terça-feira, 12 de novembro de 2013
“Nossa salvação é a morte, mas não a morte física devido a falência do organismo humano”.
Será a vida, apenas, o conjunto das funções que resistem à morte?
Temos que “morrer” e “renascer” várias vezes no decorrer de uma mesma vida. Qualquer que seja a circunstância é possível nos mantermos coerentes neste processo, para que possamos ser o que queremos ser – considerando se podemos e devemos ser.
É preciso pensar, nas diferentes possibilidades que influenciam e determinam o resultado da vida como processo e, o ser humano como projeto em construção.
Simbolizando o coração como o hospedeiro das emoções, quando nascemos ele é inteiro, fechado...mas disponível para descobrir e experimentar um novo universo de fatos e sensações.
Assim, vamos nos aventurando e aprendendo o que é afeto, segurança, amor, ansiedade e dor.
Com o passar do tempo nos entregamos aos devaneios, às esperanças em forma de sonhos, às expectativas de encontrar e viver a felicidade; não sabemos mais viver sem as paixões.
E as decepções chegam e podemos fechar o nosso coração, encarcerando as mágoas dentro de nós. É difícil curar as feridas mal cicatrizadas. Magoados podemos nos manifestar nas nossas relações vida afora, sendo uma característica que poderia ser modificada. É fundamental fazermos uma “faxina” interior e preparar um novo cenário para vivermos, com liberdade e bem estar. É preciso morrer o indivíduo velho para nascer uma nova pessoa – sem amarguras.
O processo exige cuidados para não nos mantermos “fechados” e nada acontecer ou “abertos” para que aconteçam coisas que seria melhor que nunca acontecessem.
As pessoas carentes são presas fáceis para armadilhas cruéis. E confundem amor com necessidade de atenção, para viver novas emoções e uma grande paixão.
Temos que estar disponíveis para que aconteça alguma coisa, mas com análise consciente das consequências, mesmo sendo difícil ser objetivo nesta condição. A monotonia do nosso dia pode fazer com que vejamos as coisas bem mais interessantes do que realmente são, sem poder diferenciar a realidade da fantasia.
Há um momento em que queremos voltar no tempo da adolescência e sonhar de novo com um grande amor. Queremos a paixão de volta, para sentir novamente o coração ficar inquieto e bater mais forte; queremos a ansiedade da espera por um encontro, marcado ou ocasional; queremos a felicidade misturada com a ansiedade ou com a magia do “não sabemos bem o quê”. Queremos até o imponderável.
Amor não pode ser confundido com necessidade, necessidade de viver e reviver emoções já vividas. Não existe a mínima possibilidade de voltarmos ser o mesmo, mas, podemos viver melhor, de forma diferente.
Portanto, é prudente deixarmos o tempo passar e nos renovarmos com ele, sabendo que pessoas e situações perfeitas não existem... seguindo em frente...podendo encontrar um amor autêntico, sob uma nova percepção e desejo e, voltarmos a ter uma condição característica do pensamento dos jovens “que a vida pode nos oferecer a chance mais significativa da nossa existência”. É muito bom continuar acreditando que amanhã será melhor do que hoje (importante condição humana).
Temos que morrer algumas vezes, para que uma vida mal resolvida (aquela que nunca encontrará soluções mágicas) possibilite a chegada de uma nova vida, capaz de identificar no horizonte as melhores e possíveis oportunidades.
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