sexta-feira, 27 de dezembro de 2013
"VIVER É MUITO PERIGOSO" Guimarães Rosa
Por que viver é perigoso?
Porque é a criação do inédito. Portanto, um DESAFIO. Na palavra desafio está contida a ideia de desconfiança (FIAR = CONFIAR). O aviso de FIADO SO AMANHÃ, é porque o comerciante des-confia que poderá não receber.
Quando temos duvida sobre a possibilidade de uma realização, a gente não FIA e sim DESAFIA (e em todo desafio existe uma desconfiança).
Viver é perigoso porque é um desafio de fato. A vida é apenas dádiva na origem, como princípio, ela não é dádiva no ponto de chegada. Na afirmação da expressão “Deus é quem sabe”, ainda assim essa percepção metafísica, teológica, nos leva a reconhecer a vida como dádiva no ponto de partida (recebemos a vida como presente, mas, não sabemos o que fazer com ela). Podemos vive-la de uma maneira intensa e, portanto, enfrentando o perigo, ou nos escondendo dela, fugindo do desafio.
Alguns desafios são inerentes à condição de estar vivo e outros nos vamos buscar, na esperança de vivermos o prazer.
Diante do perigo é preciso coragem (o contrário de covardia). Medo é uma condição natural de todo ser vivo, importante para selecionar possibilidades e nos conduzir. O medo justificado nos torna prudente e responsável. Coragem é enfrentar o desafio, mesmo diante do sempre presente e necessário “medo”.
Na maioria das vezes, não enfrentamos alguns desafios por ter medo do desconhecido. Mas, se não conhecemos, temos medo do que? Tememos o que conhecemos e o que não conhecemos também, mesmo não fazendo sentido temer o que não conhecemos. Mas por que isto acontece? O grande problema é que aquilo que chamamos de desconhecido é povoado, por nós mesmos ou por influência dos vampiros energéticos, com coisas conhecidas que, às vezes, são terríveis e não nos sentimos fortes para enfrentar. Mesmo sabendo que 80% das coisas ruins que inventamos...não acontecem...como imaginamos. Somos naturalmente pessimistas e deterministas. Criamos monstros que nos aterrorizam e temos que conviver com eles.
Clarice Lispector disse: “Aquilo que não sei é a minha melhor parte”. Aquilo que para nós é uma incógnita é o desafio que nos faz crescer, que nos possibilita descobrir e nos revelar de maneira diferente do usual, que nos causa micros tédios.
Nós abrigamos uma multidão de pessoas dentro dos nossos pensamentos, da nossa alma e do nosso coração, e, precisamos descobrir para conhecer os múltiplos de nós mesmos.
O desafio nos provoca uma produtiva aventura e, novas descobertas de nós mesmos.
Não podemos ligar o motor das nossas vidas no automático, nos tornando marionetes, conduzidos pelo acaso, por fios inexistentes e apenas imaginários, que chamamos de destino. DESTINO são os vários caminhos que escolhemos percorrer. A vida não é dádiva no caminhar e no ponto de chegada, é conquista (não existindo prêmios e nem castigos, apenas consequências). Não somos bonecos, nem brinquedinho ou alien de outros planos ou dimensões.
Somos GENTE, com todas as limitações e imperfeições, em busca das possibilidades em promover a liberdade e o bem estar, destinados a ser protagonista da própria história e, artista principal da mais significativa obra de arte DA PRÓPRIA VIDA e COLABORADOR POSITIVO na vida dos outros.
Viver é muito perigoso...mas...interessante, inquietante e maravilhoso.
O VERDADEIRO OFÍCIO DE UM SER HUMANO É ENCONTRAR SEU PRÓPRIO CAMINHO.
quinta-feira, 26 de dezembro de 2013
“Às vezes as pessoas se agarram às coisas e pensam que se trata de fidelidade, mas é pura preguiça” (Hermann Hesse).
Certa vez me contaram uma história de um homem que decide mudar de vida. Ele não está contente com o que tem nem com o que faz, então resolve dar um novo rumo à sua existência.
Mas, como tem coisas demais para fazer hoje, decide deixar para amanhã. “SIM, quando chegar amanhã mudarei de vida”, diz a si mesmo.
No dia seguinte, ao acordar, ele se dá conta de que o que seria amanhã volta a ser hoje e que tem coisas para fazer; então decide mudar de vida amanhã.
E assim, sucessivamente.
Afinal, segue com a mesma rotina de sempre.
A desculpa de “farei amanhã”, chamada de PROCRASTINAÇÃO, pode ser uma grande armadilha para não se executar as decisões tomadas.
Por que postergarmos uma decisão se acreditamos que ela é correta? Por medo das consequências? Porque nos dá preguiça fazer esforço?
São muitas as desculpas que utilizamos para permanecer onde estamos e não precisar sair da “zona de conforto”. Agarrar-se ao STATUS QUO é humano, comum a todos, pois o esforço e as mudanças nos dão preguiça e até medo.
As crianças têm medo do escuro porque acreditam que no meio das sombras pode se esconder algum monstro, algo desconhecido que pode lhes fazer mal. Do mesmo modo, os adultos têm medo do desconhecido porque isto implica em mudança, risco, incerteza. O novo nos dá medo porque temos medo de falhar e ter que ouvir comentários maldosos, em forma de julgamento – lembrando que toda crítica é uma autobiografia.
A imobilidade, geralmente, tem sua origem no medo de sofrer a frustração de expectativas não cumpridas, prejudicando a nossa autoestima.
No entanto, não há fracasso pior do que não tentar.
Aquilo que não conseguimos ser, mas tentamos ser, tem INFLUÊNCIA POSITIVA na construção da nossa identidade. O que somos, é um mix, bem dosado, das nossas conquistas e dos nossos fracassos.
“NUNCA EXISTIU UMA GRANDE INTELIGÊNCIA SEM UMA VEIA DE LOUCURA” (Aristóteles).
Como conseguir um ANO NOVO fazendo as mesmas coisas?
sábado, 21 de dezembro de 2013
“o BRANDO é mais forte que o duro; a ÁGUA, mais forte do que a rocha; o AMOR mais forte que a violência”.
Esta IMPORTANTE reflexão contida na antologia de citações “PARA LER E PENSAR”, de Hermann Hesse, tem como base um conceito clássico da filosofia oriental: o poder das pequenas coisas, até mesmo das que nos parecem invisíveis, pode operar grandes mudanças.
Bruce Lee, na sua última entrevista, antes de morrer, disse: “Não estabeleça uma forma, adapte e construa você mesmo a sua e deixe-a crescer. Seja como a água. Esvazie sua mente, seja amorfo, moldável, como a água. Se você coloca água numa xícara, ela se transforma na xícara. Se a coloca numa garrafa, ela toma a forma da garrafa. Se a coloca numa chaleira, ela fica como a chaleira. A água pode fluir ou pode chocar. Seja como a água, meu amigo”.
A força do amor, assim como a água, reside em se adaptar ao meio em que se vive. Alguém capaz de amar – não só a outra pessoa, mas também a um projeto – molda-se às dificuldades para dar a cada situação o melhor de si mesmo.
Se sabemos fluir com amor, diante dos cenários mutáveis da vida, jamais nos veremos afetados pelas circunstâncias.
sexta-feira, 20 de dezembro de 2013
“Não acho que o mais importante seja conhecer as crenças de um homem, mas sim saber se ele as tem”.
JOSE SARAMAGO dizia que “as religiões NUNCA serviram para que os homens se aproximassem uns dos outros”, embora na verdade, muitas delas advoguem a favor da igualdade, do respeito, do amor ao próximo e ao mundo em que vivemos.
Desde pequeno nos ensinam uma série de crenças para que nos sintamos seguros, mas o amadurecimento nos leva a destruir velhos paradigmas para criar outros.
Com o tempo, o entendimento que temos sobre Deus e as religiões mudam de forma e conteúdo, mesmo dizendo que Ele é sempre o mesmo.
O problema que mais aflige o ser humano é: onde colocar a esperança?
As pessoas que demoram a amadurecer – a chamada “geração Peter-Pan”- têm maiores problemas; são infantilizadas e, como crianças, estão sempre pedindo coisas a Deus. Elas abandonaram a proteção da infância, mas se negam a entrar na vida adulta e ser responsável pelos seus próprios atos, assumindo as consequências deles.
Em Demian, o Prêmio Nobel Hermann Hesse, descreve esse momento dramático: “Muitos vivem num eterno morrer e renascer, presos nesse momento da vida no qual o mundo infantil se racha e se desmantela lentamente, quando tudo o que amamos nos abandona e sentimos a solidão e a frieza mortal do universo que nos rodeia. Muitos fracassam para sempre neste arrecife e permanecem toda a vida apegados dolorosamente a um passado irrecuperável, ao sonho do paraíso perdido, que é pior e mais nefasto de todos os sonhos”.
Se há uma coisa pior que ser ingênuo, é não ser capaz de crer em algo, principalmente nas próprias forças interiores, que somos providos pelo milagre da vida.
Sempre vamos buscar tão longe o que se encontra tão perto! E, justificamos o que nem sempre é justificável, por medo das consequências e do castigo pelas forças celestiais. O questionamento pela existência da dúvida esclarece e nos fortalece.
Quando estamos prestes a perder as esperanças, devemos enviar para nós mesmos a mais significativa das mensagens: sim, estou disponível para acreditar mais uma vez. Pois, para superar as dificuldades naturais e impostas pelos outros e, seguir avançando, é preciso acreditar mais uma vez.
O segredo mais importante da vida, na busca pela realização da conquista, nem sempre é evitar problemas – a não ser os que podem ser evitados porque nada acrescentam - mas, crescermos pessoalmente, nos transformando seguidamente, para nos tornarmos maior do que as adversidades.
Não podemos deixar de acreditar que a vida é um processo natural de transformações e que o homem é um projeto, que tem como referência a si mesmo, para ser superado.
Não acredite em algo simplesmente porque ouviu. Não acredite em algo simplesmente porque todos falam a respeito. Não acredite em algo simplesmente porque está escrito em seus livros religiosos. Não acredite em algo só porque seus professores e mestres dizem que é verdade. Não acredite em tradições só porque foram passadas de geração em geração. Mas depois de muita análise e observação, se você vê que algo concorda com a razão, e que conduz ao bem e beneficio de todos, aceite e viva-o.
Buda
quinta-feira, 19 de dezembro de 2013
“Nossa vida é como um caminho no outono: assim que é varrido, volta a cobrir-se de folhas secas”.
UM ANTIGO CONTO ZEN fala de um monge que tinha a obrigação de varrer as folhas secas do pátio do mosteiro. Como cada vez que ele terminava sua tarefa aparecia uma nova folha trazida pelo vento, ele adquiriu o hábito de sempre deixar uma no chão, para que não tivesse que sofrer na busca pela perfeição (perfeição é uma condição IMPOSSÍVEL de ser conquistada).
Na maioria das vezes sofremos “de graça”. Convivemos com sofrimentos inúteis, que nos atormentam, ora sem motivo lógico e em outras oportunidades por antecipação. Costumamos sofrer mais pelo medo das atribulações do que pelas atribulações propriamente ditas, que quase sempre nunca acontecem como imaginamos – quanto sofrimento em vão!!! Temos que desfrutar deste aprendizado, sabendo que o bom já está bom, aprendendo a conviver com o que é natural e possível.
Como um monge que deseja manter o chão sempre imaculado, aspirar a uma vida sem dificuldades é um grande sofrimento, pois a ausência de complicações não é algo natural.
A melhor maneira de viver é aprender administrar os próprios problemas. Necessitando de forças para mudar o que pode ser mudado, coragem para aceitar o que é natural e não pode ser mudado, desenvolvendo a sabedoria para conseguir separar um do outro.
Não podemos levar o mundo nas costas, se mal suportamos o peso do nosso casaco de inverno.
Existe um tempo para estudar a sabedoria e a sua importância, com a obrigação de um dia começar a utilizá-la para o próprio benefício, tornando-se uma pessoa “mais leve”, para si mesmo, nas relações sociais e profissionais.
O melhor do processo em viver com sabedoria, promovendo o bem estar e minimizando as consequências indesejáveis, é que quando nos decidimos por esta condição, ela não nos possibilita mais o retorno às realizações imprudentes. Esse é o ponto que devemos chegar, respondendo 3 perguntas básicas, antes de fazermos alguma coisa:
- quero fazer?
- devo fazer?
- posso fazer?
Como disse o Apóstolo Paulo: tudo nos é lícito, porém nem tudo nos convém.
terça-feira, 17 de dezembro de 2013
“A desgraça de Dom Quixote não era as suas fantasias, mas o ceticismo de Sancho Pança”.
A QUE KAFKA SE REFERE com este aforismo?
Claramente à capacidade de Sancho Pança desfazer – ou pelo menos tentar desfazer – os sonhos e as fantasias do seu senhor, Dom Quixote.
O célebre escudeiro do romance de Miguel de Cervantes é realista e sentencioso, não para de recorrer à sabedoria popular, considerando apenas à maneira como as coisas sempre foram.
VIVER É A CRIAÇÃO DO INÉDITO. Todos os dias, estamos inventando coisas ou, simplesmente, nos lamentando. A vida é aventura ou naturalmente nada. Para suportar o tédio da vida CRIAMOS fatos e sensações, confundindo a realidade com a imaginação, assim sonhamos e corremos o risco de viver os nossos sonhos.
Na realidade atual, Sancho Pança se assemelha aos vampiros de energia, que desejam nos convencer de que os nossos sonhos não podem ser concretizados e que nem sequer vale a pena tentar realiza-los.
Esses especialistas em dinamitar projetos alheios costumam ser pessoas acomodadas e não suportam que os outros cheguem aonde eles não se atrevem a se aventurar.
Qualquer pessoa que acredite nos seus sonhos, deve se afastar desses pessimistas agourentos que nunca têm uma única palavra de incentivo a oferecer.
segunda-feira, 16 de dezembro de 2013
“As pessoas de sucesso, pessoal e profissional, são aquelas que conseguem perceber o que existe de útil além das palavras”.
Aprendi com a experiência, que as coisas que não vemos são muito mais poderosas do que a que vemos.
Por que?
Porque devemos estar sempre em direção à natureza: o que está embaixo do solo gera o que está acima dele, o que é invisível cria o que é visível.
Como vivemos num mundo de causa e efeito, sem prêmios ou castigos, tudo é consequência, assim: dinheiro e riqueza, saúde e doença, alegria e tédio, verdade e justiça...são resultados.
O NOSSO MUNDO INTERIOR CRIA O NOSSO MUNDO EXTERIOR.
Pensamentos conduzem a sentimentos...sentimentos conduzem a ações...ações conduzem a resultados.
A nossa consciência observa os nossos pensamentos e as nossas ações, para que vivamos das escolhas verdadeiras, feitas no momento presente, de acordo com as circunstâncias, em lugar de sermos governados por uma programação proveniente do passado, que nem sempre foi construída por nós mesmos.
Henry Ford dizia que “os dias prósperos não vem por acaso; nascem de muita fadiga e persistência”.
Considerando as palavras de Sócrates: “a vida sem reflexão não merece ser vivida”, na maioria das vezes, o que chamamos de ser “fiel a uma causa”, é na realidade preguiça.
Deixo como reflexão as palavras de Ayrton Senna e comento: “se nós quisermos modificar alguma coisa, é pelas crianças que devemos começar”.
A educação é o único processo, eficiente e eficaz, de transformação. Não digo apenas a educação formal, acadêmica, que estuda o que já foi realizado, o histórico (quem constrói a história é quem tem o poder), mas, uma educação que possibilita a criança a desenvolver o imaginário, à possibilidade de criação de uma nova sociedade, pois, uma mente que se abre para uma nova ideia, jamais voltará ao tamanho normal.
Será que os nossos filhos e, os filhos dos nossos filhos, terão que reproduzir apenas, as nossas ações, que proporcionaram o caos no mundo?
Estamos doentes, indiferentes à VERDADE e à JUSTIÇA, anestesiados às necessidades humanas, produzindo e eternizando ideologias insanas, procurando somente viver prazeres imediatos, preferindo IGNORAR a realidade e suas consequências.
Até quando isto será possível?
Vivemos hoje de uma forma, e com um conteúdo, que falta nenhuma faríamos para a sociedade se não tivéssemos existido. Instrumentalizamos a vida, sem nenhuma contribuição digna ou bom exemplo para influenciar outras pessoas.
Dizemos amar a humanidade, manifestando total falta de respeito à pessoa que está próxima.
Quais os compromissos que assumimos na vida?
Nada suscitou nos homens tantas ignomínias como o poder e o dinheiro. É capaz de arruinar a nação e a sua sociedade. A necessidade pelo poder, expulsa os homens dos seus lares e os conduzem às cadeias, seduz e deturpa o espírito nobre do que restou dos justos. As ações abomináveis são os meios que os homens utilizam no seu Projeto de Poder. Não importa a forma, mas de qualquer jeito e sob qualquer pretexto faça dinheiro.
O que os nossos filhos vivem hoje é o aprendizado pelos caminhos da astúcia e da perfídia, que irá induzi-los a realizar obras amaldiçoada pelos deuses, mesmo que justificadas pelos tolos.
Afinal, quem liga para a reputação se consegue agarrar o dinheiro público para manter-se no poder? Diga depois que foi por uma causa! Como ser preso ou morrer por uma causa, torna-a honrada e digna.
A que não obrigas o coração, ó execranda fome de ouro e poder.
Toda riqueza provém do pecado. Ninguém pode ganhar sem que alguém perca e hoje, no Brasil, quem mais está perdendo são as futuras gerações.
Mas que importa? Cada um quer salvar, apenas, a própria pele. O outro? Que se foda.
domingo, 15 de dezembro de 2013
“Só é capaz de se comportar com delicadeza quem necessita de delicadeza”.
Atribui-se ao Dalai Lama, líder dos budistas tibetanos, uma série de ensinamentos sobre a arte da amabilidade. Diante da pergunta “O que mais o surpreende na humanidade?”, o Dalai Lama respondeu:
- Que achem chato ser criança e queiram crescer rápido, para depois desejarem ser criança outra vez.
- Que desperdicem saúde para fazer dinheiro e depois percam o dinheiro para recuperar a saúde.
- Que anseiem o futuro e esqueçam o presente e, desse modo não vivem nem o presente e nem o futuro.
- Que vivam como se nunca fossem morrer e morrem como se nunca tivessem vivido.
Na sequência, perguntaram-lhe quais são as lições de vida que deveríamos aprender, e ele respondeu com delicadeza:
- Que não podemos fazer com que nos amem, mas sim que deixem de amar.
- Que o mais valioso na vida não é o que temos, mas quem temos.
- Que a pessoa rica não é aquela que tem mais, mas a que precisa menos.
- Que o dinheiro pode comprar tudo, menos felicidade.
- Que o físico atrai, mas a personalidade apaixona.
- Que quem não valoriza o que tem, algum dia lamentará tê-lo perdido.
sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
“A beleza não faz feliz aquele que a possui, mas aquele que pode reconhecer, em algo ou alguém, e admirá-la”.
Sobre os perigos da fixação pela beleza, é preciso lembrar o MITO DE NARCISO, que era um jovem de extrema beleza que desprezava todas as suas pretendentes. Uma delas, a ninfa Eco, desesperou-se de tal maneira com sua rejeição até se tornar uma simples voz.
Muito sentidas, as ninfas clamavam vingança pela dor infligida. E a vingança chegou. Num dia de calor, Narciso se aproximou de uma fonte para beber água. Inclinou-se sobre a água para matar a sede e viu a imagem de um rosto perfeito, o seu. No mesmo instante apaixonou-se por ele mesmo. Falava consigo mesmo, se adulava, mas não conseguia se tocar; então se inclinou mais e mais sobre o reflexo, até que conseguiu beijá-lo. Ao beijá-lo, Narciso caiu na água e se afogou.
O que podemos aprender sobre Narciso é que a autocomplacência (contemplar-se a si mesmo) é sempre destrutiva, assim como atribuir demasiado valor à estética. UMA OVERDOSE DE BELEZA PODE PROVOCAR MAL-ESTAR E ATÉ ALUCINAÇÕES.
Ralph Waldo Emerson disse: “embora viajemos por todo o mundo em busca da beleza, devemos leva-la conosco para poder encontrar”.
As coisas têm o brilho e a cor, que dependem dos olhos de quem as observa.
A beleza que desperta nossa plenitude também está ao nosso redor, nas pequenas coisas do dia a dia.
Diante de um turbilhão de atividades em que vivemos, temos que utilizar e desenvolver a sensibilidade, para identificar e valorizar a beleza existente num universo de possibilidades.
Apreciar a beleza é uma disposição interior, uma das significativas características que fez nascer o humano - que hoje somos - no inumano que éramos.
Um dos principais destinos do homem é apreciar a beleza, admirando o esplendor do mundo, sem esperar nada em troca e, principalmente, sem possuí-lo. Ao comungarmos com a beleza, sempre estaremos em harmonia conosco mesmo.
“Apreciar a beleza é uma das coisas mais preciosas na vida. É difícil encontra-la, mas quem consegue, descobre tudo” Charles Chaplin.
“Os ideais que iluminaram o meu caminho são: a bondade, a beleza e a verdade” Albert Einstein.
quarta-feira, 11 de dezembro de 2013
“NADA faz tão bem às pessoas, principalmente nos momentos difíceis, quanto se entregar à natureza. Não de forma passiva, mas de forma criativa”.
A NATUREZA NOS ACOLHE SEM FAZER PERGUNTAS, sem nos julgar, e isso nos devolve a tranquilidade perdida e nos conecta com outro mundo, com manifestações de sentimentos espontâneos, existentes nos interstícios do nosso coração e nas fendas da alma, nos revelando um universo de possibilidades.
Ouvir o som da natureza, o nosso primeiro berço, onde contemplávamos e nos beneficiávamos do natural, vivendo por conta da simplicidade, é mais do que relaxante, é mobilizador, nos possibilitando um novo nascimento, onde morre o velho indivíduo para surgir uma pessoa renovada. Precisamos, sistematicamente, esvaziar a mente e os vícios que nos paralisam e nos destroem. As preocupações do cotidiano são sempre cruéis e por sempre existirem, temos que buscar o próprio “lugar e forma de descanso”.
Nós somos muito mais do que nos revelamos no dia a dia e, por nós mesmos e para benefício da sociedade, temos obrigação de retomar, sistematicamente, a nossa tranquilidade...até novo desajuste.
Viver é um ciclo subjetivo de eventos e sensações. Como romper este ciclo, mesmo sabendo que adiante será formado um novo ciclo?
Com leitura e reflexões de aforismos e provérbios, com simples ato respiratório e meditação, com reza de mantras e orações, com música e imaginação, com sonho de um projeto útil e sempre libertador, com a dança e afetos transformadores, com caminhadas e visualização de paisagens naturais, com amor e mais amor, com ações voluntárias assistenciais que nos possibilitam criar um sentido específico para um momento da vida, enfim, é obrigação de cada um procurar o que é para si o grande facilitador.
A vida é movimento constante. E, a busca pela tranquilidade, temporária e ocasional, é essencial para iniciarmos e bem os outros movimentos.
Nada é mais libertador do que inspirar o oxigênio da tranquilidade e expirar o gás carbônico da rotina imposta pelas circunstâncias.
O estilo de vida atual nos impossibilita do diálogo criativo. Uns aprendendo com os outros, diante da realidade e das possibilidades.
Sempre estamos com alguém e nunca estivemos tão sós, não suportando, na maioria das vezes, nem a própria companhia. Ficamos desinteressantes e chatos, tendo até medo de ficarmos sóbrios de verdades, preferindo a mentira e o mistério.
Qual é o sentido real da vida? Devemos receber um sentido herdado pela cultura? Será que o sentido que estamos dando para a vida não é apenas a moda do momento? E quando esta moda passar – toda moda é insatisfatória que não consegue se manter por muito tempo – qual será a nova moda? Quem irá criar e determinar? Qual o sentido que cada um tem criado, de si mesmo, para a própria vida?
Melhor vivem aqueles que se dedicam a uma atividade criativa, mantendo relações com a natureza, com as necessidades da sociedade e com os múltiplos de si mesmo. Abandonamos a arte e a capacidade individual de transcender (para se encontrar também no outro) e nos transformarmos em pessoas desconfiadas e que geram desconfiança. Temos nos dedicado mais na relação com os animais domésticos do que com o mundo, que também somos responsáveis.
Perdemos a capacidade de ter atenção pelas coisas que acontecem em volta de nós mesmos, acreditando ser a indiferença o melhor remédio disponível para o momento e deixarmos como legado.
A volta à natureza nos possibilita viver em comunhão, do profano com o sagrado, e assim vamos nos conhecendo e nos transformando em pessoas melhores, comprometidas com a necessidade de todos. Se não for para ajudar que não prejudique, pois quem está trabalhando necessita continuar seu trabalho, procurando aliviar sofrimentos e atender a necessidade dos outros.
AFIRMO: cuidar de algo, que não seja apenas de nós mesmos, nos possibilita experimentarmos significativas transformações, sendo um grande benefício orgânico, mental e espiritual.
Ajudarmos a natureza, do universo e das pessoas, a prosperar, iremos juntos: crescer e melhorar.
Hoje vivemos uma realidade inútil, concentrados num objetivo insignificante e improdutivo, onde predomina a observação e no máximo um julgamento. Não realizamos o fundamental e o concreto: a ação.
Desejamos apenas ficar rico o mais cedo possível, para não fazermos mais nada, o que chamamos de aproveitar a vida.
Quem poderá produzir tanta riqueza para contentar a todos? Quanto de riqueza nos basta?
Rico é aquele que valoriza o que pode ter e dela faz o melhor, para si mesmo e para os outros.
Qual é, realmente, o sentido natural da vida, se não for aquele criado por cada um de nós? Será melhor aceitarmos os impostos por religiosos ou aqueles que buscam nos convencer para convencerem a si mesmo?
segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
“Momentos de Solidão, também é o caminho, pelo qual o destino necessita e deseja conduzir o homem em busca de si mesmo e, melhorar o que encontrou”.
“
Caminhar, principalmente próximo da natureza, ajuda encontrar ideias e também descobrir a si mesmo.
Presentearmo-nos com momentos oportunos de solidão, possibilita-nos ordenar os pensamentos, questionar sobre a vida e sobre o que realmente desejamos. É um momento próprio para recolhimento e o nosso espaço de criatividade.
Viver sempre será a criação do inédito. Observo que, até, às vezes, para aqueles que acreditam que viemos ao mundo para cumprir papéis determinados. Não somos artistas no teatro de marionetes.
Portanto, é fundamental reservar uma parcela do dia, o que for possível, em benefício de nós mesmos. Torne esse importante compromisso como hábito, nem que seja a leitura e reflexão de um simples aforismo, foi a melhor maneira pelo qual aprendi me compreender e entender as diferentes relações na vida.
Necessitamos de um espaço emocional para fugir, por alguns momentos, da confusão do dia a dia e pensar um pouco, para agirmos melhor ou, ao contrário, tiramos algum monstro que ronda a nossa cabeça, antes de fazer morada no coração.
O ruído mental é complexo e muito desgastante. Ocorrem na nossa cabeça mais de 40 mil pensamentos por dia, alguns pensam além dos limites e, na maioria das vezes, pensamos em coisas ruins, que nada nos auxiliam e tornam-se vampiros energéticos.
Precisamos de uma pausa, ocasional e constante, para não adoecermos por esforços indesejáveis e repetitivos. Como, devemos fazer pausa no trabalho para não comprometer o organismo e a produtividade com uso exagerado e inconveniente do sistema músculo esquelético e mental.
Tudo e todos necessitam de pausas sistemáticas, no trabalho e na arte de viver. Todo o resto pode nos esperar, pois “viremos e estaremos” em melhor condição, para a alegria e bem estar geral.
Afastarmo-nos da confusão, ainda que por pouco tempo, nos devolve a calma e o sentido da existência. Proporciona uma direção para esclarecer nossos planos e atuar de forma conveniente.
Diante da intoxicação dos ambientes, temos que respirar o oxigênio livre da solidão, não importa aonde ou com o que, desde que possamos imaginar e inventar. A vida é invenção, como sempre disse Ferreira Goullar. Simplesmente, uma aventura ou nada, como disse Helen Keller.
Precisamos nos desconectar do caos do mundo por alguns instantes e, da loucura de algumas pessoas com quem convivemos.
É importante descobrir que a solidão, como vocação, não é feio, é curativa, criativa e libertadora. Se reservar uma pequena parte do dia para si mesmo, é deixar de sentir-se perdido, desconfiado de si mesmo, neste mundo sem o mínimo de juízo.
domingo, 8 de dezembro de 2013
“Encontrar para celebrar o prazer... é uma condição da própria pessoa”.
O prazer, da liberdade e do bem estar, não depende somente das circunstâncias dos eventos estabelecidos pelo grupo social com quem convivemos.
É uma condição intrínseca à própria pessoa. Depende da disponibilidade emocional e da valoração dos fatos, que nos possibilitam experimentar diferentes emoções.
A intensidade do prazer depende mais da sabedoria em identificar a beleza existente nos detalhes do fato, muitas vezes escondidos e não são reveladas aos olhos comum das pessoas - com paradigmas imediatistas sem a justa compreensão –, do que na satisfação momentânea do simples “gostei ou não gostei”, “acho que sim e acho que não” “foi bom ou não foi”, sem pensar no que nos influência ao médio e longo prazo.
Viver é complexo, por isso é perigoso. Necessita sabedoria para identificar o bom do imediato e suas consequências no futuro, pois, as vezes precisamos saber investir para melhor desfrutar.
Quanto maior o conhecimento do fato, para isso necessita ser adequadamente valorizado (conforme as circunstâncias e as consequências), maior, será o prazer em sua profundidade, largura e extensão (parâmetros importantes para avaliarmos qualquer atitude).
Portanto, sempre será um erro centrar a vida, apenas, no que esperamos do futuro, sem saber como seremos e como iremos nos manifestar. Desperdiçamos energias que poderiam ser melhores utilizadas.
Deixar a vida em suspenso para ser celebrada no que virá amanhã, nos esquecendo do que “temos para hoje”, é no mínimo tolice. Devemos nos dedicar em perceber e nos conscientizarmos de que: o prazer existe quando não exigimos nada do amanhã (ou quando exigimos com necessária capacidade de flexibilidade e de adaptação) e, aceitamos de bom grado o que o hoje nos traz, sabendo que o imprevisto que irá acontecer, também terá suas vantagens para viver.
Normalmente, planejamos uma coisa e temos que viver outra e, diante desta ocorrência não planejada, nos lamentamos ou procuramos identificar a beleza contida na espontaneidade. O momento desejado talvez nunca chegue, mas sempre irá ocorrer outro momento, mágico de oportunidades e prazeres, portanto, não devemos perder energia nos lamentando e sim em descobrir o encanto do momento, em qualquer momento.
O imprevisto pode nos surpreender e ser melhor do que o sonhado.
“Algo está sempre por acontecer. O imprevisto me fascina” Clarice Lispector.
No imprevisto encontramos pessoas e situações, que nos possibilita nos encontrarmos conosco mesmo também, nos revelando, nos reinventando, começando sempre e tudo de novo.
Eu não sou nada do que planejei, sou a resposta das minhas imperfeições, das minhas derrotas, de tudo que não consegui, das mulheres que não me quiseram... . Mas, sabendo me beneficiar dos amores que vivi, da relação com a mãe dos meus filhos, com a minha vida junto a eles e com meus alunos, que deram sentido para a minha vida e colaboraram na transformação de um derrotado num vencedor. Gosto de conviver com a pessoa que me tornei e que nunca planejei assim ser. Fico feliz em ter descoberto o melhor existente nas pessoas com quem me relacionei. Então, graças ao que não fui, é o que hoje sou, convivendo em paz com os múltiplos de mim.
quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
“Sonhar é escrever poesia com a imaginação”
A poesia cria um espaço magico onde o inconcebível pode se harmonizar e o impossível pode real se tornar. O sonhador, como os poetas, são homens que conservam seus olhos de criança e idealizador.
A criança não tem medo de sonhar, de imaginar, de experimentar, enquanto o homem acredita que ao chegar à idade adulta é os sonhos estacionar e parar para não mais imaginar.
Adulto tem agora viver par somente trabalhar e, apagar os anseios no processo de se humanizar. O sonhar é o diário do animal marinho, que vive na terra e deseja os céus sulcar.
Como na poesia, que é a busca de palavras para as barreiras do desconhecido derrubar, o sonhar é buscar no desejo, sensações para nos completar.
Um dia, desenhei um sonho, pintei as senas com as cores preferidas, escutei uma música, escrevi poesia e, coloquei o encanto da lua e o brilho das estrelas no cenário do imaginário.
A realidade, nem sempre alegre, nunca me abala e nem transforma meus dias em pesadelo e, com este sonho me fortaleço e nos teus braços eu me realizo e aconteço.
Não é fantasia, vivo internamente, um amor, intensamente. Envolvo-me com você, na beleza da liberdade sem limites, assim sigo em frente, em direção ao infinito de mim mesmo.
Por que seguir em frente? Porque este é o destino, atrás de nós não existe mais caminho. Escrever poesia e executar o sonhar, mesmo que timidamente e com dificuldade, é melhor do que ler e nada fazer.
De olhos abertos ou fechados, mergulho no sonho, de te ver e te amar, para feliz a vida continuar e o perfume da flor admirar. Contigo quero estar, até um dia final, que nunca haverá de chegar.
Sonho tudo que jamais realizei, porque a imaginação me trás você, a música e a poesia. Assim, agora ou quando quiser, estou a me realizar sem mesmo dormir para sonhar.
Sonhei um dia e imagino para sempre, de mãos dadas caminhar e as flores admirar. Nunca deixo de lembrar, todos os dias te esquecendo, para todos os dias te procurar e te encontrar.
Tenho sempre vivido, na realidade e na fantasia, no corpo e na alma, para sentir jovem o coração que nunca cansa de te esperar, para poder abraçar e beijar, dormir abraçado, confiante e feliz.
O sabor do beijo, nunca se esquece, também não envelhece, para nos agradar e continuar a confiar; somente ele, nos possibilita conhecer melhor para melhor acreditar. O beijo revela as intenções!
Sonhar, com algo ou alguém, é ter certeza que a vida não para, sem possibilidade de desistir do combate, que se distraído ela nos abate: é perigoso viver sem sonhar.
Não importa o dia e a noite, com o desejo manifestado no sonhar, até a chuva é bem vinda, para refrescar, o fogo alegre da paixão. É prudente pintar a tela da fantasia, do amar e ser amado.
No sexo com a amada, o corpo tem gestos e a alma tem carinhos, que todos os dias necessitam ser renovados e outros inventados, para a realidade ser compreendida e valorizada.
O sonho, bem sonhado, tem largura, extensão e profundidade, para possibilitar inventar e construir uma vida, nova e ousada, imaginando castelos, para procurar e encontrar significativos tesouros.
Devaneio é a planta onde arquitetamos nos libertar, de tudo que dificulta a conquista do nosso bem estar, identificando a grandeza de uma vida de prazeres possíveis, sem nos limitar.
A realidade e os aspectos congelados da emoção, quando não observada com os óculos do bom humor, aqueles de lente cor-de-rosa de enxergar a vida, nos revela apenas o exterior dos fatos e nos nega diferentes sensações.
Somente na realização, antecedida pela imaginação ou no próprio sonho, é que podemos conhecer os interstícios e sentir o coração, de reinventarmos a vida e sentir a magia transformadora do afeto.
Sonhar é poder, é querer, é aprender outros ensinamentos, é modificar-se para tornar-se e, gostar de quem se tornou e poderá ser, pois é viver além do que aparenta ser. Sonhar não é fuga, é viver na alma das pessoas.
Busco, sempre, no sonho, o que não pude ter e gostaria de ter tido, de transmitir o que posso e que sei, de oferecer o que os outros não quiseram ou conseguiram aprender e receber.
Por que e para que sonho?
Não sonho para ser rei, apenas para ser livre e viver sem culpa, para descobrir e poder me revelar o que a realidade não possibilitou.
O sonho é superação, é a manutenção de um ideal, para não sofrer a ação corrosiva do tempo.
Sonhar faz bem para a saúde, é a única ação terapêutica e remédio disponível para qualquer pessoa em qualquer tempo e condição.
Sonhar com o que?
Com a sinceridade; com a possibilidade de conquista para incentivar e aprimorar a capacidade.
Com um ideal de vida; com a prática da ética no comportamento das pessoas nos grupos religiosos e sociais.
Com a fantasia para diminuir a sensação cruel da realidade; com a positividade e transformar o padrão de pensamento e atitude.
Com a possibilidade da realização pessoal – descobrindo e utilizando as forças interiores.
Com a aceitação dos próprios limites, atitude saudável e não alimenta a sensação de menos valia.
Com a aventura, que acontece com o aumento consciente da autoestima, que somos capazes de vencer, mesmo diante do medo...
Até Deus sonhou ao criar o mundo, teve a imaginação de que as pessoas pudessem, entre si: compreender, respeitar, valorizar, consequentemente amar.
ELE sabia que o amor é capaz de tudo vencer. Mas, querendo brincar de deus, o homem procurou outros caminhos.
Sonhar é a forma de construir um tempo de continuar a Criação: a imaginação cria e a vontade realiza.
Por tudo isso eu sonho, com o corpo, com a mente, com a alma, com o espírito, com todos os sentidos e sentimentos.
O sonho me possibilita ter ideias, criar espaços e, povoá-los com os eleitos e necessitados.
Como construtor, das múltiplas vidas de pessoas, que existem em mim, necessito da imaginação e da coragem, pois, quem não consegue sonhar e correr o risco de viver os seus sonhos, não vive, apenas existe.
O sonho, tem me levado conhecer e habitar paraísos, desconhecidos ou inventados, perdidos ou recuperados. Através dos sonhos realizei viagens impossíveis e desvendei mistérios.
Os sonhos possibilitaram-me ir além, do determinismo e da fatalidade. Aqueles, que sonhei sabendo que sonhava e, que até provoquei.
Diferentes do que sonhei durante o sono, que nem sempre consegui entender ou lembrar.
O sonho sempre representará a criança que conosco vive e, que não devemos decepcionar ou escandalizar.
Para o nosso bem estar, ela procura, como a natureza, nos proteger. Tem um tempo maior de ser feliz, o homem que se proporciona acreditar.
Um dia, quando a morte chegar, para mim apenas deixarei de viver, e alguma lembrança quero com palavras deixar.
E, deste mundo, eu e a criança que também sou, de mãos dadas, vamos nos retirar.
Eu como ela, nunca deixamos de sonhar e, por acreditar, para mim assim será.
Mais importante do que acreditar em Deus é saber se ELE acredita em nós, e por acreditar, nos ofereceu a possibilidade de escrever e sonhar.
quarta-feira, 4 de dezembro de 2013
terça-feira, 3 de dezembro de 2013
“Identifique o que deve ser levado a sério e ria do resto”.
O humor é um poderoso instrumento de que o ser humano dispõe para RELATIVIZAR seus problemas e se distanciar deles. Uma situação que nos parece muito grave, adquire uma configuração totalmente diferente, no momento em que conseguimos rir dela.
O bom humor é uma das qualidades divinas do homem. Ele espalha mais felicidade do que outras riquezas. O hábito de olharmos com esperança e de esperarmos o melhor e não o pior é consequência natural das pessoas bem humoradas.
Disse Voltaire: “O pessimismo é humor; o otimismo é vontade”.
Portanto, é possível aprendermos a identificar o que realmente deve ser levado a sério e fazer e rir das outras coisas ou pessoas, que muito pouco ou nada nos representam. Como o artista genial “Aleijadinho”, que ria dos seus desafetos (e das coisas que podia viver muito bem sem elas), os representando como diabos nas suas esculturas. Apesar de todas as dificuldades, o bom humor foi principal ferramenta para a manifestação deste gênio imortal.
O humor é um estado de ÂNIMO (energia que mobiliza a nossa vida), cuja intensidade representa o grau de DISPOSIÇÃO e BEM ESTAR (psicológico e emocional) de uma pessoa. Todos desejam permanecer próximo de uma pessoa bem humorada e afastar-se do mal humorado – o humor é contagiante.
O humor é uma das chaves para a compreensão das culturas, religiões e costumes de uma sociedade, no sentido amplo, sendo elemento vital da condição do “homem que sabe”, independente do tipo do processo de humanização.
“A imaginação oferece às pessoas consolação por aquilo que não podem ser... e... o humor para aquilo que efetivamente são” (Albert Camus).
segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
“Se um homem não tem nada para comer, o jejum é a coisa mais importante para fazer” (Hermann Hesse).
A luta constante contra a realidade nos esgota e nos deixa sem recursos. Há situações que não podemos mudar - nem se esconder ou fugir delas - que podemos considerar como FATOS e, outras, que podemos mudar, pois, são apenas SENSAÇÕES, que variam conforme o momento e lugar.
Portanto, com relação a sentimentos, maneira de sentir a vida, avaliações e considerações, sempre será importante saber se é FATO ou SENSAÇÃO. O Fato a gente aceita e aproveita o que existe de melhor nesta condição. A sensação a gente muda, transformando-a conforme nossa conveniência, mudando a maneira de pensar e agir, para melhor sentir o resultado das nossas relações com as pessoas e o mundo.
O fato é que hoje, dia 02 de Dezembro de 2013, é segunda feira, e cada um viverá conforme próprio entendimento, as diferentes situações. Os que não trabalharam no final de semana poderão lamentar-se, profundamente, pois acabou um período significativo que nos possibilita dispor emocionalmente de um tempo convencional. Mas, quem trabalhou, talvez possa hoje descansar ou fazer o que pode e tem que ser feito. São realidades que não mudam, mas podem ter diferentes interpretações.
Enfim, sempre existirão situações, que por mais dolorosas que sejam, devemos adaptar as nossas atitudes para não piorar as coisas e sofreremos menos.
Promove melhor bem estar para si mesmo, quem consegue perceber e avaliar o que de bom cada situação nos trouxe e pode nos trazer.
A vida é uma invenção, invente uma coisa interessante, que pode proporcionar prazer, mesmo nesta segunda feira. Crie uma história simples, para recordar com alegria, aprenda algo novo (nem que seja o simples significado de uma palavra), envie mensagem para um amigo, leia um aforismo transformador (como esse do Hermann Hesse)... .
Torne sua vida interessante, todos os dias! Inclusive hoje.
Temos que transformar a realidade, por pior que se manifeste inicialmente, como aprendizado e aprimoramento pessoal. Sempre existirá algo de positivo em toda circunstâncias: não podemos ver somente os espinhos entre as rosas, mas, temos também que observar, para valorizar, as rosas entre os espinhos. Observe que o fato é o mesmo: rosas com espinhos. As sensações é que são diferentes: lamentar-se por perceber os espinhos entre as roas ou contemplar as rosas entre os espinhos.
A VIDA DE CADA HOMEM É UM CAMINHO EM DIREÇÃO A SI MESMO. É O ENSAIO DE UM CAMINHO, O ESBOÇO DE UM RUMO.
Toda existência é uma trilha, que chamamos de destino, que deve ser percorrida por cada pessoa. NINGUÉM pode fazer isso por nós, porque o caminho não está marcado em nenhum mapa (não existe a mínima possibilidade de ser – somos gente e não marionetes, manipulados por fios imaginários).
Nós construímos a nossa trilha pouco a pouco, passo a passo, com nossas decisões e ações, sempre determinadas pelas circunstâncias, procurando ser quem dizemos que somos...este é o desafio de toda pessoa.
domingo, 1 de dezembro de 2013
“Julgar os outros”
A atitude de julgar os outros é inconveniente e prejudicial, além de ser tendenciosa e raramente corresponder à realidade.
Nada sabemos dos outros e muito pouco de nós mesmos. O que passa no coração de cada pessoa é um mistério, nem elas próprias conseguem entender e se revelar de maneira sincera.
Esta falta de virtude e manifestação de caráter duvidoso, O DE EXERCER O PAPEL DO JUIZ DA VIDA ALHEIA, é a desculpa racional para não analisar a própria existência.
Se observarmos os que costumam emitir julgamentos sobre o que os outros fazem, encontraremos neles um grande déficit de autocrítica.
Usualmente, o ser humano necessita fazer comparações para compreender e avaliar os fatos e, para não conviver com a “sensação de menos valia” desqualifica o outro ou destrói as suas ações. Assim, sente-se nivelado com os demais.
Outros, para sentirem-se superiores, menosprezam ou anulam os feitos dos seus desafetos.
Este hábito insano só pode ser modificado com um novo hábito, construído com o exercício lógico da compreensão, diante das circunstâncias, de quem somos sempre dependentes.
Nada melhor do que desenhar, para a prática de comportamento natural, na forma de nos revelarmos nas relações do cotidiano, é a verdade de que “não somos melhores e nem piores do que ninguém, apenas diferentes”, e, o que torna o mundo interessante é a possibilidade de convivermos, harmonicamente, com pessoas diferentes – mesmo porque não existem duas pessoas iguais, nem entre irmãos gêmeos.
Libertar-se do vício, falso e cruel, de julgar os outros, é sinal de maturidade, de transformação do pensamento e ação, de aprimoramento pessoal e evolução no processo de humanização.
sexta-feira, 29 de novembro de 2013
“Uma das estratégias mais significativas na vida é colocar-se no lugar onde podemos servir melhor”.
É onde os nossos dons e qualidade encontram a melhor terra para crescer, transformando-se com a realidade e nos aprimorando como pessoa.
As possibilidades de promovermos o BEM ESTAR, para os outros e para nós mesmos, é entender a vida como missão e a profissão como serviço, independente das atribuições do cargo e função do momento.
As histórias das pessoas revelam o desejo de sofrermos o mínimo possível.
Alguns passam a maior parte do tempo pedindo perdão ou lamentando-se por existir, pois não gostam da vida que levam e atribuem tal fato à ira dos deuses. É muito comum e, em diversos momentos, podemos nos sentir insignificantes e com a sensação de “menos valia”, acreditando que a contribuição para o mundo é ínfima ou nula. As oportunidades que nos foram apresentadas e as experiências vividas podem nos proporcionar esta visão sobre nós mesmos.
Entretanto, TODO SER HUMANO É MUITO VALIOSO.
O problema de algumas pessoas é que elas não encontraram ainda um meio e o lugar certo para se realizarem e brilharem.
Muitas vezes, a dificuldade de um estudante ou de um profissional ter sucesso, tem a ver com o fato de ele estar no lugar errado, ocupando o cargo errado. Sendo obrigado a desempenhar uma função que está muito distante de sua natureza, competência e habilidades. Quando poderia se destacar em outro departamento e com outro tipo de atividade.
O mesmo se dá em outras áreas da vida.
Existe uma maior possibilidade em sermos bons amantes quando encontramos o parceiro ideal. Seremos excelentes trabalhadores quando encontramos a atividade que melhor podemos aplicar as nossas habilidades e desenvolver outras afins. Produzimos mais e melhor, sempre que estimulados.
NINGUÉM nasceu para fracassar e sim para ser vitorioso. Precisamos encontrar uma motivação para triunfar, para nos modificarmos, para nos aprimorarmos, para nos superarmos, para nos revelarmos e sermos um vencedor, principalmente diante de nós mesmos.
Como o sentido da vida não é herdado e deve ser criado, entende-se que nesta construção, equívocos e fracassos irão ocorrer, portanto, é prudente lembrarmos as palavras de Henry Ford:
“O insucesso é apenas uma oportunidade para recomeçar, de um modo com mais inteligência”. “Estar decidido, acima de qualquer coisa, é o segredo do êxito”.
Só tem sucesso quem decide ter sucesso, compreendendo que ele depende de um conjunto de meios (que devem ser adequadamente escolhidos) para facilitar a conquista.
Como o insucesso não é um castigo, o sucesso não é um presente, é o resultado de consequências de ações produtivas.
quinta-feira, 28 de novembro de 2013
“O homem é algo a ser superado...necessita de aprimorar-se... na forma de pensar para agir”.
Por que ele deve superar-se?
Porque ele é uma ponte, não um objetivo final, como afirmam os principais pensadores do comportamento humano. O objetivo final é a conquista dos melhores resultados possíveis, para a realização pessoal, livre e responsável. O que interessa na vida é viver bem, influenciando positivamente os outros e colaborando na construção do sucesso nas diferentes relações - com os diferentes grupos sociais.
A nossa relação conosco mesmo e com os outros é uma questão bastante humana: nós nos sentimos parte deste mundo (quase sempre sem juízo) e ao mesmo tempo fora dele (o homem é um ser solitário).
Fato e sensações, sempre presente, que nos sugere acreditar em anjos, fenômenos paranormais em geral e no mistério (que só se explica com mais mistérios ou se desfaz com o conhecimento).
Alguns filósofos, como Nietzsche, destaca essa semente divina que vive no espirito humano. Nenhuma outra espécie foi capaz de voar aos céus e, ao mesmo tempo, rastrear as profundezas marinhas. Se, conseguimos tudo isso utilizando apenas uma porcentagem mínima do cérebro (refere-se 10%), o que seríamos capazes de fazer usando uma parte maior?
Portanto, diante de nossas dificuldades e necessidade de superação, temos que lembrar sempre desta condição: NÓS NOS FAZEMOS LIMITADOS, porque assim acreditamos.
Por que não usamos toda nossa potencialidade? Somos muito mais capazes do que imaginamos ser ou nos fizeram acreditar (alguém deseja cobrar ágio pela nossa fé?).
Revelamos sempre as nossas supostas limitações e vamos buscar, longe de nós mesmos, as soluções. Transferindo-as para outras pessoas ou outras entidades imateriais e que acreditamos serem protetoras. Quando conseguimos o que desejamos, agradecemos e testemunhamos diante da congregação; no caso contrário apenas justificamos, racionalizando para não perder a fé ou a proteção numa outra ocasião. Na maioria das vezes, não questionamos algumas afirmações doutrinárias, mesmo que ilógicas e sem sentido, por medo do castigo e revolta dos deuses.
O maior pecado que uma pessoa pode cometer contra a criação ou evolução, contra o Criador ou a Natureza, é ignorar e não se beneficiar da porção divina, existente em toda pessoa, capaz de realizar todas as transformações possíveis e necessárias.
A nossa própria natureza nos preserva sempre, até a falência do conjunto das funções orgânicas que resistem à morte.
“O preceito religioso de que um homem deve mostrar sua fé por meio de suas obras, vale também na filosofia natural. Também a ciência deve ser conhecida pelas suas obras. É pelo testemunho das obras, e não pela lógica ou mesmo pela observação, que a verdade é revelada e estabelecida. Decorre disso, que o melhoramento da mente de um homem e o melhoramento de sua condição, são a mesma coisa” Francis Bacon.
Somos Marionetes ou Pessoas (livres e responsáveis)? Executores de um sentido determinado ou Construtores deste sentido no decurso da vida? Coadjuvantes ou Protagonistas da própria história? Cumprimos o que nos está destinado ou escolhemos caminhos, conforme as circunstâncias?
Como conhecer o homem, este eterno ser desconhecido?
Enfim, o único sentido que podemos dar para a vida é a necessidade de vivê-la o melhor possível. Comprometido em ser um facilitador na vida dos outros, para melhorar a sociedade, consequente a nós mesmos e a nossa descendência.
Lema: VIVER BEM E DEIXAR UM MUNDO MELHOR DO QUE ENCONTRAMOS.
quarta-feira, 27 de novembro de 2013
“O que realmente nos importa?”
INICIALMENTE: desejamos obter CONHECIMENTO.
E, para isso, devemos todos os dias aprender coisas novas. Temos (nem sempre queremos) que adquirir, para acumular, um conjunto disperso de informações. Para mais tarde, percebermos, que não promoveram, obrigatoriamente, o aprimoramento para vivermos melhor. Enfim, é determinação da sociedade: a obrigação de aprendermos. Para incorporarmos ALGO NOVO na nossa bagagem de vida (também chamada de Curriculum Vitae), sem saber O QUE e PARA QUE. Somos obrigados a buscar respostas mesmo sem saber as perguntas.
POSTERIORMENTE: despertamos para a realidade e buscamos a SABEDORIA.
Para o êxito deste processo, vamos, todos os dias, espontaneamente - considerando as circunstâncias e consequências - eliminando coisas antigas. Decidimos formar novos hábitos, saudáveis e produtivos, escolhendo a forma e o conteúdo de nos reinventarmos para renascermos transformados, sem remorsos e muita alegria. ABANDONAMOS o que não nos serve mais ou nunca nos serviu, com maturidade e natural satisfação. As influências negativas, que insistiam em se comportar como vampiros energéticos, poderão ser exorcizadas gradativamente.
TRANSFORMAÇÃO É UMA CONSEQUÊNCIA (o sentido concreto da evolução): para a vida torna-se mais simples, leve e agradável.
Com a sabedoria, a gente vai identificando e qualificando as virtudes, descobrindo e priorizando as necessidades, construindo o nosso momento e, escolhendo como queremos e podemos viver. Principalmente, temos a oportunidade de nos livrarmos dos fardos pesados e inúteis que não queremos mais carregar; acompanhando-nos somente as necessidades que nos fazem sentido. Como resultado, fica mais fácil superar os transtornos do cotidiano.
Com sabedoria, passamos a nos conhecer, efetivamente, e, nos aceitarmos como conseguimos ser, gostando de quem nos revelamos nas relações. Com a aceitação surge a justa valoração. Assim, a opinião que mais nos interessa é a nossa, com a própria avaliação das atitudes e do desempenho.
Não fazemos mais questão que os outros nos considerem certos e, muito menos, temos a imperiosa e despótica necessidade de nos avaliarmos como pessoa que está sempre certa, pois, agora sabemos que a única certeza que podemos ter, de algo ou de alguém, é que não temos certeza de nada. Assim sendo, conquistamos a tranquilidade e gostaríamos que esta fase fosse eterna, pois, já começamos a sentir os prazeres da liberdade e do bem estar, que chamamos de felicidade.
Na vida, o que importa mesmo é ter paz, para fazer, com tranquilidade e com bom senso, o que alegra ao coração.
Cada momento é: o ontem, o hoje e o amanhã da nossa vida. Não vivemos no passado, mas ele vive em nós. Não vivemos no futuro, mas, influenciamos o como viver o nosso amanhã. Portanto, nosso melhor momento é QUANDO...facilitamos o fluir natural da nossa vida, colaborando com a vida do outro.
Sugestão: “Apressa-te a viver bem e pense que cada dia é, por si só, uma vida” Sêneca.
Conclusão: “Sinto-me nascido a cada momento...para a eterna novidade do mundo” Fernando Pessoa.
terça-feira, 26 de novembro de 2013
“NUNCA É SERENO O CURSO DO VERDADEIRO AMOR”.
Como a flor, que só sabe o que representa, dependendo de quem cuida ou quando alguém oferece à amada, sou eu, que você não entendia, mas em mim sempre renascia, o desejo de contigo estar e me renovar.
“Quando se ama, qualquer gesto é uma possibilidade. Basta um grau muito pequeno de esperança para que nasça e renasça o amor!”
Assim é a estrela Dalva, que no seu desponta com a Lua, que se aclaram e brilham como cenário, para que aconteça a seresta e a poesia, declamando que és linda, porque te acho linda, mesmo não sendo minha.
“Aquele que ama é um ser mais divino que o amado, está possuído por um Deus!”
Sem você minha vida continuou, com superação e movimentos, compartilhando afeto e vivendo outros sentimentos; porém, nada melhor do que estar a pensar, o bom do meu amor, foi sempre te amar.
“No amor basta uma noite, um sonho talvez, para fazer de um homem um deus!”
Quando te vi, de vez primeira, não sabia de onde vinhas e nem porque eu lá estava; você sempre ia, quando eu já chegava - na verdade pouco pude estar onde você sempre estava. Será a eterna esperança malograda?
“Com o amor, surgem consequências e circunstâncias. Há momentos complexos de ansiedade e prazer!”
Quem te enviou ou quem me mandava, pouco importava; com carinho meu amor te recebia e com paixão sempre quis te acolher, para então viver, da maneira como deve ser, o amante e a amada.
“Desejar violentamente uma coisa é poder tornar-se cego para os demais!”
Você acendia a vontade do encontro e me inquietava; alma que nunca sossega e coração que sempre sangra; vida que se desenhou iluminada e poção de magia que me encanta, sem ter mesmo hora marcada.
“Quando não se ousa amar sem reservas é que o amor deve acabar, antes mesmo de começar”.
Abro todos os dias a porta que nunca está fechada, para entrar e eu ver, pelo menos passar, quem possibilita me emocionar e seguir em frente, com a esperança de amanhã, talvez, te ver e me encantar...mais uma vez.
“A beleza também é a promessa de felicidade. A ninguém é facultado amar e manter-se sábio”.
No amor, temos a impressão de que uma felicidade ilimitada, além dos mais desvairados sonhos, está ali dobrando a esquina, aguardando apenas uma palavra ou um sorriso.
“Depois o abraço demorado, para nunca mais largar, sendo eterno enquanto durar”.
“A vida nunca teve e parece que nunca terá um único sentido para a vida”.
Temos muitas coisas para fazer no dia de hoje e amanhã: arrumar a casa, cuidar das plantas ou dos animais, trabalhar, namorar, discutir, perder e vencer...sacudir as asas que pegamos emprestados da imaginação e pintá-las, todos os dias, com as cores que a vida nos oferece ou vamos encontrar na nossa determinação ou desejo.
Para isso, vamos cantar música ou escutar melodias, rezar mantras ou fazer oração... na esperança de lançar ao vento boas sementes, para acolher sem revoltas e até com gratidão, num altar secreto, as novas lições e os produtivos aprendizados que este dia nos proporciona.
Buscar paraísos perdidos, retomar velhas canções e lamentar por ensinamentos esquecidos, faz parte do cotidiano. Sonhar e caminhar na direção de fontes naturais, contemplar a natureza, beber água límpida para saciar a sede de viver e se alegrar, é o destino do hoje, de amanhã também.
Já que a vida é uma criação, vamos desenhando o que podemos e colorindo o traçado pelas circunstâncias e consequências.
Temos que nos convidar libertar as sombras dos fantasmas que habitam nos nossos pensamentos – nunca deixando fazer morada no coração, a sede dos sentimentos. Para que aprisiona-los? Com eles vivemos terríveis pesadelos, pois a vida é nostálgica e cheia de loucuras, que nos torna trágicos em pleno dia.
Só uma coisa é capaz de nos fazer suportar a tragédia – como na Grécia Antiga: “A divina beleza”.
É preciso fazer muitas coisas todos os dias! Abrir as cortinas no teatro prolixo da nossa existência. Procurar para encontrar o sol, pois, alguns negam a existência dele apontando para a miséria. Será que o Messias só virá quando não for mais necessário?
Aonde colocarmos as nossas esperanças? Considerando as palavras de Guimarães Rosa: “Viver é muito perigoso”. Como então transformar a realidade? Ajuda de quem é fundamental? Como ser a pessoa que devemos nos tornar?
Contamos com excelentes facilitadores, que nos proporcionam possibilidades de entendermos o universo e aprender com ele construirmos relacionamentos que podem dar certo, como: a TERAPIA (o encontro que transforma), a ciência e a filosofia (conhecimento intelectual), as diferentes expressões de arte (comunicação e busca estética da ética – que sempre deve valorizar a vida), alguns esportes (autoconhecimento e desafios) e as religiões (conforme a cultura de cada pessoa e suas necessidades).
Nos prepararam de maneira ridícula para o mundo, sempre com verdades transitórias e, vagamos nele, que se torna cada vez menor para nós, talvez porque nunca nos mostraram que temos de nos identificar com o papel que representamos nele. Identidade não é um número de registro é um conjunto de atitudes.
Nascemos e Crescemos num pequeno ambiente social, depois nos mostramos para o mundo, mas, o nosso ambiente contínua, igualmente, estreito. O mundo se globalizou e ocupamos os poucos espaços que sobraram. Qual a solução? Procurar outro ambiente, adequado à nossa medida?
Nem sempre decidimos por nós mesmos o lugar que ocupamos e o papel que representamos. Sem nos perguntar ou considerar “que tipo de vida queremos levar”. Tudo ou nada pode parecer milagre...tudo ou nada pode representar ser a vida...conforme o momento.
Ou o mundo é muito diminuto, ou somos enormes; o fato é que no imaginário temos a sensação que o preenchemos completamente, não tendo mais espaço para nos expandirmos.
“Não deixam de ter razão os movimentos espirituais revolucionários que questionam a relevância do anterior, já que, de fato, ainda não aconteceu nada” (Kafka).
Pois, são tantas as verdades, que na verdade, parece não existir verdade nenhuma. Tudo é visionário, ninguém consegue, de fato, provar nada. Assim precisamos, a cada dia e fase da vida, darmos um sentido para ela, para que, efetivamente, tenha um sentido, pelo menos para cada um de nós.
Todo mundo ou ninguém, pode ou não, ter razão ou deixar de ter, seja este mundo e o ser humano, criação (surgiu do nada) ou evolução (transformação a partir de alguma coisa).
Então, precisamos conhecer o todo para entendermos o um, que sempre é influenciado pelo todo. Ao dimensionarmos o todo...dá uma sensação de não sermos nenhum. Ou, sermos a mais significativa existência do universo: ORIGINAL (um ser único, indivisível e que nunca se repete - pelo mesmo na mesma forma e conteúdo).
Hoje, como ontem e amanhã, temos que procurar nos vestir como um rei de púrpuras se veste. Esta púrpura é simbolizada pelo brilho da iluminação interior (bondade, gratidão, amor, alegria, compartilhamento, celebração...).
Todo dia, temos muitas coisas para fazer...até não fazer nada, para dispor emocionalmente do tempo.
segunda-feira, 25 de novembro de 2013
“A melhor aventura e possibilidade no mundo é procurar, sinceramente, SER A GENTE MESMO”.
Por que e para que este desafio?
É simples, as outras personalidades já tem dono e nada tem haver conosco. As boas atitudes dos outros podem e devem, apenas, nos servir de exemplos.
Querer viver como o outro, trilhar um caminho já existente ou determinado, certamente, nos conduzirá a uma vida que não irá nos satisfazer. Cada um tem uma maneira própria de pensar e agir, para sentir o mundo, conforme suas possibilidades, necessidades, desejos e limitações.
A necessidade mais presente e significativa de todo ser vivo é a LIBERDADE. Só a liberdade possibilita a conquista da Responsabilidade. Liberdade de alguma coisa...liberdade para alguma coisa. Nascemos para ser livres e nos aventurarmos, para descobrirmos de que maneira queremos e podemos existir, para nos relacionar com os outros e com o mundo, como pessoa autentica, genuína e sincera. Os outros, gostar ou não gostar da gente deve ser uma consequência.
Alguém sugerir ou impor mudanças – a não ser quando temos um comportamento marginal, incompatível com a ética social - para sermos aceitos, nos diferentes relacionamentos, é valorizar quem não somos, não podemos e nem queremos ser.
Na vida só podemos ser o que queremos e podemos ser: considerando potencialidades e limitações.
Há muitas pessoas mundo afora levando uma vida que não lhes satisfaz, às vezes por seguir caminho traçado pela família, às vezes por desejar atender expectativas sociais.
Que seja cada um o mestre do próprio individualismo. Não no sentido de virar-se contra o mundo ou aproximar-se dele, interessadamente quando e como melhor convém. Mas, a se relacionar com as pessoas de forma autêntica, sendo de fato o que somos e não o que aparentamos ser e, aceitando o que conseguimos ser: uma pessoa única (sendo única não existe possibilidade lógica de comparações), que não se repete jamais (portanto nos faz mais responsáveis, ninguém fará o que cada um deve fazer e muito menos o “como” fazer).
Para que nascer original e transformar-se numa cópia ou caricatura de gente?
Quando assumimos esta realidade, fica mais fácil nos valorizarmos e assumir o nosso papel nas relações com os outros e conosco mesmo. E, podemos nos movimentar, livremente, pelos diversos cenários que o mundo nos proporciona a todo instante, tornando mais leve o fardo natural da vida que temos que carregar até a morte.
Diz o ditado popular: “Quando estiver em Roma, faça como os romanos”. Mas...NUNCA DEIXE DE SER VOCÊ MESMO. A nossa identidade não pode ser representada apenas por um Número de Registro, e sim, pelo nosso comportamento diante de nós mesmos, respeitando o lugar e costumes da outra cultura.
DESCOBRIR quem somos e quais as nossas PRIORIDADES é a mais importante das missões na vida. Portanto, é preciso, cada um, descobrir e lutar para revelar a própria identidade e, os outros nos aceitarem como consequência. Caso contrário, nunca gostaram de nós e sim, de uma pessoa imaginária.
No século XVII disse o pensador Francisco de Quevedo: “Se puderes, vive para ti, pois, ao morreres, morrerás apenas para ti”.
Morrer por uma causa...nunca significou que a causa era justa.
sábado, 23 de novembro de 2013
“O simples fato de viver exige: conhecimento para compreensão, e, acreditar para sofrer menos”.
FÉ é a condição positiva do pensamento, que facilita as nossas ações e nos possibilita superar as dificuldades, com mais facilidade, e dispormos de um tempo maior para estarmos tranquilos, com ausência de conflitos e a presença do bem-estar.
A vida, por si só, constitui uma fonte inesgotável de motivos para acreditarmos, positivamente, nas boas possibilidades. Pois:
- De uma forma ou de outra, todo problema tem solução, toda solução pode ter erros e estes podem ser corrigidos, até pela ação natural do tempo.
- Os dias desfavoráveis tem um fim e são seguidos por dias mais favoráveis. O ser humano sempre acredita que amanhã estará melhor e deve exercitar este desenho mental.
- A maioria das nossas preocupações quase nunca acontece. Na maior parte do tempo: sofremos em vão.
- Toda dificuldade, ocorrida como consequência de um acidente ou não, pode ser entendida como uma oportunidade de transformação e aprimoramento. As crises podem ser entendidas como um trampolim para um estado superior na própria existência.
- Ao saber que a nossa vida não é linear, podemos desfrutar melhor a montanha-russa da existência. As subidas e descidas fazem parte do jogo da vida de todas as pessoas. Viver é dançar na corda bamba das incertezas.
- A maioria dos assuntos que nos angustiam, não são tão importantes quanto parecem ou imaginamos ser.
- O amor é um drama cheio de contradições, relacionadas às inseguranças naturais, como medo, baixa autoestima, avaliações e expectativas, ansiedade para corresponder, ciúme, egoísmo...
- Os relacionamentos são feitos com pessoas e, cada uma tem necessidades diferentes da outra, no mesmo momento ou ao longo do relacionamento. E, um tenta moldar o outro, com simples palavras e manipulações de ideias, até com brigas e agressões.
- As relações dificilmente são equânimes, alguém sempre precisa ceder, pois, há grande desnível entre esforço empreendido por cada um na forma de se relacionar.
Não acredite em algo simplesmente porque ouviu. Não acredite em algo simplesmente porque todos falam a respeito. Não acredite em algo simplesmente porque está escrito em seus livros religiosos. Não acredite em algo só porque seus professores e mestres dizem que é verdade. Não acredite em tradições só porque foram passadas de geração em geração. Mas depois de muita análise e observação, se você vê que algo concorda com a razão, e que conduz ao bem e beneficio de todos, aceite e viva-o.
Buda
sexta-feira, 22 de novembro de 2013
“Um bom livro, a reflexão sobre um tema esclarecedor, uma conversa produtiva com pessoa interessante, é o meio mais adequado para nos conhecermos e nos transformarmos, aprimorando a pessoa que estamos nos tornando”.
“Um bom livro, a reflexão sobre um tema esclarecedor, uma conversa produtiva com pessoa interessante, é o meio mais adequado para nos conhecermos e nos transformarmos, aprimorando a pessoa que estamos nos tornando”.
Comentei em artigo anterior sobre a BIBLIOTERAPIA como método de transformação das pessoas. Esse é um método prático e acessível para todas as pessoas. Possibilita significativas mudanças na forma de pensar para agir e, consequentemente, de sentir o mundo. Os resultados conquistados são excelentes para compreendermos as relações que vivemos espontaneamente: conosco mesmo, com a família, com o trabalho e com o mundo.
Assim, podemos entender as relações e suas consequências como produto das circunstâncias que vivemos e, interferir, sabiamente, em cada uma das diferentes situações ou departamentos, que podem ser consideradas como instituições.
Na vida de cada um, sempre acontece questionamentos e dúvidas – ocasionais ou intencionais - que precisamos responder: Quem estou me tornando? Para onde esta vida está me levando? Para aonde eu desejo e posso ir? Como construir uma nova forma de relacionamentos (considerando as diferentes pessoas que existem em mim) e, devem se comportar (os múltiplos de mim) nos diferentes locais que devo estar? Como administrar o tempo e estabelecer prioridades? O que realmente importa? Qual a importância e que valor tenho atribuído às pessoas e às coisas?
Certas leituras, para cada assunto, tem a capacidade de nos proporcionar prósperas mudanças, desvendando mistérios e nos possibilitando escolher a melhor “máscara para vestir”, “o papel adequado para interpretar” e o “jogo certo para ser armado” conforme o local e a ocasião.
Como me curar de mim mesmo? Como fugir das preocupações do cotidiano que aumentam assustadoramente? Como superar os transtornos e as dificuldades da existência humana? Como me resolver nos tempos de cada micro-tédio?
Acredito ser a leitura, produtiva, uma excelente companhia além de ser um excelente recurso terapêutico.
Alguns filósofos e estudiosos do comportamento humano, dizem que necessitamos dos livros que nos os afligem profundamente. Temos que viver emoções fortes por meio da leitura, de um filme, de uma peça de teatro, de uma conversa provocadora...que gerassem mudanças profundas na nossa psique.
“Se o livro que lemos não nos desperta, como um soco no estômago, para que lê-lo?” (Franz Kafka).
Às vezes, também precisamos de “café com bobagem”, como distração e lazer, mesmo sabendo que apenas o sofrimento é capaz de transformar uma pessoa. A vida é assim: precisamos de trabalho e descanso, de provocações e tranquilidade, de desafios e de contemplação, de carinho e ausência temporária dele (para entendermos o significado do encontro e a importância de mantermos a conquista).
Não podemos nos limitar, apenas, acreditando no que dizem os livros (que devem ser recomendados pela sua importância e boa origem), temos que praticar o que lemos e concordamos, transformando as simples palavras numa produtiva ação, acertando ou errando, sempre ajustando as ações à realidade. “NINGUÉM educa ninguém, ninguém se educa sozinho, as pessoas educam-se entre si mediadas pela realidade” (Paulo Freire).
Temos que experimentar o que está escrito ou dito, convenientemente, entendendo que esta vivência é pessoal e intransferível, apenas aconselhável.
Os resultados só podem ser observados como consequência das ações, praticadas e visíveis, para serem: planejadas, organizadas, coordenadas, dirigidas e avaliadas, para novos ajustes e tomadas de decisão.
Viver é administrar e administrar é estabelecer prioridades.
O que é e tem sido, realmente, importante para você? Assim será para sempre, enquanto existir? O que poderá ser motivo de transformações? Qual o melhor meio?
quinta-feira, 21 de novembro de 2013
“VIVER é estabelecer metas, e, nos desviarmos incessantemente”.
Normalmente, nos desviamos de tal maneira que a confusão nos impede de saber do que estamos nos desviando.
Enrique Mora, biólogo, consultor e escritor, em seu livro “Zig Zag”, fala da importância de, às vezes, nos desviarmos do caminho, pois isso nos afasta do trajeto e nos leva a lugares que de fato precisávamos ver e foi bom ter visto.
Idealmente, para ir de um lugar para outro, o caminho reto é o mais curto, mas, na trajetória de vida das pessoas costuma ser muito difícil evoluir em linha reta.
É comum surgirem imprevistos que alteram a nossa trajetória e que, aparentemente, nos fazem “perder” tempo. Ainda assim, saber enfrentar essas circunstâncias imprevistas, essas complicações, nos possibilita crescer e nos aprimorarmos como pessoa.
Da dor e do sofrimento, por algum acidente ou transtorno, se formos capazes de extrair algum aprendizado da situação, sairemos transformados e fortalecidos.
Aprendemos muito mais e nos revelamos muito melhor, tendo de avançar contra o vento do que com o vento a nosso favor.
Nas curvas e na nova estrada, percorrendo caminhos que chamamos de destino, podemos encontrar significativas lições, que nos possibilita vivermos novas experiências, jamais determinadas e imaginadas e, que, nos transformam - nos tornando uma nova pessoa - que soube aproveitar os ensinamentos espontâneos da vida.
Nem tudo que nos acontece no dia a dia é desejado e nos convém, mas, de tudo nós podemos nos beneficiar, para aprender a valorizar o que realmente é importante e, estabelecermos uma ordem de prioridades, descartando, quando possível, o que nada nos beneficia ou só nos prejudica.
Assim disseram:
“O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás o que colher”.
Cora Coralina
“Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um “não”. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta”.
Augusto Cury
“Os ideais que iluminaram o meu caminho são a bondade, a beleza e a verdade”.
Albert Einstein
“Cada homem deve inventar o seu caminho”.
Jean-Paul Sartre
“Nunca ande pelo caminho traçado, pois ele conduz somente até onde os outros já foram”.
Alexander Graham Bell
quarta-feira, 20 de novembro de 2013
NENHUM político, NENHUM partido, NENHUM sistema: representam o melhor para a sociedade. Como todo ser vivo, o homem nasceu para ser livre e conquistar o seu próprio bem estar. Fora isso é tudo farsa e mentiras.
Já refletimos com algumas celebridades, como Cyrulnik (que fala da importância de aprendermos com os próprios erros, para não sofrermos em vão), de Viktor Frankl (ao mostrar a importância de darmos um sentido para a própria vida...para que tenha ela um sentido).
Hoje, quero escrever um pouco sobre Erich Fromm, que nasceu no seio de uma família judia ortodoxa, na Alemanha de 1900. Foi psicólogo e autor de obras de grande sucesso. Muitas vezes apresentava um discurso, mostrando que o ser humano tem medo da liberdade, porque implica em responsabilidade. Disse também que a vida é um processo constante de novos nascimentos, e, a grande tragédia na vida é que a maioria das pessoas, efetivamente: morrem sem nunca terem nascidos.
Nos seus escritos, observamos que já naquela época, que o homem está dominado pela sociedade de consumo exagerado, e o próprio homem se trata como um capital que deve ser investido.
A eclosão da Primeira Guerra Mundial e a loucura coletiva que levou a juventude alemã a se aniquilar nas trincheiras impressionou o jovem Erich, que se surpreendeu com a reação dos rapazes que abriram mão de pensar livremente para se deixar levar ao matadouro pelas mãos implacáveis de dirigentes egoístas e irresponsáveis.
Erich Fromm chegou à conclusão que o homem evita a liberdade submetendo-se ao poder dos outros – seja por meio de ideais ou do consumo -, tornando-se dócil e obediente.
A maior revolução, para além de grandes movimentos políticos e sociais, é deixarmos de possuir coisas e levantar bandeiras, para tomar posse de nós mesmos e determinar o rumo de nossas vidas.
terça-feira, 19 de novembro de 2013
A vida que estamos vivendo, é, realmente, a que queremos?
Alguns a descrevem como uma fase de transição, mesmo não sabendo ao certo, de onde viemos e nem para aonde estamos indo. Enfim, existe um significativo movimento nas sociedades, independente da cultura e do lugar. O mundo está um caos e, a maioria das pessoas prefere ignorar, acreditando que o melhor é não saber.
A situação exige, conscientemente, uma renovação de atitudes para mudarmos o SISTEMA – é ele que sempre nos impõe normas e costumes.
Cada um deve escolher o próprio caminho e a forma como chegar, mas, é fundamental existir um ponto de chegada, um novo SISTEMA, para influenciar as novas ações na nova forma de viver, contemplando as necessidades básicas do ser humano: SER COMPREENDIDO, SER RESPEITADO, SER VALORIZADO COMO PESSOA. E não apenas como meio produtivo, instrumentalizado, a serviço do dinheiro, para manter o atual SISTEMA, baseado, unicamente, na economia que nos diz: “não importa como, mas...faça dinheiro”.
A Ética atual na sociedade é destruidora e desprezível.
Escuto pessoas falarem e leio nas redes sociais, palavras de ordem, que considero consoladoras, porém impedem ou limitam a ação transformadora que a realidade exige: “não se preocupe, espere as mudanças, tenha fé, tudo vai mudar, pois Deus está no comando de todas as coisas no mundo”.
As mudanças que desejamos somente cada um de nós é que pode e deve realizar. Somos passageiros na vida ou protagonistas da própria história? Somos pessoas ou marionetes?
Quem dirige o mundo atual é o SISTEMA que privilegia a ECONOMIA. Estamos sendo incentivados a pratica do sexo como obtenção constante de prazer (não que não seja, mas não podemos transformar as instituições em prostíbulos e todas as relações como possibilidade única de orgasmos). Torna-se comum a utilização do poder do cargo, que ocupamos, em benefício próprio e não da sociedade (esquecendo que o poder não é da pessoa e sim do cargo, para beneficiar o coletivo). Hoje, consideramos apenas a importância do lucro, como principal objetivo, independente da forma de obtê-lo (se não conseguir fazer dinheiro, conquiste-o de outra maneira, furtando, enganando, roubando de quem tem).
Estamos vivendo um tempo que nos obriga DESPERTAR. As soluções e respostas à este tempo são individuais, nunca serão coletivas. Estávamos indiferentes enquanto a desgraça morava ao lado, era apenas nossa vizinha. Agora invade as nossas casas e destrói as nossas esperanças.
Somos herdeiros da corrupção e descendentes do terror. Fazendo cara de paisagem, bonita e forçadamente alegre, para nos enganarmos, fingindo que está tudo bem.
A vida que estamos vivendo, não nos possibilita mais nos mantermos inconscientes da realidade - com manipulações de informações e vestidos com fantasias.
Tornar-se consciente, significa despertar o poder interior, capaz de promover as transformações necessárias, para, além de VIVERMOS MAIS, principalmente VIVERMOS BEM, sem precisar ignorar ou maquiar as verdades.
Temos que resolver as questões que nos prejudicam, como: a corrupção e a necessidade de versarmos com mentiras para manipular convenientemente os fatos. É fundamental entender que uma sociedade não pode viver eternamente numa economia baseada apenas no consumo. Temos que acabar com a má gestão do dinheiro público e começar priorizar o que é realmente importante. Vivemos numa sociedade antiética que não valoriza educação, saúde, moradia e segurança.
Como transformar as pessoas, consequentemente a sociedade, sem uma educação de qualidade, sem estabelecer uma relação produtiva de valoração do professor e do aluno?
Para que falar em Constituição, chamada de Cidadã, se não é respeitada nem pelo poder público?
Como fazer justiça num Sistema Judiciário fraco, político e venal?
As Instituições cumprem com as suas funções ou são apenas um balcão de negócios?
Do que adianta conquistar o mérito se a sociedade não o reconhece e muito menos o valoriza?
Qual tem sido a contribuição de cada pessoa para vivermos em harmonia? Ou isto não é possível nesta vida? Será que Deus e os nossos protetores espirituais nos abandonaram?
Qual o motivo de existir tanta miséria e fome, tantos crimes e catástrofes, tantas injustiças e desigualdades? Será que fomos expulsos do paraíso e ele foi destruído pelos deuses ou líderes espirituais?
Por que nos perdemos e não mais conseguimos achar o melhor caminho?
Qual a imagem que cada um tem de si mesmo e dos Institutos?
Temos que iniciar uma NOVA JORNADA, ou vamos esperar para viver a justiça apenas em outras vidas?
E se o mistério da morte for apenas deixar de viver?
É tudo visionário, NINGUÉM consegue provar nada e, misturam-se as realidades com as ficções. A única certeza que podemos ter é a existência deste momento e projetarmos um possível futuro, neste plano e forma de vida.
Parece que por existir várias verdades, a verdade é que não existe verdade nenhuma.
Para a elaboração de uma NOVA JORNADA, devemos ser motivados pela compreensão da realidade e a tomada consciente das decisões, tendo como objetivo principal: a construção de um mundo melhor. Para isso é preciso investir na qualidade das pessoas na forma de pensar e agir, para todos se sentirem num mundo melhor, com a responsabilidade de deixarmos uma boa herança para os nossos descendentes.
Temos que reagir, pois, as experiências que estamos vivendo nos revelam que estamos caminhando para o abismo de valores, desprezando a Ética que deveria estimular e fortalecer a vida - a nossa maior riqueza e que temos obrigação de zelar. Nunca sabemos o que poderá nos acontecer enquanto dormimos e mais ainda quando estamos acordados, ir ou chegar aonde precisamos é uma aventura ou terror, sem controle, emocionados pelo medo de viver e de morrer.
O que nos diz a voz do coração e o clamor da alma? Temos que ouvir, interpretar e realizar.
Temos que utilizar todo conhecimento sobre o comportamento do ser humano, principalmente as suas intenções. Sabemos hoje, que as pessoas não são, necessariamente, nossas inimigas, mas, não são nossas amigas. Cada um está interessado apenas em si mesmo. O individualismo e egoísmo sem limites nos impede da realização do trabalho coletivo e nos faz esquecer que quanto melhor for para o coletivo, melhor será para todos e cada um de nós.
Até mesmo por egoísmo (sentimento natural em todas as pessoas), deveríamos desejar e estimular o sucesso dos outros e eles o nosso. Não pode ser visto como pecado mortal o bem estar da outra pessoa.
É prudente sabermos que é fundamental a realização de uma faxina geral, iniciando-se conosco mesmo, para possibilitar nascer uma nova pessoa, capaz de reconhecer o que existe de animal em si mesmo, mas, principalmente, descobrir e revelar, a porção divina que também existe no nosso interior, para realizarmos os movimentos que desejamos e que poderão nos possibilitar viver em liberdade (de muito complexos e das principais angústias) e conquistar o bem estar (a partir desta vida, considerando como se fosse a única ou, a vida em forma de oportunidade que pode capacitar o nosso aprimoramento para outras vidas).
Temos que entender que o MUNDO NOVO não é um presente é uma conquista - pessoal influenciando o coletivo. Esta nossa ação, como consequência, poderá tornar possível a faxina nos principais setores, como: nos governantes e nas instituições político-administrativas, no comércio, na indústria, nas prestadoras de serviço, nas igrejas e religiões, no sistema educacional e de saúde, na polícia, na segurança e na justiça, nas instituições financeiras e na maldita ação dos lobistas, que são sempre os corruptores de uma sociedade que tem pré-disposição para ser corrompida, na esperança de viver uma vida de luxos e facilidades, acreditando na impunidade.
É simples: melhorando a pessoa, melhoramos a sociedade. As pessoas que ocupam as funções públicas e privadas são pessoas comuns, como qualquer uma e egressas dos grupos sociais.
Nós, não fazemos as mudanças, por que não acreditamos que possam acontecer, ou, por que não queremos?
É mais fácil “deixar para lá”, cada um criando o mecanismo de racionalização que melhor lhe convém e justificar a sua falta de interesse em ser um agente transformador.
Assim, continuando a fazer as mesmas coisas, iremos obter resultados cada vez pior, cada um trabalhando para manter o sistema, que nem conhecemos, mas, por sensações vividas nem gostamos. Quase tudo está cada vez pior. O mundo jaz na mão do maligno: O Sistema Econômico.
Deixamos, por conveniência ou por crença, que um mundo próspero, com equilíbrio e paz, só é possível em outra dimensão.
Interessante como as pessoas são parecidas, temos as mesmas necessidades e desejos (sendo religiosos ou não), mas, não conseguimos ser honestos, uns com os outros. Nos tornamos especialistas em enganar, sem coragem de dizer “não sei” ou “não me sinto preparado para...”.
É impossível criarmos um mundo compartilhado? Um Sistema que podemos aprender juntos (uns com os outros, considerando sempre a realidade), exercitando a compreensão e praticando o respeito mútuo?
Se não conseguimos ou não queremos, estamos, então, destinados a viver e morrer num mundo administrado por um sistema que tem como único objetivo o lucro e cada vez mais lucro. Seguimos as leis do mercado e da economia: “fazer dinheiro, sempre e cada vez mais, não importa como”.
Escrevi há pouco tempo: “Os ensinamentos e pensamentos políticos do homem Jesus Cristo”. Mesmo os não cristãos, em função da sua etnia e cultura, ouviram dizer que Cristo expulsou os “mercenários” do templo, porque eles destroem o mundo, prejudicam a vida de todos, inclusive dos filhos de seus filhos, transformando as pessoas da sociedade em alienados da realidade e consumidores desajustados.
Hoje, todas as pessoas usam as outras pessoas. Somos predadores e presas diárias do próprio sistema: “devorando aos poucos alguém” e sendo “devorado aos poucos por alguém”. E, juntos nutrimos o sistema, trabalhando para um mundo caótico e marginal. Salvo algumas condições especiais, de voluntariado ou de plena dedicação ao serviço do próximo, entendendo a profissão e a vida como missão.
Jesus Cristo, também acabou com os dogmas religiosos e destruiu os templos de adoração a Deus (criando um templo de adoração no coração de cada pessoa). Destruiu os templos por serem prejudiciais, pois, fortaleciam os dogmas econômicos (são as pessoas que dizem ter poder - que nós acreditamos - que controlam a economia).
Hoje, pessoas e nações, escravizam e matam, roubam e furtam, vandalizam e saqueiam os recursos dos outros, os naturais ou construídos com honra e trabalho.
Ao nascer, chegamos ao mundo como dádiva, no ponto de partida na vida, mas, fomos, gradativamente, nos transformando em cada fase, até nos separamos do divino, acreditando, apenas no Deus para ser adorado num templo ou numa condição muito distante de nós. Sendo este Deus, ou interlocutores de deus, uma energia, que ao mesmo tempo, percorre todos os lugares, escuta ou percebe as necessidades de todas as pessoas, que devem ser atendidas ou justificadas, o tempo todo.
Como pode ser isso? A criação e interpretação de quantos mistérios, cada vez com mistérios mais complexos, são necessários para justificarmos os mistérios?
Os mistérios só podem ser desfeitos com o conhecimento. Observa-se que o número de mistérios relaciona-se com o tamanho de ignorância de uma sociedade. Com interpretações diferentes do mesmo fato, até para a mesma pessoa conforme a ocasião.
Que pena, temos desprezamos a natureza divina que existe em nós – lembrando apenas da natureza animal. Assim, muito pouco ou quase nada, acreditamos em nós mesmos.
Como não sabemos aonde “colocar as nossas esperanças,” (para não mais nos atormentarmos), as colocamos, afastados de nós mesmos, e por garantia, a deixamos num local imensurável e inviolável, mesmo que discutível. O importante é acreditar, não importa no que ou em quem, porque nos tranquiliza no momento, sendo a dúvida sempre adiada.
Parece que o mistério é mais ponderável e tranquilizador do que a realidade. Assim, nos convencemos e nos preservamos protegidos por escudos e mantos imateriais.
Será impossível ou apenas difícil:
(1) de PERDOARMOS o passado;
(2) de RESPIRARMOS TRANQUILAMENTE, expirando profundamente para eliminarmos os gases tóxicos que nos hipnotizam e, inspirar com alegria, um oxigênio livre e renovador;
(3) de nos PERGUNTARMOS: como queremos existir e poderemos viver?
(4) Assim podermos CONSTRUIR UM MUNDO NOVO, nem que seja para si mesmo?
O mundo novo deve ser influenciado por várias ondas contagiantes, como: a alegria, o desejo em ser útil,. a vontade em aprender lições de integração, colocar-se no lugar do outro, experimentar os opostos e unir os diferentes, contemplar a verdade e a justiça, promover a harmonia e a paz.
O novo mundo não é um presente, é uma oportunidade do Criador, para realizarmos, com ações cooperativas, a criação e organização de um novo estilo de vida, sem esquecer a porção animal que possuímos, mas, utilizando, prioritariamente, a porção divina, que tanto temos esquecido e nos foi conferida como o único milagre que temos certeza absoluta de sua existência: o milagre da vida.
Vivemos num mundo reconhecidamente doente e cada pessoa, deve curar a própria vida, transformando-a para a alegria do Criador e da criatura, da natureza e do ser humano.
Disse Guimarães Rosa: “Viver é muito perigoso”. Por causa dos desafios e de nada sabermos do futuro. Viver é a criação do inédito para alguns, para outros apenas a representação de papéis já determinados em outras dimensões. Mesmo dizendo “Deus é quem sabe” a vida de cada um não é dádiva como ponto de chegada, ela é construída, não havendo prêmios e nem castigos, apenas consequências. Temos que acolher os perigos e enfrenta-los, sem nos escondermos para fugir dos desafios, alguns surgem espontaneamente e outros vamos buscar. A nossa jornada é determinada nos eventos cotidianos.
Portanto, interpretando as palavras de Guimarães Rosa, os perigos da vida são n potencializam quando nos recusamos enfrentar os desafios.
O nosso lenitivo é saber que: a natureza, a nossa porção divina, sempre nos preservará e nos tornaremos vencedores, pois, nascemos para conquistar.
segunda-feira, 18 de novembro de 2013
É MUITO IMPORTANTE SABER e LEMBRAR TODA VEZ QUE ESTIVERMOS AFLITOS: “fomos expulsos do Paraíso, mas o Paraíso não foi destruído” (Kafka).
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A vida é feita de bons e maus momentos... porém...só de momentos.
Nos momentos ruins, às vezes, a vida parece ser uma festa, onde temos a sensação que não fomos convidados. Outras vezes, nos parece que o arrebatamento divino já aconteceu e que fomos deixados para trás.
Essas sensações, mesmo que reais, são apenas sensações, que podem e devem ser mudadas. Como? O método adequado é intelectual, com o uso lógico do conhecimento dos fatos que “mesmos expulsos do paraíso este ainda existe e, temos que nos possibilitar estar neles, o mais rápido possível, para que possamos viver uns bons momentos também” (gostaríamos de eternizar estes momentos, que costumamos chamar de “felicidade”).
Este poder, divino, disponível em todas as pessoas, para acessá-lo quando necessário, inicia-se com o estado mental, despertado pela energia do pensamento positivo. Ela é que nos movimenta em direção ao paraíso.
Os bons momentos é um DIREITO de todos - garantido pela natureza que sempre nos preserva – e uma OBRIGAÇÃO PESSOAL, onde cada pessoa terá que descobrir os próprios meios de conquistar as consequências de viver no paraíso: a liberdade e o bem estar.
Somos virtuosos por natureza, dádiva da criação e herança divina. Precisamos descobrir as nossas virtudes para aprimorá-las, nos revelando pessoas gratas e colaborativas, contagiando e influenciando outras pessoas, tornando a vida mais agradável para todos, principalmente com os mais próximos e estes contagiarem outras pessoas.
Somos a mais significativa obra do Criador. Ou, o ser vivente mais especializado da evolução.
O PARAÍSO – a mente tranquila – NUNCA FOI DESTRUÍDO: sempre está à nossa disposição.
Não há necessidade de buscarmos paraísos perdidos, acreditando estar ele com outras pessoas ou em outros lugares (esta condição só existe na ficção). Nada adiante buscarmos longe o que sempre estará conosco, tão perto e inexplorado.
Quando não estamos bem, não importa aonde vamos estar, pois, nunca estaremos bem. Caso contrário, não importa o lugar, apenas com quem. Inclusive com os “múltiplos de nós mesmos”.
As diferentes situações, do dia a dia, nos expulsam do paraíso, nos aborrecendo cotidianamente, acreditando que perdemos o controle e vamos explodir em qualquer momento. Para regressarmos ao reino da tranquilidade, devemos, sabiamente, nos desfazer dos hábitos e pensamentos negativos. Certamente são eles que nos afastam e nos desviam do bom caminho.
Voltar ao Paraíso, depois de nos sentirmos expulsos, merecidamente ou não, é uma atitude mental. Que necessita de:
- informação prática: é fundamental o conhecimento de “si mesmo” e das “próprias potencialidades”, porque, distraídos, incrédulos, ignorantes ou indiferentes, não conseguimos identificar os meios que a natureza nos oferece e as estratégias que a vida nos disponibiliza, para as nossas conquistas;
- meditação: existem várias maneiras de realizar, por exemplo, ouvir música, entoar cânticos, praticar um mantra (orar, rezar, construir com as próprias palavras...);
- acreditar na possibilidade da transposição dos momentos ruins: tendo fé, convicção da transformação, sabendo que este momento é passageiro e que existe um mundo melhor de possibilidades, que poderá ser conquistado, por qualquer pessoa, em todo momento;
- persistência: tendo a noção que não é fácil e, por ser um processo, mesmo que lento, sempre será compensador;
- o exercício constante...que se transforma em hábito: como somos e seremos sempre escravos dos nossos hábitos, por que não sê-lo de bons hábitos?
- sempre imaginando um final vencedor: projetando uma imagem positiva da situação, acolhedora, sem idealizar para não tornar-se refém da expectativa e se decepcionar (uma vez que o homem é um ser eternamente insatisfeito), considerando que mesmo diante de uma condição livre e tranquilizadora, na maioria das vezes, o imprevisto é melhor do que o desejado.
Expulso do paraíso é sentir-se perdedor, carregando uma sensação de menos valia. Voltar ao paraíso é voltar-se para si mesmo, a casa aonde a gente mora.
Temos obrigação de cuidar da organização e higiene de nossa moradia. Seremos visitados por situações inesperadas e indesejáveis, não podemos permitir por muito tempo a sua permanência e, que, jamais façam a sua morada.
Quando formos visitados por situações que nos agradam e possamos nos manter libertos, experimentado prazeres, temos que fazer todo possível para que esta visita, desejável e oportuna, permaneça o maior tempo, porque moradia permanente é impossível.
“Talvez haja apenas um pecado capital: a impaciência. Devido à impaciência, fomos expulsos do Paraíso; devido à impaciência, não podemos voltar” Franz Kafka.
“A paz do coração é o paraíso dos homens” Platão.
quinta-feira, 14 de novembro de 2013
“Nos meus versos saberás, que em mim, nada mudou”.
Nem sempre sabemos as coisas simples de uma pessoa, muito menos, o que fazem e o que sentem. Eu não sei mais nada de você, se é que um dia soube.
Mas, continuo tendo você, no desejo e na saudade. Teu silêncio e o movimento do tempo, não foram suficientes para deixares de existir dentro de mim.
Tempo vivido, esquecido por você e por mim sempre lembrado: vivo por nós dois. As coisas mudaram - umas muito e outras nem tanto - morro e renasço todo dias, sem você, nem menos saber.
Existem coisas, hoje e amanhã também, que o tempo não desfez e ainda me faz querer mais. Quero te sorrir e te abraçar, falar e repetir, que quero um beijo demorado para melhor você me conhecer.
Ensaio todos os dias, como simples aprendiz do desejo, para você me redescobrir, na esperança de nunca mais ter que esconder a saudade. Que, teimosamente, insiste em ficar.
Quero me libertar desta prisão, deste sentimento que exalta e escraviza, e de mãos dadas, andar pelos caminhos de um bosque encantado. Ou estar entre as nuvens no céu, sem do chão os pés tirar para saber que é real.
Cada moça que vejo, que lembra você ou tem o seu nome, bate mais forte o coração, na esperança de viver a alegria de mais alguns verões. Não esqueço o mais feliz do tempo e momentos: quando via você.
Divido o tempo da minha vida em partes, uma amando você, e outra parte tentando te esquecer. Aprendi viver sozinho, até não mais querer, sem um até breve ou um adeus eterno.
O bosque e a natureza, o céu e o luar, contemplar o mar e mergulhar no rio para a alma lavar. Você mora ao lado, quanta aventura. Ao vigiar a noite escura, revelou-me que a felicidade sempre foi apenas vizinha.
Gosto de sentir que você poderia ter sido “minha”. Confundo-me, com o desejo que se transforma em fantasia, acreditando que de repente, você me vinha.
Pudesse ser estas palavras, uma canção, balada ou modinha, espalhadas na tua rua, em frente a tua casa, como serenata eu cantar para você ouvir: “te quero ainda, como sempre quis”.
Vem, volte para mim, sem mesmo nunca ter estado. Ao ler os meus versos, saberá o que um dia aconteceu, de repente, sempre existiu e nunca terminou. Queria te encontrar e sentir o poder do agora.
“Toda vez que nos ELEVAMOS, somos perseguidos por um fantasma chamado EGO”.
NOSSO EGO É UMA DAS PRINCIPAIS FONTES DE SOFRIMENTO e ESTRESSE a que somos expostos, já que é insaciável e difícil de ser identificado e adestrado.
Nem mesmo os mestres que teorizam sobre o ego se livraram dele, como mostram as lutas de poder nas quais mais frequentemente se envolviam.
Ken Wilber, mestre espiritual, pensa o seguinte sobre a questão:
“Acho lamentável que as pessoas imaginem que os sábios não têm problemas com as coisas que são complicadas para todo mundo – por exemplo, o dinheiro, o poder, a comida, o sexo. É como se estivesse acima de tudo isso, como se fossem apenas cabeças pensantes, como se a religião não servisse para viver a vida com mais plenitude, mas sim para evita-la, reprimi-la, negá-la e fugir dela, e assim nos liberar dos impulsos inferiores”.
Na realidade, o mero fato de tornar-se mestre de alguém é uma bela demonstração de ego, pois, como insistia o filósofo indiano Krishnamurti, “a autoridade corrompe tanto o mestre quanto o discípulo”. E nem mesmo quem pronunciou essas palavras se privou do exercício da autoridade.
O que pensaram algumas celebridades sobre o Ego:
“O ego é dotado de um poder, de uma força criativa, conquista tardia da humanidade, a que chamamos vontade” (Carl Jung).
“Lutar contra o próprio ego não é fácil, mas é o jeito de mantermos uma certa sanidade e paz de espírito. Longa vida aos que conseguem se desapegar do ego e ver a graça da coisa” (Martha Medeiros).
“O ego certamente é uma ilusão. A incerteza é a base da vida” (Deepak Chopra).
“Você deve transcender o seu ego e descobrir o seu verdadeiro ser.
O verdadeiro ser é a parte permanente, a parte mais profunda de você. É sábia, amorosa, segura e cheia de alegria” (Brian Weiss).
“O ego vai te levar longe. E vai te deixar lá, sozinho” (Rodrigo Domit).
“Feliz aquele que superou seu ego” (Sidarta Gautama = Buda).
“O nosso ego é o nosso pior inimigo” (Maxwell Félix).
O nosso ego nos obriga acordar uma hora mais cedo, todos os dias, para podermos mentir 25 horas por dia, enganar e manipular os outros, para nos mantermos convencidos que somos, o que, efetivamente, não somos e nem precisamos ser.
quarta-feira, 13 de novembro de 2013
“A necessidade de utilizarmos o importante recurso da ADAPTAÇÃO”.
Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças (Charles Darwin).
ADAPTAR-SE é uma virtude pessoal para ser praticada. A maioria das pessoas tem muita dificuldade com mudanças não planejadas e, quando planejam sentem-se inseguras com medo dos resultados, por isso acabam sempre fazendo as mesmas coisas que funcionavam antes, passando a obter resultados negativos, devido não realizar as modificações e ajustes necessários, que o tempo e as circunstâncias exigem.
Como a vida tem de continuar...transformações sempre serão obrigatórias. E, temos que desenvolver a capacidade de nos adaptarmos ao novo tempo, sendo flexíveis, para encontrarmos os recursos e as estratégias necessárias, diante das condições instáveis e perigosas que estamos vivendo.
Neste processo de mudanças, cada um deve ser o seu próprio mestre. Podemos nos beneficiar das citações e do conhecimento das pessoas que já pensaram a vida, em outros tempos e outras formas. Não precisamos partir do zero absoluto, considerando que existem registros confiáveis de estudiosos do comportamento humano. Muitas pessoas já viveram o que estamos vivendo e, é benéfico por ser prudente, saber como enfrentaram os seus transtornos e quais foram as consequências.
Antes de tudo, temos que aceitar a necessidade e a importância de realizar mudanças e transformações nas nossas vidas, para obtermos outros resultados, o mais próximo possível do desejável, considerando as circunstâncias.
Para obtermos sucesso, como resultado do processo, devemos, inicialmente, identificar e reunir o maior número possível de fatos, para encarar a realidade da situação e as possibilidades, com o máximo de imparcialidade. É fundamental nos preocuparmos, apenas, com o que é realmente importante, e, não desperdiçarmos tempo e energia, atribuindo culpa às pessoas e coisas – defeito humano e prática sempre casual.
O passo seguinte é buscar informações, em lugares e com pessoas diferentes do nosso dia a dia, para aumentarmos as opções. Temos que descobrir e exercitar “talentos inatos adormecidos” e descobrir a nossa potencialidade, possibilitando-nos revelar outros recursos que dispomos e nunca foram utilizados. Somos muito melhores do que imaginamos, somos capazes de realizar coisas que Deus nunca dúvida, pois ELE sabe o quanto existe de divino em cada pessoa. Nós passamos uma vida sem conhecer, efetivamente, quem somos... e do que somos capaz.
Finalmente chega o momento de entrarmos em ação, nos preparamos convenientemente e, temos que nos mobilizar e agir, confiantes na conquista, apesar da presença natural do medo pelo desconhecimento da nova situação e com medo do nosso desempenho.
Sempre será importante estabelecermos uma rede de contatos, pois, os resultados dependem da existência e da qualidade das relações. Temos que traçar um plano de ação e depois desmembrá-lo, em tarefas menores, cuidando uma de cada vez. sem perder a percepção do todo. Quando iniciamos um processo, temos que idealizar o seu final, com objetivos específicos, sem perder a noção da nossa missão.
É importante avaliar cada fase, para sabermos da necessidade de correções e dos progressos realizados, nos estimulando a manter o rumo.
A vida é feita de desafios constantes, de pequenas e grandes batalhas diárias para serem enfrentadas, algumas perdemos e outras ganhamos, mas, o mais importante é lutar até o final. Derrotados não são os que perdem batalhas, são aqueles que não lutam as guerras.
É bom lembrarmos em todo momento “que a natureza humana sempre nos preservará” e que nascemos para ser vitoriosos. A mais importante das vitorias está na aceitação da luta constante – viver é perigoso – e não necessariamente na conquista com prazeres efêmeros.
À medida que cresce a nossa capacidade de adaptação, cresce também a nossa confiança, para enfrentarmos qualquer desafio que a vida sempre nos apresenta, inclusive diante das mudanças indesejadas.
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terça-feira, 12 de novembro de 2013
“Nossa salvação é a morte, mas não a morte física devido a falência do organismo humano”.
Será a vida, apenas, o conjunto das funções que resistem à morte?
Temos que “morrer” e “renascer” várias vezes no decorrer de uma mesma vida. Qualquer que seja a circunstância é possível nos mantermos coerentes neste processo, para que possamos ser o que queremos ser – considerando se podemos e devemos ser.
É preciso pensar, nas diferentes possibilidades que influenciam e determinam o resultado da vida como processo e, o ser humano como projeto em construção.
Simbolizando o coração como o hospedeiro das emoções, quando nascemos ele é inteiro, fechado...mas disponível para descobrir e experimentar um novo universo de fatos e sensações.
Assim, vamos nos aventurando e aprendendo o que é afeto, segurança, amor, ansiedade e dor.
Com o passar do tempo nos entregamos aos devaneios, às esperanças em forma de sonhos, às expectativas de encontrar e viver a felicidade; não sabemos mais viver sem as paixões.
E as decepções chegam e podemos fechar o nosso coração, encarcerando as mágoas dentro de nós. É difícil curar as feridas mal cicatrizadas. Magoados podemos nos manifestar nas nossas relações vida afora, sendo uma característica que poderia ser modificada. É fundamental fazermos uma “faxina” interior e preparar um novo cenário para vivermos, com liberdade e bem estar. É preciso morrer o indivíduo velho para nascer uma nova pessoa – sem amarguras.
O processo exige cuidados para não nos mantermos “fechados” e nada acontecer ou “abertos” para que aconteçam coisas que seria melhor que nunca acontecessem.
As pessoas carentes são presas fáceis para armadilhas cruéis. E confundem amor com necessidade de atenção, para viver novas emoções e uma grande paixão.
Temos que estar disponíveis para que aconteça alguma coisa, mas com análise consciente das consequências, mesmo sendo difícil ser objetivo nesta condição. A monotonia do nosso dia pode fazer com que vejamos as coisas bem mais interessantes do que realmente são, sem poder diferenciar a realidade da fantasia.
Há um momento em que queremos voltar no tempo da adolescência e sonhar de novo com um grande amor. Queremos a paixão de volta, para sentir novamente o coração ficar inquieto e bater mais forte; queremos a ansiedade da espera por um encontro, marcado ou ocasional; queremos a felicidade misturada com a ansiedade ou com a magia do “não sabemos bem o quê”. Queremos até o imponderável.
Amor não pode ser confundido com necessidade, necessidade de viver e reviver emoções já vividas. Não existe a mínima possibilidade de voltarmos ser o mesmo, mas, podemos viver melhor, de forma diferente.
Portanto, é prudente deixarmos o tempo passar e nos renovarmos com ele, sabendo que pessoas e situações perfeitas não existem... seguindo em frente...podendo encontrar um amor autêntico, sob uma nova percepção e desejo e, voltarmos a ter uma condição característica do pensamento dos jovens “que a vida pode nos oferecer a chance mais significativa da nossa existência”. É muito bom continuar acreditando que amanhã será melhor do que hoje (importante condição humana).
Temos que morrer algumas vezes, para que uma vida mal resolvida (aquela que nunca encontrará soluções mágicas) possibilite a chegada de uma nova vida, capaz de identificar no horizonte as melhores e possíveis oportunidades.
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