do universo: ORIGINAL (um ser único, indivisível e que nunca se repete - pelo mesmo na mesma forma e conteúdo). Hoje, como ontem e amanhã, temos que procurar nos vestir como um rei de púrpuras se veste. Esta púrpura é simbolizada pelo brilho da iluminação interior (bondade, gratidão, amor, alegria, compartilhamento, celebração...). Todo dia, temos muitas coisas para fazer...até não fazer nada, para dispor emocionalmente do tempo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário