sábado, 2 de novembro de 2013

“Não deveríamos tentar deter a pedra que já começou a rolar morro abaixo; o melhor é dar-lhe impulso”.

(Pensamento Taoísta) Em vez de se opor a uma força contrária - o que acabaria dobrando a potência do impacto -, as leis do Universo aconselham a nos unirmos a ela e usá-la para os próprios interesses. Muitas artes marciais utilizam o mesmo princípio: direcionar a força existente é muito mais efetivo que se opor a ela. O “lutador” acolhe o golpe do oponente e canaliza a energia dele em benefício próprio. Ao aplicarmos essa filosofia de conduta ao nosso cotidiano, podemos evitar ou nos aliviarmos do estresse desnecessário e, será mais fácil vivermos com menos conflitos e até superá-los quando existirem. Lembrando que a atitude mais sábia é manter-se afastado dos problemas - sempre que possível -; bastam as dificuldades que a vida já nos oferece espontaneamente. Para que procurar mais problemas ou agravar as suas consequências? - Jamais devemos discutir quando os nervos estão à flor da pele. Vamos fazer besteiras que serão mais difíceis ajustá-las. - Modificar a opinião de uma pessoa que acredita estar absolutamente certa é impossível. Portanto, tentar mudar a forma de pensar ou agir de uma pessoa que não deseja transformar-se é cansativo, com perda de tempo e de energia (que poderiam ser utilizados em outra vantajosa). - Diante de algum conflito, que não necessite de ação imediata, é melhor esperar o mínimo de 24 h para tomarmos alguma decisão, mesmo que seja enviar um simples e-mail. - Mais importante do que procurar conquistar a amizade de quem já demonstrou não ter o mínimo interesse, é valorizar os amigos que nos respeitam e nos aceitam como conseguimos ser. As decisões precipitadas podem ser rancorosas e necessitam ser pensadas com atenção, para serem melhores elaboradas as nossas reações aos diferentes estímulos. A vida exige que sejamos tolerantes, inclusive conosco mesmo. Com relação à tolerância, disse Voltaire: “O que é tolerância? Trata-se de uma prerrogativa da humanidade. Estamos todos imersos em erros e fraquezas: perdoemo-nos reciprocamente as nossas tolices, eis a primeira lei da natureza”. É preciso considerar as palavras de Joaquim Nabuco: “Cada um de nós é só o raio estético que há no interior do pensamento, e, enquanto não se conhece a natureza desse raio, não se tem ideia do que o homem realmente é”. Significativa reflexão nos possibilita Fernando Pessoa: “Como é por dentro uma pessoa? Quem é que o saberá sonhar? A alma de outrem é outro universo, com que não há comunicação possível, com que não há verdadeiro entendimento. Nada sabemos da alma senão da nossa; as dos outros são olhares, são gestos, são palavras, com a suposição de qualquer semelhança no fundo”. Estamos sempre falando do outro...parece que o outro está muito distante de nós... esquecendo que para o outro...o outro somos nós.

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